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PublicouLorena Salvado Lobo Alterado mais de 7 anos atrás
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Cuidados de Enfermagem em Terapia Nutricional
Profa. Thâmara Alves
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O que é terapia nutricional?
A terapia nutricional é definida como o conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente.
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introdução A desnutrição, frequente em pacientes hospitalizados, deve ser prevenida e tratada, pois o estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução clínica dos pacientes.
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introdução Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parental e Enteral, pacientes que se encontram internados têm 30% de chance de tornarem-se desnutridos nas primeiras 48 horas de internação, e até o sétimo dia, essa porcentagem pode aumentar para até 45%. A situação é mais insegura para pacientes com infecções graves, recém-operados ou com traumatismos.
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Papel da equipe de enfermagem
A equipe de enfermagem tem um papel fundamental não somente na administração da TN e na sua monitorização, mas também na identificação de pacientes que apresentam risco nutricional;
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O enfermeiro e sua equipe têm um importante papel em identificar os pacientes desnutridos e também aqueles que apresentam determinadas características sabidamente associadas a problemas nutricionais. O enfermeiro poderá encaminhar estes pacientes, conforme necessidade, ao ambulatório de nutrição, serviço social ou, no caso de pacientes internados, solicitar avaliação nutricional e avaliação médica.
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Para este fim, os dados básicos descritos abaixo devem ser colhidos pelo enfermeiro.
Pacientes que apresentam perda significativa de peso, índice de massa corporal (IMC) fora da normalidade ou outros fatores de risco nutricional, devem ser atentamente monitorados.
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Perda involuntária de peso
- Incluir o controle do peso e da altura do paciente ao exame físico de admissão. - Da mesma forma, controlar o peso e a altura de pacientes ambulatoriais em consulta. - Pesquisar perda de peso involuntária em relação ao peso usual ou seja em relação ao peso habitual do indivíduo quando hígido.
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- Realizar controle semanal de peso, no mesmo horário e com roupas leves;
- IMC - Índice de Massa Corporal (IMC): este indicador muito simples do estado nutricional, é obtido através da seguinte fórmula: - Normalidade: IMC = 18,5 a 24,9 kg/m2. Valores abaixo de 18,5 indicam magreza e acima de 24,9 pré-obesidade e obesidade.
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Cuidado! Deve-se ter cuidado ao interpretar IMC pois este indicador não distingue o peso associado à massa muscular e à gordura corporal; quando os valores de IMC estiverem nos limites ou fora da normalidade, é importante a avaliação em associação com outros fatores de risco.
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Pesquisar, ao realizar o exame físico, sinais indicativos de desnutrição e carência de nutrientes.
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fatores de risco nutricional
- Padrões de ingestão de alimentos e nutrientes § Ingestão inadequada de alimentos § Disfagia § Problemas de dentição, de cavidade oral § Náusea, vômitos, constipação, diarreia § Depressão do nível de consciência § Prescrição de jejum ou dieta líquida por mais de 3 dias § Limitações ou incapacidade para se alimentar sozinho § Mudanças na capacidade funcional (aumento ou diminuição das atividades diárias) Disfagia: dificuldade de deglutição
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fatores de risco nutricional
- Fatores psicológicos e sociais § Fatores culturais, crenças religiosas § Distúrbios emocionais § Alteração do estado mental/cognitivo § Isolamento social § Recursos limitados § Alcoolismo, dependência química § Distúrbios alimentares
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- Condições físicas e doenças
§ Úlceras de pressão § Imobilidade, dependência, limitações para as atividades diárias § Câncer e seus tratamentos § AIDS § Complicações gastrointestinais § Condições de catabolismo § Alergias a alimentos § Perdas sensoriais (visão, gosto, olfato etc) § Doença renal, hepática ou cardíaca crônica § Doença pulmonar obstrutiva crônica
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Uma vez identificado o paciente internado com risco nutricional, deve-se monitorar rigorosamente a sua ingestão de alimentos. Quando necessário, o nutricionista deverá calcular a ingestão calórica a partir de anotações de enfermagem completas e claras. Em alguns casos esta anotação pode ser feita pelo próprio paciente ou seu acompanhante sob forma de um recordatório de 24 horas
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- É importante rever o conceito “comer bem” em relação a real necessidade calórico-protéica do paciente. Uma dieta leve, por exemplo, fornece apenas 1200 kcal/dia (com chá e bolacha) se o paciente aceitar toda a dieta. A anotação de enfermagem deve ser objetiva: “o paciente aceitou a metade do copo de sopa oferecido” e não “aceitação média da dieta VO”.
