A Vida depois da Morte Yogue Ramacharaca.

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1 A Vida depois da Morte Yogue Ramacharaca

2 O Além Pergunta frequente : “Que é que ensinais a respeito do além do rio da morte?” A mente ocidental recusa-se a aceitar a verdade pelo método ocidental, pois não obteve a sua experiencia/conhecimento de certos factos psíquicos e espirituais; Os factos para serem conhecidos tem que ser experimentados; No Ocidente considera-se as afirmações básicas puramente como artigos de fé ou como hipóteses/especulações; A prova física é tão impossível como provar uma cor a um cego, como explicar o gosto do açúcar a quem nunca experimentou algo doce, como e por onde começar?

3 O Além Não existem provas físicas, nem instrumentos físicos que as possam registar/medir/pesar; O Discípulo deve de aceitar como verdade apenas o que pode provar a si mesmo, porque a verdade só é verdade quando a pessoa pode prova-la pelas próprias experiencias; Os ensinos que se seguem são baseados nas experiencias e nos testemunhos do sábios de todos os tempo; Cada um deve meditar cuidadosamente sobre estes ensinamentos, e achá-los-á cada vez mais razoáveis com o proporção dos anos;

4 A Morte não existe Vivemos hipnotizados com a ideia da Morte;
As manifestações quando amigos ou parentes abandonam o corpo, são tristes e pesadas; Devemos guardar na nossa mente a lição da fábula hindu da lagarta; A MORTE não existe, seu nome é mentira, é uma ilusão nascida da ignorância; Só existe a vida com suas fases e formas; “Nunca o Espírito nasceu; Não morre, nem envelhece; Em todo o tempo existiu; Principio e fim – sonhos são” “Inato, imortal o Espírito É, e imóvel permanece; A morte tira-lhe a casca, Porém não o toca, não!”

5 A Morte não existe Quem é capaz de abandonar seu corpo físico e viajar conscientemente no “além”, acha fúteis todas as discussões/argumentações especulativas; Nas grandes regiões mentais subconscientes e superconscientes acha-se o conhecimento de muitas verdades fundamentais do universo, destas verdades duas estão gravadas ali com a maior força possivel: A certeza da existencia de um Supremo Poder Universal, que está detrás do mundo fenomenal, ao mesmo tempo forma a sua base e o suporta; A certeza da imortalidade do EU real - aquele algo interior que não pode ser destruído pelo fogo, nem afogado pela água, nem apagado pelo ar. A vista mental, dirigida para o interior, achará sempre o “EU”.

6 Os Planos da Vida Uma das ideias da Filosofia Yogue é a existência de planos, 7 planos x 7 subplanos (apresentação anterior); A mente ocidental insiste na concepção do reino da vida da alma desencarnada -> “Céu”; Um plano é um estado de existência, e não um lugar em qualquer sentido da palavra, exemplo grosseiro vibração de luz; Fora do domínio da luz visível ao olho humano, existem muitas cores invisíveis devido as suas altas ou baixas vibrações; Os planos de vida são diferentes graus de energia vibratória, mas não de matéria, a matéria é uma forma baixa de vibração;

7 Os Planos da Vida Quando se fala em “elevar-se” de um plano mais baixo a um mais alto, ou descer, não devemos entender como as conhecemos no mundo físico, não existem escadas; A transição de um plano a outro é efectuada através do aumento ou diminuição do numero de vibrações, por exemplo esticar as cordas de um violino;

8 O Plano Astral Nos planos mais baixos do astral manisfestam-se actividades psiquicas, clariaudiencia, clarividencia, telepatia, etc… Noutro plano inferior do astral, encontram-se certas formas “espíritos-fantasmas”; Em certos planos viajam e operam os corpos astrais de alguns homens; “Planos das forças psiquicas”, “pensamentos-formas”, “ondas de pensamento”, etc… que emanam dos seres humanos e andam à procura dos pensamentos ou emoções daqueles que os atraiem, aos quais se ligam pela lei da atração dos semelhantes; Alguns subplanos inferiores do astral são perigosos para a saúde das pessoas, devem ser evitadas tal como evitamos uma região palutre e carregada de febre;

