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O CAPITAL – KARL MARX.  Começa o livro, citando Adam Smith: “’a palavra valor tem dois significados diferentes, expressando, algumas vezes, a utilidade.

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1 O CAPITAL – KARL MARX

2  Começa o livro, citando Adam Smith: “’a palavra valor tem dois significados diferentes, expressando, algumas vezes, a utilidade de algum objeto particular, e, outras vezes, o poder de comprar outros bens, conferido pela posse daquele objeto. O primeiro pode ser chamado valor de uso; o outro, valor de troca (...)” (p. 43).  Percebe-se que as concepções de valor de uso e valor de troca já vinham em Smith, antes mesmo de Ricardo que delas fará uso. O mesmo uso será feito por Marx. No entanto, percebe-se em Marx, diversamente do que ocorre nestes autores, a imediata ligação desses termos, o que será indispensável para a construção da teoria marxiana, com as noções de trabalho concreto e trabalho abstrato. Certa abstração do trabalho irá aparecer em Ricardo.

3  Não obstante, isto se dará como elemento muito mais acidental do que essencial - diversamente de seu aspecto fundamental para a construção marxiana da utilização do trabalho pelo capital e na consolidação do conceito de mais-valia. Repare-se que na p. 48 atribui uma certa abstração ao trabalho para fins de mensuração de trabalhos de diferentes qualidades. No entanto, não pormenoriza a relação trabalho concreto/trabalho abstrato (pelo menos neste trecho), nem vai a fundo na análise de tal abstração como determinada historicamente pelo capitalismo (como o fez Marx).

4 A partir das considerações anteriores, e retornando, a teoria de Ricardo, assim como já ocorria com Smith, aposta no valor trabalho. Em Ricardo isto fica ainda mais firme do que ocorria, em algumas variações típicas da passagem para o capitalismo, de Smith. Ainda assim, além do trabalho, Ricardo admite que a escassez das mercadorias seria determinante do valor. No entanto, em vista da pouca ocorrência da hipótese, passa a analisar o fator que considera mais importante para a consolidação, em especial do valor de troca das mercadorias, a “quantidade de trabalho necessária” para a obtenção das mercadorias (p. 43 e 44)

5  No entanto, processa a uma constante confusão entre preço e valor, típica dos economistas políticos, bem como dos mais atuais. Assim: “Ao falar, portanto, das mercadorias, de seu valor de troca e das leis que regulam seus preços relativos, sempre nos referimos àquelas mercadorias cuja quantidade pode ser aumentada pelo exercício da atividade humana (...)” (p. 44)

6  Aliás, esta confusão preço/valor também aparece na citação que faz de Smith à p. 44, que merece destaque também para demonstrar que já ali vinha o trabalho como medida em horas despendidas para se fazer a mercadoria e sua importância para a mensuração da troca de equivalentes. Aqui, o raciocínio parece com o de Marx até o instante em que este introduz uma grande inovação: que a troca de equivalente se APRESENTA como tal (aparência), mas oculta a expropriação de uma mercadoria mais importante do que as demais, não podendo ser considerada na troca de equivalentes como todas as outras, já que gera valor, o trabalho (essência).

7  A citação de Smith: “’O preço real de qualquer coisa’, diz Smith, ‘o que realmente custa ao homem que deseja obtê-la, é a fadiga o esforço de adquiri-la. O que qualquer coisa realmente vale para quem a obteve, e que deseja dispor dela ou trocá-la por qualquer outra é a fadiga e o esforço que ela pode poupar-lhe, e que ele pode impor a outras pessoas. O trabalho foi o primeiro preço – a moeda original que serviu para comprar e pagar todas as coisas.

