A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Aula de português A linguagem Já esqueci a língua em que comia,

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Aula de português A linguagem Já esqueci a língua em que comia,"— Transcrição da apresentação:

1 Aula de português A linguagem Já esqueci a língua em que comia,
Em que pedia para ir lá fora Em que levava e dava pontapé, A língua, breve língua entrecortada Do namoro com a prima. O português são dois; o outro mistério. Carlos Drummond de Andrade A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas da minha ignorância figuras de gramática, esquáticas, atropelam-se, aturdem-me, seqüestram-me.

2 LÍNGUA PORTUGUESA MORFOSSINTAXE Profa Eliana Nagamini Dezembro de 2007

3 Ensino da língua materna
Competência comunicativa: emprego da língua em diversas situações de comunicação Adequação do ato verbal às situações de comunicação Competências: gramatical ou lingüística e a textual Competência gramatical ou lingüística: capacidade de gerar seqüências lingüísticas gramaticais Competência textual: capacidade de, em situações de interação comunicativa, produzir e compreender textos Capacidades textuais básicas: formativa (compreender, produzir e avaliar); transformativa (modificar e julgar a adequação para as modificações); qualificativa (reconhecer a tipologia de texto)

4 Gramática Normativa: manual com regras de bom uso da língua a serem seguidas por aqueles que querem se expressar adequadamente Descritiva: descrição da estrutura e funcionamento da língua, de sua forma e função Internalizada: variedades utilizadas por um conjunto de falantes de acordo com o exigido pela situação de interação comunicativa

5 Meu professor de análise sintática era do tipo de sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da primeira conjugação. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com um regência. Foi feliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA. Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. Paulo Leminsky

6 MORFOSSINTAXE Tradição gramatical
Morfologia: estudo do vocábulo isolado Sintaxe: estudo da combinatória dos vocábulos

7 Outro dia maltratei bastante o valor da linguagem como instrumento expressivo da vida sensível. Agora conto um caso que exprime bem a força dominadora das palavras sobre a sensibilidade. Quem reflita um bocado sobre uma palavra, há-de perceber que mistério poderoso se entocaia nas sílabas dela. Tive um amigo que às vezes, até na rua, parava, nem podia respirar mais, imaginando, suponhamos, na palavra “batata”. “Ba” que ele, “ta”, repetia, “ta” assombrado. Gostosissimamente assombrado. De fato, a palavra pensada assim não quer dizer nada, não dá imagem. Mas vive por si, as sílabas são entidades grandiosas, impregnadas do mistério do mundo. A sensação é formidável. (Mário de Andrade, Os filhos da Candinha)

8 Conceitos básicos (Carone)
Articulação: propriedade que têm as formas lingüísticas de serem suscetíveis de análise; divisão em partes Articulação das unidades significativas ocorre no plano do conteúdo Articulação dos fonemas situa-se no plano de expressão Functivos: os dois elementos que contraem em si uma função Função: papel exercido por um dos componentes em relação a outro

9 Gramática: abrange a ocorrência de articulações entre unidades dotadas de significado
Limites: morfema (menor unidade significativa) e período (simples ou composto

10 MORFOSSINTAXE E GRAMÁTICA
Morfossintaxe: estudo das variações formais que caracterizam os morfemas em relação com os processos sintáticos que as condicionam  flexão = concordância = sintaxe (Kehdi) “toda sintaxe é morfologia e toda morfologia é sintaxe” (Hjelmslev) “a sintaxe é a morfologia da frase e a morfologia é a sintaxe da palavra” (Carone)

11 MORFOSSINTAXE E GRAMÁTICA
Morfologia e sintaxe: ocorre que, a rigor, tudo na língua se refere sempre a combinações de “formas” (Bechara) (Coseriu) a) “constitucional” (descreveria a configuração material da “forma” gramatical – palavras, oração e período); b) “funcional” (investiga as funções dos diferentes estratos de estruturação gramatical – paradigmas); c) “relacional” (estuda as relações entre os diferentes paradigmas pelos quais se expressam funções designativas análogas). (Bechara)

12 MORFOSSINTAXE Traço fundamental que identifica morfologia e sintaxe:
“é um só o princípio estrutural que organiza os elementos mórficos e os elementos sintáticos – uma relação de dependência que articula dois functivos, gerando uma unidade superior”

13 RELAÇÕES do sujeito ao predicado: o homem + apanha laranjas
do objeto ao verbo: apanha + laranjas do complemento nominal ao nome: apanhador + de laranjas do adjetivo ao substantivo: laranja + azeda da desinência flexional a um tema: laranja + -s do sufixo ao radical: laranj- + -al no plano da expressão, da consoante à vogal: l + a

