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Os Transtornos da Personalidade

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Apresentação em tema: "Os Transtornos da Personalidade"— Transcrição da apresentação:

1 Os Transtornos da Personalidade
Prof. Dr. Marcos Liboni Psiquiatra Clínico e Psicoterapeuta Especialista em Bioética pela UEL Prof. Adjunto de Psiquiatria da UEL Doutor em Ciências pela FMUSP Membro da ABP, APA e SBB

2 Os Transtornos da Personalidade
Por se tratarem de condições permanentes, as taxas de incidência e prevalência se equivalem na questão dos TP A incidência global de TP na população geral varia entre 10% e 15%, sendo que cada tipo de transtorno contribui com 0,5% a 3% Entre os americanos adultos, 38 milhões apresentam pelo menos um tipo de TP, o que corresponde a 14,79% da população Transtornos de personalidade, psicopatia e serial killers. Hilda C P MoranaI; Michael H Stone; Elias Abdalla- Filho.Rev. Bras. Psiquiatr. v.28 supl.2 São Paulo out. 2006

3 Os Transtornos da Personalidade
Etiologia Existem estudos que apontam para a ausência de fatores de risco neuropsiquiátrico para o desenvolvimento de transtorno de personalidade Nos TP, os genes não podem ser considerados responsáveis pelo transtorno, mas, sim, pela predisposição. Conseqüentemente, é fundamental se considerar o ambiente em que vive o indivíduo e a interação com ele estabelecida

4 Os Transtornos da Personalidade
O conceito de espectro vem sendo utilizado no sentido de demonstrar que, conforme a interação ambiental, mesmo o sujeito apresentando um gene determinante, pode não vir a expressar o transtorno mental previsível, ou expressá-lo em um amplo espectro de configurações clínicas Concordância genética em estudos com gêmeos monozigóticos Importância especial tem sido dada aos relacionamentos primitivos, devido à sua influência na formação do núcleo de sua personalidade. Sabe-se que a negligência e os maus-tratos recebidos por uma criança em que o cérebro está sendo esculpido pela experiência, induz a uma anomalia da circuitaria cerebral, podendo conduzir à agressividade, hiperatividade, distúrbios de atenção, delinqüência e abuso de drogas

5 O Contexto da Personalidade
O que é personalidade? Segundo Sheldon – Organização dinâmica dos aspectos cognitivos, afetivos, conativos, fisiológicos e morfológicos do indivíduo O que representa? - A noção do eu (self)‏ - A minha relação com o mundo - Identidade – Eu me defino como uma pessoa... - Temperamento – Modo habitual da reação emocional do indivíduo. Depende da sua constituição afetiva (hereditário e biológico)‏ - Caráter – Compreende a parte conotativa da personalidade e tem implicações morais. É fundamentalmente uma entidade psico-sociológica e está condicionado pelos fatores adquiridos vivenciais

6 O Contexto da Personalidade
Traços de Personalidade Traço Duradouro de uma pessoa, é a sua característica mais proeminente de funcionamento A nossa personalidade se constrói a partir de um conjunto de traços de personalidade Quanto mais intensos forem determinados traços sobre os outros instala-se um tipo de alteração mais profunda Higiene pessoal – resultante de um conjunto de traços de limpeza

7 Os Transtornos da Personalidade
Os Transtornos da Personalidade caracterizam pessoas que não têm uma maneira absolutamente normal de viver (do ponto de vista estatístico e comparando com a média das outras pessoas) mas não chegam a preencher os critérios para um transtorno mental franco Estas alterações quando permanentes, diferente das alterações patológicas que podem surgir de um momento para outro, constitui o que poderíamos chamar de Ego Patológico ou Transtorno de Personalidade (Ey)‏ De acordo com Henri Ey, entendendo o Ego como equivalente à Personalidade, a liberdade e a individualidade características da personalidade normal estariam comprometidas em determinadas alterações permanentes da maneira de existir no mundo, como se ap pessoa fosse refém de seus próprios traços, inflexíveis e permanentes

