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Portugal - GTI Grupo de Trabalho sobre Investigações

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Apresentação em tema: "Portugal - GTI Grupo de Trabalho sobre Investigações"— Transcrição da apresentação:

1 Portugal - GTI Grupo de Trabalho sobre Investigações
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Departamento de Educação Mestrado em Educação Área de Especialização: Didáctica da Matemática Fundamentos da Didáctica da Matemática Portugal - GTI Grupo de Trabalho sobre Investigações Ana Cristina Costa Idália Pesquita Marta Procópio Mónica Acúrcio

2 na APM – Associação de Professores de Matemática no II SIEM – Porto
GTI Criado: em 1991 na APM – Associação de Professores de Matemática no II SIEM – Porto o primeiro coordenador: Henrique Guimarães Visa reunir pessoas interessadas na investigação em Educação Matemática Actividades: Organização anual do Seminário de Investigação em Educação Matemática A edição da Revista Quadrante A publicação da Colecção Teses Cria um espaço de expressão da comunidade de investigação no campo da educação Matemática, para divulgação, comunicação, confronto e discussão de ideias e trabalhos realizados. Promove, ainda, a articulação entre a investigação nesta área e o ensino da Matemática

3 “O professor como investigador” – Abril 2000
GTI Grupo de estudos Objectivos: Recolher e divulgar informação sobre o tema Promover a (auto)formação dos membros do grupo “O professor como investigador” – Abril 2000 “Investigação sobre a própria prática” – Outubro 2001 Início do slide: Em finais de 1998, consideraram que seria importante identificar novas perspectivas de trabalho visando a incrementação da relação entre os professores e a investigação. A mudança: porque o foco se deslocou do actor (o professor que investiga) para o objecto de estudo (a sua prática profissional). Assim, o tema do grupo de estudos deixou de ser “O professor como investigador” evoluindo para o tema “Investigação sobre a própria prática” Os elementos do grupo eram professores e formadores que estavam à partida interessados na investigação. Neste caso, muitos deles realizavam ou tinham realizado recentemente estudos de mestrado ou doutoramento que serviram de base ao seu contributo para o grupo.

4 1ª Fase - “O professor como investigador”
GTI 1ª Fase - “O professor como investigador” Metodologia de trabalho: Reuniões periódicas para discussão de artigos sobre o tema Actividades: Análise e discussão de textos Identificação de bibliografia Exploração de sites Preparação e edição de uma colectânea sobre o tema Materiais utilizados: Livros Revistas Internet Nesta 1ª fase o grupo era essencialmente um grupo de estudo, atendendo às actividades desenvolvidas No último ponto das actividades: até Junho de 2001 mantém-se todas as actividades excepto esta última.” Depois da fase da discussão previa-se a possibilidade da elaboração de uma colectânea com uma selecção de textos.

5 2ª Fase - “Investigação sobre a própria prática”
GTI 2ª Fase - “Investigação sobre a própria prática” Metodologia de trabalho: Escrita de artigos sobre experiências em curso ou recentemente concluídas Escrita de artigos de natureza teórica sobre reflexão, trabalho colaborativo e investigação sobre a própria prática Envio por a todos os elementos do grupo Reuniões periódicas para discussão colectiva dos artigos produzidos pelos membros do grupo Actividades: Elaboração de um livro Análise e discussão dos textos originais Identificação de bibliografia Exploração de sites Nesta fase o grupo deixa de ser um mero grupo de estudo e passa a ser um grupo que reflecte sobre a sua própria investigação partilhando as experiências com os outros membros A Reflexão escrita sobre a experiência teve por base um Questionário de questões abertas

