Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
1
MODERNISMO PRIMEIRA FASE E revisão
4
SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA Casimiro de Abreu (poeta da saudade) Meus oito anos / Amor e Medo Álvares de Azevedo (poeta da morte) Lembrança de Morrer / Se eu morresse amanhã Junqueira Freire (o seminarista) Inspirações do Claustro
5
SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA Casimiro de Abreu (poeta da saudade) Meus oito anos / Amor e Medo Álvares de Azevedo (poeta da morte) Lembrança de Morrer / Se eu morresse amanhã Junqueira Freire (o seminarista) Inspirações do Claustro
6
O Homem Amarelo, de Anita Malfatti
7
Cabeça de Cristo, Víctor Brecheret
8
Monumento às Bandeiras, Victor Brecheret
9
Mário de Andrade conhece Oswald de Andrade.
Como repórter vou a uma festa no Conservatório Dramático e Musical. O dr. Sorriso que é o Elói Chaves, secretário da justiça, faz ali uma conferência de propaganda aos aliados. Quem o saúda é um aluno alto, mulato, de dentuça aberta e de óculos. Chama-se Mário de Andrade. Faz um discurso que parece assombroso. Corro ao palco para arrancar-lhe das mãos o original, que publicarei no jornal do Comércio. Um outro rapaz, creio que de O Estado, atraca-se comigo para obter as laudas. Bato-o e fico com o discurso. Mário, lisonjeado, torna-se meu amigo.
10
OS TRÊS ESPATÁCULOS DA SEMANA 13 DE FEVEREIRO CONFERÊNCIA DE GRAÇA ARANHA MÚSICA DE ERNANI BRAGA POEMA DE RONALD DE CARVALHO GUILHERME DE ALMEIDA
11
15 DE FEVEREIRO GUIOMAR NOVAES E MENOTTI DEL PICCHIA CONFERÊNCIA DE MENOTTI DEL PICCHIA RONALD DE CARVALHO LÊ OS SAPOS. DANÇAS AFRICANAS, MAESTRO VILLA LOBOS
12
17 DE FEVEREIRO APRESENTAÇÃO DE VILLA LOBOS
16
O Romantismo tem início no ano de. 1836 Com um texto chamado
O Romantismo tem início no ano de? 1836 Com um texto chamado? Suspiros poético e Saudades. Cujo autor foi? Gonçalves de Magalhães E o Romantismo vai até o ano de? 1881 Quando surge um texto chamado? Memórias Póstumas de Brás Cubas. Cujo autor foi? Machado de Assis
17
O ROMANTISMO TEM INÍCIO NO ANO DE. 1836 COM UM TEXTO CHAMADO
O ROMANTISMO TEM INÍCIO NO ANO DE? 1836 COM UM TEXTO CHAMADO? SUSPIROS POÉTICO E SAUDADES. CUJO AUTOR FOI? GONÇALVES DE MAGALHÃES E O ROMANTISMO VAI ATÉ O ANO DE? 1881 QUANDO SURGE UM TEXTO CHAMADO? MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS. CUJO AUTOR FOI? MACHADO DE ASSIS
18
O ROMANTISMO É DIVIDIDO EM TRÊS ERAS, QUE SÃO
O ROMANTISMO É DIVIDIDO EM TRÊS ERAS, QUE SÃO? INDIANISTA SUBJETIVISTA, BYRONISTA, ULTRARROMÂNTICA CONDOREIRA
19
OS PRINCIPAIS POETAS DA PRIMEIRA GERAÇÃO FORAM: GONÇALVES DE MAGALHÃES SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS GONÇALVES DIAS (POETA DOS ÍNDIOS) AINDA UMA VEZ ADEUS O CANTO DO PIAGA I JUCA PIRAMA
21
Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. Andei longes terras Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimorés; Vi lutas de bravos, Vi fortes - escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo, Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri. Meu pai a meu lado Já cego e quebrado,
22
SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA CASIMIRO DE ABREU (POETA DA SAUDADE) MEUS OITO ANOS / AMOR E MEDO ÁLVARES DE AZEVEDO (POETA DA MORTE) LEMBRANÇA DE MORRER / SE EU MORRESSE AMANHÃ JUNQUEIRA FREIRE (O SEMINARISTA) INSPIRAÇÕES DO CLAUSTRO