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• O “jejum para exames ou procedimentos”, por dias consecutivos, é muito prejudicial para estes pacientes. Verificar, com o médico responsável, a real necessidade de jejum, solicitar que libere a dieta logo que possível e planejar os procedimentos de forma a evitar períodos desnecessários de jejum.
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- Quando o acompanhante auxilia o paciente nas refeições, deve receber orientações de enfermagem sobre como e quando oferecer os alimentos, favorecendo o conforto do paciente e do acompanhante durante a refeição. - Sempre que necessário, solicitar avaliação nutricional do paciente e discutir os casos com o nutricionista responsável pela enfermaria
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA NUTRIÇÃO ENTERAL (NE)
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Nutrição enteral Quando o paciente não consegue se alimentar por via oral, a ingestão dos alimentos pode ser feita através de uma sonda (passagem naso/orogástrica).
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Segundo a Resolução RCD No 63/2000 da ANVISA, “o enfermeiro é responsável pela administração da NE e prescrição dos cuidados de enfermagem em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar” (parágrafo ). A nutrição enteral é definida como um “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada (…) para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.” (parágrafo 3.4)
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3.5.Nutrição Enteral em Sistema Aberto: NE que requer manipulação prévia à sua administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante. 3.6.Nutrição Enteral em Sistema Fechado: NE industrializada, estéril, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração.
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3.9.Sala de manipulação de NE: sala sanitizada, específica para a manipulação de nutrição enteral, atendendo às exigências das Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral-BPPNE (Anexo II). Sanitizar: esterelizar A primeira coisa depois de tudo limpo é usar álcool gel a 70%, água sanitária ou outro agente sanitizador. Borrife sobre a pia, paredes e utensílios. Os vegetais também devem ser sanitizados antes do consumo, e depois de alguns minutos, enxágüe tudo e deixe secar no tempo, sem usa aqueles tradicionais “paninhos”.
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Nutrição parenteral A nutrição parenteral (NP) é classicamente indicada quando há contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal, mas é também utilizada como complemento para pacientes que não podem receber todo o aporte nutricional necessário pela via enteral.
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A NP é uma “solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios vitaminas e minerais, estéril, apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” (Portaria No 272/98, parágrafo 3.4).“O enfermeiro é responsável pela administração da NP e prescrição dos cuidados de enfermagem em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar” (Portaria. No 272/98, parágrafo 5.6.1). Pirogênios são produtos/vestígios do metabolismo de microrganismos, como vírus, fungos e bactérias. Assim apirogênico significa ser livre de pirogênios.
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Estas duas terapias (nutrição enteral/parenteral) são regulamentadas, respectivamente, pela Resolução número 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Portaria SVS/MS No 272/1998 do Ministério da Saúde, que fixam os requisitos mínimos, estabelecem as boas práticas e definem a obrigatoriedade de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN).
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equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN)
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN): grupo formal e obrigatoriamente constituído de pelo menos um profissional de cada categoria, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissional de outras categorias, habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional-TN.
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Papel da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN)
- criar mecanismos para triagem e vigilância nutricionais, - avaliar e acompanhar pacientes em terapia nutricional quando solicitado, - estabelecer protocolos, diretrizes e procedimentos, - documentar os resultados da avaliação da terapia nutricional, - capacitar os profissionais envolvidos na terapia nutricional, - desenvolver atividades de garantia de qualidade.
