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PublicouOrlando Olivares Barros Alterado mais de 8 anos atrás
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Amaury Gremaud Economia Brasileira Do Crescimento forçado à crise da dívida
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A CRISE DA DÍVIDA
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3 A situação brasileira no final da década de 70 e início dos 80 Transformações no cenário internacional e vulnerabilidade. Choque do petróleo (1979) e elevação da taxa de juros internacional 1979 ano do início da crise cambial: déficit em transações correntes de US$ 10,8 bilhões e entrada de capitais de US$ 7,7 bilhões: queima de reservas de US$ 2,2 bilhões.; Deterioração da situação fiscal do Estado, com: Redução na carga tributária bruta; aumento no volume de transferências; Estatais eram focos de déficits; pressões inflacionárias: 77% a.a.. Mudança de governo (Geisel por Figueiredo) e abertura política.
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4 A Crise da dívida externa A partir de agosto 1979, o FED adotou uma política monetária mais restritiva, visando conter a tendência de desvalorização do dólar. Depois quando Reagan assumiu, elevou ainda mais as taxas de juros e transformou os EUA no grande absorvedor da liquidez mundial. Dificuldades para renovação dos empréstimos externos leva ao controle da absorção interna: Os países foram obrigados a entrar em uma política de geração de superávits externos.
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Crise da divida 5 fases 1979: inicio do ajuste com Simonsen 1979/80: heterodoxia delfiniana 1980/82: ajuste voluntario 1982/83: ajuste com FMI 1984: crescimento com superávit Mudanças: refletem aprofundamento da crise e reação no Brasil Ainda crescimento econômico recessão Recuperação econômica
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Início da gestão Figueiredo Simonsen (Planejamento) – 6 meses (subst. Delfim) Rischbiter (Fazenda) – 9 meses (subst. Galveas) Puxa controles principais para Planejamento Cenário externo (78) – 1º aumento dos juros mas início de 79 ainda “amigável” austeridade fiscal x continuidade do desenvolvimentismo (defendida por Delfim, Andreazza) Diminui investimentos públicos não prioritários Contenção gastos – subsídios Controle monetário (enfrentar descontrole anterior - inflação) Anuncia nova política cambial (desvalorização real do cambio) Acopla com hedge (230, 432)
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A troca Simonsen x Delfim: meados de 79 Meados 79 – piora cenário externo 2º choque do Petróleo, novo aumento juros e recessão internacional Simonsen: ajuste interno para enfrentar ajuste externo (problema era o BP) Forte resistência política Delfim inicio – ajuste sem contenção de DA Última tentativa de ignorar a crise externa
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A heterodoxia delfiniana Delfim: questão não é excesso de DA – problema é a distorção setorial da demanda agregada necessário ajuste de P relativo Necessário crescer Exportações e diminuir M, G Mantém aperto monetário – mas controle de juros Desvalorização cambial (Maxi) e controle déficit publico (aumento de tarifas e criação da SEST Aceleração da inflação Inflação corretiva (desv e tarifas) e diminuição prazo de reajustes salariais Heterodoxia: prefixação da Correção Monetária perda de confiança Não grandes efeitos BP: Maxi – não é real; preço do petróleo puxa importações, juros puxa serviços Crise externa se agrava
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A primeira fase do problema Ano Balança Comercial Serviços Balança de Trans. Correntes Balança de Capital Saldo BP ExportaçõesImportaçõesSaldo 197712-120-5 61 197812,6-13,6-6-7114 197915,2-18-2,8-7,9-10,77,6-3,2 198020,1-22,9-2,8-10-12,79,6-3,1
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INDICADORES MACROECONÔMICOS: 1980-1984 ANOPIBINFLA ÇÃO M1DÍVIDA EXTERNA DÍVIDA INTERNA FEDERAL (% PIB) 19809,3110,270,253.8476,7
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Ajustamento voluntário (a recessão sem o FMI) a piora na situação cambial levou o governo, já em 1980, a reverter a política econômica e a adotar uma política ortodoxa. Diminui DA – reduzir absorção doméstica Objetivo diminuir importações e tornar exportações mais atraentes essência: controle monetário (liquidez), subida juros Tb controles quantitativos de crédito Exceção: agricultura Juros internos – força estatais buscar recursos no exterior
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Ajustamento voluntário (a recessão sem o FMI) Salários: contenção: segura os reajustes das faixas maiores desemprego Ajustes contas publicas Controle de despesas Limita crescimentos dos investimentos Centralização gastos – controle de boca de caixa Aumento da arrecadação Subcorreção das faixas para incidência das alíquotas do IR Aumento IOF Não usa mecanismos cambiais Já usado – acelerou inflação, elasticidades Usa estímulos a exportações e barreiras Não recorre ao FMI Problemas políticos Inflação – recuo pequeno apesar de recessão grande
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INDICADORES MACROECONÔMICOS: 1980-1984 ANOPIBINFLA ÇÃO M1DÍVIDA EXTERNA DÍVIDA INTERNA FEDERAL (% PIB) 19809,3110,270,253.8476,7 1981-4,295,287,261.41012,6 19820,899,765,070.19716,1
