Mudanças de Atitude nas Relações entre os Sexos BÁRBARA FERNANDA NORI TALITA DA SILVA DIAS ALVES LES 0237 – Sociedade Cultura e Natureza.

Apresentação em tema: "Mudanças de Atitude nas Relações entre os Sexos BÁRBARA FERNANDA NORI TALITA DA SILVA DIAS ALVES LES 0237 – Sociedade Cultura e Natureza."— Transcrição da apresentação:

1 Mudanças de Atitude nas Relações entre os Sexos BÁRBARA FERNANDA NORI TALITA DA SILVA DIAS ALVES LES 0237 – Sociedade Cultura e Natureza

2 Segundo o Autor, Norbert Elias: o sentimento de vergonha que existe nas relações sexuais humanas aumentou e mudou muito no processo de civilização; o modo como a educação sexual é vista, sofreu diversas adaptações conforme o passar dos tempos, chegando aos tabus. Sendo um resultado do processo civilizatório, somente podemos compreender estes fatos observando o desenvolvimento das pessoas em diferentes estágios!  No século XVI, Erasmo escreveu manuais para educar os jovens meninos quanto às mudanças que estariam sujeitos durante a vida, incluindo nestes diálogos, conversas sobre educação sexual. Acabou sendo duramente criticado pela sua obra por ter um caráter intelectual e não ligado à religião. Mesmo assim, o livro foi considerado um sucesso.  Já no século XIX, o tratado de Erasmo é considerado imoral para os padrões da época, no qual os costumes foram mudados significativamente devido a moralidade imposta a sociedade, principalmente às mulheres. Porém, todas essas observações fizeram com que de certa forma, nossas atitudes, em relação às crianças pudessem ser entendidas como algo que evoluiu.

3  Em períodos posteriores, com outros autores, cria-se a tendência de mostrar as crianças como devem ou não, se comportar. Na época de Erasmo, era natural falar com crianças como se fossem adultos, pois os meninos vivam na mesma esfera dos adultos. Posteriormente, cria-se a distância entre crianças e adultos. A evolução destes costumes é refletido nas relações matrimoniais também... A noite de núpcias seguia um rito de passagem, para marcar o início do compromisso entre o casal: Na sociedade Aristocrática, a vida sexual era muito mais escondida que na sociedade medieval, com a evolução dos padrões de vergonha, esses costumes foram mudados e se tornou cada vez mais íntimo o relacionamento entre os casais. Um pouco mais tarde, surge a associação da sexualidade com vergonha e embaraço, e quando cresce a distância entre adultos e crianças é que o esclarecimento sobre questões sexuais se torna embaraçoso. Seguindo os padrões do século XIX, em 1857, o educador Von Raumer, crítico de Erasmo, publica uma obra para auxiliar na educação das meninas: o Com relação à educação sexual, ele critica as mães que expõem às filhas conhecimento sobre este assunto, alegando que não será necessário saberem se um dia não vierem a se casar. Nessa época havia pudores para se tratar destes assuntos, no qual, “uma moça bem educada sentirá daí em diante vergonha ao ouvir coisas desse teor”.

4 Família Nuclear:  Neste momento, é possível ver que há uma curva de civilização, em que no processo civilizador, a sexualidade é cada vez mais transferida para trás da cena da vida social e isolada em um enclave particular, a família nuclear. Fica evidente neste ponto que há um problema social e não individual, sobre os impulsos que fazem parte da vida em sociedade. Entre adultos, se torna segregado e tratado com cautela. No caso das crianças, esses assuntos não são mais mencionados, sendo até excluídos da educação de meninas.  Este problema não consiste em ensinar as crianças sobre as coisas que ocorrem entre um casal, pois elas podem descobrir isto por si mesma. Neste ponto, a principal tarefa do educador seria guiar a criança naquilo que já sabe para uma direção correta. O que torna o esclarecimento difícil é a estrutura de personalidade dos adultos, que possuem dificuldades em falar sobre essas coisas secretas.

5  O casamento (processo civilizador análogo ao da educação sexual) nas cortes absolutistas nos séculos XVII e XVIII se diferenciou pelo fato que pela primeira vez fora quebrado o domínio do marido sobre a esposa. A opinião da esposa torna-se a ser importante e seu poder social é quase o mesmo do marido, ou seja, os relacionamentos extra-conjugais de ambos passam a ser repreensíveis. Nesta forma de pensamento, a mulher desta época era mais livre que a mulher da época feudal.  Já no século XIX, a burguesia já se libertou dos limites externos a que estiveram sujeitos como pessoas de segunda classe, pois conseguem se desenvolver economicamente. Neste momento, a sociedade burguesa condena todas as relações extra-matrimoniais entre os sexos, e nesta esfera, o poder do marido volta a ser maior que o da esposa.  O processo civilizador não segue uma linha reta!  O processo de civilização do impulso sexual visto em escalas mais amplas corre paralelo a outros impulsos, independente de quais diferenças sociogenéticas possam estar presentes. O controle torna-se mais rigoroso, o instinto progressivamente é eliminado da vida pública da sociedade, cultivando-se assim o autocontrole no indivíduo, pela pressão das instituições e da sociedade em que vive principalmente a família

6  Assim, a sexualidade se torna cada vez mais confinada. Todas as violações dessas restrições são relegadas ao reino do segredo, do que não pode ser mencionado sem perda de prestígio ou de posição social. Sendo assim, a família nuclear se tornou o único enclave legítimo da sexualidade e o órgão principal para cultivar o controle dos impulsos e do comportamento dos jovens.  A tendência do processo civilizador tornar mais íntimas todas as funções corporais e produz diversas consequências. Uma delas é o desenvolvimento de limitações civilizadoras à sexualidade. A sexualidade, tal como todas as demais funções humanas naturais, é fenômeno de todos conhecidos e parte da vida humana.  Com o avanço da civilização, a vida humana fica dividida entre comportamento secreto e público. E isso se torna um hábito tão compulsivo que mal é percebida pela consciência. Isso faz com que a estrutura da personalidade se transforme, criando conflitos internos no indivíduo. Mas, o código social de conduta grava-se de tal forma no ser humano que se torna elemento constituinte do indivíduo. As mudanças que podem ser geradas no individuo, por conta destas regulamentações e proibições, são todas resultado deste processo civilizador, em que faz parte dele a constante correspondência entre a estrutura social e a estrutura da personalidade do ser individual.

7 OBRIGADO! REFERÊNCIAS ELIAS, Norbert. Mudanças de Atitudes nas Relações entre os Sexos. In: O Processo Civilizador, Uma História dos Costumes. Vol. I. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro. Tradução de Ruy Jungmann. Rev. e Apres. de Renato Janine Ribeiro. Págs. 169- 189.

8  Mulher - A Construção do Seu Papel na Sociedade Ocidental (1) https://www.youtube.com/watch?v=KaJmrWaTv6M  Mulher - A Construção do Seu Papel na Sociedade Ocidental (2) https://www.youtube.com/watch?v=BQ2bf_KizKs