6 Questionário – conjunto de questões abertas
GTI Questionário – conjunto de questões abertas Aprendizagens realizadas Dificuldades sentidas Papel da colaboração Inexperiência em trabalhos desta natureza Dificuldades em produzir os textos Todos os participantes reconheceram que efectuaram novas aprendizagens referentes ao tema e a outros relacionados (investigação sobre a própria prática, reflexão, investigação-acção,…) e ainda que desenvolveram as suas competências e o seu interesse em trabalhar neste campo. Papel sentido por cada um: Como professor de matemática e como formador de professores Essa nova visão contribuiu para que se sentissem mais seguros de si mesmo como profissionais e para o desenvolvimento de diversas capacidades em especial ao nível da comunicação oral e escrita Os elementos tomaram consciência que esta atitude contribuía para o acima referido

7 Aprendizagens realizadas:
GTI Aprendizagens realizadas: Aprofundamento de conhecimentos Nova visão sobre o papel profissional Atitude reflexiva Dificuldades sentidas: Gestão do tempo Número de elementos do grupo Sentimento de apreensão pela dificuldade da tarefa Papel da colaboração: Articulação entre objectivos gerais e objectivos individuais Cultura de colaboração Em resumo, vários participantes indicam dificuldades de natureza diversa na sua participação na actividades deste grupo de estudos. Algumas dessas dificuldades têm a ver com circunstâncias externas – especialmente, outros compromissos que não deixavam o tempo desejado para o trabalho do grupo. Outros participantes referem aspectos de natureza pessoal, considerando terem uma certa impreparação para o trabalho em causa e um certo receio de não o concluir nos prazos acordados com o nível de qualidade desejado. Uma das participantes manifestou alguma incomodidade em relação a certos momentos de impasse vividos pelo grupo e outra revelou ter passado por um momento de grande crise, tendo dificuldade em se enquadrar com o que lhe era pedido pelo grupo e em encontrar o modo de lhe corresponder. a articulação entre os objectivos individuais e os do grupo parece ter-se baseado sobretudo em três factores: (i) a abrangência dos objectivos inicialmente definidos para o grupo; (ii) o carácter desafiador e estimulante das metas definidas colectivamente para a segunda fase do trabalho – a elaboração de uma publicação colectiva sobre um tema reconhecido como de grande relevância profissional; e (iii) a correspondência entre estes objectivos e interesses e as motivações dos participantes. A constituição de um espírito de grupo a partir de um conjunto de pessoas com características diversas (com experiências e estatutos profissionais diferentes e com diferentes expectativas em relação ao trabalho) permitiu que os participantes sentissem o trabalho colaborativo como um elemento promotor da aprendizagem e desenvolvimento profissional Desenvolveram-se relações de empatia e confiança, no quadro de uma liderança informal em que as decisões eram tomadas colectivamente pelo próprio grupo. Houve uma divisão de papéis natural entre os participantes que escolheram trabalhar temas de natureza teórica e os que elaboraram artigos descrevendo as suas experiências pessoais, o que não só proporcionou um produto final mais interessante, como permitiu uma maior fundamentação e elaboração dos artigos empíricos e proporcionou matéria para reflexão aos artigos mais teóricos. Nas discussões dos artigos todos os membros do grupo participaram com papéis idênticos, uns naturalmente de modo mais interventivo e outros mais reservado, de acordo com as suas características pessoais.