23
SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA CASTRO ALVES (POETA DOS ESCRAVOS OU CONDOREIRO) NAVIO NEGREIRO – VOZES D’ÁFRICA – CACHOEIRA DE PAULO AFONSO – CRUZ NA ESTRADA – O ADEUS DE TERESA FAGUNDES VARELA CÂNTICO DO CALVÁRIO
24
PRÉ-MODERNISMO VANGUARDAS EUROPEIAS MODERNISMO
25
MODERNISMO PRIMEIRA FASE 1922 A 1930 FASE HEROICA
26
PRINCIPAIS ESCRITORES MANUEL BANDEIRA OSWALD DE ANDRADE MÁRIO DE ANDRADE ALCÂNTARA MACHADO
27
MANUEL BANDEIRA TESTAMENTO ÚLTIMA CANÇÃO DO BECO OS SAPOS VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA OSWALD DE ANDRADE: MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR
28
MÁRIO DE ANDRADE: MACUNAÍMA PAULICEIA DESVAIRADA CONTOS NOVOS AMAR VERBO INTRANSITIVO HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA ALCÂNTARA MACHADO: BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA
31
MACUNAÍMA (1928) INCORPORA OS ELEMENTOS FOLCLÓRICOS PARA TRAÇAR O PERFIL DO BRASILEIRO, CRIANDO “O HERÓI SEM NENHUM CARÁTER” HERÓI PERTENCENTE DO ROL DE MALANDROS: MACUNAÍMA LEONARDINHO, MEMÓRIAS DE UM SARGENTO
32
MACUNAÍMA NO FUNDO DO MATO-VIRGEM NASCEU MACUNAÍMA, HERÓI DA NOSSA GENTE. ERA PRETO RETINTO E FILHO DA NOITE. HOUVE UM MOMENTO EM QUE SILÊNCIO FOI TÃO GRANDE ESCUTANDO O MURMUREJO DO URARICOERA, QUE A ÍNDIA TAPANHUMAS PARIU UMA CRIANÇA FEIA. ESSA CRIANÇA É QUE CHAMARAM DE MACUNAÍMA.
33
CRIANÇA FEIA O ADJETIVO USADO PARA CARACTERIZAR MACUNÍMA É ESSENCIAL PARA A CONFIGURAÇÃO DA PERSONAGEM: ERA UMA CRIANÇA FEIA, POR OPOSIÇÃO AOS RETRATOS IDEALIZADOS DO ROMANTISMO.
34
INTERTEXTUALIDADE MACUNÍMA IRACEMA
35
ALÉM, MUITO ALÉM DAQUELA SERRA, QUE AINDA AZULA NO HORIZONTE, NASCEU IRACEMA. IRACEMA, A VIRGEM DOS LÁBIOS DE MEL, QUE TINHA OS CABELOS MAIS NEGROS QUE A ASA DA GRAÚNA E MAIS LONGOS QUE SEU TALHE DE PALMEIRA. O FAVO DA JATI NÃO ERA DOCE COMO O SEU SORRISO;
36
NEM A BAUNILHA RESCENDIA NO BOSQUE COMO SEU HÁLITO PERFUMADO
NEM A BAUNILHA RESCENDIA NO BOSQUE COMO SEU HÁLITO PERFUMADO. MAIS RÁPIDA QUE A EMA SELVAGEM, A MORENA VIRGEM CORRIA O SERTÃO E AS MATAS DO IPU, ONDE CAMPEAVA SUA GUERREIRA TRIBO, DA GRANDE NAÇÃO TABAJARA. O PÉ GRÁCIL E NU, MAL ROÇANDO, ALISAVA APENAS A VERDE PELÚCIA QUE VESTIA A TERRA COM AS PRIMEIRAS ÁGUAS.
37
JÁ NA MENINICE FEZ COISAS DE SARAPANTAR
JÁ NA MENINICE FEZ COISAS DE SARAPANTAR. DE PRIMEIRO PASSOU MAIS DE SEIS ANOS NÃO FALANDO. SI O INCITAVAM A FALAR EXCLAMAVA: TRAÇOS DE ORALIDADE
38
-AI QUE PREGUIÇA. E NÃO DIZIA MAIS NADA
-AI QUE PREGUIÇA!... E NÃO DIZIA MAIS NADA. FICAVA NO CANTO DA MALOCA, TREPADO NO JIRAU DE PAXIÚBA, ESPIANDO O TRABALHO DOS OUTROS E PRINCIPALMENTE OS DOIS MANOS QUE TINHA, MAANAPE JÁ VELHINHO E JIGUÊ NA FORÇA DO HOMEM. O DIVERTIMENTO DELE ERA DECEPAR CABEÇA DE SAÚVA. HERÓI PREGUIÇOSO MALANDRO REPRESENTANTE DO JEITINHO BRASILEIRO
39
VIVIA DEITADO MAS SI PUNHA OS OLHOS EM DINHEIRO, MACUNAÍMA DANDAVA PRA GANHAR VINTÉM. E TAMBÉM ESPERTAVA QUANDO A FAMÍLIA IA TOMAR BANHO NO RIO, TODOS JUNTOS E NUS. PASSAVA O TEMPO DO BANHO DANDO MERGULHO, E AS MULHERES SOLTAVAM GRITOS GOZADOS POR CAUSA DOS GUAIAMUNS DIZ-QUE HABITANDO A ÁGUA-DOCE POR LÁ.