9 O Plano Astral A concepção católica do “purgatório”, são certos subplanos, onde, “os nefandos crimes cometidos nos dias em que a alma vivia no corpo terrestre, sofrem o processo purificador, extinguindo-se pelo fogo”; não fogo material, mas sim o fogo da memória e imaginação; Ao elevarmo-nos, e cada vez mais alto, chegamos às mansões dos bem aventurados, aquela morada temporária dos que atingiram muito elevado grau de espiritualidade, os “mundos celestes”, que as religiões da raça humana tentam definir segundo suas crenças e tradições; Não deve cair no erro de ligar a ideia de “PLANO” à de “LUGAR”, não deve de haver associação mental entre as duas ideias;

10 Depois da Morte “Que é que se passa com a alma imediatamente depois de abandonar o corpo?” No seu estado antes da desencarnação, sente um gradual embotamento dos sentidos físicos, vista, ouvido, tacto vão enfraquecendo; Noutros casos enquanto os sentidos físicos perdem as forças, os sentidos psíquicos despertam, a clarividência ou clariaudiencia acompanha muitas vezes a aproximação da “morte”, sendo o moribundo consciente de vistas e sons que se produzem em lugares distantes; Torna-se psiquicamente consciente da aproximação de entes queridos que a precederam para o além; O corpo astral abandona o corpo físico no momento da morte deste, e forma um por algum tempo um envoltório da alma, uma substancia material porem muito subtil, não perceptível à matéria ordinária.

11 Depois da Morte A alma tendo abandonado o corpo fisico e envolta no “corpo astral”, cai num sono profundo (igual a um feto antes de nascer); A alma dorme em paz, não sendo perturbada por influencias externas; Existem duas causas que provocam duas especies de estado soniforme (sonhos): Um intenso desejo que enche a mente da pessoa moribunda, como seja amor, ódio ou tarefas e deveres não cumpridos; Os fortes desejos e pensamentos das pessoas sobreviventes, que as põem, devido ao amor ou outro forte apego, em estreita relação com a alma desencarnada.

12 O Sono da Alma Entrada num estado semelhante a um tranquilo sono;
Pode ser perturbado se: Se a alma tem alguma coisa em mente para comunicar; Se ouve constantemente as lamentações dos seus conhecidos encarnados para que volte; Devemos evitar os nossos desejos egoistas, para não perturbar as almas, e deixa-los descansar enquanto aguardam a hora da transformação; Agir de modo contrário é fazê-los passar pelo processo de morte várias vezes; O período do sono da alma é como a existência da criança no útero da mãe: dormindo para poder acordar na vida com o vigor necessário; A alma da pessoa que faleceu de morte repentina acha-se por algum tempo bem acordada, no entanto são auxiliados por entidades astrais, que cuidam até que este adormeça como qualquer criança cansada;

13 “PAZ” – “SEGURANÇA” – “PROTEÇÃO”
O Sono da Alma O admirável fenómeno da recordação da vida passada, que desfila ante a visão mental da alma antes de adormecer; A alma graças ao seu discernimento espiritual despertado, conhece o significado, causa e consequência de cada momento em sua vida; Como um juiz omnisciente e imparcial, faz o julgamento a si mesma. Como resultado regista essa informação para se tornar melhor semente que produzirá melhor fruto no futuro; A bondosa Natureza não impõe à alma que a tarefa de realizar e viver todas as tendências em encarnações futuras. Muitas delas são elaboradas e manifestadas no plano astral sendo que a alma as abandona para sempre, isso ocorre durante o sono da alma; A alma instruída a respeito da existência deste período de sono da alma, aprende a considerar este estado como um santo bálsamo “Calma e descanso seguro no fundo do grande oceano da vida”. “PAZ” – “SEGURANÇA” – “PROTEÇÃO”

