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O conceito de classe média no município de São Paulo: a utilização de indicadores para sua quantificação Leandro Blanque Becceneri.

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1 O conceito de classe média no município de São Paulo: a utilização de indicadores para sua quantificação Leandro Blanque Becceneri

2 Introdução Esse trabalho propõe um estudo empírico do município de São Paulo com o objetivo de identificar variáveis que possam representar o conceito de classe média, possibilitando uma quantificação de tal conceito.

3 Introdução Objetivo  Quantificar o conceito de classe média, indo além de indicadores de renda.  Mensurar tal conceito, fazendo uma abordagem preliminar para o desenvolvimento de um indicador que possa representar essa condição

4 Método A metodologia desse trabalho envolve a construção e análise de indicadores sociais que possam representar o conceito de “classe média”, para além de um recorte exclusivo por renda. Assim, tentou- se tornar esse conceito em algo mensurável, quantificável.

5 Método Dados da Amostra do Censo Demográfico 2010 do IBGE Escala intraurbana – Áreas de Ponderação Fonte: IBGE. Elaboração do autor

6 Método Entre os métodos, análises e indicadores que serão desenvolvidos, pode-se destaca-se o Índice de Moran. O Índice de Moran é uma medida de autocorrelação espacial, variando de zero a um, sendo bastante utilizado quando se deseja um sumário da distribuição espacial dos dados. O índice é descrito como:

7 Método É importante destacar que foram gerados os percentuais dos indicadores originais presentes nas planilhas disponíveis no website do IBGE, como demonstrado no exemplo abaixo: Computador e internet ÷ Total de Domicílios Particulares Permanentes × 100, ou 5047 ÷ 9089 × 100 = 55,47%

8 Seleção das variáveis IndicadorDimensão População residente - frequentava Rede de ensino Particular; Educação Pessoas de 10 anos ou mais de idade com curso Superior completo; Domicílios particulares permanentes com Microcomputador com acesso à Internet; Características domiciliares Domicílios particulares permanentes com Automóvel para uso particular; Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010. Elaboração do autor.

9 Seleção das variáveis IndicadorDimensão Pessoas de 10 anos ou mais de idade por classes de rendimento nominal mensal de mais de 2 a 3 (salários mínimos); Renda Domicílios particulares permanentes por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 2 a 3 (salários mínimos); Profissionais das ciências e intelectuais; Trabalho Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados. Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010. Elaboração do autor.

10 Resultados Foram feitas análises com os indicadores para o município, construídas a partir do Índice de Moran. Para o cálculo do índice e para a espacialização dos dados, utilizou-se o TerraView e o GeoDa.

11 Resultados Indicadores Índice de Moran (I) População residente - frequentava Rede de ensino Particular 0,76329 Pessoas de 10 anos ou mais de idade com curso Superior completo 0,83032 Domicílios particulares permanentes com Microcomputador com acesso à Internet 0,77442 Domicílios particulares permanentes com Automóvel para uso particular 0,69796 Pessoas de 10 anos ou mais de idade por classes de rendimento nominal mensal de mais de 2 a 3 salários mínimos 0,44281 Domicílios particulares permanentes por Classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 2 a 3 salários mínimos0,54631 Profissionais das ciências e intelectuais0,79781 Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados0,65455

12 Mapas LISA Educação Porcentagem de pessoas de 10 anos ou mais de idade com curso Superior completo e Porcentagem de população residente que frequentava a Rede de ensino Particular  Para os indicadores de Educação, percebe-se que as áreas em vermelho não se estendem muito além da região mais central e rica do município, configurando um padrão centro-periferia.  Porém, para a variável “curso superior completo, observam-se algumas poucas áreas em vermelho em regiões “menos nobres”, como partes das zonas sul e leste

13 Mapas LISA Características dos domicílios Porcentagem de Domicílios particulares permanentes com Microcomputador com acesso à Internet e Porcentagem de Domicílios particulares permanentes com Automóvel para uso particular  Essas variáveis não se restringem apenas a domicílios na parte central ou em um possível centro expandido, ocorrendo uma concentração acima de média também em partes das regiões norte, sul, leste e oeste.  Ou seja, ainda se observa um padrão centro-periferia, mas esse padrão parece não ser tão rígido como se observava historicamente no município de São Paulo.

