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A CIDADE E AS SERRAS EÇA DE QUEIRÓS Tópicos da aula  Movimento literário  Linguagem  Foco narrativo  Ambiente  Personagens  Enredo.

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2 A CIDADE E AS SERRAS EÇA DE QUEIRÓS

3 Tópicos da aula  Movimento literário  Linguagem  Foco narrativo  Ambiente  Personagens  Enredo

4 Movimento literário  Último romance de Eça de Queirós, foi publicado em 1900.  Realismo em Portugal  Critica a futilidade da burguesia nas grandes cidades, como Paris, e na artificialidade da sociedade urbana.  Digressões filosóficas bem ao gosto dos escritores realistas  Luta de classes  Desigualdade social: Camponeses e operários explorados, vivendo em más condições de vida.

5 “Só uma estreita e reluzente casta goza na Cidade os gozos especiais que ela cria. O resto, a escura, imensa plebe, só nela sofre, e com sofrimento especiais, que só nela existem! (...) A tua Civilização reclama incansavelmente regalos e pompas, que só obterá, nesta amarga desarmonia social, se o capital der ao trabalho, por cada arquejante esforço, uma migalha ratinhada. Irremediável é, pois, que incessantemente a plebe sirva, a plebe pene! A sua esfalfada miséria é a condição do esplendor sereno da Cidade.”

6 Linguagem  Nível de linguagem formal.  Domínio do vocabulário com boa fluência narrativa.  Descrições bem detalhadas e muitas vezes carregadas de prosopopéias (personificação).

7 “O seu olhar, que me envolvera, também me convidava a admirar. Aproximei o meu focinho de homem das serras para contemplar essa criação suprema do luxo de Quaresma. E era maravilhoso! Sobre o veludo, na sombra das plumas frisadas, aninhada entre rendas, fixada pôr um prego, pousava delicadamente, feita de azeviche, uma Coroa de Espinhos!”

8 Foco da narrativa  O foco narrativo em 1ª pessoa.  Narrador : José Fernandes, um personagem secundário, amigo de Jacinto – personagem principal.  José Fernandes é um observador da vida de Jacinto e ouve com atenção as opiniões do protagonista, transcrevendo fielmente o que vê e ouve.

9 Ambiente  Há dois ambientes básicos:  A cidade (Paris)  O campo (as serras de Tormes, em Portugal).

10 “Assim, meu Jacinto, na Cidade, nesta criação tão antinatural onde o solo é de pau e feltro e alcatrão, e o carvão tapa o céu, e agente vive acamada nos prédios com o paninho nas lojas, e a claridade vem pelos canos, e as mentiras se murmuram através de arames - o homem aparece como uma criatura anti-humana, sem beleza, sem força, sem liberdade, sem riso, sem sentimento, e trazendo em si uma espírito que é passivo como um escravo ou impudente [despudorado] como um histrião [ um bobo da corte ]... E aqui tem o belo Jacinto o que é a bela Cidade!”

11 “...e ambos em pé, às janelas, esperamos com alvoroço a pequenina estação de Tormes, termo ditodoso das nossas provações. Ela apareceu enfim, clara e simples, à beira do rio, entre rochas, com sues vistoso girassóis enchendo um jardinzinho breve, as duas altas figueiras assombreando o pátio, e por trás, a serra coberta de velho e denso arvoredo.”

12 Personagens  Jacinto  José Fernandes  Alguns personagens secundários

13 Jacinto  Personagem central da obra.  Por seu berço rico, por sua boa sorte e boa saúde era conhecido em Paris como “Príncipe da Grã- ventura”.  Acreditando que o homem só é “superiormente feliz quando é superiormente civilizado”, reúne, em sua residência de Paris, aquilo que a tecnologia, os avanços da ciência, a cultura e a riqueza podem dar. .....(continua)

14  Suas investidas e sua enorme cultura o fazem passar da mais completa euforia (deslumbramento) ao maior pessimismo (cansaço da civilização).  Reconcilia-se com a vida ao desembarcar em Tormes e defrontar-se com a beleza da natureza.  Descobre a pobreza dos camponeses de suas terras, esforçando-se para lhes oferecer melhores condições de vida.  Casa-se com Joaninha, que dá dois saudáveis filhos, fazendo-o esquecer-se definitivamente de Paris.

