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Luxações do quadril e fraturas da cabeça do fêmur
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Introdução Atualmente são lesões comuns São lesões de alto impacto
Frequentemente associadas a pct politrauma (lesões de órgãos pélvico- abdominais) Com frequência as lesões na pelve passam desapercebidas nos pct graves => politrauma = Rx pelve São emergências => redução rápida
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Classificação das luxações
São classificadas de acordo com a relação entre a cabeça femoral e o acetábulo Luxações anteriores, posteriores e centrais
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Luxações anteriores Constituem 10-15% das luxações traumáticas
A cabeça femoral repousa anterior ao plano coronal do acetábulo Ocorrem em acidentes da automóvel quando o joelho golpeia o painel com a coxa abduzida, quedas de alturas e secundariamente a uma pancada nas costas do pct enquanto em posição acocorada
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Luxação anterior - superior - inferior
Superior (tipos púbicos ou ilíacos) => abdução, rotação externa e extensão do quadril Inferior (tipo obturador) => abdução, rotação externa e flexão do quadril Pode-se ter associado fratura da cabeça femoral e do acetábulo
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Diagnóstico clínico Ex. físico => encurtamento
A posição do membro sugere o diagnóstico - superior => o quadril está estendido e rodado externo; a cabeça femoral é palpável próximo à EIAS(tipo ilíaco) ou na virilha (tipo púbico) - inferior => o quadril está abduzido, rodado externo e em vários graus de flexão; a cabeça femoral é palpável na região do forame obturador
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Achados radiográficos
Rx AP do quadril => o diagnóstico já é evidente Avaliação radiográfica cuidadosa => avaliar fraturas do rebordo ou assoalho acetabular, cabeça femoral e colo femoral => prevenir danos durante a redução e determinar condutas de tto e prognóstico TC
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Classificação da luxação anterior
Método de Epstein
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Tipo IA => LS sem fratura associada
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Tipo IB => LS com fratura associada da cabeça
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Tipo IC => LS fratura associada do acetábulo
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Tipo IIA => LI sem fratura
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Tipo IIB => LI fratura da cabeça
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Tipo IIIC => LI com fratura do acetábulo
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Tratamento Diagnóstico precoce e pronta redução fechada sob anestesia geral ou peri Múltiplas tentativas de redução não são recomendadas (2-3) Redução fechada forçada no pct não relaxado => causar danos adicionais Insucesso redução fechada => redução aberta
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Métodos de redução fechada
Método da gravidade de Stimson - não está indicada na lux. Anterior superior
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Manobra de Allis
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Manobra de Bigelow Inversa
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Tratamento após a redução
Tração => varia de 8 dias a 4-6 sem após lux. Simples Durante o tempo de tração é instituído exercício controlado de amplitude de movimentação para ajudar a nutrição da cartilagem articular Lux. associada com fraturas do acetábulo ou cabeça femoral => período mais longo de imobilização
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Complicações precoces
Comprometimento neurovascular - pressão direta sobre a artéria, nervo ou veia femorais => redução imediata - ocorrem principalmente nas lux. superiores; inferiores raras Irredutibilidade
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Complicações tardias Artrite pós-traumática
- fatores associados com o desenvolvimento => fraturas do acetábulo, colo e necrose asséptica Necrose asséptica - aparecem 2-5 anos após a lux. - ocorrem em até 8% dos casos Luxações recorrentes - Imobilização inadequada
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Luxações posteriores São mais comuns devido à alta incidência de traumas de alta energia O mecanismo de lesão é uma força aplicada contra um joelho flexionado estando o quadril em graus variados de flexão (painel do automóvel) Quadril posição neutra ou aduzido => lux. simples Quadril em leve abdução => lux. + fratura do rebordo postero-superior do acetábulo A cabeça femoral repousa posterior ao plano coronal do acetábulo
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Diagnóstico clínico O membro acometido encontra-se encurtado, rodado interno e aduzido Lesão associada do nervo ciático é encontrada em 10-14% dos casos Associação com lesões ligamentares do joelho ipsilateral, fraturas da cabeça do fêmur e fraturas da diáfise femoral
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Achados radiográficos
Rx AP do quadril => confirma o diag. Isoladamente não é satisfatório para avaliação de fraturas associadas Oblíquas interna e externa de judet Três áreas devem ser radiografadas antes a redução - a cabeça femoral - o acetábulo - o colo do fêmur TC
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Após a redução Rx de repetição são obtidos para averiguar
a adequação da redução da lux. a presença ou ausência de fragmentos de fratura aprisionados no espaço articular a precisão da redução dos fragmentos de fraturas associadas de cabeça femoral e de acetábulo para determinar a necessidade de redução aberta
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Segundo Epstein “qualquer alargamento do espaço articular após a redução deve sugerir a possibilidade de fragmentos soltos na articulação, redução incompleta de um fragmento de cabeça fraturada ou interposição de tecidos moles Alargamento persistente do espaço articular => indicação absoluta para artrotomia do quadril
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Classificação Método de Thompson e Epstein
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Tipo I => com ou sem pequena fratura
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Tipo II => com uma grande fratura isolada do rebordo acetabular posterior