8  Mais ainda, naquele primitivo e rude estado da sociedade, que precede a acumulação do capital e apropriação da terra, a proporção entre as quantidades de trabalho necessárias para adquirir diferentes objetos parece ser a única circunstância capaz de fornecer uma regra para trocá-los um por outro. Se numa nação de caçadores, por exemplo, caçar um castor custa geralmente o dobro do trabalho de abater um gamo, um castor deveria naturalmente ser trocado por, ou valer, dois gamos. É natural que aquilo que é habitualmente o produto do trabalho de dois dias ou de duas horas, deva valer o dobro daquilo que é habitualmente trabalho de um dia ou de uma hora” (p. 44)

9  Após utiliza a expressão troca de equivalentes na p. 45, já a partir de Smith, a qual adota sem qualquer restrição nos moldes feitos por Marx.  Percebe na p. 57 a passagem de valor para preço e vice-versa sem muita cerimônia. Os elementos exteriores ao valor são considerados com mais frequência do que se deveria imaginar em uma teoria que valoriza o trabalho. A respeito confira- se ainda a p. 60.  Quando fala de forma incipiente sobre o dinheiro não faz a digressão feita por Marx sobre a sua percepção como equivalente universal – o que decorre, por óbvio, do método utilizado por Marx (materialismo histórico-dialético).

10  Faz uma tabela na p. 62 em que faz uma divisão, desigual, para os trabalhadores, os proprietários da terra e os capitalistas – com uma vantagem recorrente para os últimos. Insiste na ideia de divisão dos preços gerais obtidos pelos produtos vendidos entre as três classes anteriores (p. 63).  No Anti-During, Engels insistia em que as duas grandes descobertas de Marx seriam: a) o método (materialismo histórico-dialético); b) a mais-valia.  Na realidade, sem o método, que foi totalmente aplicado a todas as páginas que lemos anteriormente, para o estabelecimento de uma relação processual entre valor de uso e valor de troca, não teria Marx chegado à ideia de mais-valia. Portanto, ainda esta segunda descoberta é tributária da primeira. E, exatamente, a falta de percepção metodológica materialista histórico-dialética, faz com que os escritos de Smith e Ricardo acabem por dar em uma análise do valor trabalho que tenda a eternizar a exploração do trabalho sofrido pela classe trabalhadora.

11  Somente a percepção do valor de troca e valor de uso numa perspectiva dialética, materialista e histórica possibilita que não haja tanta intromissão de elementos externos na composição do trabalho enquanto valor a ser analisado a partir de certas determinações relativas a dados modos de produção. Somente o método faz com que Marx perceba que o capital é processo de acumulação de dinheiro. Somente o método o faz constatar que, para que esta acumulação se efetive, devemos sair da fórmula constante da troca de equivalentes e perceber que o trabalho é o único valor, no capitalismo, que gera valor.

12  No entanto, para isto não basta falar em valor de uso e valor de troca, como o fez Smith, ou em troca de equivalentes com fez o mesmo clássico e Ricardo, há que se acrescentar a passagem da concretude para a abstração do trabalho no curso da história, a passagem da mercadoria para o dinheiro como equivalente universal também no curso da história da humanidade, a passagem para uma universalização e abstração que, historicamente, somente coincidem com o capitalismo. Não basta descobrir os termos valor de uso e valor de troca ou troca de equivalentes, como fizeram os economistas políticos, há que se perceber em todas estas noções uma relação processual, que se estende no tempo e no espaço de forma tensa, dialética.

13  Já na introdução aos cuidados de Antonino Infranca e Miguel Vedda, há que se destacar as seguintes observações:  Iniciam falando das críticas equivocadas dos que fazem uma leitura mais ortodoxa e dogmática do Marxismo (p. 14)  Falam da influência dos “Manuscritos” de 1844, publicados em Moscou, onde Lukács teve contato com o mesmo apenas em 1932.  Mencionam que, em Lukács, o trabalho aparece como “princípio originário do desenvolvimento humano” (p.21), sendo que entende que pelo trabalho o ser orgânico é posto em movimento no sentido de se transformar em homem. (p. 21);  “O homem que reproduz a própria vida reproduz o gênero humano, e o trabalho é o instrumento principal desta atividade. O trabalho coletivo, ou a especialização do trabalho, aumentam a possibilidade de reproduzir a vida, e situam a reprodução do gênero humano a níveis cada vez mais elevados. Deste modo, o ser humano individual sente pertencer a um gênero cada vez mais abrangente, a um complexo cada vez mais complexo; se reconhece como membro do gênero humano na medida em que a própria experiência se converte em patrimônio comum, e a experiência dos outros em patrimônio também comum.).