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Balanço de pagamentos BC – levemente positiva Exportações – crescem em 81, mas não em 82 (recessão mundial) Importações queda sistemática (relativa) Substituição de importações Diminuição da importações de bens de capital e de consumo Conta de serviços acelera Conta de capital – consegue recursos mas insuficientes Em 82 – já recursos de fontes oficiais (não voluntários): FMI, governos americano e europeus (Clube de Paris)
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Ano Balança Comercial Serviços Balança de Trans. Correntes Balança de Capital Saldo BP ExportaçõesImportaçõesSaldo 197712-120-5 61 197812,6-13,6-6-7114 197915,2-18-2,8-7,9-10,77,6-3,2 198020,1-22,9-2,8-10-12,79,6-3,1 198123-221-13-12120 198220-191-17-1612-4 1983 1984 1985
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16 Ajuste com FMI Países em desenvolvimento: problemas com a dívida se agravam: insolvência polonesa e argentina e moratória mexicana, no chamado “setembro negro” (1982), o que provocou o rompimento completo do fluxo de recursos voluntários aos países em desenvolvimento. Necessário renegociar divida externa Conseguir fundos não voluntários e de curto prazo Para tal supervisão do FMI FMI – aprofundamento do ajuste
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Ajuste com FMI A política adotada baseava-se em acordos com o FMI – cartas de intenção: Primeira carta: jan/83 – 24 meses: 8 cartas Baseado: 1. novamente na contenção da demanda agregada (aprofunda) (i) aumento da taxa de juros interna e restrição do crédito; (ii) redução do salário real e desemprego; Regra dos 80% (iii) redução do déficit público Problema com definições e critérios Queda dos Investimentos, tentativas de aumento da arrecadação Problema efeito Oliveira–Tanzi
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Ajuste com FMI 2. tornar a estrutura de preços relativos favorável ao setor externo (i) desvalorização real do cruzeiro (fev 83); (ii) elevação do preço dos derivados de petróleo; (iii) contenção de alguns preços públicos, (iv) subsídios e incentivos à exportação. Setor externo – também ampliação forte dos controles de cambio regras impedindo a saída Cambio paralelo Correção monetária (cambial) dos títulos
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19 Resultados do Ajuste recessão em 1983. Aceleração da inflação em 1983 Maxi e choque agrícola (falta de oferta interna: clima e exportações)) A política de comércio exterior foi bem sucedida: a balança comercial superávits de US$ 6,5 bilhões em 1983 e um recorde de US$ 13 bilhões em 1984 83 pequeno aumento das exportações, queda mais forte das importações
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INDICADORES MACROECONÔMICOS: 1980-1984 ANOPIBINFLA ÇÃO M1DÍVIDA EXTERNA DÍVIDA INTERNA FEDERAL (% PIB) 19809,3110,270,253.8476,7 1981-4,295,287,261.41012,6 19820,899,765,070.19716,1 1983-2,9211,095,081.31921,4
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Ano Balança Comercial Serviços Balança de Trans. Correntes Balança de Capital Saldo BP ExportaçõesImportaçõesSaldo 197712-120-5 61 197812,6-13,6-6-7114 197915,2-18-2,8-7,9-10,77,6-3,2 198020,1-22,9-2,8-10-12,79,6-3,1 198123-221-13-12120 198220-191-17-1612-4 198322-156-13-770
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1984 um ano diferente Sem recessão mas com FMI 1984 superávit e recuperação do produto, explicado em parte pelo sucesso do II PND que permitiu processo de substituição de importações e criou setores com competitividade externa, também relação cambio/salário Recuperação dos EUA
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INDICADORES MACROECONÔMICOS: 1980-1984 ANOPIBINFLA ÇÃO M1DÍVIDA EXTERNA DÍVIDA INTERNA FEDERAL (% PIB) 19809,3110,270,253.8476,7 1981-4,295,287,261.41012,6 19820,899,765,070.19716,1 1983-2,9211,095,081.31921,4 19845,4224,7201,991.09125,3
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Ano Balança Comercial Serviços Balança de Trans. Correntes Balança de Capital Saldo BP ExportaçõesImportaçõesSaldo 197712-120-5 61 197812,6-13,6-6-7114 197915,2-18-2,8-7,9-10,77,6-3,2 198020,1-22,9-2,8-10-12,79,6-3,1 198123-221-13-12120 198220-191-17-1612-4 198322-156-13-770 198427-1413-13067 198526-1312-1300-0,5
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25 Problema interno do ajuste externo (1) 80% da dívida era pública, enquanto a maior parte da geração do superávit era privado. Alternativas para o governo adquirir divisas: gerar superávit fiscal – inviável. emitir moeda – incompatível com a política de controle da absorção interna. endividar-se internamente – foi o que aconteceu em condições cada vez piores transformação da dívida externa em dívida interna. Este processo acelerou a deterioração das contas públicas e ampliou o grau de indexação da economia.
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26 Problema interno do ajuste externo (2) A situação fiscal do setor público se deteriora por várias razões: i.as maxidesvalorizações aumentavam o custo interno do serviço da dívida externa. ii.a recessão diminuía a base tributável; iii.a transferência de recursos produtivos para as atividades de exportação significava uma renúncia fiscal; iv.as taxas de juros interna elevadas encareciam a rolagem da dívida v.a aceleração inflacionária diminuía a arrecadação (Efeito Olivera-Tanzi). A inflação mostrava-se renitente a políticas ortodoxas e o peso do ajustamento era cada vez mais criticada por causa do desemprego (movimento das “Diretas Já”).
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27 Brasil: Inflação (1973 – 1985) Taxas anuais (%) Tendências Choques
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