8 Os Transtornos da Personalidade
Em psicopatologia, as anormalidades da personalidade se reportam, principalmente, à possibilidade que se tem de classificar determinada personalidade como sendo desta ou daquela maneira de existir, enquanto o normal seria a pessoa ser "um pouco de tudo", ou seja, ter um pouco de cada característica humana sem prevalecer patologicamente nenhuma delas

9 Os Transtornos da Personalidade
Karl Jaspers afirma serem anormais as personalidades que fazem sofrer tanto o indivíduo quanto aqueles que o rodeiam Para ele as personalidades anormais representam variações não-normais da natureza humana e que, na eventualidade de superpor-se à elas algum processo, tornar-se-iam personalidades propriamente mórbidas (doentias)‏ Jaspers aborda o tema sob a ótica das variações do existir humano de origem constitucional (que fazem parte da pessoa)‏ Assim sendo, podemos considerar a maneira própria das Personalidades Anormais de ser no mundo como uma apresentação do indivíduo diante da vida situada nas extremidades da faixa de tolerância de sanidade pelo sistema cultural Estas personalidades anormais seriam alterações perenes do caráter caracterizando não apenas a maneira de ESTAR no mundo mas, sobretudo, a maneira do indivíduo SER no mundo

10 O Contexto da Personalidade
Transtorno da Personalidade Padrão desviante crônico e persistente do funcionamento psíquico e comportamento, a despeito de influências e pressupostos culturais, que se iniciam na infância e adolescência e que perduram ao longo da vida da pessoa. Alterações Alterações que se iniciam na infância (elementos iniciais)‏ Campo da Cognição (Noção de Self)‏ Afetividade e elementos associados Funcionamento interpessoal Padrão disfuncional geral – inflexibilidade ** Sinais e sintomas não devidos a Doença Mental reconhecida, doença física ou uso de drogas

11 Os Transtornos da Personalidade
Segundo a CID 10: “Estes tipos de condição (Transtornos de Personalidade) abrangem padrões de comportamento profundamente arraigados e permanentes, manifestando-se como respostas inflexíveis a uma ampla série de situações pessoais e sociais. Eles representam desvios extremos ou significativos do modo como o indivíduo médio, em uma dada cultura, percebe, pensa, sente e, particularmente, se relaciona com os outros. Tais padrões de comportamento tendem a ser estáveis e a abranger múltiplos domínios de comportamento e funcionamento psicológico. Eles estão freqüentemente, mas não sempre, associados a graus variados de angústia subjetiva e a problemas no funcionamento e desempenho sociais”

12 O Contexto da Personalidade
Classificação - CID – 10 F 60 – F 68 (Inclui Transtornos mistos, hábitos e impulsos, piromania, identidade e preferência sexual, neuroses de compensação) F PERSONALIDADE PARANÓICA F PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE F PERSONALIDADE DISSOCIAL F PERS. INSTABILIDADE EMOCIONAL F PERSONALIDADE HISTRIÔNICA F PERSONALIDADE ANANCÁSTICA (Obsessiva-Compulsiva)‏ F PERSONALIDADE ANSIOSA (esquiva)‏ F60.7- PERSONALIDADE DEPENDENTE F60.8 Outros transtornos específicos da personalidade F60.9 Transtorno não especificado da personalidadeadouras da personalidade não atribuíveis a lesão ou doença cerebral

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14 A Personalidade Paranóide
A característica essencial deste distúrbio é uma tendência global e injustificável para interpretar as ações das pessoas como deliberadamente humilhantes ou ameaçadoras Quase invariavelmente há uma crença de estar sendo explorado ou prejudicado pelos outros de alguma forma e, por causa disso, a lealdade e fidelidade das pessoas estão sendo sempre questionadas Muitas vezes o portador deste Transtorno é patologicamente ciumento e questionador da fidelidade do cônjuge, ao ponto de causar situações francamente constrangedoras O portador deste distúrbio de personalidade pode interpretar acontecimentos triviais e rotineiros como humilhantes e ameaçadores, desde um erro casual no saldo bancário, até um cumprimento não efusivo podem significar atitudes premeditadamente maldosas Há uma sensibilidade exagerada às contrariedades ou a tudo que possa ser interpretado como rejeição, uma tendência para distorcer as experiências, interpretando-as como se fossem hostis ou depreciativas, ainda que neutras e amistosas (pensamento paranóide)‏