14  Nasce desta maneira um indivíduo que é um in-dividuum, quer dizer, um ser composto de elementos indissociáveis, que representam a um só tempo o ser único e o ser inserido na totalidade do gênero humano. Na prática, todo ser humano é uma comunidade, já que se encontra numa relação de vinculação recíproca (Gemeinschaft, que em alemão também significa comunidade) consigo mesmo, com os outros e com o gênero. Esta é a concepção mais inovadora que a Ontologia de Lukács apresenta e vemos aqui nascer o indivíduo como parte da comunidade a partir da noção de trabalho, como ser que pertence a um gênero; se trata de uma nova concepção de individualidade a partir do e no interior do trabalho. Todos os valores éticos que diferenciam a singularidade, a comunidade e a generalidade se manifestam no instante em que o trabalho se converte no princípio originário do ser humano” (p. 22, tradução livre).

15  “O trabalho é, pois, forma originária da práxis. Toda atividade humana imita ou reproduz, sob formas variadas, o ato laboral originário” (p. 22, tradução livre).  “O trabalho é, sem dúvida, um fator fundamental de síntese entre todos esses elementos restantes, já que constitui patrimônio exclusivo da humanidade. Nenhum outro animal, em sentido estrito, trabalha; ainda que possa utilizar instrumentos, ainda que almeje um fim, não pode realizar todos os atos constitutivos da noção de trabalho. Somente o ser humano conserva os instrumento de trabalho e os aperfeiçoa” (p. 28, tradução livre).

16  Do texto de Lukács, destacam-se os seguintes trechos:  “Caso se deseje expor ontologicamente as categorias do ser social – o seu surgimento a partir das formas do ser anteriores, que maneira as categorias se vinculam com as formas, como aquelas se baseiam e se distanciam desta – então a tentativa deve iniciar-se com a análise do trabalho” (p. 55, tradução livre)  “No trabalho se acham contidas em gérmen todas as determinações que, como veremos, constituem a essência do novo no interior do ser social. O trabalho pode, pois, ser considerado como o fenômeno originário (Urphänomen), como modelo do ser social” (p. 59) E, na sequência, indica que há uma vantagem metodológica ao se começar por estas determinações a partir do trabalho.

17  A passagem de Marx destacada por Lukács - que, na edição da Boitempo vai do final da p. 255 ao início da p. 256: “Pressupomos o trabalho numa forma em que ele diz respeito unicamente ao homem. Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e uma abelha envergonha muitos arquitetos com a estrutura de sua colmeia. Porém, o que desde o início distingue o pior arquiteto da melhor abelha é o fato de que o primeiro tem a colmeia em sua mente antes de construí-la com a cera. No final do processo de trabalho, chega-se a um resultado que já estava presente na representação do trabalhador no início do processo, portanto, um resultado que já existia idealmente. Isso não significa que ele se limite a uma alteração de forma do elemento natural; ele realiza neste último, ao mesmo tempo seu objetivo, que ele sabe que determina, como lei, o tipo e o modo de sua atividade e ao qual ele tem de subordinar sua vontade”.

18  Embora Lukács pare neste ponto (sendo que ele deixa mais claro na sua tradução que o trabalhador não se sujeita a mudar a forma do objeto trabalhado na natureza, mas “realiza nesta forma um fim”, subordina à sua vontade), a partir deste trecho, sintetiza de forma única a sua ontologia:  “Desta maneira, fica formulada a categoria ontológica central do trabalho: por meio do trabalho se realiza uma posição teleológica no interior do ser material, com o surgimento de uma nova objetividade. Assim é que o trabalho se converte, de um lado, em modelo de toda a práxis social na medida em que nesta - ainda que por meio de mediações muito diversificadas – se realizam sempre posições teleológicas, em última instância, de ordem material.