14 O Despertar da Alma A duração do sono da alma varia muito para diferentes almas; Algumas passam por este estado rapidamente, outras – com grau de desenvolvimento mais elevado permanecem por “tempo” mais prolongado; Durante o período soniforme descarta as porções inferiores de sua natureza mental (como igualmente o seu corpo astral), e acorda-se só quando atingiu o mais alto grau de desenvolvimento a ela possível; Sentindo os impulsos da vida que torna a despertar, começa a mover-se vagarosamente, como quem desperta de um bom sono na vida da terrestre; Depois como a borboleta abandona a casca da crisálida, desvincula-se do corpo astral, descarta os princípios inferiores de sua natureza. Este processo ocorre enquanto a alma recupera devagar a consciência, no real momento do despertar encontra-se livre de todas as cascas, entrando em novas actividades;

15 O Despertar da Alma Cada alma é destinada a habitar o plano correspondente ao que nela há de mais alto e melhor; O plano onde a lama acorda não é um lugar, é um estado ou uma condição de existência, um grau na escala da energia vibratória do mundo espiritual; Há grande diferença entre os vários planos e subplanos do mundo astral, uns são pouco distantes das cenas da vida terrestre, outros expressam as mais altas concepções da alma humana; Cada região atrai as almas que tem em si as propensões correspondentes, cujo os mais altos ideais se identificam com o novo meio; Depois do estado soniforme, a alma acorda para entrar na VIDA, não numa região de Morte, como a borboleta, abre as assas e goza o seu novo estado de existência, não lamentando a perda da forma e vida da crisálida.

16 A Geografia do Plano Astral
O Plano Astral não é um país, não é um lugar, suas dimensões não são as de espaço, porem as de vibração; Quando se viaja no plano material, havemos de atravessar espaço, metros…; No plano astral atravessa-se graus de vibração; (exemplo grosseiro, passagem do estado gelo em água e em seguida vapor, vice versa) Estes variados planos e subplanos de energia vibratória constituem as condições geográficas do mundo astral; Existem muitos estados ou condições de existência no plano astral, sendo habitados por almas, que se regem pelo principio da atracção psíquica, pela qual sente simpatia e ao qual corresponde o seu interior; “Grande lei da atracção” opera com absoluta precisão e uniformidade, e não comete erros;

17 A Geografia do Plano Astral
“É absolutamente impossível para a alma ir além do plano a que pertence, embora as almas dos planos superiores possam livremente tornar a visitar planos mais baixos”. Esta é a regra do plano astral, não sendo uma lei arbitrária, mas uma lei da Natureza; As almas dos planos superiores visitam amigos nos planos inferiores, dando-lhes alegria e prazer; As almas altamente desenvolvidas, dão ajuda espiritual, conselhos e instruções, quando a lama do plano inferior está preparada para tal;

18 Os estados de Almas Primitivas
O plano astral dá a possibilidade de expressar livremente os ideais nutridos pelo individuo em sua vida terrestre e pode até definir-se como uma reflexão desses ideais; Os índios, por exemplo encontravam realmente as suas “felizes regiões de caça”; Um céu com “ruas de ouro” é apenas um pouco mais alto, no entanto puramente material, reflecte os ideais de caça, cujos desejos vão a coisas resplandecentes e caras; “Não há cenário algum no plano astral, a não ser o que é fornecido pelos pensamentos-formas das almas que ali habitam”; As almas primitivas levam uma curta existência nos planos astrais inferiores a que passaram, e desenvolvem novos e melhores ideais e desejos; Consomem e abandonam certos desejos e ideais baixos, progredindo no caminho para a sua evolução espiritual;

19 Os estados de Almas Primitivas
Uma das maiores vantagens da alma selvagem adquire no plano astral é o desenvolvimento de amizade, causado pela união com amigos da vida terrestre e pela alegria por isso experimentada; Cada permanência no plano astral queima alguma parte da natureza inferior e desperta mais as faculdades superiores; Aprende cada vez mais a entregar-se ao sentido de união, libertando-se cada vez mais dos sofrimentos do corpo fisico; As almas primitivas permanecem pouco tempo no plano astral, exaurem suas limitadas posibilidades de desenvolver- se; A sonolência que precede o renascimento, apodera-se dela, caindo num estado de coma, onde aguarda a atracção do Carma que a leva a um novo corpo fisico;