40
NO MUCAMBO SI ALGUNS CUNHATÃ SE APROXIMAVA DELE PRA FAZER FESTINHA, MACUNAÍMA PUNHA A MÃO NAS GRAÇAS DELA, CUNHATÃ SE AFASTAVA. NOS MACHOS GUSPIA NA CARA. LIBIDO – SEXUALIDADE AFLORADA, JÁ DEMONSTRAVA A LICENCIOSIDADE QUE LHE CARACTERIZARIA A VIDA.
41
PORÉM RESPEITAVA OS VELHOS E FREQUENTAVA COM APLICAÇÃO A MURUA A PORACÊ O TORÊ O BACOROCÔ A CUCUICOGUE, TODAS ESSAS DANÇAS RELIGIOSAS DA TRIBO. AUSÊNCIA DE PONTUAÇÃO
42
HERÓI SEM NENHUM CARÁTER CARÁTER EM FORMAÇÃO MISCIGENAÇÃO UBIRJARA IRACEMA O GUARANI MACUNÍMA
43
CAPÍTULO I - MACUNÍMA NASCE NO URARICOERA CARACTERÍSTICA MAIS FORTE: A PREGUIÇA SUA PRINCIPAL ATIVIDADE É A SEXUAL, E COM A MULHER DO IRMÃO, JIGUÊ. PRÍNCIPE LINDO.
44
CAPÍTULO II - MAIORIDADE BAGUNCEIRO – É ABANDONADO PELA MÃE
CAPÍTULO II - MAIORIDADE BAGUNCEIRO – É ABANDONADO PELA MÃE. ENCONTRO COM O CURUPIRA. COTIA – O ENVENENA – CALDA DE AIPIM O CORPO CRESCE, A CABEÇA, NÃO.
46
CAPÍTULO III – CI, MÃE DO MATO CI, MÃE DO MATO PERDE O FILHO DEIXA O MUNDO MUIRAQUITÃ
47
CAPITULO IV – BOIUNA LUNA TRISTE, SEGUE SEU CAMINHO DESPEDE-SE DAS ICAMIABAS LUTA CONTRA O MONSTRO “CAPEI” PERDE A MUIRAQUITÃ UMA TARTARUGA A APANHA UM MARISCADOR A ENCONTRA VENDE PARA VENCESLAU PIETRO PIETRA
48
CAPÍTULO V - PIAIMÃ COM OS IRMÃOS VAI PARA SÃO PAULO
CAPÍTULO V - PIAIMÃ COM OS IRMÃOS VAI PARA SÃO PAULO. VENCESLAU É O GIGANTE PIAIMÃ PIAIMÃ É AMIGO DE CEIUCI OS DOIS SÃO DEVORADORES DE CARNE HUMANA
49
CAPÍTULO VI – A FRANCESA E O GIGANTE DISFARÇA-SE DE FRANCESA PARA SEDUZIR PIAIMÃ. OFERECE A PEDRA POR UMS NOITE COM A FRANCESA. DUSPARA EM CORRERIA POR TODO O BRASIL.
50
CAPÍTULO VII – MACUMBA EM TERREIRO DE MACUMBA PEDE À MACUMBEIRA PARA SURRAR CRUELMENTE O GIGANTE.
51
CAPÍTULO VIII – VEI, A SOL ENCONTRA, NO RIO VEI
CAPÍTULO VIII – VEI, A SOL ENCONTRA, NO RIO VEI. PROMETE CASAMENTO À FILHA NA MESMA NOITE BRINCA COM UMA PORTUGUESA ENFURECE A DEUSA QUE MANDA UM MONSTRO O HERÓI FOGE, DEIXANDO O MONSTRO COM A PORTUGUESA.
52
CAPÍTULO IX CARTA AS ICAMIABAS DESCREVE AS MAZELAS DA VIDA AGITADA DE SÃO PAULO.
53
CAPÍTULO X – PAUÍ PÓDOLE O GIGANTE FICA DOENTE
CAPÍTULO X – PAUÍ PÓDOLE O GIGANTE FICA DOENTE. IMPOSSIBILITADO DE RECUPERAR A PEDRA PASSA A APRENDER A LÍNGUA DA TERRA.
54
CAPÍTULO XI – A VELHA CEIUCI VISITA O GIGANTE DOENTE
CAPÍTULO XI – A VELHA CEIUCI VISITA O GIGANTE DOENTE. PESCA NO TIETÊ ONDE CEIUCI PESCAVA. BRINCA COM A FILHA DA CAAPORA FOGE DE CEIUCI NUM CAVALO SURREALISMO DE MANAUS A ARGENTINA
55
XII – TEQUETEQUEM, CHUPINZÃO E A INJUSTIÇA DOS HOMENS
XII – TEQUETEQUEM, CHUPINZÃO E A INJUSTIÇA DOS HOMENS. DISFARÇA DE PIANISTA, TENTA BOLSA. PARA SEGUIR O ENCALÇO DE VENCESLAU NÃO ENGANA O GOVERNO, VIAJA PELO BRASIL. COM FOME ENONTRA UM MACACO COMENDO COQUINHOS
56
MACUNAÍMA BATE COM UM PARALELEPÍPEDO NOS “COQUINHOS”. O HERÓI MORRE
MACUNAÍMA BATE COM UM PARALELEPÍPEDO NOS “COQUINHOS”. O HERÓI MORRE. É RESSUSCITADO PELO IRMÃO, MAANAPE QUE LHE RESTITUI OS TESTÍCULOS COM DOIS COCOS DA BAHIA.