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Resolução número 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
4.9. Ao médico, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: indicar, prescrever e acompanhar os pacientes submetidos à TNE 4.10. Ao nutricionista, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: realizar todas a operações inerentes à prescrição dietética, composição e preparação da NE, atendendo às recomendações das BPPNE, conforme Anexo II
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Resolução número 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
4.11. Ao farmacêutico, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: a)adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, a NE industrializada, quando estas atribuições, por razões técnicas e ou operacionais, não forem de responsabilidade do nutricionista ; b)participar do sistema de garantia da qualidade referido no item 4.6. do Anexo II, respeitadas suas atribuições profissionais legais. 4.12. Ao enfermeiro, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: administrar NE, observando as recomendações das Boas Práticas de Administração de NE (BPANE), conforme Anexo III.
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O enfermeiro é o responsável pela conservação após o recebimento da NE e pela sua administração. A administração da NE deve ser executada de forma a garantir ao paciente uma terapia segura e que permita a máxima eficácia, em relação aos custos, utilizando materiais e técnicas padronizadas, de acordo com as recomendações das BPANE, conforme Anexo III. BPANE: Boas Práticas de Administração de NE
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4.4. A TNE deve abranger obrigatoriamente as seguintes etapas:
Indicação e prescrição médica Prescrição dietética Preparação, conservação e armazenamento Transporte Administração Controle clínico laboratorial Avaliação final
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A NE deve ser rotulada com identificação clara do nome do paciente, composição e demais informações legais e específicas, conforme item do Anexo II, para a segurança de sua utilização e garantia do seu rastreamento. Após a manipulação, a NE deve ser submetida à inspeção visual para garantir a ausência de partículas estranhas, bem como precipitações, separação de fases e alterações de cor não previstas, devendo ainda ser verificada a clareza e a exatidão das informações do rótulo.
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De cada sessão de manipulação de NE preparada devem ser reservadas amostras, conservadas sob refrigeração (2ºC a 8ºC), para avaliação microbiológica laboratorial, caso o processo de manipulação não esteja validado. As amostras para avaliação microbiológica laboratorial devem ser estatisticamente representativas + 1 de uma sessão de manipulação, colhidas aleatoriamente durante o processo, caso o mesmo não esteja validado, sendo “n” o número de NE preparadas.
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Recomenda-se reservar amostra de cada sessão de preparação para contraprova, devendo neste caso, ser conservada sob refrigeração (2ºC a 8ºC) durante 72 horas após o seu prazo de validade. A garantia da qualidade da NE pode ser representada pelo resultado do controle em processo (Anexo II item 4.5) e do controle de qualidade da NE (Anexo II item 4.6.2) Somente são válidas, para fins de avaliação microbiológica, as NE nas suas embalagens originais invioladas ou em suas correspondentes amostras.
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5.4. Conservação A NE não industrializada deve ser administrada imediatamente após a sua manipulação. Para a NE industrializada devem ser consideradas as recomendações do fabricante.
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5.5. Transporte O transporte da NE deve obedecer a critérios estabelecidos nas normas de BPPNE, conforme Anexo II. O nutricionista é responsável pela manutenção da qualidade da NE até a sua entrega ao profissional responsável pela administração e deve orientar e treinar os funcionários que realizam o seu transporte.
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5.6. Administração O enfermeiro é o responsável pela conservação após o recebimento da NE e pela sua administração. A administração da NE deve ser executada de forma a garantir ao paciente uma terapia segura e que permita a máxima eficácia, em relação aos custos, utilizando materiais e técnicas padronizadas, de acordo com as recomendações das BPANE, conforme Anexo III.
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A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida para outro tipo de recipiente. A necessidade excepcional de sua transferência para viabilizar a administração só pode ser feita após aprovação formal da EMTN. A via de administração da NE deve ser estabelecida pelo médico, por meio de técnica padronizada e conforme protocolo previamente estabelecido. A utilização da sonda de administração da NE não é exclusiva, podendo ser empregada para medicamentos e outras soluções quando necessário.