14 MORFOLOGIA (LUFT) MORPHE + LOG (OS) + IA = tratado, estudo das formas
Sentido restrito: se ocupa de problemas gramaticais (classes de palavras, categorias gramaticais, flexões, etc) Sentido lato: trata de problemas lexicais (estrutura, formação e sentido de palavras, etc)

15 MORFOLOGIA Segundo a NGB, a morfologia trata das palavras:
a) quanto a sua estrutura e formação; b) quanto a suas flexões; c) quanto a sua classificação a) refere-se à morfologia no sentido mais lato, lexical e b) e c) no sentido restrito, gramatical

16 NOMENCLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA
Problemas com a falta de padronização Filólogos e pedagogos Anteprojeto de Simplificação e Unificação da Nomenclatura Gramatical Brasileira

17 Portaria n.36, de 28 de janeiro de 1959
Art.1º - Recomendar a adoção da Nomenclatura Gramatical Brasileira, que segue anexa à presente Portaria, no ensino de Língua Portuguesa e nas atividades que visem à verificação do aprendizado, nos estabelecimentos de ensino Art.2º - Aconselhar que entre em vigor: a)para o ensino programático e atividades dele decorrentes , a partir do início do primeiro período do ano letivo de 1959; b)para os exames de admissão, adaptação, habilitação, seleção e do art. 91, a partir dos que realizarem em primeira época para o período letivo de 1960. Clóvis Salgado

18 CLASSES DE PALAVRAS (NGB)
SUBSTANTIVO ARTIGO ADJETIVO NUMERAL PRONOME VERBO ADVÉRBIO PREPOSIÇÃO CONJUNÇÃO INTERJEIÇÃO

19 Nova Gramática do Português Contemporâneo (CUNHA E CINTRA)
CLASSE DE PALAVRAS Nova Gramática do Português Contemporâneo (CUNHA E CINTRA) substantivos; adjetivos; artigos; numerais; pronomes; verbos; advérbios; preposições e conjunções interjeições: vocábulo-frase

20 Moderna Gramática Portuguesa (BECHARA)
CLASSE DE PALAVRAS Moderna Gramática Portuguesa (BECHARA) Substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição

21 SUBSTANTIVO Rocha Lima, Gramática normativa da língua portuguesa, p. 65: “é a palavra com que nomeamos os seres em geral, e as qualidades, ações, ou estados, considerados em si mesmos, independentemente dos seres com que se relacionam.”

22 SUBSTANTIVO Napoleão Mendes de Almeida, Gramática metódica da língua portuguesa, p. 80: “Existem palavras que sempre designam coisa, ser, substância. Toda a palavra que encerra essa idéia denomina-se substantivo. Substantivo é, pois, como o próprio nome está a indicar, toda a palavra que especifica substância, ou seja, coisa que possua existência, ou animada (homem, cachorro, laranjeira) ou inanimada (casa, lápis, pedra), quer real (sol, automóvel), quer imaginária (Júpiter, sereia), quer concreta (casa), quer abstrata (pureza).”

23 SUBSTANTIVO Evanildo Bechara, Moderna gramática portuguesa, p. 112:
“é a classe de lexema que se caracteriza por significar o que convencionalmente chamamos objetos substantivos, isto é, em primeiro lugar, substâncias (homem, casa, livro) e, em segundo lugar, quaisquer outros objetos mentalmente apreendidos como substâncias, quais sejam qualidades (bondade, brancura), estados (saúde, doença), processos (chegada, entrega, aceitação).”

24 SUBSTANTIVO Celso Cunha & Lindley Cintra, Nova gramática do português contemporâneo, p. 171:  “é a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral. São, por conseguinte, substantivos: a) os nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de um gênero, de uma espécie ou de um de seus representantes (...) b) os nomes de noções, ações, estados e qualidades, tomados como seres (...) Do ponto de vista funcional, o substantivo é a palavra que serve, privativamente, de núcleo do sujeito, do objeto direto, do objeto indireto e do agente da passiva. Toda palavra de outra classe que desempenhe uma dessas funções equivalerá forçosamente a um substantivo (pronome substantivo, numeral ou qualquer palavra substantivada).”