57
CAPÍTULO XIII – A PIOLHENTA DE JIGUÊ JIGUE SE ENAMORA DE MOÇA PIOLHENTA. TODA HORA MACUNAÍMA BRINCA COM ELA. JIGUÊ DESCOBRE, SURRA MACUNAÍMA DÁ PORRETADA NA PIOLHENTA QUE VAI PARA O CÉU COM SEUS PIOLHES E VIRA UMA ESTELA QUE PULA.
58
CAPÍTULO XIV – A MUIRAQUITÃ MACUNAÍMA MATA PIAIMÃ JOGANDO-O NUM BURACO COM ÁGUA FERVENDO, ONDE CEIUCI PREPARAVA UMA MACARRONADA. O HERÓI RECUPERA A MUIRAQUITÃ.
59
CAPÍTULO XV – A PACUERA DE OIBÊ VOLTAM PARA UIRARICOERA TEM VÁRIOS CASOS AMOROSOS PELO CAMINHO É PERSEGUIDO PELO MINHOCÃO OIBÊ. TRANSFORMA O MONSTRO EM UM CACHORRO DO MATO. SEGUE VIAGEM.
60
CAPÍTULO XVI – URARICOERA NA VOLTA, A TRIBO ESTÁ DESTRUÍDA
CAPÍTULO XVI – URARICOERA NA VOLTA, A TRIBO ESTÁ DESTRUÍDA. OS IRMÃOS SÃO DEVORADOS POR SOMBRA LEPROSA. FICA SÓ. TODAS AS AVES VÃO EMBORA. UM PAPAGAIO FICA E OUVE TODA A SUA HISTÓRIA.
61
CAPÍTULO XVII – URSA MAIOR VEI, A SOL FAZ ARMADILHA PARA MACUNAÍMA SEDUZIDO PELO MONSTRO É MUTILADO. RECUPERA AS PARTES MUTILADAS, ABRINDO A BARRIGA DO MONSTRO. NÃO ENONTRA SUA PERNA E PERDE A MUIRAQUITÃ. VAI PARA O CÉU, TRANSFORMADO EM URSA MAIOR.
62
EPÍLOGO O NARRADOR CONTA QUE CONHECEU A HISTÓRIA POR MEIO DO PAPAGAIO.
63
TEMPO E ESPAÇO - INDEFINIDOS NARRATIVA MÍTICA ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO. TEMPO INDEFINIDO
64
CONCLUSÃO SINTETIZA O CARÁTER BRASILEIRO SEGUNDO CONVICÇÃO DA PRIMEIRA FASE MODERNISTA. O BRASIL É COMPARADO AO CORPO DE MACUNAÍMA: GRANDE E IMATURO.
65
CARACTERÍSTICAS NA POESIA:
I - QUANTO À FORMA: VERSOS LIVRES LINGUAGEM COLOQUIAL APROXIMAÇÃO COM A PROSA.
66
CARACTERÍSTICAS NA POESIA:
I - QUANTO À FORMA: VERSOS LIVRES LINGUAGEM COLOQUIAL APROXIMAÇÃO COM A PROSA.
67
CARACTERÍSTICAS NA POESIA:
II - QUANTO AO CONTEÚDO: HUMOR IRREVERÊNCIA VALORIZAÇÃO DO COTIDIANO NACIONALISMO
68
CARACTERÍSTICAS NA PROSA:
I - QUANTO À FORMA: PERÍODOS CURTOS LINGUAGEM COLOQUIAL APROXIMAÇÃO COM A POESIA NARRATIVA NÃO LINEAR
69
CARACTERÍSTICAS NA PROSA: I - QUANTO AO CONTEÚDO: NACIONALISMO PREOCUPAÇÃO COM O PRESENTE.
70
AMAR VERBO INTRANSITIVO
PUBLICAÇÃO LINGUAGEM “ERRADA” FAZER DE CONTA QUE ESTÁ OUVINDO E NÃO LENDO. AMAR, VERBO INTRANSITIVO – UM IDÍLIO
71
DIGRESSÕES METALINGUÍSTICAS E SOCIOLÓGICAS POVO BRASILEIRO “NÃO TEM JEITO”. POVO ALEMÃO: ELOGIO E CRÍTICA. TEORIA DE FREUD – BASE DA TRAMA.