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5.7. Controle Clínico e Laboratorial
O paciente submetido à TNE deve ser controlado quanto à eficácia do tratamento, efeitos adversos e alterações clínicas que possam indicar modificações da TNE. O controle do paciente em TNE deve ser realizado periodicamente e contemplar: ingressos de nutrientes, tratamentos farmacológicos concomitantes, sinais de intolerância à NE, alterações antropométricas, bioquímicas, hematológicas e hemodinâmicas, assim como modificações em órgãos, sistemas e suas funções.
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Qualquer alteração encontrada nas funções dos principais órgãos e as consequentes alterações na formulação ou via de administração da NE devem constar na história clínica do paciente.
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5.8. Avaliação Final Antes da interrupção da TNE o paciente deve ser avaliado em relação à: capacidade de atender às suas necessidades nutricionais por alimentação convencional; presença de complicações que ponham o paciente em risco nutricional e ou de vida possibilidade de alcançar os objetivos propostos, conforme normas médicas e legais.
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5.10. Inspeções A unidade hospitalar está sujeita a a inspeções sanitárias para verificação do padrão de qualidade do Serviço de TN, com base no Anexo I, bem como o grau de atendimento às BPPNE (Anexo II) e BPANE (Anexo III).
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Obrigada!
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Sinal de bandeira: A pele da face está freqüentemente despigmentada, desenvolvendo-se dermatoses em áreas de atrito, como, por exemplo, na região inguinal e no períneo. Surgem áreas de hiperpigmentação que, eventualmente, descarnam. Os cabelos apresentam alteração de textura, cor (discromias) e são quebradiços. Os cabelos pretos tornam-se castanhos ou avermelhados. Pode estar presente o "sinal da bandeira", que consiste na alteração segmentar (em faixas) da cor dos cabelos, traduzindo períodos alternados de pior e melhor nutrição. Ceratomalacia lesão na córnea, prefigurada pelo surgimento de pontos ressecados e esclerosados (pontos xeróticos) na conjuntiva, que acaba por se tornar esclerosada e insensível; ceratite, ceratomalácia. A xerose da conjuntiva é caracterizada pela perda de brilho e transparência da superfície conjuntival, além de um processo de espessamento e enrijecimento. As manchas de Bitot são manchas de formato variável, normalmente triangulares e que estão localizadas sobre a conjuntiva bulbar temporal e nasal. Essas manchas são formadas em virtude do acúmulo de células epiteliais descamadas, fosfolipídios e bacilos. A xerose corneal acontece quando a córnea fica sem brilho, seca e com aspecto granular em razão do rompimento do filme lacrimal. Em situações mais graves, a córnea pode sofrer um processo erosivo, o que configura a erosão corneal, que causa uma fotofobia intensa. Após esse momento, pode ocorrer a formação de uma úlcera corneal única e com bordas definidas. São então lançadas enzimas que podem levar ao quadro de necrose denominado ceratomalácia, provocando assim uma cegueira irreversível. estomatite substantivo feminino pat termo genérico para qualquer inflamação da mucosa da boca [Apresenta lesões, sinais e evolução muito diversos, de acordo com o agente causal, que pode ser vírus (herpes, varicela etc.), bactéria, fungo, alergia, ulceração mecânica, câncer da boca etc.]. Queilose, também designada de queilite é um termo médico que pretende caracterizar uma inflamação dolorosa com craqueamento dos cantos da boca. Por vezes, queilose ocorre apenas num lado da boca, mas geralmente envolve ambos os lados. Queilite é causada por uma infecção por levedura (Cândida). A levedura cresce facilmente na umidade que se acumula nas dobras de pele no canto da boca
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O termo parestesia refere-se às sensações cutâneas como formigamento, pressão, frio ou queimação nas mãos, braços, ou pés, mas que também pode ocorrer em outras partes do corpo. A parestesia, que acontece sem aviso, geralmente não apresenta dor e é descrita como formigamento, coceira ou pressão na pele. A Vitamina B1, cujo nome químico é tiamina, anteriormente conhecida como vitamina F, tem as seguintes funções no organismo: Importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração. Auxilia as células no metabolismo da glicose e sua deficiência causa lesão cerebral potencialmente irreversivel.
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