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Disciplina: Economia Internacional

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Apresentação em tema: "Disciplina: Economia Internacional"— Transcrição da apresentação:

1 Disciplina: Economia Internacional
Professor: Francisco Eduardo Pires de Souza 1º Semestre de 2017

2 Exercício Em 2015 o balanço de pagamentos do Brasil registrou um déficit de US$ 59 bilhões nas Transações Correntes e um superávit de US$ 300 milhões na conta capital (números aproximados). Sabendo-se que os erros e omissões foram de US$ 3,7 bilhões, pergunta-se: Qual o saldo da conta Financeira? Se a posição de investimento internacional registrou um valor negativo de US$ 775 bilhões em 31/12/2014, e não ocorreram outras variações que não as causadas pelo BP em 2015, qual seria a PII 31/12/2015? Respostas: F =TC+K+E&O = -59+0,3+3,7 = - US$ 55 bilhões PIIt = PIIt-1 + TC + K +E&O = PIIt-1 + F = -US$ 775bi – US$55bi = - US$830 bi

3 O significado de equilíbrio do BP
Dado o sistema de partidas dobradas, a soma de todas as contas do BP vai ser zero. Neste sentido há sempre um equilíbrio global. Mas é um equilíbrio simplesmente contábil, destituído de sentido econômico. Na equação básica do BP, a soma do saldo em transações correntes (TC) e da conta capital (K) deve ser igual ao saldo da conta financeira (F), já que este saldo é contabilizado como a diferença entre a aquisição de ativos (débito) e o aumento do passivo (crédito). F = TC + K (o equilíbrio significa, nesta equação, que todo saldo das contas TC e K é financiado por um saldo igual de F, supondo que não existam E&O). Neste sentido, a noção de equilíbrio também é um truísmo. Porém há 3 formas de chegar a esse equilibrio agregado (e para simplificar, vamos abstrair a K, que é muito pequena): TC = 0 e F = (Neste caso, difícil de ocorrer na prátiva, há equilíbrio no sentido de ser uma situação sustentável, que pode sempre permanecer como está, não gerando, coeteris paribus, forças desestabilizadoras nem de auto-correção) TC<0 e F< (DTC, financiado por fluxos líquidos de entrada em F) TC>0 e F> (STC, residentes financiando o défiict dos não residentes via fluxos líquidos de saída em F) Qual a implicação das duas últimas situações? País obtem recursos (físicos e financeiros) do exterior e aumenta sua posição devedora a não residentes; País concede recuros ao exterior e aumenta sua posição credora no exterior Compare as 3 situações acima para um país com a situação de 3 indivíduos: um que gastou tanto quanto ganhou no mês; outro que gastou mais do que ganhou e obteve um empréstimo para cobrir a diferença; e um terceiro que gastou menos do que ganhou e aplicou a diferença num fundo de investimento.

4 Compra e venda de ativos externos pelo Banco Central x Fluxos financeiros autônomos (OBS: substituiu-se aqui a notação Fnr por Fa, indicando o financiamento autônomo, por ser mais simples) Chama-se de fluxos financeiros autônomos (Fa)aqueles que são induzidos por interesses econômicos dos agentes residentes e não residentes. Por que o Banco Central compra e vende ativos externos? => intervenções, por exemplo, para estabilizar o valor da moeda doméstica e não por um interesse econômico (do tipo: obter rendimento na forma de juros) Quando vende ativos/haveres aos bancos está sendo uma fonte de dólares para os bancos => aumentam os ativos em moeda estrangeira dos bancos comerciais e diminuem os do banco central. F = Fr + Fa (o financiamento total de DTC vem de Fr e de Fa) E substituindo a equação acima na equação do BP global: Fa + Fr= TC +K, ou: Fr = TC +K – Fa (a acumulação de reservas pelo Banco Central é igual ao saldo das contas TC e K menos a acumulação de ativos pelo setor privado. Interprete o que aconteceu com o BP: Fr = TC +K – Fa => 10=15+1-6 Houve um superávit de 16 bi nas contas corrente e de capital; a ele corresponderam uma acumulação líquida de ativos externos de 6 bi pelo setor privado, e o Banco Central adquiriu ativos no valor de 10 bi (provavelmente para impedir uma queda da taxa de câmbio).

