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PublicouFelipe Dino. Alterado mais de 7 anos atrás
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KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. - Prefácio - Capítulo XII – O Progresso através das Revoluções Professor: Msº. Felipe Fontana
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Prefácio Thomas Kuhn foi estudante de pós-graduação em Física Teórica e foi neste período que suas reflexões que culminaram no “A Estrutura das Revoluções Científicas” iniciaram-se; Relatório de pesquisa; Foi em um curso experimental que apresentava a física para não cientistas que aproximou Kuhn da história da ciência; Este contato com a história da ciência minou as antigas concepções sobre a natureza da ciência e razões de seu sucesso incomum. ◦ Repare que o que foi minado em Kuhn foi a Filosofia da Ciência que ele aceitava. Suas antigas ideias sobre filosofia da ciência “não se adaptavam às exigências do empreendimento apresentado pelo estudo histórico”, apesar de serem fundamentais em muitas discussões científicas.
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Prefácio Decidiu “perseguir detalhadamente” as carências de verossimilhança das velhas teorias sobre a ciência, e ao fazer isso, mudou seus planos profissionais. ◦ Saiu da física e foi para a história da ciência. “E, a partir daí, de problemas históricos relativamente simples às preocupações mais filosóficas”; Kuhn afirma: “Este ensaio é uma tentativa de explicar a mim mesmo e a amigos como me aconteceu ter sido lançado da ciência para a sua história” ; Ora, explicar como se lançou da ciência à sua história é fazer filosofia da ciência Mostra livro do Koyré; Os historiadores da ciência mostraram a Kuhn, muito mais do que os filósofos da ciência contemporâneos, o que era pensar cientificamente, numa época em que os cânones do pensamento científicos eram muito diferentes dos atualmente em voga
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Prefácio Além dos historiadores Kuhn admite débito com: Piaget – psicologia da percepção e Gestalt; Quine – distinção entre juízos analíticos e sintéticos; Fleck – sociologia da comunidade científica. Tornou-se professor de História da Ciência em 1952. Suas ideias filosóficas (a Estrutura...) forma se constituindo em uma fonte de orientação implícita e de estruturação de problemas para grande parte de suas aulas mais avançadas. De modo que a prática docente de Kuhn também o ajudou a amadurecer sua tese. Em 58-59 passou um ano convivendo com cientistas sociais, que o fez ver quanto o desacordo entre estes era maior e mais profundo no que tange à natureza do método e 1 aos problemas científicos legítimos, que entre praticantes das ciências naturais.
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Prefácio Tanto seus conhecimentos de história da ciência, quanto seu próprio treinamento como físico teórico fizeram-lhe duvidar de que os praticantes das ciências naturais possuíssem respostas mais firmes ou mais permanentes sobre questões de método e legitimidade dos problemas científicos do que os cientistas sociais; E, apesar disso, a prática da das ciências naturais (astronomia, física, química, biologia) normalmente não evocam as controvérsias sobre fundamentos que parecem endêmicas entre psicólogos ou sociólogos. Foi a reflexão sobre a fonte desta diferença entre as áreas que levou Kuhn ao conceito de Paradigma. PARADIGMA: realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência
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Prefácio A construção deste conceito propiciou muito rapidamente o primeiro esboço de sua tese da Estrutura das Revoluções Científicas. “Este trabalho permanece antes um ensaio do que o livro de amplas proporções que o assunto acabará exigindo”. Reparem (p.14 1-2) que os acréscimos que Thomas Kuhn sugere que precisam ser feitos ao seu livro são acréscimos HISTÓRICOS e não filosóficos; A sua tese filosófica está completa no livro; Então, podemos dizer que “a necessidade de condensação rápida” a que Kuhn alude em foi o que ajudou a que seu livro fosse um livro de Filosofia e não um livro de História da Ciência. Afirma que não tratou suficientemente bem das “implicações filosóficas da concepção de ciência historicamente orientada” que apresenta. Disse que tentou apontar e documentar as principais
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Capítulo XII – O Progresso Através das Revoluções. Kuhn nos faz uma pergunta: Qual é o processo pelo qual um novo candidato a paradigma substitui seu antecessor? E ele mesmo nos dá o mapa para chegarmos à resposta que esquematizamos abaixo (No final deste trabalho aprofundamos a discussão ao apresentamos o posfácio do ensaio de KUHN): 1. Qualquer nova interpretação da natureza seja ela uma descoberta ou uma teoria, aparece primeiramente na mente de um ou mais indivíduos, sendo estes os primeiros a aprender a ver a ciência e o mundo de uma nova maneira: Este pesquisador é um solucionador de quebra-cabeças, testando diversas articulações da teoria para encaixá-las em seus experimentos, dado ainda o paradigma como pressuposto
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Capítulo XII – O Progresso Através das Revoluções. Estes cientistas tiveram sua atenção concentrada sobre problemas que provocam crises. E estes cientistas são normalmente jovens ou novos na área em crise, para que suas práticas científicas não estejam tão enraizadas no velho paradigma e não tão comprometidas com seus colegas de área. 2. O Estado de crise se inicia, abrindo espaço para o teste de um novo paradigma apenas quando: Depois que o fracasso persistente na resolução de um quebra cabeça dá origem a uma crise; O sentimento de crise evoca um candidato a paradigma substituto. 3. Verificação dos paradigmas concorrentes é como a seleção natural onde se escolhe a concorrente mais viável entre as propostas em uma situação histórica determinada.
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Capítulo XII – O Progresso Através das Revoluções. 4. Os debates se intensificam, podendo durar anos, ou até mesmo só chegando ao final quando da morte de um dos lados. O mais importante do momento pré-revolucionário é apresentar motivos para convencer a comunidade científica de que a crise que se inicia não é apenas mais um momento de necessidade de rearticulação do paradigma dominante e, sim o momento de substituição de uma teoria científica por outra mais moderna, abrangente ou verdadeira: Nenhuma das partes concorrentes aceitará todos os pressupostos não- empíricos de que o adversário necessita para defender sua posição; Não se vence um debate de paradigmas por meio de provas, mas por outros motivos inclusive a comparação; O equilíbrio entre argumento e contra-argumento pode ser muito grande mesmo na área de estudos que se iniciou o estado de crise, e em outras áreas não problemáticas, onde o paradigma não está sendo questionado, por oferecer respostas aos problemas em foco, a escola tenderá a manter a tradição e fortalecer o paradigma dominante;
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Capítulo XII – O Progresso Através das Revoluções. Incomensurabilidade das tradições científicas: Discordância sobre a definição e escolha de problemas a serem resolvidos; Seus padrões científicos e suas definições de ciência são diferentes e incompatíveis. A comunicação através da linha divisória revolucionária é inevitavelmente parcial com utilização de técnicas de persuasão ou a argumentos e contra argumentos: Alegação de que o novo paradigma é capaz de resolver os problemas que conduziram o antigo paradigma a uma crise. Essa argumentação terá grande chance de êxito se o novo paradigma apresentar precisão quantitativa superior à seus competidores. Argumentos persuasivos que apontam a capacidade do novo paradigma de resolver um problema que o paradigma antigo nem suspeitava existir, mas que no momento se aceita e confirma a presença e a necessidade de solução. Impactante e fácil argumentação por trazer novos dados incontestáveis. Argumentos apelativos ao sentimento de “mais apropriado”, “mais claro”, “mais adequado” e “mais simples”. As primeiras versões de uma teoria.
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