FUNÇÃO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO

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Apresentação em tema: "FUNÇÃO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO"— Transcrição da apresentação:

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2 FUNÇÃO DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO
Ana Luiza Mendes Borges – Tomara Educação e Cultura Teresina, 04 de julho de 2018.

3 Objeto da pesquisa Pesquisa documental, bibliográfica e diagnóstica sobre a função da coordenação pedagógica no ensino médio público, no território nacional, com destaque para os estados parceiros do Projeto Jovem de Futuro. Realização: Tomara! Educação & Cultura Período: maio, junho e julho de 2016

4 Objetivos Investigar a estrutura do trabalho do coordenador pedagógico nos diferentes estados brasileiros Identificar as dificuldades enfrentadas por esses profissionais em seus cotidianos e rotinas Pesquisar os entendimentos e usos que os profissionais possuem e fazem dos horários coletivos de trabalho com os professores

5 Revisão bibliográfica Levantamento de legislação e políticas públicas
Desenho da pesquisa Frentes Mapear principais debates nacionais e internacionais sobre o CP, contemplando as produções a partir da década de 90 1 Revisão bibliográfica 3 Pesquisa de campo 2 Levantamento de legislação e políticas públicas Conhecer a realidade da função a partir do contato com CPs, supervisores regionais e técnicos das Secretarias Estaduais de Educação nas redes parceiras do PJF Construir banco de dados da legislação e políticas públicas sobre o CP no ensino médio nos 26 estados, DF e Governo Federal

6 Frente 1 – revisão bibliográfica

7 Frente 1 – Revisão Bibliográfica
Eixos temáticos adotados: Formação continuada; Gestão democrática e trabalho cotidiano nas escolas: as atribuições e funções do CP e seu papel como articulador da comunidade escolar; Projeto Político Pedagógico e Ensino e Aprendizagem; Políticas públicas e reformas educacionais.

8 Frente 1 – Revisão Bibliográfica
Produto final Matriz visual dos 34 textos por eixo temático, década de publicação e abrangência; Fichamentos dos 34 textos acompanhados de ficha catalográfica e bibliografia relacionada.

9 Frente 2 – Levantamento de legislação e políticas públicas

10 Frente 2 – Levantamento de legislação e políticas públicas
488 documentos relativos aos Estados, Distrito Federal e Governo Federal 28 quadros-resumo com informações sobre o CP

11 Frente 2 – Levantamento de legislação e políticas públicas
Banco de dados online – Com quadro resumo por estado ou Governo Federal, a busca também pode ser feita por tipo de documento e por ano.

12 Frente 2 – Levantamento de legislação e políticas públicas

13 Frente 3 – PESQUISA DE CAMPO

14 03 rodas de conversa com CP
Frente 3 – Pesquisa de Campo Abrangência 4 estados participantes: ES, GO, PA e PI 46 entrevistas 14 técnicos de Secretaria 13 supervisores regionais 19 CP 03 rodas de conversa com CP

15 Frente 3 – Pesquisa de Campo
CP nos estados visitados - Nomenclatura e carga horária GO Coordenador Pedagógico 40h (30h escola e 10h estudo) PA Especialista ou Técnico em Educação 30h ES Pedagogo 25h PI Coordenador Pedagógico 40h

16 FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES
LEGISLAÇÃO, FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES LEGISLAÇÃO FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES Espírito Santo Lei no 5580/1998 apresenta atribuições dos profissionais do magistério de forma geral e Regimento Comum das Escolas da Rede Estadual orientam a função planejamento, orientação, acompanhamento e avaliação das atividades pedagógicas promoção da integração entre as diferentes áreas de estudo que compõem o currículo aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem formação de professores acompanhamento pedagógico Goiás Estatuto do Magistério (Lei de 25/09/2001), sugestão de Regimento Interno e Diretrizes Operacionais da Secretaria orientam a função coordenador de turno: assume funções que antes eram do CP, como questões disciplinares e operacionais Pará Estatuto do Magistério Público Estadual (1986) e Regimento Escolar das Escolas Públicas Estaduais de Educação Básica (2005) especificam o cargo de “técnico em educação”, mas sem clareza acompanhando pedagógico avaliação das atividades pedagógicas Piauí Portaria nº 004/2016 concede orientações gerais para a função participação na formações ofertadas pelas GREs, quando solicitado