20 Experiências Religiosas no Astral
As primitivas superstições das raças mais simples às mais cultas, crêem em Algo que está acima do universo, a Primitiva Causa do Universo, a Causa sem causa; A segunda concepção achamos a crença da sobrevivência da alma depois da morte; A terceira concepção geral, todo instinto religioso da humanidade, afirma que a vida futura da alma depende do carácter e das acções do individuo durante a vida na Terra; Os homens fizeram um deus de quase tudo no mundo material e caíram de joelhos a adora-lo, devido ao seu limitado poder de interpretação; O Altíssimo aceita toda essa adoração, quando se Lhes tributa com intenções honestas. “A verdade é uma só, embora os homens lhe dêem muitos nomes” ;

21 Experiências Religiosas no Astral
Cada homem cria para si e conserva a forma particular de fé religiosa que melhor corresponde aos postulados de sua alma num certo período de sua evolução; Quando está pronto para fazer uma concepção mais elevada, abandona a crença velha e abraça com ardor uma nova; O que é verdade em relação aos sentimentos e emoções da alma em sua vida terrestre, é quase igualmente verdade em relação às mesmas coisas em sua vida no mundo astral; No plano astral, cada alma se acha circundada de um ambiente religioso correspondente à melhor das crenças que nutriu em sua vida terrena; A alma que progrediu tanto que chegou a reconhecer que a Verdade existe em todas as crenças religiosas, manifestando um espírito tolerante em sua vida terrestre, também verá uma confirmação da sua crença e poderá ver os gozos e a alegria dos bem-aventurados de todos os credos; As representações astrais das várias fés e crenças religiosas compreendem só o que cada sistema particular tem do Melhor;

22 Os Céus e os Infernos Astrais
“Cada ente humano é o seu próprio e absoluto legislador; o dispensador de glória ou aflição a si mesmo, o decretador de sua vida, seu prémio, seu castigo”; No plano astral, a consciência da alma impõe-se, e a fraca e quieta voz que talvez era sufocada durante a vida terrena, fala em tons de trombeta e a alma ouve e lhe obedece; “O melhor que nele há, o mais alto ideal de que o homem é capaz, revê e julga tudo o que nele é inferior a este ideal”; A infinita Lei Cósmica pode ser interpretada como uma disciplina que encoraja o desenvolvimento das boas qualidades da alma e a expurgação das más; As crenças fornecem o ambiente necessário e a sua consciência o condena ao castigo que em que ele crê, se crê num inferno de enxofre em chamas onde sofrerás as torturas pelos pecados causados na terra, assim o encontrará (TODAS EM SUA IMAGINAÇÃO);

23 Os Céus e os Infernos Astrais
“O maior sofrimento de uma alma desencarnada, possuidora de inteligência e cultura, provem, da percepção do efeito das boas acções e dos bons pensamentos em sua vida terrestre, e semelhante percepção dos resultados dos maus pensamentos e das más obras em vida na terra”; Não há no plano astral, nem as eternas bem aventuranças, nem eternas penas, as experiencias passam e a alma emerge novamente na vida terrestre, outra vez na Escola da Vida, no Seminário de Deus; Existem gozos experimentados que não tem nada haver com as boas ou más acções, provem do impulso de expressar suas próprias faculdades criativas, exercendo o intelecto com um poder aumentado;

24 Expressão Astral das Aspirações da Alma
A vida terrena impossibilita expressarmos plenamente o impulso criador; A alma recebe e armazena enquanto está no plano astral a energia que a torna capaz de manifestar em seguida, na próxima vida terrestre, poderes que nem tinha sonhado; As faculdades superconscientes da mente da alma praticam e progridem nas tarefas da próxima vida terrestre; A alma está plenamente consciente das operações das faculdades superconscientes, sente o maior prazer nesse trabalho do aperfeiçoamento e desenvolvimento; Toda a expressão e manifestação é executada pelo amor à obra, pelo prazer de criar, pelo êxtase do aperfeiçoamento não pela simples esperança de recompensa; Ao Mestre somente compete Louvar-nos ou nos censurar; Ninguém por dinheiro ou por fama Então, se verá trabalhar; Kipling Mas cada um fará sua obra Somente por ter-lhe amor, Segundo seu próprio espírito Disposto a servir ao Senhor.