72
PODER DE ADAPTAÇÃO TORNARAM A VIDA INSUPORTÁVEL NA ALEMANHA
PODER DE ADAPTAÇÃO TORNARAM A VIDA INSUPORTÁVEL NA ALEMANHA. MESMO ANTES DE 14 A EXISTÊNCIA ARRASTAVA DIFÍCIL LÁ, FRÄULEIN SE ADAPTOU. VEIO PRO BRASIL, RIO DE JANEIRO. DEPOIS CURITIBA ONDE NÃO TEVE O QUE FAZER. RIO DE JANEIRO. SÃO PAULO. AGORA TINHA QUE VIVER COM OS SOUZA COSTAS. SE ADAPTOU
73
laura, Fräulein tem o meu consentimento. Você sabe: hoje esses mocinhos... é tão perigoso! Podem cair nas mãos de alguma exploradora! A cidade... é uma invasão de aventureiras agora! Como nunca teve!. Como nunca teve, Laura... Depois isso de principiar... é tão perigoso! Você compreende: uma pessoa especial evita muitas coisas. E viciadas! Não é só bebida não! Hoje não tem mulher-da-vida que não seja eterônoma, usam morfina... E os moços imitam! Depois as doenças!… Você vive em sua casa, não sabe… é um horror! Em pouco tempo Carlos estava sifilítico e outras coisas horríveis, um perdido!
74
Foco narrativo A narrativa é feita na terceira pessoa, por um narrador que não faz parte do romance. É o narrador tradicional, um narrador onisciente e onipresente. Mas há ainda um outro ponto-de-vista: o autor se coloca dentro do livro para fazer suas numerosas observações marginais. Para comentar, criticar, expor idéias, concordar ou discordar... É uma velha mania do romance tradicional. E os comentários são feitos na primeira pessoa. Observe: Isto não sei se é bem se é mal, mas a culpa é toda de Elza. Isto sei e afirmo... Volto a afirmar que o meu livro tem 50 leitores. Comigo 51
75
Felisberto Sousa Costa - pai de Carlos. D
Felisberto Sousa Costa - pai de Carlos. D. Laura - mãe de Carlos, esposa de Felisberto. Carlos Alberto - filho de Felisberto e D. Laura, com idade entre 15 e 16 anos. Uma espécie de (queridinho da família, porque único) e que, certamente, deverá ser o principal herdeiro do nome, da fortuna e das realizações paternas. Como era costume, possivelmente, deveria ser a projeção do pai, a sua continuação. Centraliza a narrativa, é personagem do pequeno drama amoroso do livro, ao lado da governanta alemã, Elza.
76
Elza - Fräulein (= senhorita), governanta alemã
Elza - Fräulein (= senhorita), governanta alemã. Tão importante que ela dava nome ao romance. Como é Fräulein? Ela é a mais humana e real, mais de carne e osso. Talvez arrancada da vida. Ela, sem muito interesse, cuida também da educação ou instrução das meninas: principalmente para ensinar alemão e piano. São três meninas que, apenas, completam a família burguesa. São três meninas que brincam de casinha. Maria Luísa - irmã de Carlos. Laurita - irmã de Carlos, tem 7 anos. Aldina - irmã caçula de Carlos. Tem 5 anos.
77
Não me agradaria ser tomada por aventureira, sou séria, e tenho 35 anos, senhor. Certamente não irei se sua esposa não souber o que vou fazer lá.
78
O PRÉ-MODERNISMO TEM INÍCIO EM 1902 COM UM LIVRO CHAMADO OS SERTÕES CUJO AUTOR FOI EUCLIDES DA CUNHA. E TERMINA NO ANO DE 1922 COM A SEMANA DE ARTE MODERNA.
79
OS PRINCIPAIS ESCRITORES PRÉ MODERNOS FORAM: 1 RAUL POMPEIA 2 EUCLIDES DA CUNHA 3 LIMA BARRETO 4 MONTEIRO LOBATO 5 GRAÇA ARANHA 6 AUGUSTO DOS ANJOS
80
RAUL POMPEIA ESCREVEU. O ATENEU EUCLIDES DA CUNHA ESCRECEU
RAUL POMPEIA ESCREVEU? O ATENEU EUCLIDES DA CUNHA ESCRECEU? OS SERTÕES CONTRASTES E CONFRONTOS LIMA BARRETO ESCREVEU? TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
81
MONTEIRO LOBATO ESCREVEU
MONTEIRO LOBATO ESCREVEU? URUPÊS O PRESIDENTE NEGRO CIDADES MORTAS GRAÇA ARANHA CANAÃ A ESTÉTICA DA VIDA AUGUSTO DOS ANJOS EU
82
EU EXPLICARIA AS SUBCORRENTES LITERÁRIAS.