8 “Reflectir e investigar sobre a prática profissional”
GTI “Reflectir e investigar sobre a prática profissional” Setembro de 2002 Objectivo: Dar a conhecer aos profissionais da educação matemática a problemática da investigação sobre a prática Organização do livro Ensaios teóricos Relatos de experiências vividas pelos autores Dois textos produzidos em 2001 Bibliografia temática O grupo de estudos tinha numa primeira fase um propósito relativamente amplo (estudar um tema), que foi evoluindo, que se foi enriquecendo, e que assumiu, a partir de certa altura, uma nova fase caracterizada por uma meta bem definida (elaborar um livro). Ilustrando-a com casos concretos de trabalhos de investigação realizados em Portugal A relevância desta publicação decorre do reconhecimento, cada vez maior, pelos profissionais da educação (professores dos vários níveis de ensino, formadores, psicólogos escolares e técnicos de administração) do valor da investigação sobre a própria prática, como um meio de promover o desenvolvimento profissional e organizacional e como contributo para a produção de conhecimento relevante sobre a área em questão. São 3 ensaios sobre “investigar sobre a própria prática”, “a reflexão e o professor como investigador” e “investigação colaborativa. Potencialidades e problemas” 10 relatos de experiências que dizem respeito a trabalho realizado em aulas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino secundário e em programas de formação inicial e contínua de professores. Professores desde o 1º ciclo ao ensino superior A Bibliografia está organizada em 4 categorias temáticas que se consideraram ser instrumentos úteis para documentar a situação portuguesa do trabalho existente neste campo e para auxiliar que no futuro se pretende iniciar no tema e ainda uma pequena nota biográfica sobre os autores

9 GTI O estágio e o projecto de formação em didáctica da matemática: Uma experiência Lina Brunheira É licenciada em Ensino da Matemática em 1994 na FCUL Nesta altura exercia funções docentes no DEFCUL, onde trabalhava na formação inicial de professores de matemática Em 2000 concluiu o mestrado na FCUL sobre o conhecimento e as atitudes dos professores estagiários face à realização de investigações na aula de Matemática Integrou o projecto Matemática para Todos Projecto investigar e aprender Redactora da revista Educação e Matemática da APM

10 Problema de estudo Questões:
GTI Problema de estudo Quais as potencialidades do trabalho investigativo no ensino-aprendizagem da Matemática como tema de aprofundamento no estágio pedagógico? Questões: Será a investigação uma actividade apropriada no âmbito da formação inicial e, em particular, na fase de estágio pedagógico? Qual o papel que cabe ao orientador de estágio?

11 Metodologia: - Abordagem qualitativa – Estudo de caso múltiplo
GTI Metodologia: - Abordagem qualitativa – Estudo de caso múltiplo - Participantes: 3 professores estagiários - Métodos de recolha de dados: Diário de bordo Relatório Observação Os 3 estagiários eram: 2 professoras e um professor, com aproximadamente a mesma idade 22 anos Eram colegas e amigos desde o ensino secundário Fizeram o curso juntos – formando um núcleo de estágio Era um núcleo bastante coeso, cujo trabalho conjunto veio posteriormente a revelar uma cumplicidade e uma partilha notáveis Dois deles tinham sido alunos seus no 4º ano da licenciatura Eles mostraram interesse em que ela fosse a sua orientadora. Posto isto considerou a hipótese de os seleccionar para esta investigação. É de referir que por questões de ética profissional só o fez numa fase em que não era sua professora e em que o estágio não lhe estava atribuído, por forma a deixá-los decidir sem quaisquer constrangimentos Diário de bordo - constitui um dos principais instrumentos deste estudo constitui um dos principais instrumentos deste estudo, dois tipos de notas que integrarão o diário de bordo: notas de tipo descritivo e de tipo reflexivo. As primeiras procuram captar, por palavras, uma imagem “do local, pessoas, acções e conversas observadas”. As últimas referem-se “ao ponto de vista do observador, as suas ideias e preocupações” As notas que constituem o diário de bordo são retiradas de reuniões formais e informais com os estagiários e da assistência às suas aulas. Relatório: estes deveriam elaborar relatórios relativos à realização de aulas de investigação e um relatório final de balanço do trabalho realizado os relatórios contivessem registos do tipo descritivo, com o relato com mais ou menos pormenorizado do decurso da aula e de alguns episódios relevantes, e ainda notas de tipo reflexivo, onde os professores explicitassem a sua reflexão e a avaliação sobre a experiência realizada. os relatórios são também um elemento fomentador da reflexão, decisiva para a aprendizagem.