17 ROTINAS E FLUXOS ROTINA Espírito Santo Goiás Pará Piauí
Foco nas questões disciplinares dos alunos e no diálogo com a família Acompanha a circulação de pessoas na unidade escolar Tarefas administrativas e burocráticas, como preenchimento de fichas e formulários dos alunos, responder s, etc. Dificuldade de destinar tempo para questões pedagógicas Resistências dos professores especialistas Goiás Atividades relacionadas ao processo de ensino aprendizagem podem ser bem desempenhadas quando existe a figura do Coordenador de Turno Formações em serviço em sua rotina, que são mensais e possuem duração de 4 horas Pará Parceria com direção da escola para administrar o cotidiano Mediação de conflitos e tarefas administrativas, operacionais Acumula funções e conta com ajuda de outros funcionários da escola para conseguir dar conta das suas diversas tarefas diárias Piauí Atividades burocráticas (exerce funções do diretor ou do secretário da escola) Serviços que consideram ser de responsabilidade do “bedel” da escola; mediação de conflitos; questões de indisciplina; orientação aos demais profissionais da escola em relação às regras e materiais da escola; controle de entrada e saída de alunos

18 HORÁRIO COLETIVO DE TRABALHO
FORMATO DIFICULDADES Espírito Santo Elaboração de pautas mensais pela SEDU: superintendências têm autonomia para adequar pautas cf demandas formativas das escolas Planejamentos semanais com pautas definidas exclusivamente pelos CP: áreas planejam atividades, discutem conteúdos e trabalham os resultados das avaliações de desempenho Garantir a participação efetiva dos professores Formação muito voltada ao atendimento de demandas de programas e projetos externos à escola Falta formação para lidar com problemas específicos de aprendizagem identificados a partir das avaliações externas Limite para o debate de assuntos específicos da escolas Goiás SEDUCE elabora e envia às escolas a pauta com os conteúdos comuns e gerais e orienta Questões específicas são inseridas pelos CP a partir da leitura do cenário de aprendizagem dos alunos e das possibilidades de aprimoramento em cada uma das disciplinas Falta de formação específica para lidar com questões como uso de drogas e alta vulnerabilidade dos jovens Limite para o debate de assuntos específicos da escolas e pouca autonomia para definição de temas a serem trabalhados Pará Conselhos de classe (bimestral) Semanas pedagógicas ou planejamento (anual) O horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC) ou hora-atividade do professor (HA) ainda não acontece efetivamente Garantir a participação efetiva dos professores (cargas horárias esparsas e falta de clareza na regulamentação) Piauí Programa de Formação Continuada “Chão da Escola” (a formação em horário coletivo estava sendo institucionalizada na época da pesquisa) Garantir a participação efetiva dos professores (cargas horárias esparsas) Rotatividade dos docentes (que estão lotados em diferentes escolas e redes de ensino)

19 Considerações finais

20 Considerações finais Apesar de existir certo consenso do ponto de vista teórico e conceitual sobre as funções e atribuições do coordenador pedagógico (CP como agente mobilizador e articulador da comunidade escolar, responsável pela formação continuada dos docentes e um dos responsáveis pela construção coletiva do PPP da escola), os desafios e problemáticas enfrentados pelo cargo têm se desdobrado ao longo das últimas três décadas em torno das mesmas questões. As dificuldades encontradas na efetivação da função no Ensino Médio, apontadas pelos trabalhos acadêmicos sobre o CP, encontram correspondência tanto no levantamento legislativo e normativo como nos resultados coletados com a pesquisa de campo. O panorama apresentado pela legislação, muito diversa, incompleta e de difícil acesso e compreensão em vários Estados da Federação, corrobora a ideia de que o papel e a identidade do CP ainda se encontram em construção no Brasil.

21 Considerações finais Pesquisa de campo + pesquisa de legislação e políticas públicas: mesmo quando há uma definição formal do ponto de vista legal das atribuições da função de coordenador pedagógico, esta, geralmente, se apresenta descolada da prática. Uma das principais atribuições do CP (observada nas 3 frentes da pesquisa) é a formação continuada de professores, apontada como uma das mais difíceis concretizações da coordenação pedagógica nas escolas. Casos de resistência dos professores em relação ao trabalho do CP foram relatadas em todos os Estados da pesquisa de campo.

22 Considerações finais Outra problemática persistente nos relatos é a falta de tempo e de recursos por parte do coordenador pedagógico – que acaba sendo impelido a privilegiar a resolução de problemas emergenciais e burocráticos da escola. Na prática, a responsabilidade em lidar com questões burocráticas, operacionais e emergenciais atribuída ao coordenador pedagógico é histórica e está explicitada pela revisão bibliográfica. As reuniões pedagógicas e os horários coletivos de trabalho se configuram como outro ponto de fragilidade das atribuições do CP, apontado tanto pela revisão bibliográfica quanto pela pesquisa de campo. Nos Estados pesquisados, foram constantes as referências à falta de uma formação inicial específica para o CP que aborde as atribuições e problemáticas vivenciadas por esse profissional dentro da escola.

23 Obrigada!  Tomara! Educação & Cultura


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