83
SUBCORRENTES LITERÁRIAS: ANTROPOFAGIA VERDE-AMARELISMO GRUPO DO ANTA
84
ANTROPOFAGIA: DEVORAÇÃO SIMBÓLICA DAS INFLUÊNCIAS EUROPEIAS
ANTROPOFAGIA: DEVORAÇÃO SIMBÓLICA DAS INFLUÊNCIAS EUROPEIAS. VERDE-AMARELISMO E GRUPO DO ANTA: DEFENDEM UM NACIONALISMO UFANISTA, EXALTANDO O PRIMITIVISMO E A INGENUIDADE DA MÃE-PÁTRIA.
85
MOVIMENTO ANTROPÓFAGO DEGLUTIÇÃO CANIBAL DOS ELEMENTOS CULTURAIS ESTRANGEIROS, PARA QUE POSSAM SER RECRIADOS ARTISTICAMENTE EM TERRITÓRIO NACIONAL. ORIGINANDO UMA ARTE TIPICAMENTE BRASILEIRA.
86
VÍCIO NA FALA PARA DIZEREM MILHO DIZEM MIO PARA MELHOR DIZEM MIÓ PARA PIOR PIÓ PARA TELHA DIZEM TEIA PARA TELHADO DIZEM TEIADO E VÃO FAZENDO TELHADOS
87
VALORIZAÇÃO DA LINGUAGEM POPULAR SÁTIRA ORALIDADE E VÃO FAZENDO TELHADOS – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
88
REPRESENTANTES DO MOVIMENTO ANTROPOFAGIA: OSWALD DE ANDRADE: MANIFESTO ANTROPOFÁGICO TÁRSILA DO AMARAL: ABAPORU RAUL BOPP: COBRA NORATO (poema narrativo sobre a Amazônia).
89
REPRESENTANTES DO VERDE-AMARELISMO E DO GRUPO DO ANTA PLÍNIO SALGADO: A MARCHA PARA O OESTE. CASSIANO RICARDO: MARTIM-CERERÊ MENOTTI DEL PICCHIA: JUCA MULATO GUILHERME DE ALMEIDA: RAÇA
90
REPRESENTANTES DO MOVIMENTO ANTROPOFAGIA: ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO: BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA
91
01 - “O caráter geral da sua poesia é marcado pelo tom confidencial, pelo desejo insatisfeito, pela amargura e por referência autobiográficas. Profundo conhecedor da técnica de composição, por vezes aproveita-se das formas clássicas ou faz incursões às formas mais radicais das vanguardas, sem contudo perder a marca de absoluta simplicidade e profundo lirismo, predominantes na sua obra.” O comentário faz referência a: a) Manuel Bandeira b) Carlos Drummond de Andrade c) Jorge de Lima d) Cecília Meireles e) Murilo Mendes
92
1. A Semana de Arte Moderna representou, no panorama cultural da época: a) a ruptura total com o passado artístico mais recente, no qual nada permitia prevê-la; daí a comoção que causou. b) o resultado da condensação de aspirações vagas, ainda informes até então, mas perceptíveis nas preferências do público em geral. c) a congregação de tendências que, sob formas várias e nas várias artes, se vinham delineando desde a década anterior. d) a reação aos ataques que os últimos parnasianos dirigiam contra a obra incipiente dos primeiros modernistas. e) a decorrência de reelaboração de recursos estilísticos presentes tanto na poesia parnasiana quanto na simbolista.
93
3. "A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica
3. "A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos". Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas: a) a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses. b) a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira. c) a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional. d) o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção.
94
ABA = HOMEM PORU = QUE COME
95
PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.
96
1 Das colocações abaixo, aquela que NÃO pode ser atribuída a esse poema modernista é:
Os versos do poema expressam a defesa de um idioma brasileiro livre e descontraído, aquele praticado pela gramática do genuíno povo brasileiro, o "bom negro e o bom branco". b) O poema vem reafirmar a posição do poeta em favor da incorporação do discurso coloquial brasileiro à linguagem poética, como o expressa no "Manifesto da Poesia Pau Brasil": "Apenas brasileiros de nossa época. [...] Tudo digerido. Sem meeting cultural. Práticos. Experimentais. Poetas."
97
c) O poeta, nestes versos, defende: "A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos". d) o próprio título: "Pronominais" já sugere a preferência do poeta pela colocação enclítica do pronome na fala do brasileiro - tendência já expressa no "Manifesto Antropófago", contra a influência da gramática do colonizador europeu: "Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil já tinha descoberto a felicidade". e) o poema traduz a aversão do poeta ao academicismo, em defesa dos princípios da "poesia pau brasil": "O estado de inocência substituindo o estado de graça que pode ser uma atitude do espírito. O contrapeso da originalidade nativa para inutilizar a adesão acadêmica."
98
Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português.
99
01- A que fato se refere o primeiro verso do poema
01- A que fato se refere o primeiro verso do poema? Quando o português chegou 02- A que fato se refere metaforicamente o terceiro verso do poema? Vestiu o índio
100
Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português.
