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WALLON (1879 – 1962)
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Henri Paul Hyacinthe Wallon
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VIDA
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Henri Paul Hyacinthe Wallon era filho do arquiteto Paul Alexandre Joseph Wallon e Sophie Marguerite Zoé Allart. Neto de um importante historiador e político Francês, Henri Alexandre Wallon, que foi discípulo de Michelet e político de oposição ao Segundo Império. Deputado na Assembleia Constituinte, foi o autor da emenda conhecida como "emenda Wallon" que introduziu a palavra "república" na Constituição de 1875. Foi casado com a Germaine Anne Roussey e não tiveram filhos.
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1879 1902 1908 Nasceu em Paris, França em 15 de junho de 1879.
Viveu somente em Paris.
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1879 1902 1908 Antes de chegar à psicologia, com 23 anos se formou em filosofia ESCOLA NORMAL SUPERIOR
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1879 1902 1908 Logo após a Filosofia se formou em Medicina.
Trabalhou em um dos maiores acontecimentos do mundo, alguns anos depois.
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1920 1925 Atuou como médico do exército francês, permanecendo vários meses no front, ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos. O contato com lesões cerebrais de ex-combatentes fez com que revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças deficientes.
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1920 1937 Em 1920 Henri se tornou professor na lendária Universidade de Sobornne, na França. Lá ele foi encarregado de ministrar conferencias sobre psicologia da criança. Também lecionou em outras instituições e foi o primeiro teórico reconhecer a importância da afetividade no ensino infantil.
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1920 1925 Wallon funda em Paris um laboratório de atendimento e pesquisas de crianças tidas como deficientes. Publica sua tese de doutorado “A Criança Turbulenta”. Inicia um período de intensa produção com todos os livros voltados para a psicologia da criança.
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1931 1935 É encarregado de Conferências sobre a Psicologia da Criança como professor na Universidade de Sorbonne e em outras instituições de ensino superior.
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1929 1931 1935 Wallon viaja para Moscow, onde é convidado a integrar o Círculo da Rússia Nova. A proposta deste grupo, formado por intelectuais de várias áreas, era aprofundar o estudo do materialismo dialético e examinar sua aplicação em várias áreas do conhecimento. Nesse período, atuou como médico em instituições psiquiátricas e consolida-se seu interesse pela Psicologia da criança. Foi durante sua permanência na Rússia que Wallon travou contato com Lev Vygotsky.
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1929 1931 1935 Wallon viaja para o Brasil.
Deu conferências no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. Segundo o sociólogo Gilberto Freire, que o recebeu no Rio de Janeiro, passaram o dia todo correndo em escolas e no morro da Mangueira.
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Integrou a Sociedade Francesa de Pedagogia (1937 a 1962).
Leciona Psicologia e Educação no Colégio de França (berço da psicologia francesa). Integrou a Sociedade Francesa de Pedagogia (1937 a 1962). 1937 1949 Na 2ª Guerra atuou na Resistência Francesa contra os alemães, foi perseguido pela Gestapo. Em 1941 foi proibido de lecionar, mas continuou encontrando com seus discípulos na clandestinidade.
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Integra a Comissão do Ministério da Educação Nacional para reformulação do sistema de ensino francês. Wallon foi chamado em 1944, a integrar uma comissão nomeada pelo Ministério da Educação Nacional, sendo um dos encarregados da reformulação do sistema de ensino Francês, assumindo a presidência desta comissão após a morte do físico Paul Langevin. 1939 1942 1944 1945 1946 Torna-se vice-presidente do Grupo Francês de Educação Nova (1946 a 1962) — instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 até sua morte. Wallon filia-se ao partido comunista, lutando contra a ocupação nazista. O último livro “Origens do pensamento na criança’.
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1946 1948 1962 A partir desse ano, Wallon preside a seção francesa da Liga Internacional da Educação Nova, fundada em 1921, e que congregava pedagogos, psicólogos e filósofos críticos do ensino tradicional.
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1946 1948 1962 É criada a revista “Enfance”. Neste periódico, as publicações servem como instrumento de pesquisa para psicologia e educação. Esta revista é publicada até hoje tentando seguir a mesma linha editorial da primeira publicação.
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Morre em Paris, França, aos 83 anos.
1946 1948 1962 Morre em Paris, França, aos 83 anos.