14 Mapas LISA Renda Porcentagem de Pessoas de 10 anos ou mais de idade por classes de rendimento nominal mensal de mais de 2 a 3 salários mínimos e Porcentagem de Domicílios particulares permanentes por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 2 a 3 salários mínimos.  Nos mapas acima, configura-se como um claro padrão centro-periferia no mapa da esquerda, sendo que o da direita não apresenta esse padrão.  Portanto, existe uma grande diferença entre as duas variáveis, o que resulta em uma distribuição desigual das profissões abordadas.

15 Mapas LISA Trabalho Mapa 5 – Porcentagem de Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, na ocupação no trabalho principal - Profissionais das ciências e intelectuais e Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados  Nesse caso, ocorre um padrão diferente em relação aos observados anteriormente. É possível observar que na região central e oeste os rendimentos considerados como de classe média apresentam valores inferiores à média do município, assim como as extremidades norte, leste e sul.  Não é possível verificar a ocorrência do padrão centro-periferia, uma vez que os fatores analisados se distribuíram de forma muito variada no território.

16 Mapa síntese  O Mapa Síntese combina todos os indicadores anteriormente selecionados, sobrepondo- os. Essa síntese ilustra a alta concentração de indicadores na região central do município. Assim, os resultados sugerem que enquanto a periferia é mais pobre e heterogênea socialmente, o centro rico é mais compacto espacialmente e mais homogêneo, do ponto de vista da concentração dos indicadores considerados.

17 Considerações finais O modelo desenvolvido nesse trabalho permitiu testar algumas hipóteses sobre as variáveis que compõe o conceito de classe média, indo além do recorte exclusivo por renda. Assim, o trabalho serve como ponto de partida para um estudo mais detalhado sobre tal fenômeno e sobre o surgimento da “nova classe média”.

18 Considerações finais O Índice de Moran demonstrou coerência com os padrões apresentados, proporcionando uma caracterização preliminar do conceito de classe média. Entretanto, como dito anteriormente, esta é uma abordagem preliminar e exploratória, necessitando aprimoramentos com testes de outros indicadores, assim como de adaptações metodológicas como forma de permitir uma exposição de forma clara e objetiva do conceito de classe média, para que dessa forma seja possível sua aplicação de modo eficiente em futuros trabalhos e pesquisas.

19 Referências Bibliográficas ANSELIN, L. Local indicator of spatial association – LISA. In: Geographical Analysis, 1995. GUERRA, A; POCHMANN, M; SILVA, R. et alii. Atlas da nova estratificação social no Brasil. Volume 1: Classe média, desenvolvimento e crise. São Paulo: Editora Cortez, 2006. IBGE. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. JANNUZZI, P.M. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, medidas e aplicações. Campinas: Allínea/PUC-Campinas, (3ª. ed.), 2004. NERI. M. C. A nova classe média. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, CPS, 2008. PASTORE, J. e SILVA, N. V. Mobilidade social no Brasil. São Paulo: Makron Books, 2000. POCHMANN, M. Mobilidade social no capitalismo e redivisão internacional da classe média in A “Nova Classe Média” no Brasil como Conceito e Projeto Político. Dawid Danilo Bartelt (org). – Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2013. POCHMANN, M. Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: Editora Boitempo, 2012.QUADROS, W. Notas metodológicas. Campinas: IE/UNICAMP, 2008. SINGER, P. A crise do “milagre”. 5. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. SOUZA, J. Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. VICENTE, Eliana. Nova classe média: um delírio coletivo? in A “Nova Classe Média” no Brasil como Conceito e Projeto Político. Dawid Danilo Bartelt (org). – Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2013.


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