25 Expressão Astral das Aspirações da Alma
A pessoa que sente que seria um génio, se pudesse expressar o que tem dentro de si, achará boa oportunidade no astral, e se a semente for bem plantada no rico solo da mentalidade, aparecerá a flor e o fruto na próxima encarnação; A vida terrestre é como a fase da lagarta, que sente em si algo que não pode expressar e que ela mesma não compreende bem; A vida astral é como a fase da crisálida, durante a qual está formando a futura linda borboleta e onde as asas coloridas já existem em forma astral; A vida na seguinte encarnação é como a fase da borboleta, em que o ideal sentido no primeiro estado e mentalmente experimentado no segundo, torna-se plenamente manifesto e activo

26 Ocupações no Plano Astral
“As qualidades morais e espirituais hão de achar um campo onde suas energias possam estender-se”. Devakhan (a parte superior do Plano Astral) é tal campo; Todos os grandes projectos de reforma moral, as investigações intelectuais dos princípios abstractos da Natureza e todas as aspirações divinas e espirituais que enchem a parte mais luminosa da vida, chegam a dar frutos no Devakhan; A alma espiritual não tem substancia, nem é limitada a um lugar com um limitado horizonte de percepções ao redor de si; A Natureza não ilude no plano astral, mas manifesta-se ali com efeito muito mais real que no plano material; Nunca foi erguido um edifício, uma ponte, ou outra qualquer obra importante das mãos humanas, sem terem sido primeiramente criados na mente de alguém; Ah! Maya, Maya, mãe da ilusão! Quando aprenderemos a elevar-nos acima do teu encanto!

27 Os Companheiros do Astral
“Conhecer-nos-emos lá do um ao outro?” Não seria céu para o homem comum um céu que, embora lhe fornecesse todo outro gozo e satisfação, não lhe proporcionasse também companhia e associação com os entes que lhe eram caros na terra; Se não oferecesse a segurança da continuidade da companhia e associação, o céu pareceria um lugar sombrio e escuro à alma do homem comum; Despindo e depondo os envoltórios do corpo físico, a alma encontra-se capaz de entrar em relações interiores. Quando os fogos astrais queimaram os resíduos das atracões inferiores, a alma passa a funcionar em planos mais altos de associação; As relações entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs entre amigos, raras vezes se aproximam do ideal que reside sempre no coração humano. Quando na nossa vida vemos tal afeição, sentimo-nos tocados no intimo da alma;

28 Os Companheiros do Astral
Só na harmonia da música, nas rítmicas cadencias da melhor poesia ou nas linhas de uma grande obra de arte, pode a alma humana apanhar um vislumbre do verdadeiro AMOR os degraus superiores do plano astral; Como num desmaio, por um instante, Um outro Sol, inefável, me ofusca, E vi todos os orbes que conheci e outros desconhecidos e mais brilhantes. Vi, nesse instante, a terra do futuro, a terra do Céu. Whitman Não posso conservar-me desperto, porque nada me parece como era dantes; Ou talvez estou desperto pela primeira vez, e tudo até agora tem sido apenas um sonho Quando tenciono falar da melhor coisa que encontrei, A minha língua endurece e gagueja, O meu fôlego não quer obedecer a seus órgãos, Sou um homem mudo.

29 Os Companheiros do Astral
Há uma palavra que, melhor que todas as outras, expressa o sentido espiritual e o desígnio dos planos superiores e dos seus fenómenos: essa palavra é AMOR! E este Amor é o “Amor Perfeito que afugenta todo temor”; a sua flor é a Alegria e o seu fruto é a PAZ!