5 Mais um sentido para a noção de desequilíbrio do balanço de pagamentos
Suponha, que em determinado ano TC +K = - US$ 3 bilhões e Fa = - US$ 5 bilhões. Qual a variação das reservas? TC + K - Fa = Fr (ou R) => Fr = -3 – (-5) = 2 No exemplo acima temos um desequilíbrio “benigno”: um resultado positivo nas contas “não reservas” do balanço de pagamentos (TC+K+Fa) e uma acumulação de reservas (DR = Fr) pelo Banco Central.

6 Um exemplo de déficit nas demais contas que não as reservas
Suponha, que em determinado ano TC + K = - US$ 3 bilhões e Fa = -US$ 2 bilhões. Qual a variação das reservas? TC + K - Fa = Fr (ou R) => Fr = -3 – (-2) = -1 No exemplo acima temos um desequilíbrio que já não é “benigno” como o anterior. Sucessivos déficits globais podem levar a um esgotamento do estoque de reservas do Banco Central. Num regime de câmbio fixo esta situação é mais dramática do que num regime de câmbio flutuante.

7 (Fa) TC + K – Fa + EO= Fr = DR Obs: como não estamos num exemplo teórico, e sim usando os dados reais do balanço de pagamentos, não podemos usar a versão simplificada da equação básica do balanço de pagamentos. Temos que incluir a conta capital e os erros e omissões. – (-111) + 4 = 11 Ou seja, o déficit em transações correntes e na conta capital (mais E&O) foi de 100, mas como houve uma captação líquida de recursos de 111 sobraram 11 que foram comprados pelo Banco Central e incorporados às reservas.

8 Balanço de pagamentos e contas de riqueza (Posição do investimento interenacional - PII)
“No contexto das contas internacionais, os estoques são chamados de “posições” (BPM6)”. Daí Posição de Investimento Internacional. “Fluxos (BP) e posições (PII) são integrados de tal forma que todas as mudanças nas posições entre dois pontos no tempo devem ser inteiramente explicados pelos fluxos registrados” (BPM6). O que significa que, além dos fluxos do BP, temos que acrescentar as mudanças oriundas de variações de preços, etc (conta de outras mudanças nas contas de ativos e passivos financeiros, que designaremos por “OV”)

9 Balanço de pagamentos e contas de riqueza (Posição do investimento internacional - PII)
F =TC+K+E&O e, para fins teóricos desconsideramos os E&O, logo: F =TC+K (1) PIIt = PIIt-1 + F + OV (2) Substituindo (1) em (2), temos: PIIt = PIIt-1 + TC+ K + OV Para focar nossa análise na relação entre o Balanço de Pagamentos e a PII, vamos considerar que OV = 0. Temos então que: PIIt = PIIt-1 + TC+ K A variação da PII será dada então por: (PIIt - PIIt-1 ) = TC+ K, ou: DPII = TC+ K Podemos simplificar ainda mais, supondo K =0 (já que é, em geral, uma conta com valores muito pequenos). Temos então: DPII = TC

10 A relação de feed-back entre o balanço de pagamentos e a posição de investimento internacional
De um lado, já vimos como o saldo das transações correntes afeta a PII (DPII = TC) Mas a PII também afeta o saldo em transações correntes. Vejamos como. TC = BC + BS + RP + RS RP = J + L + OR, onde? J = juros líquidos recebidos do exterior (JR – JP, ou seja CR – D) L = lucros e dividendos líquidos recebidos do exterior OR = outras rendas líquidas recebidas do exterior Mas o que determina cada uma das rendas líquidas recebidas do exterior? Juros recebidos = i* Dnr (taxa de juros externa x Dívida dos não residentes com os residentes) Juros pagos = i* Dr (taxa de juros internacional x Dívida Externa Bruta do País) Lucros recebidos = Estoque de IDE x taxa média de lucros distribuídos pelas filiais das empresas brasileiras no exterior Lucros remetidos = Estoque de IDP x taxa média de lucros distríbuidos pelas filiais das empresas estrangeiras Etc Logo, quanto maior o estoque de ativos externos, maior a renda líquida recebida do exterior, e quanto maior o estoque de passivos externos, menor a renda líquida recebida do exterior (ou maior a renda líquida enviada ao exterior.


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