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Jacques Derrida (1930-2004 ). (hipótese de) Bibliografia — DERRIDA, Jacques, Che cos’è la poesia?, trad. Osvaldo M. Silvestre, Angelus Novus Editora,

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Apresentação em tema: "Jacques Derrida (1930-2004 ). (hipótese de) Bibliografia — DERRIDA, Jacques, Che cos’è la poesia?, trad. Osvaldo M. Silvestre, Angelus Novus Editora,"— Transcrição da apresentação:

1 Jacques Derrida (1930-2004 )

2 (hipótese de) Bibliografia — DERRIDA, Jacques, Che cos’è la poesia?, trad. Osvaldo M. Silvestre, Angelus Novus Editora, 2003. — DERRIDA, Jacques, Gramatologia, trad. Miriam Schneiderman e Renato Janini Ribeiro, Editora Perspectiva, São Paulo, 1973. — DERRIDA, Jacques, Margens da Filosofia, trad. J. T. Magalhães, A. M. Magalhães, Rés-Editora, Porto. — DERRIDA, Jacques, La Dissémination, Éditions du Seuil, Paris. — DERRIDA, Jacques, La Vérité en Peinture, Flammarion, Paris, 1978. — DERRIDA, Jacques, O Monolinguismo do Outro: Ou a Prótese da Origem, trad. Fernanda Bernardo, Campo das Letras, 2001. — DERRIDA, Jacques, Paixões, trad. Lóris Machado, Papirus Editora, S. Paulo —LUCY, Niall, A Derrida Dictionary, Blackwell Publishing, 2004. Páginas na Net: — Site Jacques Derrida (textos em inglês e francês) — Artigo Jacques Derrida in: The Internet Encyclopedia of Philosophy

3 Joseph Kosuth, (Art as Idea as Idea) Meaning,1967

4 Joseph Kosuth, A linguagem do Equilíbrio, Veneza, 2007

5 Jenny Holzer (1950). Inflammatory Essays, 1979.

6 Jenny Holzer., Writing on Walls by Night, Veneza 2003

7 perguntas à procura de respostas -o que é que significa saber? -o que é que significa conhecer? -conhecer significa possuir? -possui-se o objecto de conhecimento? -conhece-se aquilo que possuímos? -dominamos aquilo que conhecemos?

8 pergunta sem resposta - se aquilo que possuímos nos pertence, será que pertencemos àquilo que possuímos?

9 topos -Logocentrismo - Desconstrução (de-construção) - Difer-ença — Differance — (( Difference)) - Disseminação

10 Frank Gehry

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16 Corbusier, Villa Savoye, 1929

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18 Jacques Derrida, ”Epígrafe” in Gramatologia, p. 3-4 1. Aquele que brilhar na ciência da escrita brilhará como o sol. (um escriba) Ó Samas (deus do sol), com a tua luz prescutas a totalidade dos países, como se fossem signos cuneiformes. (ibidem) 2. Esses três modos de escrever correspondem com bastante exactidão aos três diversos estados pelos quais se podem considerar os homens reunidos em nação. A pintura dos objectos convém aos povos selvagens; os signos das palavras e das orações, aos povos bárbaros; e o alfabeto, aos povos policiados. Jean-Jacques Rousseau, Essai sur l’Origine des Langues 3. A escrita alfabética é em si e para si a mais inteligente. Hegel, Enciclopédia

19 Jacques Derrida, ”Epígrafe” in Gramatologia, p. 3-4 Esta tripla epigrafe não se destina apenas a chamar a atenção para o etnocentrismo que, em todos os tempos e lugares, comandou o conceito de escrita: Nem apenas sobre o que denominaremos logocentrismo: metafísica da escrita fonética (por exemplo, do alfabeto) que no fundo não foi mais — por razões enigmáticas mas essenciais e inacessíveis a um simples relativismo histórico— do que o etnocentrismo mais original e mais poderoso que hoje está em vias de se impor ao planeta, e que comanda, numa única e mesma ordem: 1. o conceito de escrita num mundo onde a fonética da escrita deve, ao produzir-se, dissimular a sua própria história; 2. A história da metafísica que, apesar de todas as diferenças e não apenas de Platão a Hegel (passando até por Leibniz) mas também, fora dos seus limites aparentes, dos pré-socráticos e Heidegger, sempre atribuiu ao logos a origem da verdade em geral: a história da verdade, da verdade da verdade, foi sempre (...) o rebaixamento da escrita e o seu recalcamento fora da fala “plena”; 3. o conceito de ciência ou da cientificidade da ciência — o que sempre foi determinado como lógica — conceito que sempre foi um conceito filosófico, ainda que a prática da ciência nunca tenha cessado de contestar o império do logos, (...)