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Tipo III => com cominuição do rebordo do acetábulo com ou sem um grande fragmento
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Tipo IV => com fratura do assoalho acetabular
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Tipo V => com fratura da cabeça femoral
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A fratura-luxação tipo V foi subclassificada em quatro tipos de acordo com Pipkin
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Tipo I Pipkin
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Tipo II de Pipkin
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Tipo III de Pipkin
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Tipo IV de Pipkin
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Tratamento luxações posteriores
Tipo I - redução fechada dentro das primeiras 12 horas - técnicas de Stimson, Allis ou Bigelow - após redução => tração cutânea ou esquelética (2,2 a 3,6 kg) para proporcionar conforto e cicatrização capsular - a tração deve impedir o quadril de ser flexionado, rodado interno e aduzido
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Manobra de Allis http://traumatologiaeortopedia.com/
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Manobra de bigelow
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- a tração é mantida até que o quadril esteja livre de dor (vários dias – 2 sem) e tenha boa amplitude de movimento - imobilização em aparelho gessado pelvipodálico => contra-indicado - início da carga => controverso Vaughan => meses pós redução Epstein => reassumir sustentação do peso quando a dor e espasmo desaparecerem Stewart => 2-4 sem pós redução
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Tipo II a IV Conflito entre os autores - redução fechada primária
- redução aberta primária Rockwood => tipo II - grande fragmento acetabular posterior - redução aberta primária (via de acesso posterior) restaurando a congruência e estabilidade articular - após => tração para encorajar amplitude de movimentação - descarga de peso somente após 6 sem
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Tipo III Avaliação cuidadosa dos Rx pré-redução e da TC
Se os fragmentos do rebordo posterior forem suficientemente grandes para permitir fixação interna estável => redução aberta primária + tração 3 sem (para que seja obtida amplitude de movimento) Carga após 6 sem Se os fragmentos do rebordo posterior forem muito cominutivos => redução fechada+ tração 6-8 sem
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Tipo IV Redução fechada + tração por sem (dependendo da fratura acetabular) com exercício precoce de amplitude de movimentação
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Tipo V Tipo I Pipkin - redução fechada e avaliação Rx => se houver redução da fratura => 6 sem de tração + sustentação protegida do peso tipoII Pipkin - redução fechada + Rx => boa redução – tração => redução inadequada– TC + redução aberta
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Tipo III Pipkin Depende da idade do pct
Pct idoso candidato à substituição por endoprótese => hemiartroplastia ou artroplastia total Pct jovem => redução aberta e fixação interna
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Tipo IV Pipkin Depende da fratura acetabular
A fratura pode variar de uma fratura insignificante do lábio acetabular posterior que não exige nenhum tto até o desvio da abóbada de descarga de peso exigindo redução operatória
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Complicações precoces
Paresia do N.ciático Luxações posteriores irredutíveis Lesões despercebidas dos ligamentos do joelho Luxação recorrente em tração
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Complicações tardias Luxação posterior recorrente Miosite ossificante
Necrose asséptica Artrose pós traumática
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Luxações centrais Ocorrem em todos os grupos etários adultos
São o resultado de uma pancada na face lateral do trocanter com a cabeça femoral transmitindo a força para dentro do acetábulo
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Diagnóstico clínico Encurtamento do membro afetado e grave dor e espasmo muscular com a tentativa de movimentação do quadril Equimose pode aparecer sobre o trocanter maior
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Diagnóstico radiográfico
Rx AP de bacia => interrupção grosseira da relação cabeça femoral – acetábulo Solicitar oblíquas interna e externa => são essenciais para delinear as linhas de fratura e os desvios
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Classificação 1. Fratura sem desvio (tipos em linha única e estrelado)
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2. Fraturas da parede interna
A.cabeça femoral concentricamente reduzida embaixo da abóbada nas radiografias iniciais
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B.cabeça femoral não reduzida embaixo da abóbada acetabular mas luxada centralmente
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3. Fraturas da abóbada superior
A.Contorno macroscópico da abóbada acetabular intacto e congruente com a cabeça femora
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B.Contorno macroscópico da abóbada acetabular não intacto e não congruente com a cabeça acetabular
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4. Fraturas de explosão (todos os elementos do acetábulo estão comprometidos )
A.Fraturas nas quais a congruencia permanece entre a cabeça femoral e a abóbada acetabular
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B.Fraturas nas quais há incongruência entre a cabeça femoral e a abóbada acetabular
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Tratamento Dilema => cirúrgico x não cirúrgico Objetivos :
- restaurar a relação cabeça femoral- acetábulo, pela redução da cabeça femural - restaurar a estabilidade da articulação - reestabelecer as superfícies articulares - instituir exercício precoce de amplitude de movimento de modo a arredondar os fragmentos da fratura
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Métodos Tração com ou sem redução fechada da cabeça femoral
Redução aberta e fixação interna Artroplastia ou artrodese primária
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