12 Trabalho desenvolvido
GTI Trabalho desenvolvido Reuniões de coordenação Reuniões de preparação de aulas de investigação Balanço do trabalho realizado Nas primeiras reuniões planificação do primeiro capítulo de Geometria do 10º ano (por sugestão dos estagiários) Os professores estagiários sentiam-se inseguros relativamente a esta área de Matemática e perdidos com a preparação destas aulas A proposta inicial sugerida pelos estagiários eram bastante tradicional, baseada essencialmente no manual. Pelo que foram questionados sobre a coerência do manual com as orientações do programa. O que levou a alterações do plano. Pensaram em trabalhar tópicos a partir de uma situação problemática. contudo., continuam a dar muito valor ao cálculo. Discussão e análise reflectida do trabalho realizado favoreceram uma atitude mais consistente com as novas metodologias de ensino. Na sequência desta primeira reunião a investigadora propõe aos estagiários a análise de 3 tarefas de investigação Isto despertou logo num deles o problema do tempo, na medida em que tinha ficado decidido que o programa tinha de ser cumprida. O que gerou uma discussão sobre o que é cumprir o programa. Na sequência de tudo isto os estagiários começaram a investir em metodologias inovadoras, apesar de manifestarem insegurança. Numa das primeiras reuniões discutiram a noção de investigação matemática bem como a preparação e realização de aulas de investigação a partir de bibliografia recomendada e reflectindo sobre a experiência que tinham. Discussão relativa à preparação e condução de aulas de natureza investigativa, nomeadamente a integração das tarefas no currículo e o papel dos professores durante as aulas. As reuniões de preparação de aulas de investigação. Discussão sobre que respostas aceitar (dos alunos) como válidas Dificuldades sentidas pelos estagiários: - levar os alunos a chegar às definições pretendidas - organização das aulas, uma vez que só contemplavam a existência de uma ficha com o enunciado e a tarefa e que os alunos deveriam trabalhar em grupo não referindo a necessidade de uma apresentação oral do trabalho realizado pelos alunos e uma discussão na turma - acreditar no sucesso das tarefas / medo do modo negativo com que os alunos poderiam reagir Exploração de uma tarefa a propor às turmas, percebendo que existem formas de resolução informais (mais próximas das que os alunos poderiam chegar) Preparação do papel do professor no apoio aos alunos na realização da investigação Preocupações – gestão de tempo e espaço Balanço do trabalho realizado: Nos relatórios finais os estagiários revelaram um sentimento comum de que o ano de estágio constitui um momento de grande aprendizagem pessoal e profissional, reconhecendo que ainda há muito a aprender Aprendizagem a nível de: - o papel do professor - preparação e condução de aulas de trabalho investigativo Destacam-se 3 aspectos importantes: - a importância do trabalho colaborativo - a evolução da sua forma de encarar as actividades de investigação - o próprio desempenho em aulas deste tipo

13 GTI Conclusão Trabalho conjunto com os estagiários e papel como orientadora Trabalho colaborativo Interacção com a orientadora Preparação das aulas de investigação Desafiar, apoiar e promover a reflexão “Investigação-acção” O trabalho colaborativo assumiu, neste núcleo, uma importância determinante nas suas aprendizagens A importância da interacção com a orientadora mostrou-se bastante patente na planificação do capítulo “Geometria 10º ano” Segundo a autora bastou questioná-los sobre a coerência entre a planificação e o programa para desencadear uma análise mais atenta e consequente reformulação Exploração de tarefas em conjunto com a investigadora foi determinante para que os professores passassem a estar mais familiarizados com as investigações e foi, também importante para o aumento da sua segurança enquanto professores. Na preparação das primeiras aulas de investigação os estagiários tinham necessidade de preparar com bastante detalhe as possíveis sugestões a dar durante a realização pelos alunos das próprias actividades. Mais tarde notou que os professores passaram a prestar mais atenção à preparação das fases de introdução da tarefa e da apresentação e discussão de resultados – fases que no início não davam importância. Como orientadora desenvolveu o projecto de formação em três modos: desafiar quando propôs a realização de actividades de investigação; apoiar os estagiários dada a insegurança sentidos por estes; e promover a reflexão por ter sido feito ao longo o trabalho, desde o questionar, criticar e discutir. Tendo ainda o cuidado de no início discutir excertos do livro “Histórias de Investigações Matemáticas” Investigação-acção – as características deste trabalho aproximam-se deste modelo dado que: Envolve os professores na problematização da sua prática Desenvolve capacidades de resolução de problemas (da prática do professor- o que levou a uma maior confiança na sua capacidade de respondes) Fomenta a reflexão Estabelece uma relação entre o conhecimento teórico e a prática (essa relação foi principalmente na análise de texto teórico)