15 A Personalidade Paranóide
Supervalorizam sua própria importância, as suas idéias são as únicas corretas e seus pontos de vistas não devem ser contestadas, daí a facilidade em conquistar inimigos e a tendência em pensamentos auto-referentes São desconfiadas, teimosas, dissimuladoras e obstinadas, vivem numa solidão freqüentemente confundida com timidez, como se não houvesse no mundo pessoas com quem pudessem partilhar sua prodigalidade, dignidade e seus sentimentos superiores Pelo entusiasmo com que valorizam suas idéias, sempre as únicas corretas, podem ser vistos como fanáticos nas várias áreas do pensamento; seja religioso, político, ético ou profissional. Gostam de fantasiar mas tem dificuldades em distinguir a fantasia da realidade Pessoas com estes distúrbios são hiper-vigilantes e tomam precaução contra qualquer ameaça percebida A afetividade, nestes casos, é muitas vezes restrita e pode parecer fria, dado ao gosto destas pessoas em serem sempre objetivas, racionais e pouco emocionais

16 A Personalidade Paranóide
Recomenda-se, como critérios para este Transtorno, que sejam caracterizados por: a) sensibilidade exagerada à contratempos e rejeições; b) tendência a guardar rancores persistentemente, isto é, recusam à perdoar aquilo que julgam como insultos ou desfeitas: c) desconfiança e tendência à interpretar erroneamente as experiências amistosas ou neutras; d) obstinado senso de direitos pessoais em desacordo com a situação real; e) suspeitas injustificáveis em relação à fidelidade (conjugal ou de amigos); f) autovalorização excessiva; g) pressuposições quanto à conspirações

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18 A Personalidade Esquizóide
Este tipo de distúrbio é verificado em pessoas que exibem um padrão de afastamento social persistente, um constante desconforto nas interações humanas, uma excentricidade de comportamento e pensamento, isolamento e introversão O esquizóide nos dá a impressão de desinteresse, reserva e falta de envolvimento com os acontecimentos cotidianos e com as preocupações alheias, normalmente ele tem pouca necessidade de vínculos emocionais Este tipo de personalidade reflete interesses na solidão, em trabalhos solitários e em atividades não competitivas Por outro lado, estas pessoas são capazes de investir grande energia afetiva em interesses que não envolvam seres humanos e podem ligar-se muito aos animais Normalmente são os últimos a aceitarem as variações da moda popular, mas normalmente mantém-se algo excêntricos

19 A Personalidade Esquizóide
Freqüentemente absorvem-se em certas obsessões acerca de dietas esdrúxulas, programas de saúde alternativos, movimentos religiosos e filosóficos incomuns, esquemas de aperfeiçoamento sócio-culturais, associações mais ou menos secretas de assuntos esotéricos Embora pareçam absortos em devaneios fantasiosos e fantásticos, não perdem a capacidade de reconhecer a realidade Juntando os critérios estabelecidos pelo DSM-IV e pelo CID-10 para o diagnóstico deste tipo de transtorno podemos recomendar o seguinte: a) um padrão de indiferença às relações sociais e uma variação pobre da expressão emocional; b) indiferença aos sentimentos alheios; c) questionamento, indisposição e desrespeito às normas e obrigações sociais; d) pouco interesse em relações sexuais; e) preferência quase invariável por atividades solitárias; f) preocupação excessiva com fantasias e introspecção; g) falta de amigos íntimos, relacionamentos confidentes e a falta de desejo de tais relacionamentos; h) raramente vivenciam emoções fortes, como raiva e alegria; i) indiferença à elogios e críticas