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OBRAS
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Obras NÃO TRADUZIDAS Délire de persécution. Le délire chronique à base d'interprétation., Baillière, Paris, 1909 La conscience et la vie subconsciente em G. Dumas, Nouveau traité de psychologie, PUF, Paris ( ) L'enfant turbulent, Alcan, Paris, 1925, reed. PUF, Paris 1984 Les origines du caractère chez l'enfant. Les préludes du sentiment de pesonnalité, Boisvin, Paris, 1934, reed.PUF, Paris, 1973 La vie mentale, Éditions sociales, Paris, 1938, reed. 1982 L'évolution psychologique de l'enfant, A. Colin, Paris, 1941, reed. 1974 De l'acte à la pensée, Flammarion, Paris, 1942 Les origines de la pensée chez l'enfant, PUF, Paris, 1945, reed. 1963
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Obras TRADUZIDAS Psicologia e educação da infância
Objetivos e métodos da psicologia Idioma: Português Idioma: Português Editorial Estampa Editorial Estampa Edição 1980 Edição 1980 340 páginas 232 páginas
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Obras TRADUZIDAS Evolução psicológica da criança
As origens do pensamento na criança Idioma: Português Idioma: Português Editor Martins Fontes Editora Manole Edição 2007 Edição 1989 208 páginas 528 páginas
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DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão, LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl de; São Paulo, Summus, 1992. FERRARI, Márcio. Henri Wallon: o educador integral. Revista Nova escola, Edição especial, jul _______________. Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil. 4ª Ed. Petrópolis, Vozes, 1995, 133p. Disponível: < Acesso em 28 de abril de 2017. LIMA, Rafaela. Wallon: o educador integral. Disponível em: < Acesso em 28 de abril de 2017. NASCIMENTO, Cláudia Terra. Henri Wallon. Disponível em: < Acesso em 22 de abril de 2017. AOQUI, Veronica, Henry Wallon. Disponível em: < Acesso em 20 de abril de 2017. CARVALHO, Rebeca. Henry Wallon e o Pensamento pedagógico. Disponível em: < Acesso em 20 de abril de 2017. ROSE, Ricardo Ernesto. A obra de Henry Wallon e sua influência na psicologia da educação. Disponível em: < Acesso em 28 de abril de 2017. REFERÊNCIAS
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Conceitos
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A abordagem teórica A teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa (formação da personalidade e inteligência como um processo); Para ele, a gênese da inteligência é biológica e social, ou seja, o ser humano é organicamente social. Nessa estrutura orgânica ocorre intervenção da cultura; Focou seu estudo no desenvolvimento humano a partir do desenvolvimento psíquico da criança, concluindo que este é fruto da maturação e das condições ambientais.
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Conceitos Toda pessoa é afetada tanto por elementos externos quanto por sensações internas e responde a eles. Essa condição humana recebe o nome de afetividade e é crucial para o desenvolvimento. Diferentemente do que se pensa, o conceito não é sinônimo de carinho e amor. Segundo Wallon, a afetividade é expressa de três maneiras: por meio da emoção (ativação orgânica), do sentimento (representação da sensação) e da paixão (autocontrole em função de um objetivo).
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Conceitos Os espasmos, risos, gritos e outros comportamentos do recém-nascido são demonstrações da sua emoção. Por meio dela o bebê comunica algo que o afeta. Por ter como característica uma ativação orgânica (não controlada pela razão), altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, sendo a mais visível das expressões afetivas "O lugar que ocupam as emoções no comportamento da criança, a influência que continuam a exercer sobre o do adulto, abertamente ou em surdina, não é, pois, um simples acidente, uma simples manifestação de desordem." Henri Wallon no livro As Origens do Caráter na Criança
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Conceitos Segundo Wallon, o desenvolvimento infantil vai do sincretismo à categorização. O termo vem da filosofia onde, sincretizar significa reunir. Neste contexto, realidade e fantasia não têm distinção. Os conhecimentos são facilmente adquiridos em experiências pessoais, informações dos meios onde vive, histórias, mitos e fábulas, no entanto, não há ainda capacidade de organizá-los. Quando tenta explicar o mundo à sua volta ou responder a algum questionamento, a criança enfrenta obstáculos e procura diversos mecanismos para fugir deles. Entre as principais estratégias de resposta estão a tautologia, a elisão e a fabulação.