30 Da Comunicação Espiritual
Há duas espécies de comunicações entre pessoas encarnadas e almas desencarnadas: Os casos em que as almas desencarnadas, de uma ordem baixa, que ainda estão “presas à terra”, manifestam a sua presença a pessoas que ainda vivem na carne; Os casos da animação de “cascões astrais”; A classe superior dos fenómenos , consiste nos casos em que as almas do plano astral superior manifestam a sua presença a pessoas que vivem na terra. A alma encarnada é consolada e fortalecida pelo sentimento da união e proximidade da alma desencarnada no plano astral; A alma desencarnada experimenta prazer e alegira do mesmo modo como os experimentaria na vida terrestre na aproximação;

31 Da Comunicação Espiritual
A prática da evocação de almas do plano astral é uma perversão dos processos da Natureza; O verdadeiro amor prefere o dar ao receber; pensa mais no ente querido do que no seu próprio; Devemos enviar pensamentos de amor e simpatia, consolando-os e encorajando-os no desenvolvimento de seus planos superiores, e não arrasta-los de novo ao novo plano inferior, só para os ouvir dizer que estão bem; É mais digno que nós que ainda vivemos na carne, elevarmo- nos espiritualmente ao plano superior em que os nossos queridos estão, comunicarmos com eles por meio da compreensão e união espiritual, no silencio e sem palavras, no plano onde a alma fala à outra sem usar vocábulos e sem necessidade de presença fisica;

32 Almas presas à Terra Refere-se à ordem inferior de almas, que se recusam a levantar a sua vista mental acima das coisas e cenas de actividade e vida; Geralmente um dever não cumprido, um remorso ou anseios pelo bem-estar dos entes deixados na terra, normalmente andam no espaço em torno da pessoa ou lugar que a interessa, e em certos casos até pode ser visível; Estas alma infelizes não estão bem despertas no plano astral, nem bem despertas no plano terrestre, agem em ambos os planos como sonâmbulos, não levando uma vida normal em nenhum dos planos; As pessoas que vivem na ainda carne têm o dever de avisar mentalmente as pobres almas que a sua cena é no plano astral, que seu dever exige que deixem de se ocupar com cenas terrenas, e devem ceder à atracão para planos superiores, seguindo as leis da existência astral;

33 Almas presas à Terra A classe mais baixa é composta de almas de um grau muito baixo de desenvolvimento espiritual, onde predomina a animalidade; Permanecem pouco tempo no plano astral voltando a encarnar em ambientes que correspondem à sua natureza, atraídas pelas leis de afinidade espiritual; Conservai a vossa mente fixada nas verdades mais elevadas do espírito e na vida superior da alma, desviai a vossa face das formas inferiores dos fenómenos psíquicos; não procureis absolutamente “fenómenos”, mas buscai sempre a Verdade que, uma vez achada, vos dá o conhecimento de todas as coisas. Procurai sempre a luz solar do Espírito e evitai os enganadores vagalumes do psíquico lunar.

34 Cascões Astrais Cascões Astrais são os corpos astrais abandonados pela a alma que acordou do sono astral, também denominado duplo etérico, Linga Sharira (para os hindus); Não tem vida nem inteligência, quando abandonado flutua na atmosfera astral inferior até se resolver em seus elementos originais; “Em algumas sessões mediúnicas, os cascões astrais são materializados pela vitalidade do médium e falam com os que os rodeiam de um modo incoerente…”; O público comum, não possuindo as necessárias informações, facilmente cai no erro de supor que tais fenómenos sejam uma manifestação de “regresso do espírito”;

35 O segundo sono da Alma Um constante método dos hábitos da Natureza é a interposição de um período de descanso, pausa, sono ou recuperação entre um fim de um período de actividade e o principio de um outro; Existe um estado entre o fim das actividades da alma no plano astral e a sua passagem à reencarnação ou esferas superiores de vida espiritual, os ocultistas dão-lhe o nome de “segundo sono da alma”; Quando os processos naturais no plano astral se aproximam do seu termo, a alma experimenta uma sensação de cansaço; Acha que esgotou toda a provisão de desejos, ambições e ideais que trouxera, sente que cumpriu o desígnio, e percebe a aproximação de uma nova fase de existência; A alma começa a sentir desejo de obter novas experiencias e manifestar em uma nova vida o adiantamento que adquiriu no plano astral;

