Candidíase: Alicina Contra-ataca

Apresentação em tema: "Candidíase: Alicina Contra-ataca"— Transcrição da apresentação:

1 Candidíase: Alicina Contra-ataca
Ana Carolina da S. Oliveira, Larissa Lima de Almeida, Vitor Geraldi Gomes Orientador: Prof. Ms. Genoilson de B. Alves/ Co-orientador: Prof. Ms. Edna Aparecida F. de Almeida INTRODUÇÃO A candidíase é uma doença infecciosa causada por fungos oportunistas do gênero Candida. Dessa forma, apesar de comumente estarem presentes na flora microbiana do intestino humano, as quedas na imunidade do hospedeiro podem acarretar na colonização desordenada das mucosas e a invasão de órgãos por esses fungos. As espécies C. albicans, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis e C. tropicalis são as mais habitualmente relacionadas a essas infecções. Após o teste de diversas metodologias, a aplicação de um extrato aquoso de alho, se mostrou um eficiente antifúngico, podendo assim ser utilizado como fitoterápico. Seus resultados se dão por meio da alicina, princípio ativo do alho, que possui grandes propriedades antimicrobianas. Tendo como base essas informações, formulou-se uma cápsula fitoterápica desse extrato, a qual mantém suas atividades antifúngicas combatendo septicemias causadas pelo gênero Candida e inibe o odor característico do alho, comumente desagradável as pessoas. Figura 1: Inibição do extrato aquoso de alho Fonte: Acervo pessoal A partir desses resultados foi estabelecida a concentração do extrato de 500mg/mL, a qual obteve os melhores resultados quanto a inibição das cepas de Candida. Com isso o extrato foi encapsulado com alginato de sódio e CaCl2, e suas cápsulas foram testadas em meios com diferentes pHs para avaliar em qual desses ocorre sua melhor liberação. Com isso, foi comprovado que no meio ácido a cápsula possui maior facilidade em dissolver-se, porém sua dissolução ocorre com menor intensidade em meio alcalino. METODOLOGIA Descascar e pesar os bulbos de alho Macerar os bulbos em um almofariz utilizando água deionizada a 40°C Filtrar a solução e armazenar o extrato em um frasco âmbar. Figura 2: Formação das cápsulas com o extrato Adicionar em um béquer 10mL de Alginato e 8mL do extrato de alho Preparar uma solução de CaCl2 0,5M e uma de alginato de Sódio 0,75%m/v Adicionar 30mL da solução de CaCl2 em um béquer Pipetar a solução de alginato+extrato no béquer contendo o CaCl2 Aguardar uma hora e lavar as capsulas formadas com água deionizada Armazenar as cápsulas em um frasco. Fonte: Acervo pessoal Fonte: Acervo pessoal CONCLUSÃO Por meio da análise microbiológica do extrato produzido pode-se afirmar a eficiência da alicina contra a colonização de espécies potencialmente patogênicas do gênero Candida. Com isso as cápsulas de extrato de alho possibilitam o tratamento alternativo para pacientes que possuem candidíase, visto que esse é um método de baixo custo e com grande eficiência. Dessa forma, a produção de um fitoterápico a base de alicina, poderia ser a solução para o tratamento de pacientes imunodeprimidos, que não podem ser submetidos a tratamentos com medicamentos sintéticos, sendo esse um método minimamente invasivo por se tratar de um produto natural. RESULTADOS A partir do extrato obtido, foi realizado um antibiograma que demonstrou em um intervalo de 24 horas as seguintes inibições nas espécies C. glabrata, C. krusei e C. parapsilosis: Gráfico 1:Antibiograma com extrato aquoso do alho REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALDERONE, Richard; CLANCY, Cornelius. Candida and candidiasis. 2ª edição. Washington, DC: ASM press, p. KOCH, Heinrich P.; LAWSON, Larry D. Garlic The Science and Therapeutic Application of Allium sativum L. and Related Species. 2ª edição; Baltimore: Williams & Wilkins, 1996 SIMÕES, Cláudia; et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6ª edição. Florianópolis: UFRGS, 2007. Os asteriscos acima das linhas representam as diferenças significantes entre as barras indicadas com *p<0,05,**p<0,01,***p<0.001. Fonte: Acervo pessoal.