25 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Celso Cunha & Lindley Cintra, Nova gramática do português contemporâneo: Os substantivos podem ser classificados como: - próprios e comuns - concretos e abstratos - coletivos

26 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Evanildo Bechara, Moderna gramática portuguesa: · concretos e abstratos · concretos  próprios e comuns; · comuns  contáveis e não-contáveis · não-contáveis  coletivos · coletivos  universais e particulares · contáveis  nomes de grupos

27 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Rocha Lima, Gramática normativa da língua portuguesa: · concretos e abstratos · comuns e próprios · comuns  coletivos · coletivos  indeterminados e determinados · indeterminados  gerais (exército) e partitivos (batalhão) · determinados  numéricos (quantidade – par, dezena) e especiais (qualidade – cardume)

28 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Nomenclatura Gramatical Brasileira Comuns e próprios - Concretos e abstratos

29 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
É a propriedade que têm certas classes de palavras de sofrer alterações na parte final (desinência), enquanto o restante (tema ou radical) pode ou não variar, em decorrência de motivações históricas de transformação. Podem ser: - variáveis: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo - invariáveis: advérbio, preposição, conjunção (e interjeição

30 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Celso Cunha & Lindley Cintra, Nova gramática do português contemporâneo: NÚMERO: singular; plural GÊNERO: masculino; feminino GRAU: normal; aumentativo; diminutivo

31 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Evanildo Bechara, Moderna gramática portuguesa: NÚMERO: singular; plural GÊNERO: masculino; feminino GRAU: aumentativo; diminutivo; auxiliados por sufixos derivacionais

32 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Nomenclatura Gramatical Brasileira NÚMERO: singular; plural GÊNERO: masculino; feminino; epiceno; comum de dois gêneros; sobrecomum GRAU: aumentativo; diminutivo

33 SUBSTANTIVOS CONCRETOS
designam “coisa que tem subsistência própria, isto é, coisa que existe de per si: livro, lápis, luz.” (NMA) “designam seres que têm existência independente, ou que o pensamento apresenta como tal. Pouco importa que tais seres sejam reais ou não, materiais ou espirituais.” (RL) “é o que designa ser de existência independente: casa, mar, sol, automóvel, filho, mãe.” (EB) “designam os seres propriamente ditos, isto é, os nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de um gênero, de uma espécie ou de um de seus representantes” (CCLC)

34 SUBSTANTIVOS ABSTRATOS
designam “coisa que não tem subsistência própria, ou seja, (...) que só existe em nossa mente” (NMA)* “designam nomes de qualidades, ações ou estados – umas e outros imaginados independentemente dos seres de que provêm, ou em que se manifestam.” (RL) * Nota do autor: “A classificação dos substantivos em concretos e abstratos pertence mais à filosofia que à gramática; encerra ou gera sutilezas ou discrepâncias de nenhum proveito para o idioma.” designam o “ser de existência dependente: (...) ações (beijo, trabalho, saída, cansaço), estado e qualidade (prazer, beleza), considerados fora dos seres, como se tivessem existência individual.” (EB) “designam noções, ações, estados e qualidades, considerados como seres” (CCLC)

35 (MATTOSO CAMARA, Dicionário de Lingüística e Gramática)
“Designação dada aos nomes, usados como substantivos, para as qualidades e as ações, que ficam assim abstraídas dos seres que, respectivamente, as possuem ou as executam. O substantivo abstrato de qualidade associa-se assim a um adjetivo, que exprime a mesma qualidade como atributo de um determinado ser; ex.: tristeza (cf. triste). O substantivo abstrato de ação se associa, por sua vez, a um verbo, que exprime a mesma ação por um determinado ser; ex. julgamento (cf. julgar). (...) a forma plural serve às vezes para opor o uso concreto do abstrato ao seu uso como abstrato (cf. bens <objetos de riqueza> oposto a bem <felicidade ou virtude>).” (MATTOSO CAMARA, Dicionário de Lingüística e Gramática)

36 SUBSTANTIVOS COMUNS “Quando se aplica a todos os seres de uma mesma espécie ou quando designa uma abstração” (CCLC) “É o que se aplica a um ou mais objetos particulares que reúnem características inerentes a dada classe: homem, mesa, livro, cachorro, lua, segunda-feira” (EB)

37 SUBSTANTIVO PRÓPRIO “Quando se aplica a determinado indivíduo da espécie” (CCLC) “É o que se aplica a um objeto ou a um conjunto de objetos, mas sempre individualmente. Isto significa que o substantivo próprio se aplica a esse objeto ou a esse conjunto de objetos, considerando-os como indivíduos” (EB) Antropônimos, topônimos, prenome, sobrenome, apelido (EB)

38 FUNÇÕES SINTÁTICAS DO SUBSTANTIVO NA ORAÇÃO (CCLC)
sujeito predicativo do sujeito, do objeto direto, do objeto indireto objeto direto objeto indireto complemento nominal adjunto adverbial agente da passiva aposto Vocativo

39 FUNÇÕES SINTÁTICAS DO SUBSTANTIVO NO SINTAGMA (CCLC)
como adjunto adnominal: como caracterizador do adjetivo: amarelo-ouro, azul-petróleo (equivale a advérbio de modo) caracterizado por um nome: o raio do menino como núcleo das frases sem verbo (nominais): Nova crise no Oriente Médio


Carregar ppt "Aula de português A linguagem Já esqueci a língua em que comia,"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google