101
04- O poema traz à tona uma hipótese: a inversão do fato histórico
04- O poema traz à tona uma hipótese: a inversão do fato histórico. a- Que verso exprime a condição para que tal hipótese pudesse ter sido concretizada? b- Identifique e explique os versos que exprimem a consequência histórica dessa possível inversão.
102
Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português.
103
05- As palavras português e pena têm duplo significado no conteúdo
05- As palavras português e pena têm duplo significado no conteúdo. Identifique-os: 06- Oswald de Andrade lamenta que a história tenha sido como foi: “Que pena!” você acha que, se a hipótese sugerida no poema tivesse ocorrido, nosso país hoje seria melhor? Justifique sua resposta.
104
O CAPOEIRA — QUÉ APANHÁ SORDADO. — O QUÊ. — QUÉ APANHÁ
O CAPOEIRA — QUÉ APANHÁ SORDADO? — O QUÊ? — QUÉ APANHÁ? PERNAS E CABEÇAS NA CALÇADA.
105
11 CONTOS DE TEOR JORNALÍSTICO
11 CONTOS DE TEOR JORNALÍSTICO. CENÁRIO: BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA AMBIENTAÇÃO ÍTALO-BRASILEIRA
106
BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA, DE ALCÂNTARA MACHADO
107
11 CONTOS DE TEOR JORNALÍSTICO
11 CONTOS DE TEOR JORNALÍSTICO. CENÁRIO: BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA AMBIENTAÇÃO ÍTALO-BRASILEIRA
108
NOVOS MESTIÇOS SUA FORÇA DE TRABALHO SEUS MODOS E CULTURA SEU ACULTURAMENTO
109
CRÔNICAS SOBRE A CIDADE SÉCULO XX INFLUÊNCIAS QUE OS ITALIANOS TROUXERAM PARA O NOSSO LINGUAJAR.
110
Xi, Gaetaninho, como é bom!
Gaetaninho ficou banzando bem no meio da rua. O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford. O carroceiro disse um palavrão e ele não ouviu o palavrão. - Eh! Gaetaninho Vem pra dentro. Grito materno sim : até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio de sardento, viu a mãe e viu o chinelo. - Subito! Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho. Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro. Eta salame de mestre!
111
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de realização muito difícil. Um sonho. O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem. Mas se era o único meio? Paciência. Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.
112
Que beleza , rapaz! Na frente quatro cavalos pretos empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele. Na boléia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO.
113
Não. Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o Gaetaninho.
114
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito
Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar. Nem por um instantinho só. Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar o "Ahi, Mari!" todas as manhãs o acordou. Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio. Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do sonho de Gaetaninho.
115
Tão forte que ele sentiu remorsos
Tão forte que ele sentiu remorsos. E para sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou, matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu Rubino, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído. Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não podia deixar de dar a vaca mesmo.
116
O jogo na calçada parecia de vida ou morte
O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora Gaetaninho não estava ligando. - Você conhecia o pai do Afonso, Beppino? - Meu pai deu uma vez na cara dele. - Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou! O Vicente protestou indignado: - Assim não jogo mais ! O Gaetaninho está atraplhando! Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de responsabilidades.
117
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem perto
O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a defesa. - Passa pro Beppino! Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua. - Vá dar tiro no inferno! - Cala a boca, palestrino! - Traga a bola! Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou.
118
No bonde vinha o pai de Gaetaninho
No bonde vinha o pai de Gaetaninho. A gurizada assustada espalhou a notícia na noite. - Sabe o Gaetaninho? - Que é que tem? - Amassou o bonde! A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras. Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho não ia na boléia de nenhum dos carros do acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas não levava a palhetinha.
119
Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino."
120
PRINCIPAIS ESCRITORES MANUEL BANDEIRA OSWALD DE ANDRADE MÁRIO DE ANDRADE GRAÇA ARANHA ALCÂNTARA MACHADO
121
MANUEL BANDEIRA TESTAMENTO ÚLTIMA CANÇÃO DO BECO OS SAPOS VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA OSWALD DE ANDRADE: MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR
122
MÁRIO DE ANDRADE: MACUNAÍMA PAULICEIA DESVAIRADA CONTOS NOVOS AMAR VERBO INTRANSITIVO HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA ALCÂNTARA MACHADO: BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA
123
DEPOIS DESSE SHOWZINHO, FALA PRA ELES SOBRE O BANDEIRA.
124
MANUEL BANDEIRA
125
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois verões em Petrópolis. Em 1892 a família volta para Pernambuco. Manuel Bandeira frequenta o colégio das irmãs Barros Barreto, e como semi-interno, o de Virgínio Marques Carneiro Leão, na Rua da Matriz.A família mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em 1896 cursa o Externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). Entre seus colegas estão Sousa da Silveira e Antenor Nascentes.