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21 O Transtorno Explosivo da Personalidade
A característica mais marcante é uma tendência a agir impulsivamente, desprezando as eventuais conseqüências do ato impulsivo, juntamente com instabilidade afetiva Os freqüentes acessos de raiva podem levar à violência ou à explosões comportamentais. Tais crises de agressividade e explosividade podem ser desencadeadas mais facilmente quando as atitudes impulsivas são criticadas ou impedidas pelos outros Estes distúrbios são caracterizados pela instabilidade do estado de ânimo com possibilidades de explosões de raiva, ódio, violência ou afeição A agressão pode ser expressada fisicamente ou verbalmente e as explosões fogem ao controle das pessoas afetadas. Entretanto, tais indivíduos não tem conduta antisocial e, pelo contrário, são simpáticas, bem falantes, sociáveis e educadas quando fora das crises A extrema sensibilidade aos aborrecimentos causados pelos pequenos estímulos ambientais produz, nos explosivos, respostas de súbita violência e incontida agressividade. Normalmente chamamos estas pessoa de pavio-curto ou de cinco- minutos

22 O Transtorno Explosivo da Personalidade
O Transtorno da Personalidade Borderline (tipo Explosivo) favorece a instabilidade afetiva em conseqüência à uma acentuada reatividade do humor Este humor disfórico básico dos indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline é caracterizado por períodos de raiva, pânico ou desespero Esses episódios podem refletir a extrema reatividade do indivíduo a estresses interpessoais Subjetivamente essas pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline podem ser incomodadas por sentimentos crônicos de vazio. Facilmente entediados, podem estar sempre procurando algo para fazer Os indivíduos com este transtorno freqüentemente expressam raiva intensa e inadequada ou têm dificuldade para controlar essa raiva A raiva freqüentemente vem à tona quando uma pessoa de sua simpatia é tida por eles como negligente, omisso, indiferente ou prestes a abandoná-lo

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24 O Transtorno Histérico da Personalidade
A Personalidade Histérica, referida na CID-10 como Transtorno Histriônico de Personalidade ou Histérica, conforme denominação mais antiga, é caracterizada por um comportamento colorido, dramático e extrovertido que se apresenta sempre exuberantemente É um dos únicos distúrbios de personalidade mais freqüentes no sexo feminino, onde os pacientes apresentam uma tendência de comportamento em busca de atenção Os histriônicos tendem a exagerar seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos de mau humor, lágrimas e acusações sempre que percebem não serem o centro das atenções ou quando não recebem elogios e aprovações Freqüentemente animados e dramáticos, tendem a chamar a atenção sobre si mesmos e podem, de início, encantar as pessoas com quem travam conhecimento por seu entusiasmo, aparente franqueza ou capacidade de sedução Tais qualidades, contudo, perdem sua força à medida que esses indivíduos continuamente exigem o papel de "dono da festa"

25 O Transtorno Histérico da Personalidade
Manifestam pronunciados traços de vaidade, egocentrismo, exibicionismo e dramaticidade No afã de representar um papel que lhes é negado pela vida ou por suas próprias limitações pessoais, os histriônicos fazem teatro para si e para todos os demais, a sua grande platéia Pode haver fases onde eles já não sabem onde termina a realidade e começa a fantasia, passando a acreditar em seus próprios mitos e em suas próprias encenações Às vezes, devido sua excepcional teatralidade, esta tendência em polarizar as atenções é perfeitamente dissimulada sob o papel de coitadinho(a), ou de um retraimento social tão lamentável que é capaz de chamar mais a atenção que uma participação mais normal As mães com esta personalidade podem idealizar manobras que objetivam fazer seus filhos se compadecerem de seu estado "lastimável" e provocar arrependimentos vários. São pessoas que estão sempre a se queixar de incompreensão mas jamais tentam compreender os outros ou entender que os outros não têm obrigação de compreendê-los