15 “O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival. (...) Este delicioso Jacinto fizera então vinte e três anos, e era um soberbo moço em quem reaparecera a força dos velhos Jacintos rurais. Só pelo nariz, afilado, como narinas quase transparentes, duma mobilidade inquieta, como se andasse fariscando perfumes, pertencia às delicadezas do século XIX. O cabelo ainda se conservava, ao modo das eras rudes, crespo e quase lanígero; e o bigode, como o dum Celta, caía em fios sedosos, que ele necessitava aparar e frisar.”

16 José Fernandes  Amigo do protagonista.  De origem fidalga, foi expulso de Coimbra, sendo mandado pelo tio a Paris para estudos.  Acamaradou-se com Jacinto, tornando-se atento observador das transformações por que passa o personagem.  Na volta de alguns anos em Portugal, após a morte do tio e protetor, envolve-se com Madame Colombe, que lhe furta jóias e ouro.

17  Constata a descrença e o pessimismo de Jacinto e o acompanha a Tormes, interior de Portugal.  Após a conversão do amigo, José Fernandes retorna a Paris e, já não vendo encanto na cidade, resolve regressar definitivamente à sua terra.

18 Outros personagens  Jacinto Galeão, avô de Jacinto que se refugia em Portugal quando da derrota de D.Miguel.  Cintinho, pai de Jacinto, homem de pouca saúde que não conheceu o filho.  O criado Grilo que, sempre filosofando, representa o lado oposto dos amigos de Jacinto. Nas serras há os trabalhadores braçais miseráveis em contraste com a nobreza rural.

19 “Seu avô, aquele gordíssimo e riquíssimo Jacinto a quem chamavam em Lisboa o D.Galião, descendo uma tarde pela travessa da Trabuqueta, rente dum muro de quintal que uma parreira toldava, escorregou numa casca de laranja e desabou no lajedo.” (...) “O Cintinho crescera. Era um moço mais esguio e lívido que um círio, de longos cabelos corredios, narigudo, silencioso, encafuado em roupas pretas, muito largas e bambas; de noite, sem dormir, pôr causa da tosse e de sufocações, errava em camisa com uma lamparina através do 202; e os criados na copa sempre lhe chamavam a Sombra. Nessa sua mudez e indecisão de sombra surdira, ao fim do luto do papá, o gosto muito vivo de tornear madeiras”

20  O círculo de Jacinto em Paris é composto pelos elementos da alta roda, personagens caricaturescas sempre apontadas por suas futilidades. São representantes da burguesia que fazem do progresso uma fonte de lucro a gerar a desigualdade social:  Madame d’Oriol, uma burguesa mundana  Grã-duque Casimiro  Efraim, banqueiro judeu

21 “Acabamos o almoço, quando um escudeiro, muito discretamente, num murmúrio, anunciou Madame de Oriol, Jacinto pousou com tranqüilidade o charuto; eu quase me engasguei, num sorvo alvoroçado de café. Entre os reposteiros de damasco cor de morango ela apareceu, toda de negro, dum negro liso e austero de Semana Santa, lançando com o regalo um lindo gesto para nos sossegar.” (...) “Não era alta, nem forte – mas cada prega do vestido, ou curva da capa, caía e ondulava harmoniosamente como perfeições recobrindo perfeições. Sob o véu cerrado, apenas percebi a brancura da face empoada, e a escuridão dos olhos largos.”

22 “E do outro lado o terrível Efraim, passando a mão curta e grossa sobre a sua bela barba, mais frisada e negra que a dum Rei Assírio, afiançava o triunfo da empresa pelas grossas forças que nela entravam...” (...) “Precedido pôr Jacinto, o Grão-duque surgiu. Era um possante homem, de barba em bico, já grisalha, um pouco calvo. Durante um momento hesitou, com um balanço lento sobre os pés pequeninos, calçados de sapatos rasos, quase sumidos sob as pantalonas muito largas. Depois, pesado e risonho, veio apertar a mão às senhoras que mergulhavam nos veludos e sedas, em mesuras de Corte.”

23 Enredo  Na primeira parte, o narrador faz um retrato de Paris, centro do progresso e da civilização que, se a um tempo constrói a grandeza, por outro destrói a individualidade humana e marginaliza os menos privilegiados.  Jacinto resolve partir para as serras, tendo como pretexto a reconstrução de sua propriedade.  Embarca alguns pertences tecnológicos, mas perde a bagagem, chegando a Tormes só com a roupa do corpo.

24  Eufórico com a vida no campo, gradativamente assimila os valores da natureza, embora, em contato com a miséria, procura reformar e remodelar a estrutura rural arcaica de Portugal.  Casa-se com Joaninha e não mais pretende voltar a Paris.

25 A Cidade e as Serras Eça de Queirós Aula : Professora Regina

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