20 Logocentrismo a) - Com a noção de Logocentrismo, Derrida pretende questionar o modo como a metafísica ocidental (a generalidade da tradição filosófica) pretendeu apresentar a palavra e a razão —o Logos grego— como instrumentos privilegiados de acesso à verdade; a este privilégio subjazia a pretensão de produzir, através da mediação privilegiada da representação verbal, a identidade entre a realidade (a essência) e a representação (a palavra).

21 Mona Hautoum, ‘+ and -’, 1994-2004, sand, steel, aluminum, electric motor, Ø 400 cm

22 Desconstrução a) «Um texto não é um texto a não ser que esconda ao primeiro olhar, ao recém- chegado, a lei da sua composição e a regra do seu jogo. Um texto permanece, de resto, sempre imperceptível. A lei e a regra não se escondem na inacessibilidade de um segredo, elas simplesmente nunca se revelam, no presente, a alguma coisa que possamos de um modo rigoroso designar por percepção. Sempre e por essência sob o risco de assim se perderem definitivamente. Quem alguma vez saberá de tal desaparição?» Jacques Derrida, «La Pharmacie de Platon» in La Dissémination, p.79

23 Desconstrução b) «Esta estrutura da dupla inscrição (…) atravessa (travaille) todo o campo que estes textos percorrem. Mas ela é também ela atravessada: a regra segundo a qual cada conceito recebe necessariamente duas marcas semelhantes –repetição sem identidade-, uma no interior, a outra no exterior, deve dar lugar a uma dupla leitura e a uma dupla escrita. Isto surgirá a seu devido tempo: a uma double science. Nenhum conceito, nenhum nome, nenhum significante escapa a isto.» Jacques Derrida, «Hors livre», in La Dissémination, p.10

24 Desconstrução c) O conceito de desconstrução traduz um movimento processual de questionamento das estruturas do pensamento ocidental, procurando des- fazer, de-compor, des-sedimentar as estruturas filosóficas, políticas, sociais, institucionais, etc. - Trata-se de, através de um atento e rigoroso exercício de leitura dos textos ou das obras, identificar o que é que nelas escapa à determinação da verdade, da presença ou do sentido; - Trata-se de subtrair a palavra à palavra, a escrita à escrita, a imagem à imagem, questionando no mesmo movimento o pensamento que pensa, o objecto que é pensado e subvertendo a própria dicotomia sujeito-objecto.

25 Desconstrução d) - Derrida questiona toda a tradição filosófica na sua pretensão de aceder à verdade e à realidade através da razão, do Logos. Esta pretensão de acesso à verdade estava fundada em relações antinómicas, em relações de oposição: ser/não ser, verdade/aparência, razão/emoção, identidade/diferença, etc.

26 Desconstrução e) - A desconstrução tenta demonstrar a mútua inscrição e implicação destes binómios: a inscrição da aparência no interior da verdade (ou da verdade no interior da aparência), a inscrição da emoção no interior da razão (ou da razão no interior da emoção), a inscrição da diferença no interior da identidade (ou da identidade no interior da diferença), etc.

27 Desconstrução e) - Derrida questiona a noção de texto e a noção de sentido; questionando o privilégio que o pensamento ocidental concedeu à palavra falada (o Logocentrismo ou Fonocentrismo) enquanto instância de representação do real; enquanto instrumento de apreensão e manifestação da presença, enquanto instrumento de compreensão — de domínio e delimitação do sentido. -O movimento será o de mostrar como a escrita é já parte de um processo de desconstrução do sentido da palavra: o som e a grafia não são redutíveis nem comutáveis: o som desconstrói a palavra escrita, esta desconstrói a palavra falada.

28 Desconstrução (enfim) -A desconstrução consiste no processo intelectual de constatar e de produzir a falha da presença na representação, de constatar e de produzir o desfasamento entre a representação e a presença, de constatar e de produzir o desfasamento originário entre a identidade e a identidade, (entre e mim e mim mesmo).

