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O OLHAR DIFERENCIADO DO EDUCADOR INCLUSIVO Profª Msc. Fátima Berretta Rosal.

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1 O OLHAR DIFERENCIADO DO EDUCADOR INCLUSIVO Profª Msc. Fátima Berretta Rosal

2 “ Vivemos hoje, nos educadores qual Édipos diante da esfinge: Ou deciframos o seu enigma, ou seremos devorados por ela”(Sílvio Gallo)

3 Ser devorado => significa fazer parte do sistema educacional vigente tornando-se mais uma engrenagem dessa máquina social reproduzindo-a no cotidiano da escola. Decifrar o enigma=> significa assumir a condição de romper com o estabelecido buscando novas formas de construção do conhecimento e ainda buscar espaço de construção de novas subjetividades.

4 -Qual o sentido e a função social da escola? - Com que objetivos ela se estabeleceu e se estruturou ao longo da história desde o seu surgimento? - Quais são os limites e possibilidades que podemos identificar para reduzir a distância entre a escola que temos e a que queremos?

5 A escola tal qual conhecemos ela não surgiu de repente; A história assim como o saber não se constrói de forma linear Ela é feita de acontecimentos que provocam rupturas.

6 Três ferramentas importantes podem ser utilizadas para analisar o contexto histórico do seu surgimento: - A Arqueologia - Genealogia - Ética Através delas poderemos identificar os limites que esse espaço nos impõe e vislumbrar condições de possibilidades para romper com prática de sujeição e exclusão.

7 Na antiguidade existiam sociedades sem escolas: - A prática educativa consistia na aquisição de instrumentos de trabalho e na interiorização de valores e comportamentos. - Meio Ambiente=> Contexto permanente de aprendizagem- Saber, Vida e trabalho se união, não havia fragmentação do conhecimento e nem do sujeito.

8 Os sociólogos Varela e Úria definem a escola surgida no contexto de transição da idade média para a moderna, com uma maquinaria constituída de cinco peças mestras que foram se confrontando e se adaptando ao longo da história da educação sendo elas : - o espaço fechado; - o mestre como autoridade moral; - um estatuto de infância; - um método de transmissão de saberes ligado ao sistema hierárquico e disciplinar; - um corpo de especialista

9 Antes do surgimento de um espaço fechado a educação das classes dominantes era oferecida por preceptores e filósofos ; - Foi somente a partir da idade média, que na Europa, a educação se tronou produto da escola, especializando-se na transmissão do saber; - Espaço isolado do mundo dos adultos para que as crianças não sofresse suas influências.

10 Na transição da idade média para a idade moderna a escola sofreu modificação significativas no sentido de institucionalizar-se ( ascensão da burguesia ao poder, revolução industrial, instrução para os filhos dos trabalhadores)

11 - A partir do momento que se entra na escola, rompe-se com os conhecimentos trazidos pelo aluno; -Passa-se então a aprender e transmitir conhecimentos fragmentados e sem significados; - As posições estavam bem definidas: Quem ensina, quem aprende o que se aprende... - O “educando” se transforma em “escolar”.

12 A exigência econômica da idade moderna provocou uma mudança radical nos conteúdos da escola: as disciplinas científicas adquiriram crescente importância ao lado dos conteúdos clássicos e literários. - A idade moderna descobre o homem e constrói discurso de verdade sobre ele através do surgimento das ciências humanas, pedagógicas, biológicas, entre outras; - Cria-se um corpo de especialistas para identificar carências e desvios nas crianças.

13 Para que a ciências pudesse se especializar e se aprofundar foram sendo criadas diversas ramificações do saber; - Nesse contexto cientificista da pedagogia, a organização escolar se fundamenta na disciplinaridade; - Especialização dos professores, fragmentação dos saberes e do tempo escolar;

14 - Modelo arbóreo do conhecimento passa a servir de planta para a fixação do saber.

15 Todo esse processo decorrente da construção histórica dos conhecimentos científicos refletem-se nos currículos escolares; - Precisamos compreender as relações de saber e poder que aí se estabelecem; - Saber e poder possuem um elo muito intimo: conhecer é dominar; - Concepção de que aprendizagem só se dá pelo domínio e pelo disciplinamento dos corpos; - Disciplinar o aluno é fazer com que ele perceba o seu lugar social.

16 Nesse contexto o currículo é marcado pela seletividade, constrói identidades de sucesso e fracasso; - Disciplinas são encarceradas na grade curricular; -Conteúdos sem significado matam o desejo de aprender e de criar.

17 Quando assistem a uma aula de História, Geografia, os alunos abrem uma gavetinha do seu arquivo mental... - Eles não conseguem entender que todos os conhecimentos vivenciados na escola são perspectivas diferentes de uma mesma realidade; - Nosso ensino não fala da vida que é multiplicidade articulada, mas de um cenário irreal.