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Campos funcionais movimento afetividade Inteligência pessoa
Para Wallon, a cogniçãoestá alicerçada em quatro categorias de atividades cognitivas específicas, às quais dá-se o nome de campos funcionais. Inteligência pessoa
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Estágios de desenvolvimento
estágio 1* 1 3 anos estágio 2 3 12 impulsivo emocional meses Predominantemente afetivo. Por meio da afetividade que a criança estabelece suas primeiras relações sociais e com o ambiente. Os movimentos do bebê, de início, são caóticos mas as relações que estabelece, gradualmente permitem que a criança passe da desordem gestual às emoções diferenciadas. 36 18 sensório-motor projetivo Predomínio das relações exteriores e da inteligência. A inteligência é eminentemente prática e, uma vez que os campos funcionais são indissociáveis, o pensamento via de regra se projeta em atos motores. Nesse período, destacam-se os aspectos discursivos que, por meio da imitação favorece a aquisição da linguagem. * Alguns autores preferem considerar as subdivisões deste estágio como estágios propriamente ditos, elevando, assim, para 6 o número total de estágios.
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Estágios de desenvolvimento
3 estágio 3 - personalismo 6 anos anos 4 crise de oposição Consciência de si própria constatada pelo uso de “eu”, “meu” e “não”; ponto de vista único e exclusivo; crises de oposição com as pessoas do meio próximo; ressentimentos e diminuição da autoestima quando contrariada; sentimentos de ciúme, posse extensiva aos objetos e as cenas para chamar a atenção dos que estão ao seu redor. 5 idade da graça Busca pela admiração e satisfação pessoal; expressão elegante, suave e sedutora, a fim de ser aceita pelos outros; só agrada a si mesma se sabe que agrada aos demais; timidez quando frustrada em sua necessidade de afirmação; apropriação de papéis e personagens admiradas, enriquecidas com características subjetivas. imitação Esforço por substituir o outro por meio da imitação; representação garante ao pensamento a função de antecipação; relação entre um significante e significado; expressa simbolicamente os objetos interiorizados. Predomínio da afetividade, refletindo a característica pendular do desenvolvimento. Nesse estágio, forma-se a personalidade e autoconsciência do indivíduo autônomo.
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Estágios de desenvolvimento
6 estágio 4 11 anos estágio 5 categorial* adolescência Predomínio, mais uma vez, da afetividade. As transformações físicas e psicológicas da adolescência acentuam o caráter afetivo desse estágio. Conflitos internos e externos fazem o indivíduo voltar-se a si mesmo, para auto afirmar-se e poder lidar com as transformações de sua sexualidade. Predomínio, mais uma vez, da inteligência e da exterioridade. Inicialmente, incapacidade para analisar as qualidades, propriedades, circunstâncias e conjunturas das imagens ou situações. A seguir, passa a pensar conceitualmente e avançando para o pensamento abstrato e raciocínio simbólico, favorecendo funções como a memória voluntária, a atenção e o raciocínio associativo. Para Wallon, após a adolescência, o desenvolvimento permanece em processo. Afetividade e cognição estarão, dialeticamente, sempre em movimento, alternando-se nas diferentes aprendizagens que o indivíduo incorporará ao longo de sua vida * Alguns autores preferem considerar subdivisões neste estágio, nominando como pré-categorial (ou do pensamento sincrético), seu período inicial.
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Contribuições à educação
A educação deve atender às necessidades imediatas de cada fase do processo de desenvolvimento infantil, permitindo que o indivíduo possa desenvolver plenamente todas as aptidões inerentes em cada etapa de seu crescimento. O professor não deve se colocar como exclusivo detentor do saber e único responsável por sua transmissão. Todavia, também não deve abdicar deste papel, submetendo-se indiscriminadamente à espontaneidade infantil. A educação deve atender ao mesmo tempo a formação integral do indivíduo e à estruturação da sociedade, preparando o indivíduo a participar da vida social.
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DANTAS, H. A infância da razão: uma introdução à psicologia da inteligência de Henri Wallon. São Paulo: Manole, 1990. GALVÃO, IZABEL. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 7ª.ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2000.(Educação e conhecimento). TRAN-THONG. Estádios e conceito de estádio de desenvolvimento da criança na psicologia contemporânea. Porto, Afrontamento, 1981. VERÍSSIMO, MARA RÚBIA ALVES MARQUES. "O materialismo histórico e dialético nas abordagens de Vygotsky e Wallon acerca do pensamento e da linguagem". In: Educação e filosofia, v.10, n.19, p , jan./jun VIEIRA, LAURA HELENA CHAVES NUNES. Desvelando o prazer sexual feminino: o preço de uma opressão milenar. Porto Alegre. Dissertação de Mestrado, PUC/RS, 1993. WALLON, HENRI, (1975). Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa. bibliografia
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Conceitos Elcio Humphreys Jefferson Borges Leandro Soares Marcelo Rossi Pablo Lima Sanchez Vida e Obra Daniel Goes Gabriel Oliveira Gabrielle Cunha Lucas Theodoro Vinícius Augusto
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