19  Naturalmente - como veremos a seguir – este caráter modelar do trabalho para a ação humana no interior da sociedade não deve ser exagerado de forma esquemática (...) O mero feito de que o trabalho é a realização de uma posição teleológica é uma vivência elementar na vida cotidiana dos homens, pelo qual também esse feito se converteu em componente imprescindível de todo o pensamento humano, aparecendo desde nas conversas cotidianas até na economia e na filosofia. O problema que surge aqui não se trata, portanto, de se colocar a favor ou contra o aspecto teleológico do trabalho; o verdadeiro problema consiste, antes de mais nada, de submeter todos os fatos mais elementares da vida a uma consideração ontológica verdadeiramente crítica – novamente: desde a vida cotidiana aos mitos, à religião e à filosofia” (p. 62).

20  E retorna: “Precisamente a teoria marxiana do trabalho como única forma existente de um ser teleologicamente produzido fundamenta, pela primeira vez, a especificidade do ser social” (p. 78). E sentencia que em Marx e Engels o trabalho “é motor decisivo da humanização do homem” (p. 81). E fala do trabalho como processo (p. 90).  Ao criticar Kant na p. 65, por tentar resolver epistemologicamente problemas ontológicos, assenta uma premissa que será uma das principais disputas da teoria marxista do século XX (iniciada por Louis Althusser): a disputa entre o marxismo como assentado em premissas ontológicas “versus” o marxismo assentado em premissas epistemológicas. Ou se busca a razão originária do ser social no trabalho ou se dedica a pensar o marxismo como ciência que se ocupa de assentar as suas bases como nova ciência.

21  Aliás, a disputa ontologia/epistemologia é posta exatamente no trecho em que cuida da questão das ferramentas. O tema é tratado também no trecho em que estamos analisando, mais especificamente na p. 257 de O Capital: “O uso e a criação de meios de trabalho, embora á existam em germe em certas espécies de animais, é uma característica específica do processo de trabalho humano, razão pela qual Franklin define o homem como ‘a toolmaking animal’, um animal que faz ferramentas”. Assim, a partir desse trecho, mostra como os instrumentos de trabalho são chave indispensável para o conhecimento da evolução da humanidade, em especial quando não possuímos documentos referentes a determinada fase dessa evolução.

22  E sentencia: “Por detrás deste problema epistemológico se oculta sempre um problema ontológico. A partir das ferramentas (...) podemos aprender muito mais sobre a vida concreta dos homens que as manejavam do que aparentemente aparecem nelas. A razão para isso reside no fato de que nas ferramentas, a partir de uma análise mais adequada, não somente revela a evolução da espécie humana, mas abre perspectivas amplas sobre os modos de vida dos homens e inclusive a visão de mundo de quem as usava” (P.75)

23  Veja-se aqui o interessante exemplo dos instrumentos utilizados na nota de rodapé 17, que ocupa as páginas 272 e 273 de O Capital sobre as ferramentas de trabalho oferecidas a trabalhadores assalariados e a impossibilidade de que fossem utilizados pelos escravos, inclusive da utilização das mulas em lugar dos cavalos. Exemplo precioso e cheio de problemas, inclusive para a questão ontologia/ epistemologia.

24  “O comunismo é a eliminação positiva da propriedade privada como auto-alienação humana e, desta forma, a real apropriação da essência humana pelo e para o homem. E, deste modo, o retorno do homem a si mesmo como ser social, ou melhor, verdadeiramente humano, retorno esse integral, consciente, que assimila toda a riqueza do desenvolvimento anterior. O comunismo como naturalismo totalmente evoluído = humanismo, como humanismo totalmente desenvolvido = naturalismo, estabelece a resolução autêntica do antagonismo entre o homem e a natureza, entre o homem e o homem” (p. 138)