36 O segundo sono da Alma Do mesmo modo como no primeiro sono astral, a alma assimilou as lições da vida terrestre, neste segundo sono a alma assimila as admiráveis experiencias do astral; A alma recebe um fresco ímpeto de energia e obtêm o “modelo psíquico” do seu novo corpo carnal, é lhe permitido experimentar o poder atractivo dos seus laços carmicos, que a conduz ao canal do renascimento de acordo com o carácter de sua natureza; Cada um é atraído por seu congénere, e cada qual vai ao seu igual; Cada alma vai, onde pertence pela razão do que é; As mais inferiores, como as mais elevadas, todas hão de seguir a mesma Lei, todas são como pequenas crianças na aula infantil do Absoluto. E todas estão no Caminho, saibam ou não saibam disso, e a sua ignorância não lhes é contada em desfavor;

37 O Renascimento Algumas almas escapam à corrente do renascimento e são levadas , não a uma nova vida na terra, mas a uma vida nas esferas superiores; A maioria volta a encarnar na terra devido ao seu Carma; Não cair no erro de Carma ser um cruel algoz que distribui prémios e castigos, é sim simplesmente a Lei das Espirituais Causas e Efeitos – Não somos punidos por causa dos nossos pecados, mas por eles mesmos; Não somos recompensados por causa das nossas boas acções, mas com estas acções; O Desejo é o poder causal do Carma e, por intermédio deste, a causa do nosso renascimento; A alma que ainda conserva o desejo de coisas materiais, das coisas da carne e da vida material, cai na corrente do renascimento; Um desejo sempre quer ter, fazer ou ser alguma coisa;

38 O Renascimento Almas altruístas são levadas ao renascimento simplesmente pelas insistentes aspirações de realizar uma grande obra para a humanidade, de servir a outros ou cumprir alguma tarefa inspirada no amor; Uma alma que não deseja no seu intimo, um renascimento na terra, não renascerá para a vida terrestre, mas é levada pela força da atração a outras esferas, seu Carma a conduz para fora da terra; Todos estamos no Caminho e a evolução espiritual progride ainda que devagar;

39 Além do ciclo das Reencarnações
A Terra é apenas umas das muitas escolas que, de tempo em tempo, foram estabelecidas no Cosmo, e que, por melhores que sejam, não são senão moradas de degraus inferiores; Quando a alma atinge o degrau do desenvolvimento espiritual, onde os laços de vida terrena não a vinculam mais, é impossível que essa alma possa ficar retida na ronda de encarnações; No tempo presente estamos aproximando-nos do fim de um ciclo e, nesta época, um grande numero de almas está preparando-se para o seu voo às alturas; A mente humana não está preparada para pensar nos planos médios astral e astral superior, mas basta sabermos que há uma infinita escala de existência, composta de reinos sobre reinos (como podemos ver: reino mineral, vegetal, animal e humano);

40 Além do ciclo das Reencarnações
Existem três grandes verdades absolutas que não se podem perder, embora possam permanecer silenciosas por falta de palavras: AS TRÊS GRANDES VERDADES A alma humana é imortal e o seu futuro é o futuro de algo, cujo crescimento e esplendor não tem limite; O principio que dá a vida, reside em nós e fora de nós, sendo imortal e eternamente beneficiente; não se pode ouvi-lo, nem vê-lo, nem senti-lo, mas quem deseja percepção, percebe-o; Cada ente humano é o seu absoluto legislador, e dispensador de glória ou de obscuridade a si mesmo, o determinado de sua vida, sua recompensa, sua punição.

41 A PAZ ESTEJA CONVOSCO William Walker Atkinson (Yoge Ramacháraca)
Esperamos que aquilo que dissemos será como as sementes das futuras árvores do saber em vós. Porque o melhor que o instrutor pode esperar é – plantar sementes. Julgamos que, ao menos, vos trouxemos à porta da percepção da verdade que a Morte não existe; que aquilo que se chama Morte não é senão “o outro lado” da Vida, e inseparável dela. Oxalá os vossos próprios olhos espirituais se abram para poderdes por vós mesmos perceber estas verdades através de vossa própria experiencia. E agora, bom estudante, mais uma vez vos dizemos: A PAZ ESTEJA CONVOSCO