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Alimentos da região norte
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As cinco regiões do brasil
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A região norte do brasil
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Números da região norte
A Região Norte do Brasil é a mais extensa com km², sendo composta por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Além de ser a maior região territorial, nela está localizada os dois maiores estados do Brasil: Amazonas e Pará, respectivamente. Apesar de ser a maior região do Brasil, é a menos povoada. A região faz divisa ao sul com Mato Grosso, Goiás e a Bolívia, ao norte faz divisa com Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, ao leste com Maranhão, Piauí e Bahia, e a oeste com Peru e Colômbia.
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A história dos alimentos da região norte do Brasil tem início com os indígenas. Eles utilizavam o que a natureza oferecia e se alimentavam, basicamente, de mandioca, milho, carne de caças, peixes, raízes, frutas silvestres, palmito, castanhas, “cocos” de palmeiras e algumas folhas. Esse costume perdura até hoje com os índios que não têm muito contato com os homens brancos e que conseguem dessa forma preservar melhor a sua cultura. As inúmeras palmeiras da flora brasileira, entre as quais o babaçu, a carnaubeira, o buriti ou miriti, a ouricuri, a inajá, foram bastante usadas pelos indígenas na sua alimentação. Delas extraiam frutos, óleos, bebidas e farinhas. Muito importante também era o caju que, além de poder ser comido, servia para fazer suco, doce, vinho, licor, farinha e bolo com as suas castanhas. Os cariris e os tapuias costumavam entrar em conflitos para se apoderarem dos cajueiros existentes em áreas litorâneas.
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BABAÇU
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CARNAUBEIRA
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BURITI
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ORICURI
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INAJÁ
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CAJU
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Mesmo com a chegada dos portugueses e com a mistura de temperos e sabores que eles trouxeram, as folhas, raízes e frutos consumidas pelos indigenas continua muito presente na culinária da região. Os portugueses acrescentaram sabores a cozinha da região norte trazendo galináceos, bovinos, caprinos e suínos e novas técnicas de conservação destes alimentos em sal e açúcar. Além das técnicas de conservação de alimentos, trouxeram as técnicas para preparar tipos de carnes como linguiças salgadas e defumadas, além de doces do tipo pudins, bolos e tortas. Também trouxeram o azeite de oliva que se tornou popular na região norte e no país inteiro. Mesmo com todos os novos sabores, a mandioca era e ainda é um dos alimentos fundamentais da região norte. Ela serve para preparar muitos pratos e, em particular o beiju, um tipo de tapioca fina, misturada com glúten e posta em secagem no calor.
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O beiju é preparado na região de várias formas e recebe nome diferentes. Existe o “beiju-ticanga, feito com massa de mandioca mole e seca ao sol, o beijuaçu, feito da mesma massa que o beiju-ticanga, só que cozido no forno e o beiju caribe, posto de molho e reduzido a uma massa, a que se acrescenta mais água, morna ou fria, formando uma espécie de mingau, mais ou menos ralo, que se toma com água morna de manhã e com água fria, no jantar, além do curadá, que é um beiju grande e grosso, feito de tapioca umedecida, com pedaços maiores de mandioca, enrolado e misturado com castanha crua em pequenos fragmentos. Ainda hoje é feito um popular prato indígena chamado macapatá. Trata-se de um bolo feito de massa de mandioca mole que, depois de espremida no tipiti, é amassada com banha de tartaruga e com pedaços de castanha crua. A massa é espalmada (batida e tornada plana igual a palma da mão) e, em pequenas porções alongadas, envolvidas em folhas de bananeira, para serem assadas em rescaldo. (cinzas com brasas)
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TIPITI
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Além do uso da mandioca, o milho é outra grande estrela da culinária da região norte, além de algumas bebidas típicas da região norte, como o quya, feito de pimentas secas ou batidas no pilão com farinha de mandioca e o cauim, feito com caju fermentado e que, justamente pela fermentação, provoca alucinações quando é ingerido. A pimenta é um outro ingrediente de muito uso na culinária da região norte e que também foi trazido das culinárias da África e dos povos indígenas. Estes grupos consumiam a pimenta em grandes quantidades e o passar dos anos manteve esse hábito na região. Um dos principais tipos de pimenta da região norte é a pimenta Murupi. Este tipo é cultivado nos estados do Amazonas e do Pará, onde na maior parte das vezes, é consumida em conserva ou no tucupi, a pimenta Murupi, da espécie Capsicum Chinese é reconhecida pelo seu sabor picante e diferenciado. Os frutos da pimenta Murupi são alongados e possuem coloração verde, quando não estão maduros, passando depois para o amarelo e, finalmente, atingindo a coloração vermelha quando fica madura. Seu fruto possui picância de média a alta e um aroma intenso.
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PIMENTA MURUPI VERMELHA E VERDE
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PIMENTA MURUPI AMARELA
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Vale registrar que, muitas frutas existentes na região ou foram extintas, ou são, hoje, pouco conhecidas da população. Apenas as pessoas que habitam áreas de matas conhecem alguma delas. Podemos citar algumas como : guti, caiuia, pajurá, mundururu, bacupari, curuiri, mucujé, umari, amaitim, azamboa, penão, araticum, guapuronga, grumixama, entre outras. ARATICUM
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ARATICUM
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AZAMBOA
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AMAITIM
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Anos mais tarde, com a chegada dos nordestinos a região Norte, novos sabores foram acrescentados a culinária da região. Pratos que nunca tinham sido consumidos na região, tais como bode assado, sarapatel de porco, buchada de bode, sarrabulho, pirão de frutos do mar e caldeirada de tucunaré. No cardápio do Norte é possível se escolher os seguintes pratos: paçoca (peixe ou carne pilada, misturada com farinha de mandioca); piracuí (ou “areia de peixe”), peixe torrado no forno e peneirado; moquém (carne ou peixe assado sobre brasas, embrulhado em folha de bananeira); tanajura frita; arabu (gema de ovo de tartaruga com farinha); mujanguê (mingau de gema de ovo de tartaruga e farinha de mandioca mole); moqueca de tucunaré; rabada ao tucupi; paxicá (picadinho de fígado de tartaruga, com sal, limão e pimenta malagueta), entre tantos outros. No que diz respeito às sobremesas, foi marcante a influência portuguesa que associou o açúcar às frutas da Região - açaí, cupuaçu, guaraná, maná cubiu, piqui, pupunha, murici, além de transformar todas estas frutas em exóticos sucos, sorvetes, pudins, doces, bolos, mousses e compotas. Não se pode esquecer os molhos de tucupi e tacacá, de influência indígena, que são indispensáveis à cozinha da região norte.
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MOLHO TUCUPI
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MOLHO TACACÁ
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ALGUNS PRATOS DA REGIÃO NORTE
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Bolinhos de Piracuí
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MUJANGUÊ
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PAXICÁ
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MOQUECA DE TUCUNARÉ
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FRUTAS DA REGIÃO NORTE
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CUPUAÇU
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MANÁ
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GUARANÁ
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PIQUI
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AÇAI
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PUPUNHA
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