25  “Assim, a sociedade constitui a união perfeita do homem com a natureza, a verdadeira ressurreição da natureza, o naturalismo integral do homem, o humanismo integral da natureza” (p. 139)  Quando fala da metodologia das ciências naturais, lembra que “o homem é objeto natural da ciência natural, porque a natureza imediatamente perceptível constitui, para o homem, a experiência humana direta dos sentidos (uma expressão idêntica), na pessoa de outra pessoa, que surge imediatamente aos olhos de forma sensível (...) Mas a natureza é o objeto direto da ciência do homem. O primeiro objeto do homem – do próprio homem – é natureza, sensibilidade, e as capacidades humanas sensíveis particulares, que unicamente encontram a realização objetiva nos objetos naturais, só podem alcançar o auto- conhecimento na ciência do ser natural. Até mesmo o componente do pensamento, o componente da manifestação vital do pensamento, a linguagem, é de característica sensível. A realidade social da natureza e a ciência natural humana, ou ciência natural do homem, são expressões idênticas” (p. 146)

26  “Meu ponto de partida é a constatação de que: a) os temas ecológicos não ocupam um lugar central no dispositivo teoria marxiano, b) os escrito de Marx e Engels sobre as sociedades humanas e a natureza estão longo de serem unívocos, e podem, portanto, serem objeto de interpretações diferentes; c) a crítica de Marx e Engels é o fundamento indispensável de uma perspectiva ecológica radical” (p. 20 e 21).  “Quais são as principais críticas dos ecologistas ao pensamento de Marx e Engels? Primeiramente, eles são descrito como partidários de um humanismo conquistador, ‘prometeíco’, que opõe o homem à natureza, e que faz dele o senhor do mundo natural” (p. 20)

27  Após mostrar que a palavra dominação aparece algumas vezes em Engels, sobretudo, Löwy afiirma que “os termos ‘supremacia’ e ‘dominação’ da natureza remetem com frequência, em Marx e Engels, simplesmente ao conhecimento da natureza” (p. 20).  Após fala da ligação indissolúvel entre o homem e a natureza, citando os “Manuscritos”, que sempre coloca o homem como parte indispensável da natureza (p.21)  Aliás, Marx define o socialismo, ali, como um ‘naturalismo acabado’. Com a abolição da propriedade privada, novamente homem e natureza se tornarão uma entidade única, com a verdadeira ressurreição da natureza, enfim, com “o naturalismo completo do homem e o humanismo completo da natureza” (p. 22)

28  Refutando os ecologistas segundo os quais seguindo a teoria do valor-trabalho de Ricardo, Marx desprezaria a natureza na formação das riquezas. No entanto, esquecem que em Marx o valor trabalho acaba sendo expropriado para que se realize a concretização do valor de troca, sendo que, na constituição dos valores de uso, Marx jamais teria desprezado a importância da natureza, citando inclusive parte constante da “Crítica do programa de Gotha” contra as ideias de Lassale e de seus discípulos, segundo o qual “O trabalho não e a fonte de toda riqueza. A natureza é fonte dos valores de uso (que são, de qualquer forma, a riqueza real!) tanto quanto o trabalho, que é em si nada além da expressão de uma força natural, a força do trabalho do homem” (p.23)

29  O autor admite a falta de crítica de Marx e Engels ao desenvolvimento das forças produtivas como uma das consequências do capital: “Parece faltar a Marx e Engels uma noção dos limites gerais ao desenvolvimento das forças produtivas” (p. 26)  Cita trechos dos “Grundrisse” e da “Ideologia Alemã”, em que a ideia de força destrutiva é lançada, mas não desenvolvida.  No entanto, diz que no Livro III de “O Capital”, “Marx não define mais o socialismo como a dominação ou o controle humano sobre a natureza, mas antes como o controle das trocas materiais com a natureza” (p. 37)

30  E finaliza, dizendo que não é difícil encontrar vários trechos das obras de Marx e Engels em que há uma real sensibilidade da questão da natureza, embora a abordagem dos autores não sejam, por óbvias limitações históricas, orgânica e harmônica. No entanto, “é impossível pensar em uma ecologia crítica à altura dos desafios contemporâneos sem ter em conta a crítica marxiana da economia política, o questionamento da lógica destrutiva induzida pela acumulação limitada de capital. Uma ecologia que ignora ou negligencia o marxismo e sua crítica do fetichismo da mercadoria está condenada a não ser mais do que uma correção dos ‘excessos’ do produtivismo capitalista” (p. 38)


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