18 Os professores podem ter uma participação extremamente importante no processo de romper com a tradição alienante que se estabeleceu em nosso sistema educacional vigente; -Nosso maior desafio é ressignificar a pratica pedagógica e a escola transformando-a num espaço que acolhe e concebe as diferenças como parte da condição humana; - Precisamos resgatar o elo perdido entre as diferentes áreas do conhecimento e a multiplicidade que engendra as subjetividades

19 Um dos primeiros caminhos percorridos por educadores, filósofos e epistemólogos, para romper com a fragmentação e compartimentalização dos saberes, surgiu nos anos 80, quando os debates sobre a interdisciplinaridade se intensificam nos meios educacionais; -Surge para buscar respostas para assuntos complexos como: os ecológicos e os educacionais; - O objetivo da Interdisciplinaridade é o de tentar praticar um transito entre as disciplinas; - Insatisfeitos com os vários conceito que criaram sobre o assunto, os epistemólogos criaram ainda um outro conceito: o da Transdisciplinaridade.

20 Transdisciplinaridade => Integração global de várias ciências, um sistema que não apresenta fronteiras entre as disciplinas; - O prefixo “trans” diz respeito ao que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através delas e além delas.

21  -A transdisciplinaridade é complementar à aproximação disciplinar: faz emergir da confrontação das disciplinas dados novos que as articulam entre si;  - não procura o domínio sobre as várias outras disciplinas, mas a abertura de todas elas àquilo que as atravessa e as ultrapassa;  - parte do princípio de que no subsolo dos saberes há um fio condutor, um fio invisível, que tece o conhecimento em rede vinculado à realidade e ao cotidiano.

22 Para pensar problemas híbridos como os ecológicos e os educacionais, precisamos de saberes híbridos, que vão além dos saberes disciplinares e nesse sentido tanto a Interdisciplinaridade quanto a Transdisciplinaridade, apesar de terem contribuído para romper coma fragmentação, ainda não deram conta de superá-la, pois exigem a verticalidade e a horizontalidade dos conteúdos.

23 A Metáfora do Rizoma: -Segundo Deleuze e Guatarri (filósofos franceses) a metáfora do Rizoma subverte a ordem da metáfora arbórea; - Nessa metáfora as diversas áreas do saber são representadas cada uma delas pelas inúmeras linhas fibrosas de um rizoma; - Se entrelaçam e se engalfinham formando um conjunto complexo no qual os elementos remetem necessariamente uns aos outros e mesmo para fora do próprio conjunto.

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26 Transversalidade Rizomática -No rizoma podemos encontrar múltiplas linhas de fuga e múltiplas possibilidades de conexões, aproximações, cortes, percepções e etc. - Ao romper com a hierarquização estanque, o rizoma pede uma nova forma de trânsito entre os inúmeros campos do saber: essa forma de trânsito pode ser encontrada na Transversalidade.

27 Félix Guattari desenvolveu a noção de transversalidade como uma forma de atravessar as relações entre as pessoas (processos terapêuticos); -Mais tarde esse conceito foi estendido para o processo de construção do conhecimento e alguns começaram a falar em “ Saberes Transversais”.

28 Tomou-se então a noção de transversalidade e aplicou-se ao paradigma rizomatico do saber: ela seria a matriz da mobilidade por entre os liames do rizoma, abandonando os verticalismos e horizontalismos, substituindo-os por um fluxo que pode tomar diferentes direções, sem nenhuma hierarquia definida.

29 Esse paradigma significa uma revolução no processo educacional porque significa o fim da compartimentalização, pois as gavetas seriam abertas, reconhecendo as múltiplas áreas do conhecimento; -Não podemos vencer as estruturas tradicionais de imediato, mas cada professor pode começar a tentar mostrar que os conteúdos que ensina não estão isolados.

30 “Assumir a transversalidade é transitar pelo território do saber como as sinapses viajam pelos neurônios em nosso cérebro...” (Gallo 2001); A transversalidade rizomática aponta para o reconhecimento da multiplicação, da pulverização e para o respeito às diferenças, construindo trânsito pelas multiplicidades dos saberes.

31 -Entender a Educação na perspectiva rizomática, como um campo de construção do conhecimento, requer a compreensão de que existem diferentes formas de conhecimento e que elas dialogam entre si dentro de contextos históricos e sociais; - Os conteúdos abordados criam conexões múltiplas com elementos de outros campos do saber; - Mito, ciências, religião, filosofia,artes e senso comum,se comunicam entre si e estabelecem conexões na construção do conhecimento.

32 “Não podemos perder de nosso horizonte que a utopia que nos guia é algo bem maior: a construção de uma concepção de saber que vislumbre a multiplicidade, um currículo e uma escola na qual as crianças possam aprender sobre um mundo múltiplo e cheio de surpresas, possam dominar diferentes ferramentas, possam aprender a se relacionar com os outros e com o mundo em liberdade. Quando lograrmos essas dimensão teremos decifrado o enigma da esfinge”. ( Silvio Gallo)

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