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Programa de Formação de Professores

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Apresentação em tema: "Programa de Formação de Professores"— Transcrição da apresentação:

1 Programa de Formação de Professores
A musicalidade como resultante de práticas sociais Reflexões sobre o conceito de musicalidade: em busca de novas perspectivas teóricas para a educação musical (p ) - Silvia Nassif C. Schroeder Metodologia de Ensino de Música com Estágio Supervisionado – Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro Programa de Formação de Professores Bianca Viana: 17/05/2018

2 Abordagens Aspectos sociais e culturais: importantes para a ed. musical Abordagem para educadores que fundamentam na sociologia e na antropologia: contexto educacional onde se processa o ensino Experiências individuais e de determinado grupo Abordagem psicológica: noção construtivista da aprendizagem nos moldes piagetianos Conhecimento musical se constrói na interação do indivíduo com o meio segundo etapas mais ou menos fixas Vivência musical rica é suficiente para aquisição desse conhecimento

3 Diálogo com o cotidiano musical dos alunos: primeiro passo, MAS não suficiente para apropriação efetiva da música como forma de linguagem Apropriar da música = apropriar dos modos de significação culturalmente convencionalizados dessa música Para isso: só acontece por meio de mediação de outras pessoas que transmitem na prática musical esse conhecimento, que também lhes foi transmitido por outros em outras práticas “Considero a grande busca da ed. musical um ensino que possibilite a apropriação da produção musical existente, deixando espaço para o novo. Em outras palavras, uma educação que encontre uma terceira via entre o mero reprodutivismo e o espotaneísmo”

4 Hipótese vigotskiana Hipótese vigotskiana: psiquismo se constitui numa permanente produção através de mediações Musicalidade, enquanto parte do psiquismo, também só pode ser entendida como uma produção das práticas sociais Não é algo que o indivíduo possua a priori (posição inatista) nem algo que ele aprende apenas pela experiência(posição empirista) mas alguma coisa que, nas interações sociais, vai se constituindo nele de um modo particular Não há como pensar a musicalidade ou o processo de musicalização (entendida como apropriação da linguagem musical) desvinculados das práticas interativas, das contextualizações sociais e históricas

5 Aprendizagem mediada Considerar psiquismo como social e conhecimento como produção histórica: considerar que a aquisição de qualquer conhecimento tem que passar por um processo de aprendizagem mediada Aquisições espontâneas dependem, no mínimo, de uma observação atenta de como outras pessoas são afetadas por esse conhecimento

6 Alexander Luria Diferentemente do animal, cujo comportamento tem apenas duas fontes - 1) os programas hereditários de comportamento, subjacentes no genótipo e 2) os resultados da experiência individual - , a atividade consciente do homem possui ainda uma terceira fonte: a grande maioria dos conhecimentos e habilidades do homem se forma por meio da assimilação da experiência de toda a humanidade, acumulada no processo da história social e transmissível no processo de aprendizagem. (...) A grande maioria de conhecimentos, habilidades e procedimentos do comportamento de que dispõe o homem não são o resultado de sua experiência própria, mas adquiridos pela assimilação da experiência histórico-social de gerações. Este traço diferencia radicalmente a atividade consciente do homem do comportamento animal (Luria, 1979)

7 Música: forma de linguagem simbólica
Pode ser acessível a qualquer pessoa Colocada como um dos sistemas semióticos socialmente constitutivos do ser humano: condicionar a sua aprendizagem a uma apropriação de suas significações convencionalizadas Assim: todo processo de musicalização deve passar por uma internalização dessas significações Não é mús. como sistema lógico que é internalizada e que depois atribui um significado – é inverso: são os sentidos musicais, nos seus vários níveis que, internalizados, possibilitarão a absorção do sistema

8 Na prática Duas possibilidades:
Imersão intensiva num meio musical privilegiado durante um período mais ou menos longo, em uma idade precoce Reservado a poucos Percepção das significações se dá num nível não consciente Como falante da língua materna: não precisa refletir sobre o discurso musical para entendê-lo e se expressar por meio dele Consciente de que a mús. não é algo “natural”, tratá-la como uma língua estrangeira (artifícios para ela ser apropriada de modo a se constituir numa “segunda língua”) Precisa penetrar em um universo musical constituído, dominar significações socialmente partilhadas, absorver a gramática a ponto de poder expressar-se por meio dela Desenvolver familiaridade em relação à música

9 Significação estética
Todo ensino de música: ter apropriação das significações estéticas Se intenção é reprodução do repertório tradicional: ter apropriação das significações estéticas é condição necessária para formar verdadeiros intérpretes e não músicos que reproduzem sons tal como um papagaio (que não tem ideia do que esteja “falando”) Se intenção é criação musical: apropriação da música como sistema significativo é necessário, pois não existe criatividade no vazio, mas só a partir de um campo bem definido e incorporado “Somente a posse das significações musicais pode fornecer um ponto de partida para a criação musical, mesmo que a intenção musical seja tentar ir além das significações cristalizadas pela cultura”

10 Significação estética
Se objetivo não for formar instrumentista, regente ou compositor, mas sim um bom ouvinte: somente um discernimento estético justificará o ensino Nesse caso não há como se “refugiar” na técnica

11 Significação estética
Se mais importante é o modo como se aprende (visão construtivista) e não ao o que se aprende: conteúdos musicais específicos se tornam secundários no processo de aprendizagem, e “criação livre” privilegiada Se a aquisição do conhecimento musical supõe inserção num universo onde as produções musicais têm sentido e valor particulares: conteúdos são privilegiados e aula de música em contexto especializado

12 Significação estética
Assim: qualquer que seja a expectativa ou o objetivo final de um ensino que tenha a música como objeto de estudo, não prescindir dessa apropriação das significações estéticas

13 Referência SCHROEDER, Silvia Nassif. Reflexões sobre o conceito de musicalidade: em busca de novas perspectivas teóricas para a educação musical Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2005 – p


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