14 Projecto de investigação-acção
GTI Conclusão Estágio e trabalho realizado no âmbito da Didáctica da Matemática Apresenta uma proposta A experiência que desenvolveu permitiu-lhe delinear uma proposta de trabalho para os professores estagiários, na linha de um projecto de investigação-acção, com a respectiva definição do papel do orientador pedagógico. Essa proposta encontra-se esquematizada: Projecto de investigação-acção

15 Proposta de trabalho Resolução da tarefa “Quadrados com fósforos”
GTI Proposta de trabalho Resolução da tarefa “Quadrados com fósforos” Apresentação pelos vários grupos das resoluções efectuadas Discussão Reflexão A tarefa foi proposta para o 7º ano

16 Reflexão Em que altura introduzir a tarefa? Como organizar a turma?
GTI Reflexão Em que altura introduzir a tarefa? Como organizar a turma? Quanto tempo para a realização? Como avaliar? Poderá ser aplicada a outro ano de escolaridade? Que acontecimentos podem surgir durante a realização da tarefa?

17 A Investigação na prática profissional do professor
GTI A Investigação na prática profissional do professor Razões: Serem protagonistas no campo curricular e profissional Modo privilegiado de desenvolvimento profissional e organizacional Contribui para a construção de um património de cultura e conhecimento dos professores Contribui para o conhecimento mais geral sobre os problemas educativos Sabemos que o professor actua a diversos níveis: Conduzindo o processo de ensino-aprendizagem Avaliando os alunos Contribuindo para a construção do PEE ( projecto educativo de escola) Contribuindo para o desenvolvimento da relação da escola com a comunidade. Deparando-se com as mais diversas situações problemáticas que todos sabemos tentamos resolver da melhor forma e boa vontade tendo por base a nossa experiência profissional o que nem sempre nos conduz às melhores soluções. Atendendo a que o ensino é uma actividade intelectual,política e de gestão de pessoas e recursos torna-se necessário a exploração constante da sua prática e a sua permanente avaliação e reformulação. Por outro lado, para que o professor tenha uma participação activa na escola requer que este tenha capacidade de argumentar as suas propostas e a base disto é actividade investigativa, no sentido de ser uma actividade inquiridora e reflexiva e não apenas intuitiva e não formal. Por tudo o que foi dito temos aqui as razões que nos levam à investigação sobre a nossa própria prática: Para se assumirem como autênticos protagonistas no campo curricular e profissional, tendo mais meios para enfrentar os problemas emergentes dessa mesma prática --- .....como grupo profissional ----