26 O Transtorno Histérico da Personalidade
Essas pessoas glorificam a doença, as queixas somáticas e atribuem todos eventuais fracassos ou limitações à eventuais transtornos orgânicos que os independem de sua sempre presente boa vontade A somatização, dissociação e repressão são os mecanismos de defesa mais intensamente utilizados por eles Tão intensos são estes mecanismos de defesa que reconhecerem seus próprios sentimentos e suas tendências de personalidade torna-se praticamente impossível

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28 O Transtorno ansioso da Personalidade
A marca característica deste Transtorno de Personalidade é a persistência e continuidade de tensão e apreensão Como conseqüência disso o portador deste tipo psicológico experimenta a crença freqüente de ser socialmente inepto, desinteressante e desagradável, portanto, inferior aos demais Na realidade, a ansiedade aparece com maior exuberância sempre que tais pessoas vislumbrem a possibilidade de serem objeto de apreciação por parte dos demais Normalmente, devido aos sentimentos supra-referidos, há isolamento social e, como o próprio nome do transtorno diz, uma constante evitação social O que, de fato, eles evitam é a possibilidade de experimentarem sentimentos desagradáveis de desapreço ao se submeterem ao jugo público Com freqüência se utilizam de mentiras com a intenção de dissimularem sua real situação existencial, pois, de qualquer forma, acham que se os interlocutores souberem como eles são realmente, perderão todo interesse em suas pessoas

29 O Transtorno ansioso da Personalidade
Os critérios do DSM.IV para o diagnóstico são: a) sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão; b) crença constante de ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos demais; c) preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em situações sociais; d) relutância em se envolver com pessoas, a não ser quando absolutamente certo de ser apreciado; e) restrições ao estilo de vida devida à necessidade de segurança física; f) evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contacto interpessoal significativo por medo de opiniões a seu respeito

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31 O Transtorno obsessivo-compulsivo da Personalidade
Há, neste Transtorno de Personalidade, um padrão generalizado de perfeccionismo e inflexibilidade As pessoas assim preocupam-se com a observância das normas, das regras, com a organização e com os detalhes Normalmente são escravizados pelo simétrico, pelo limpo e pela ordem das coisas, desde a arrumação de seus pertences pessoais (guarda-roupas, gavetas, mesas), até a organização extremamente cuidadosa de coisas relacionadas à ocupação e profissão A preocupação com a origem geral das coisas é tanta que, não raras vezes, é impossível conciliar o sono se vier-lhes à mente a impressão de que os chinelos estão desarrumados, ou que há uma gaveta semi-aberta, ou que talvez a porta não esteja trancada e assim por diante Evidentemente, observamos também um zelo exagerado para com a arrumação do banheiro, havendo desconforto se este se encontrar respingado, com uma torneira gotejante ou com algo fora de lugar

32 O Transtorno obsessivo-compulsivo da Personalidade
Estas pessoas são incapazes de suportar tudo aquilo que consideram como infração às suas próprias determinações de organização, por isso são inflexíveis consigo próprios e com os que lhes são mais próximo na observância de suas leis O exagerado perfeccionismo, a precisão meticulosa na arrumação das coisas e a constante repetitividade para que tudo saia da forma obsessivamente idealizada tornam estes indivíduos muito enfadonhos Estas características de obsessão rigidamente voltadas para a perfeição, somadas ao medo de que algo pode não estar perfeito fazem com que estas pessoas tenham muita dificuldade para terminarem aquilo que começaram Não importa quão boa esteja a realização em pauta mas sim a obsessiva impressão de que algo esteja faltando, algo não esteja correto ou imperfeito Os obsessivos têm dificuldade em expressar sentimentos de ternura, compaixão e compreensão aos sentimentos e comportamentos dos outros. Quando eles se dão ao luxo do lazer e recreação, fazem isso com tanto planejamento e meticulosidade a ponto de sacrificarem o próprio prazer em benefício das regras e normas para que tenham prazer