29 Difer-ença a) Differance - ( e não Difference como estaria correcto) Difer-ença

30 Difer-ença b) « difer-ença (…): movimento «produtivo» e conflitual que nenhuma identidade, nenhuma unidade, nenhuma simplicidade originária poderia preceder, nenhuma dialéctica filosófica poderia subsumir, resolver ou apaziguar, e que desorganiza «praticamente», «historicamente», textualmente, a oposição ou a diferença (a oposição estática) dos diferentes.» Jacques Derrida, «Hors livre», in La Dissémination, p.12-13 «Difer-ença» designava também, no mesmo quadro problemático, esta economia – de guerra- que coloca em relação a alteridade radical ou a exterioridade absoluta do fora com o campo fechado, agonístico e hierarquizante das oposições filosóficas, dos «diferentes« ou da diferença.» Jacques Derrida, «Hors livre», in La Dissémination, p.11

31 Difer-ença c) « A difer-ença é o que faz com que o movimento da significação não seja possível a não ser que cada elemento dito “presente”, que aparece sobre a cena da presença, se relacione com outra coisa que não ele mesmo, guardando em si a marca do elemento passado e deixando-se já moldar pela marca da sua relação com o elemento futuro, não se relacionando o rastro menos com aquilo a que se chama presente do que aquilo a que se chama passado, e constituindo aquilo a que chamamos presente por intermédio dessa mesma relação com aquilo que não é ele próprio: absolutamente não ele próprio, ou seja, nem mesmo um passado ou um futuro como presentes modificados. É necessário que um intervalo o separe do que não é ele para que ele seja ele mesmo, mas esse intervalo que o constitui em presente deve, no mesmo lance, dividir o presente em si mesmo, cindindo assim, com o presente, tudo o que a partir dele se pode pensar (...). esse intervalo constituindo-se, dividindo-se dinamicamente, é aquilo a que podemos chamar espaçamento, devir-espaço do tempo ou devir-tempo do espaço (temporização).» Jacques Derrida, «A Diferença», in Margens da Filosofia, p.43-44

32 Difer-ença d) A escrita surge como espacialização e temporização do sentido: ao inscrever no espaço e no tempo um enunciado, a palavra escrita implica a transposição para a dimensão do espaço de um sentido supostamente a- espacial; implica a transposição para o tempo (o tempo da escrita, o tempo da leitura) de um sentido supostamente a-temporal (a a-temporaliade ou intemporalidade inerente à ideia de verdade); etc. - Esta espacialização ou temporização do sentido funciona como um movimento de subtracção do sentido a si mesmo: nem verdade nem mentira, nem presença nem ausência, antes uma relação de remissão e desconstrução mútuas.

33 Difer-ença e) A noção de difer-ença (enquanto introdução de uma gralha gráfica no texto, uma gralha que afecta ou desconstrói a leitura) traduz uma relação do pensamento e da representação com o real que se situa diante da tomada de consciência dos limites da representação: implica a consciência de que ao nível das diferentes formas de representação aquilo que se diz (ou que se pretende dizer) está intimamente contaminado ou subvertido pelo modo como se pretende dizê-lo.

34 Difer-ença f) Mais do que aquilo que se diz, que se escreve, que se desenha, que se pinta, que se fotografa, importa o que poderíamos designar pelo modo; o modo como se diz, escreve, desenha, pinta, fotografa: O tom, o traço, a sombra, a luz, a ruído ou o silêncio - são ao mesmo tempo aquilo que constrói as representações e aquilo que escapa ao domínio do sujeito que fala, escreve, desenha, etc. - São ao mesmo tempo a condição e os limites interiores da representação: aquilo que constrói uma identidade é tanto aquilo que se lembra como aquilo que se esquece.

35 Disseminação a) «Disseminação: 1. Separação em diversas partes ou por muitos lugares, levando geralmente à perda da identidade. (...) 2. Distribuição ou divulgação por muitas pessoas ou organismos (ex: disseminação de uma doença) (...); 3. Dispersão natural das sementes pelo solo na época da sua maturação.» Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea; p. 1280, Academia das Ciências de Lisboa

36 Disseminação b) «Todas as oposições que se fundam na distinção entre o originário e o derivado, entre o simples e a repetição, o primeiro e o segundo, etc., perdem a sua pertinência a partir do momento em que tudo »começa» por seguir o rasto. Isto é, uma certa repetição ou texto. (…)» Jacques Derrida, «La Dissémination» in La Dissémination, p.401

37 Disseminação c) - Com o conceito de disseminação Derrida procura pensar a simultânea penetração e subtracção de todo o sentido ao discurso que o pretende representar.  Penetração, enquanto todo o discurso está atravessado pela presença (ou seja, pelo sentido que se quer representar);  Subtracção, enquanto toda a presença se subtrai (é inapropriável, permanece exterior) à representação. Esta é uma duplicidade que faz com que uma coisa só se faça visível no movimento de se ocultar, que aquilo que se diz só seja compreensível à luz daquilo que não foi dito.