18 Conceitos próximos da actividade de investigação
GTI Conceitos próximos da actividade de investigação Actividade de Investigação Investigar sobre a prática/professor-investigador Investigação-acção Reflexão Investigação académica 1. Uma investigação, segundo Jacky Beillerot (2001), satisfaz três condições: produz conhecimentos novos Tem uma metodologia rigorosa Tem que se tornar pública. 2. Um professor-investigador poderá não investigar sobre a sua prática. Por exemplo, um professor que esteja a fazer a dissertação de mestrado pode não estar a fazer sobre um problema da sua própria prática. Será que podemos dizer que se um professor realiza investigação na sala de aula está a fazer Investigação acção? Para alguns autores sim, por exemplo, Arends (1999) No entanto, o conceito investigação-acção envolve a preocupação de intervenção imediata,muitas vezes radical, o que pode não acontecer na investigação sobre a prática. Esta ultima não é conduzida para desenvolver leis gerais sobre a prática educacional, mas antes sugerir novas formas de olhar o contexto e o problema e/ou a mudança na prática. A Inv.Acção pode envolver agentes que não são membros da comunidade onde vai decorrer essa intervenção. Termo atribuído ao psicólogo social Kurt Lewin, por altura da 2ª guerra Mundial, que propunha que era uma sucessão de ciclos envolvendo um problema. descrição do problema -- elaboração de um plano de acção - colocação em prática do plano -avaliação do plano novo plano .... Kemmins (1993) define investigação-acção como um processo linear, em que é uma forma de pesquisa auto-reflectida, realizada pelos participantes em situações sociais com vista a melhorar a racionalidade e a justiça: (i) das práticas sociais ou educacionais;(ii) da sua compreensão dessas práticas; e (iii) das situações em que essas práticas têm lugar. 4. É uma expressão muito próxima da noção de investigação sobre a prática, não se concede alguém que faça investigação sobre a prática e que não seja um profissional reflexivo, mas sobre este conceito falaremos mais à frente. A investigação académica visa aumentar o conhecimento académico dentro da comunidade académica, enquanto que a investigação sobre a prática visa resolver problemas profissionais e aumentar o conhecimento profissional. Aqui também os conceitos se sobrepõem parcialmente, pois podemos ter um membro da comunidade académica que sendo professor pode querer investigar sobre a sua própria prática e por outro lado professores que fazendo investigações sobre a sua própria prática têm em vista a sua aceitação pela comunidade académica (obter grau académico)

19 A prática de investigação sobre a prática
GTI A prática de investigação sobre a prática Momentos da investigação Formulação do problema ou das questões em estudo Recolha de elementos que permitam responder a esse problema Interpretação da informação recolhida com vista a tirar conclusões Divulgação dos resultados e conclusões obtidas Critérios de qualidade Vínculo com a prática Autenticidade Novidade Qualidade metodológica Qualidade Dialogógica A Formulação do problema não deve ser demasiado ambicioso, não deve ser vago e as questões devem logo de inicio estarem bem formuladas, para que não mudem de forma radical e seja impossível responder-lhe. Para que esta recolha responda devidamente ao problema é essencial que seja feito um plano de investigação, que em termos práticos não é mais do que a metodologia. Neste tipo de investigação existem algumas características que lhe são particulares como é o caso do forte vinculo com os problemas da prática profissional e uma dimensão colaborativa. Sobre a natureza dos dados e a recolha dos mesmos já falamos em Metodologia da Investigação. Quanto aos últimos dois pontos dependerão muito da natureza do estudo. A divulgação dos dados pode ser formal (revistas, publicações, palestras) ou informal (conversas com actores próximos) Estes dois momentos entrecruzam-se de forma frequente – por vezes quando se está a interpretar os dados já se tem em vista onde será a divulgação, muitas vezes a divulgação pública é feita antes de se entrar na fase final do projecto. Outras vezes é na fase em que se elaboram os textos com os relatos que se apresentam em encontros para um aprofundamento , onde podem surgir questões e novas interrogações podendo conduzir a novos projectos. “Amigo – crítico” Para alguns autores apenas são considerados os três primeiros, porém o carácter público de uma investigação é importantíssimo como já referimos. Estes momentos podem não seguir esta ordem taxativamente, podendo sobrepor-se ou envolver momentos complexos para trás e para diante. (2) Terão que haver critérios que possam garantir a qualidade do estudo, porém numa área ainda recente estamos longe de chegar a uma consensualidade. No entanto, aceitamos facilmente que estes critérios terão que ser diferentes dos aplicados na investigação académica. Poderá ter menos sofisticação metodológica mas, em contrapartida tenderá a possuir um forte vínculo com a prática, autenticidade, novidade e dialogicidade. Vínculo com a prática- se a investigação se refere a um problema ou situação vivida pelos actores Autenticidade- exprime um ponto de vista próprio dos respectivos actores e a sua articulação com o contexto social, económico, político e cultural. Novidade- conter alguns elementos novos, na formulação das questões, na metodologia usada, ou na interpretação que faz dos resultados. Qualidade metodológica- tem questões e procedimentos de recolha de dados e apresenta as conclusões com base na evidência obtida. Qualidade Dialogógica- a investigação ser pública e promover o debate e a reflexão entre professores A investigação sobre a própria prática, por vezes afigura-se demasiado pesada para ser realizada em termos individuais, assim sendo o trabalho colaborativo constitui uma estratégia fundamental para este tipo de investigação.