33 O Transtorno obsessivo-compulsivo da Personalidade
Os critérios para diagnóstico deste Transtorno de Personalidade Obsessivo- Compulsivo podem ser agrupados da seguinte forma: a) sentimentos de dúvida e cautela exagerados; b) preocupação com detalhes, regras listas, ordem, organização e esquemas; c) perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas; d) escrupulosidade excessiva com a produtividade, concomitante à quase exclusão do prazer; e) aderência excessiva à algumas convenções sociais; f) inflexibilidade, rigidez e teimosia; g) insistência para que os outros se submetam aos seus conceitos de valor em relação à maneira de fazer as coisas; h) evitam tomar decisões acreditando haver sempre outras prioridades; i) falta de generosidade e de sentimentos de compaixão e tolerância para com os outros; j) dificuldade em descartar-se de objetos usados

34 O Transtorno de Personalidade Dependente
Transtorno da personalidade caracterizado por: tendência sistemática a deixar a outrem a tomada de decisões, importantes ou menores; medo de ser abandonado; percepção de si como fraco e incompetente; submissão passiva à vontade do outro (por exemplo de pessoas mais idosas) e uma dificuldade de fazer face às exigências da vida cotidiana; falta de energia que se traduz por alteração das funções intelectuais ou perturbação das emoções; tendência freqüente a transferir a responsabilidade para outros Personalidade (transtorno da): · astênica · inadequada · passiva

35 Os T. da Personalidade CID 10
F61 - Transtornos Mistos da Personalidade F62 Modificações duradouras da personalidade não atribuíveis a lesão ou doença cerebral F62.0 Modificação duradoura da personalidade após uma experiência catastrófica F62.1 Modificação duradoura da personalidade após doença psiquiátrica F62.8 Outras modificações duradouras da personalidade Personalidade caracterizada por uma síndrome álgica crônica F62.9 Modificação duradoura da personalidade, não especificada F63 - Transtornos dos Hábitos e dos Impulsos F63.0 Jogo patológico F63.1 Piromania F63.2 Roubo patológico (cleptomania)‏ F63.3 Tricotilomania

36 Os T. da Personalidade CID 10
F64 - TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE DA IDENTIDADE SEXUAL F64.0 Transexualismo F64.1 Travestismo bivalente F TRANST. DE PERSONALIDADE DA IDENTIDADE SEXUAL F64.8 Outros transtornos da identidade sexual F64.9 Transtorno não especificado da identidade sexual

37 Os T. da Personalidade CID 10
F65 - TRANST. DE PERSONALIDADE DA PREFERÊNCIA SEXUAL Inclui: parafilias F65. 0 Fetichismo F65.1 Travestismo fetichista F65.2 Exibicionismo F65.3 Voyeurismo F65.4 Pedofilia F65.5 Sadomasoquismo F65.6 Transtornos múltiplos da preferência sexual F65.8 Outros transtornos da preferência sexual F65.9 Transtorno da preferência sexual, não especificado

38 Os T. da Personalidade CID 10
F66 Transtornos psicológicos e comportamentais associados ao desenvolvimento sexual e à sua orientação Nota: A orientação sexual por si não deve ser vista como um transtorno F66.0 Transtorno da maturação sexual F66.1 Orientação sexual egodistônica Não existe dúvida quanto a identidade ou a preferência sexual (heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade ou pré-púbere) mas o sujeito desejaria que isto ocorresse de outra forma devido a transtornos psicológicos ou de comportamento associados a esta identidade ou a esta preferência e pode buscar tratamento para alterá-la

39 Os T. da Personalidade CID 10
F66.2 Transtorno do relacionamento sexual A identidade ou a orientação sexual (hetero, homo ou bissexual) leva a dificuldades no estabelecimento e manutenção de um relacionamento com um parceiro sexual F66.8 Outros transtornos do desenvolvimento psicossexual F66.9 Transtorno do desenvolvimento sexual, não especificado F68 Outros transtornos da personalidade e do comportamento do adulto F68.0 Sintomas físicos aumentados por fatores psicológicos