38 Disseminação d) o retrato fotográfico Esta duplicidade faz com que, por exemplo, o retrato de um sujeito só faça sentido no interminável movimento de remissão do retrato para o sujeito, deste para o retrato, sem que em nenhuma destas posições seja possível identificar o fundamento do outro: -qual seria a verdade do retrato? - a sua semelhança com o sujeito? - a sua autonomia face ao sujeito? - a sua capacidade de reinventar o sujeito? - a sua capacidade de se anular diante dele? - a sua capacidade de se substituir ao sujeito?

39 Disseminação e) o retrato fotográfico A verdade do retrato estaria precisamente na impossibilidade da existência de verdade: -nenhum retrato se apropria da presença do sujeito, --nenhum retrato se substitui ao sujeito, -mas ao mesmo tempo cabe ao retrato ficcionar a apropriação da presença ficcionar a substituição do sujeito pela representação. -Estamos diante da disseminação da presença e da ausência no interior da relação de representação; disseminação, e não apropriação; remissão para, e não apropriação; atravessamento, e não imobilização.

40 Disseminação f) Com a ideia de disseminação não estamos diante de um movimento de dispersão; este suporia a definição do movimento a partir de um ponto originário, o fundamento a partir do qual, (ainda que por negação, por distanciamento), a dispersão se efectuaria. Ora, não há instância originária, não há um lugar a partir do qual o movimento de dispersão se efectue; existe apenas um processo de alastramento sem ponto de partida nem ponto de chegada, sem lugar de fundamentação das representações nem instância de validação da sua suposta adequação. (chamamos cultura a este processo)

41 Disseminação h) « Eu tento escrever (...). tento escrever a questão: (o que é) que querer dizer? Portanto é necessário que, num tal espaço e guiada por uma tal questão, a escrita à letra não-queira-dizer-nada. Não que seja absurda, dessa absurdidade que faz sempre sistema com o querer dizer metafísico. Simplesmente ela tenta-se, tende- se, tenta realizar-se no ponto de sufocação do querer-dizer. Arriscar-se a não- querer-dizer-nada é entrar no jogo, em primeiro lugar no jogo da difer-ença que faz com que nenhuma palavra, nenhum conceito, nenhum enunciado maior venham resumir e comandar, a partir da presença teológica de um centro, o movimento e o espaçamento textual das diferenças.» Jacques Derrida, «Implicações», in Posições, p. 22,

42 Jacques Derrida, Paixões, p.7-9 “Entre o autor e o analista, seja qual for a distância, sejam quais forem as diferenças, a fronteira parece, portanto, incerta. Sempre permeável. Ela deve mesmo ser transposta num certo ponto para que haja uma análise e também para que haja um comportamento adequado e normalmente ritualizado. (...) O participante deve fazer escolhas, distinguir, diferenciar, avaliar. Deve realizar alguma krinein. O próprio “espectador”, aqui o leitor, neste volume ou fora dele, encontra-se nesse sentido na mesma situação. Em vez de opor o crítico ao não crítico, em vez de escolher ou decidir entre crítico e não-crítico, a objectividade e o seu contrário, seria preciso, portanto, de um lado, marcar as diferenças entre os críticos e, do outro, situar o não crítico em um lugar que já não seja oponível, talvez nem mesmo no exterior do crítico Por certo, o crítico e o não crítico não são idênticos, mas talvez permaneçam, no fundo, a mesma coisa. Em todo o caso, participam disso.”

43 Jacques Derrida, Paixões, p. 39. “O que fazer então? É impossível responder aqui. É impossível responder à questão sobre a resposta. É impossível responder à questão por meio da qual nos perguntamos precisamente se é preciso responder ou não responder, se é necessário, possível ou impossível. Essa aporia sem fim imobiliza-nos, porque nos ata duplamente (devo e não devo, é necessário e impossível, etc.). Num mesmo lugar, sobre o mesmo dispositivo, eis aqui as mãos pregadas...) “

44 Jacques Derrida, O Monolinguismo do Outro ou a Prótese da Origem, p. 88. «Não que eu cultive o intraduzível. Nada é intraduzível desde que se gaste o tempo necessário ou a expansão de um discurso competente que se meça com o poder do original. Mas «intraduzível» permanece — deve permanecer., diz-me a minha lei — a economia poética do idioma, daquele que realmente me importa, porque eu morreria ainda mais depressa sem ele, (...) Desde que se renuncie a esta equivalência económica, aliás estritamente impossível, pode traduzir-se tudo, mas numa tradução livre no sentido livre da palavra «tradução». Nem sequer falo da poesia, apenas de prosódia, de métrica (o acento e a quantidade no tempo da pronunciação). Nada é intraduzível num sentido, mas num outro sentido tudo é intraduzível, a tradução é o outro nome do impossível.»


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