20 Reflexão objecto de estudo de vários autores (também em Portugal)
GTI Reflexão objecto de estudo de vários autores (também em Portugal) fornece ao professor oportunidades para voltar atrás e rever acontecimentos e práticas catalizador de melhores práticas

21 Professor reflexivo professor investigador  professor reflexivo
GTI Professor reflexivo professor investigador  professor reflexivo percebe os problemas da sua prática formula questões ensino reflexivo – permanente auto-análise por parte do professor é alguém que atribui importância a questões globais da educação pode levar ou não a um processo investigativo Um professor investigador será um professor reflexivo, isto é um condição necessária mas não suficiente, porque na investigação a reflexão é necessária mas não basta. A reflexão pode ter como principal objectivo fornecer ao professor informação correcta e autêntica sobre a sua acção, as suas razões para a sua acção e as consequências dessa acção, mas essa reflexão também pode servir para justificar a acção. Assim a qualidade e natureza da reflexão são mais importantes do que a sua simples ocorrência. O ensino reflexivo requer uma permanente auto-análise por parte do professor. O que implica abertura de espírito, análise rigorosa e consciência social. Tem de analisar a situação concreta, perceber os alunos com que está a trabalhar, o que se espera que eles aprendam em Matemática, o que se entende hoje por aprender e ensinar Matemática e o seu papel na formação pessoal e social do aluno. É este processo investigativo realizado pelo professor, em termos individuais e colectivos, que o leva a acção Assim, o professor reflexivo é alguém que atribui importância a questões globais da educação, como as finalidades e as consequências do ponto de vista social e pessoal,a racionalidade dos métodos e do currículo e a relação entre essas questões e a sua prática de sala de aula. Assenta, pois, na procura de autonomia e melhoria da sua prática num quadro ético de valores democráticos.

22 GTI Prática reflexiva aparece muitas vezes associada à investigação sobre as práticas surge como um modo possível dos professores interrogarem as suas práticas de ensino confere poder aos professores proporciona oportunidades para o desenvolvimento do professor insatisfação com a preparação profissional  movimentos de reflexão e de desenvolvimento do pensamento sobre as práticas

23 Investigação Colaborativa
GTI Investigação Colaborativa Quando diversos intervenientes trabalham conjuntamente, não numa relação hierárquica, mas numa base de igualdade de modo a haver ajuda mútua e a atingirem objectivos que todos beneficiem. Colaboração  Do que depende um trabalho colaborativo: - da existência de um objectivo ou interesse em comum partilhado por todos os participantes - formas de trabalho, - relacionamento entre os elementos da equipa; - existência de uma mutualidade e equilíbrio na relação - interacção entre os participantes; - confiança (pessoal e profissional) - diálogo - negociação A colaboração não é um fim em si mesma mas um meio para atingir certos objectivos, assim sendo, objectivos diferentes levam a formas de colaboração bastante diversas. 2- Quanto mais diversificada for a equipa maior é o esforço e o tempo necessário para que funcione com êxito, no entanto também tem benefícios, uma vez que possibilita olhares múltiplos sobre uma mesma realidade, contribuindo dessa forma, para esboçar quadros interpretativos mais abrangentes para essa mesma realidade. No entanto quanto menor for a equipa maior será a dificuldade em manejar os conhecimentos e os recursos próprios do trabalho investigativo. Segundo Andy Hargreaves (1998): - Colaboração espontânea: iniciativa dos respectivos intervenientes - Colaboração forçada: determinada por instâncias superiores para o fazer forte probabilidade de fracasso.