40 Os T. da Personalidade CID 10
F68.1 Produção deliberada ou simulação de sintomas ou de incapacidades, físicas ou psicológicas [transtorno factício] Simulação repetida e coerente de sintomas, às vezes com automutilações com o intuito de provocar sinais ou sintomas. A motivação é obscura e possivelmente de origem interna e visa adotar um papel ou um status de doente, e freqüentemente se associa a grandes transtornos da personalidade e das relações Paciente itinerante Peregrino hospitalar Síndrome de Münchhausen Exclui: dermatite factícia (L98.1) simulador (com motivação óbvia) (Z76.5) F68.8 Outros transtornos especificados da personalidade e do comportamento do adulto

41 Transtornos da Personalidade
Classificação – DSM IV Agrupamento em “Clusters” Cluster A Transtorno da Personalidade Paranóide - um padrão de desconfiança e suspeitas, de modo que os motivos dos outros são interpretados como malévolos. Transtorno da Personalidade Esquizóide - um padrão de distanciamento dos relacionamentos sociais, com uma faixa restrita de expressão emocional. Transtorno da Personalidade Esquizotípica - um padrão de desconforto agudo em relacionamentos íntimos, distorções cognitivas ou da percepção de comportamento excêntrico.

42 Transtornos da Personalidade
Cluser B Transtorno da Personalidade Anti-Social - um padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros. Transtorno da Personalidade Borderline - um padrão de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos, bem como de acentuada impulsividade. Transtorno da Personalidade Histriônica - um padrão de excessiva emotividade e busca de atenção. Transtorno da Personalidade Narcisista - um padrão de grandiosidade, necessidade por admiração e falta de empatia.

43 Transtornos da Personalidade
Cluster C e outros Transtorno da Personalidade Esquiva - um padrão de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas. Transtorno da Personalidade Dependente - um padrão de comportamento submisso e aderente, relacionado a uma necessidade excessiva de proteção e cuidados. Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva - um padrão de preocupação com organização, perfeccionismo e controle. Transtorno da Personalidade Sem Outra Especificação

44 ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS
A conceituação de Kurt Schneider – “As Personalidades Psicopáticas”(1923) Hipertímicos Depresssivos Inseguros de si mesmo Fanáticos Carentes de afirmação Instáveis de ânimo Explosivos Insensíveis Abúlicos Astênicos

45 Stern Fronteira entre a e e a psicose
Neuroses Borderlines (1938) Fronteira entre a e e a psicose História de abusos físicos e sexuais

46 Otto Kernberg Organização de Personalidade Borderline (1967)

47 Otto Kernberg Fracasso em atingir uma identidade estável
Capacidade intacta para testar a realidade, porém com perdas transitórias Uso de mecanismos de defesa primitivos como cisão (splitting), identificação projetiva, onipotência e negação

48 Gunderson (década de 70) ↓ Inclusão do TPB no DSM-III (APA, 1980)
Critérios Operacionais Inclusão do TPB no DSM-III (APA, 1980)

49 instabilidade afetiva; capacidade mínima de planejar ações;
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE EMOCIONALMENTE INSTÁVEL ( F 60.3 – CID 10 )- 2% a 3% tendência marcante a agir impulsivamente sem considerar as conseqüências; instabilidade afetiva; capacidade mínima de planejar ações; acessos de raiva intensa, levando às vezes à violência ou explosões de comportamento

50 CID 10 - Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável (F 60.3)
Impulsivo – acessos de violência, ameaças (F 60.30) Borderline, Limítrofe – instabilidade emocional (está sempre em crise); auto-imagem perturbada ; relacionamentos intensos e instáveis (F 60.31)

51 instabilidade emocional; falta de controle de impulsos;
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE EMOCIONALMENTE INSTÁVEL ( F 60.3 – CID 10 ) - continuação F – TIPO IMPULSIVO instabilidade emocional; falta de controle de impulsos; são comuns acessos de violência ou comportamento ameaçador, particularmente em resposta a críticas de outros;

52 instabilidade emocional;
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE EMOCIONALMENTE INSTÁVEL ( F 60.3 – CID 10 ) - continuação F – TIPO BORDELINE ( LIMÍTROFE ) instabilidade emocional; auto-imagem, objetivos e preferências internas ( incluindo a sexual ) do paciente são com freqüência pouco claras ou perturbadoras; sentimentos crônicos de vazio; propensão em se envolver em relacionamentos intensos e instáveis; ameaças de suicídio e/ou atos de auto lesão.