126
Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar!
127
E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d'água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der
128
Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada.
129
POÉTICA MANUEL BANDEIRA
130
ESTOU FARTO DO LIRISMO COMEDIDO DO LIRISMO BEM COMPORTADO DO LIRISMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO COM LIVRO DE PONTO EXPEDIENTE PROTOCOLO E MANIFESTAÇÕES DE APREÇO AO SR. DIRETOR. ESTOU FARTO DO LIRISMO QUE PARA E VAI AVERIGUAR NO DICIONÁRIO O CUNHO VERNÁCULO DE UM VOCÁBULO.
131
ABAIXO OS PURISTAS TODAS AS PALAVRAS SOBRETUDO OS BARBARISMOS UNIVERSAIS TODAS AS CONSTRUÇÕES SOBRETUDO AS SINTAXES DE EXCEÇÃO TODOS OS RITMOS SOBRETUDO OS INUMERÁVEIS
132
ESTOU FARTO DO LIRISMO NAMORADOR POLÍTICO RAQUÍTICO SIFILÍTICO DE TODO LIRISMO QUE CAPITULA AO QUE QUER QUE SEJA FORA DE SI MESMO.
133
DE RESTO NÃO É LIRISMO SERÁ CONTABILIDADE TABELA DE COSSENOS SECRETÁRIO DO AMANTE EXEMPLAR COM CEM MODELOS DE CARTAS E AS DIFERENTES MANEIRAS DE AGRADAR ÀS MULHERES, ETC.
134
QUERO ANTES O LIRISMO DOS LOUCOS O LIRISMO DOS BÊBEDOS O LIRISMO DIFÍCIL E PUNGENTE DOS BÊBEDOS O LIRISMO DOS CLOWNS DE SHAKESPEARE - NÃO QUERO MAIS SABER DO LIRISMO QUE NÃO É LIBERTAÇÃO.
135
1 De que tipo? de lirismo o poeta se diz saturado
Antigo Regulado Pátrio estrangeiro
136
2. A formalidade criticada no poema está
expressa sobretudo no vocábulo: Protocolo Cunho Apreço expediente
137
Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
138
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. 3 Existe crítica ao escritor que submete a inspiração à formalidade. Essa atitude está expressa no verbo: a) Estou b) vai c) para d) será
139
4 A marca, a feição, o caráter, o sinal, o distintivo
estão traduzidos no vocábulo: Vernáculo b) dicionário c) cunho d) modelo 5 COMEDIDO é o lirismo dos: a) Puristas b) loucos c) bêbados d) clowns
140
ROMANTISMO – PROSA ALENCAR MACEDO BERNARDO GUIMARÃES VISCONDE DE TAUNAY FRANKLIN TÁVORA MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA
141
ALENCAR INDIANISTA ESCREVEU
O GUARANI IRACEMA UBIRAJARA
142
ALENCAR REGIONALISTA ESCREVEU? O GAÚCHO TIL O SERTANEJO
NO SUL TIL INTERIOR DE SÃO PAULO O SERTANEJO SERTÃO DO CEARÁ O TRONCO DO IPÊ RIO DE JANEIRO
143
ALENCAR HISTÓRICO: AS MINAS DE PRATA A GUERRA DOS MASCATES ALENCAR CITADINO: CINCO MINUTOS A VIUVINHA SENHORA SONHOS D’OIRO A PATA DA GAZELA
144
JOAQUIM MANOEL DE MACEDO: A MORENINHA E O MOÇO LOIRO BERNARDO GUIMARÃES: A ESCRAVA ISAURA E O SEMINARISTA VISCONDE DE TAUNAY: INOCÊNCIA E A RETIRADA DA LAGUNA
145
FRANKLIN TÁVORA: O CABELEIRA MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS
146
O PRÉ-MODERNISMO TEVE INÍCIO NO ANO DE: 1902 COM UM TEXTO CHAMADO: OS SERTÕES. CUJO AUTOR FOI: EUCLIDES DA CUNHA E O PRÉ MODERNISMO VAI ATÉ: QUANDO ACONTECE: A SEMANA DE ARTE MODERNA.
147
OS PRINCIPAIS ESCRITORES PRÉ-MODERNOS FORAM: RAUL POMPEIA EUCLIDES DA CUNHA LIMA BARRETO MONTEIRO LOBATO GRAÇA ARANHA AUGUSTO DOS ANJOS
148
OS PRINCIPAIS ESCRITORES PRÉ-MODERNOS FORAM: RAUL POMPEIA O ATENEU EUCLIDES DA CUNHA ESCREVEU: OS SERTÕES, CONTRASTES E CONFRONTOS MONTEIRO LOBATO URUPÊS, O PRESIDENTE NEGRO E CIDADES MORTAS GRAÇA ARANHA CANAÃ AUGUSTO DOS ANJOS EU
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.