24 GTI Principais dificuldades no desenvolvimento de uma investigação colaborativa: - Negociação do objectivo do projecto; - Determinação do caminho a percorrer; - Definição do conhecimento necessário para encontrar as soluções pretendidas; - Criação e manutenção de relações de confiança entre os membros da equipa; - Reconhecimento de impasses; - Necessidade de novas respostas em função da mudança das condições em que o trabalho se realiza. Características da investigação colaborativa que a tornam vulnerável: - Imprevisibilidade; - Capacidade de saber gerir a diferença; - Capacidade de saber gerir os custos e os benefícios;

25 Potencialidades do trabalho colaborativo:
GTI Potencialidades do trabalho colaborativo: - é a forma de concretizar com êxito projectos ambiciosos e interessantes; - proporciona a ajuda para ultrapassar obstáculos e para lidar com a vulnerabilidade e frustração; - permite a reflexão acrescida; - permite oportunidades de aprendizagem mútua; - possibilita acréscimos de segurança para iniciar novos percursos

26 Por fim… Discutem o alcance da investigação sobre a prática
GTI Por fim… Discutem o alcance da investigação sobre a prática Salientam o papel da colaboração e da reflexão na actividade do professor que investiga a sua prática Baseiam-se numa perspectiva construtivista Referem a importância das actividades de investigação, na sala de aula, no currículo e na formação de professores. 1. 2. 3. Face ao papel do aluno, do professor, a visão que deve ter do currículo- criando o seu próprio modo de gerir o currículo 4.

27 Actualmente: Grupo de Estudos
GTI Actualmente: Grupo de Estudos “O Professor e o Desenvolvimento Curricular” Início em Outubro de 2002 Coordenação: João Pedro da Ponte e Irene Segurado Objectivos: manter o trabalho colaborativo de discussão e reflexão contribuir para a análise do papel que o professor tem/pode ter no desenvolvimento curricular Actividades: análise de textos sobre diferentes perspectivas curriculares elaboração de uma colectânea a publicar pela APM Duração prevista: 2 anos surgiu na sequência do trabalho anteriormente desenvolvido no âmbito do tema, Investigação sobre a própria prática acordada a calendarização dos trabalhos bem como o tipo de produtos finais a desenvolver com base em textos que resultassem da análise e discussão de práticas curriculares dos diversos colaboradores do estudo.

28 Referências Bibliográficas:
GTI Referências Bibliográficas: GTI (Ed.). (2002). Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Lisboa: APM. Brunheira, L. (2002), O estágio e o projecto de formação em didáctica da matemática. In GTI (Ed.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp ) Oliveira, I., & Serrazina, L. (2002). A reflexão e o professor como investigador. In GTI (Ed.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp 29-42) Ponte, J. P. (2002). Investigar a nossa prática. In GTI (Ed.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp 5-28) Ponte, J. P. & Boavida, A. (2002). Investigação colaborativa: potencialidades e problemas. In GTI (Ed.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp 43-55) Ponte, J. P., & (2003). Professores e formadores investigam a sua própria prática: O papel da colaboração. Zetetiké, 11(20), Ponte, J. P., & Boavida, A. (2004). Investigar a nossa prática: O percurso de um grupo de trabalho colaborativo. Educação e Matemática, 77,


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