53 Transtorno Explosivo Intermitente

54 Diagnóstico Entrevista psiquiátrica História pessoal
Padrão de relacionamentos MMPI (inventário multifásico de personalidade de Minesotta) DD# alterações orgânicas de personalidade

55 Psicopatologia Borderline

56 Sintomas Psicopatológicos
Ansiosos Depressivos /Auto-mutilação/Tentativa de suicídio Exaltação/Agitação psicomotora Impulsividade Dissociativos Delírios e alucinações transitórios Dificuldades na identidade sexual

57 Psicopatologia Borderline

58 Comorbidade no TPB Transtornos Psicóticos Transtornos Dissociativos
Transtornos Depressivos Transtornos de Ansiedade (TEPT) Transtornos de Abuso de Substâncias Transtornos Alimentares Transtornos de Controle de Impulsos Outros Transtornos de Personalidade

59 Akiskal Transtorno Borderline de Personalidade como expressão subafetiva do transtorno bipolar

60 Comorbidade de eixo II em mulheres com dependência de substâncias

61 Barratt Impulsiveness Scale

62 TPB- Curso e Prognóstico
Zanarini et al. Am J Psychiatry 2006; 163:

63 Gunderson et al. Am J Psychiatry 2006; 163:

64 TPB – TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Tratamento de sintomas de desregulação afetiva Labilidade do humor Sentimentos de rejeição Raiva inapropriada Sintomas depressivos Explosões temperamentais

65 Practice Guideline- APA-2001

66 TPB – TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Tratamento de sintomas de impulsividade e descontrole comportamental Comportamento impulsivo Agressividade Raiva/irritabilidade Automutilação TPB – TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

67 Practice Guideline- APA-2001

68 Practice Guideline- APA-2001

69 TPB – Terapia Cognitivo-comportamental

70 TPB – Terapia Cognitivo-comportamental
Hierarquia das situações a serem tratadas Questões que ameaçam a vida Relacionamento terapêutico Questões autoprejudiciais Outros problemas, trabalhos com esquemas e processamento de traumas Beck et al. Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade (Artmed, 2005)

71 Indicações para Hospitalização
Risco de suicídio Não aderência ao tratamento ambulatorial Transtornos comórbidos refratários do eixo I Comorbidade com abuso/dependência de substâncias Risco contínuo de comportamento agressivo

72 Século XX Paul MacLean Sistema Límbico

73 Potenciais Substratos Neuroanatômicos
Giro do Cíngulo Hipocampo Amígdala Key Point A discussion of the pathophysiology of depression should include consideration of neuroanatomy in addition to neurotransmitters Background Over the past several decades, it has become increasingly clear that depression is a macroscopic disease and that specific areas of the brain are known to be affected (eg, the amygdala, cingulate cortex, and hippocampus are part of neural circuits involved in emotion) Recent evidence suggests that the effects of antidepressants extend beyond the level of the synapse. Antidepressants not only enhance neurotransmission in normal monoamine neuron systems, but may also restore functioning to brain areas modulated by them Thus, research investigating the neurobiology of depression seeks to evaluate not just monoamine systems, but also the areas of the brain modulated by these systems Reference Delgado PL, Moreno FA. J Clin Psychiatry. 2000;61(suppl 1):5-12.

74 Sistemas de Neurotransmissores

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76 Neuroimagem no TBP

77 Neuroimagem no TBP Goethals e col. Behavioural Brain Research
2005; 157:

78 Conclusões O TPB tem etiologia multifatorial
Importância da intervenção precoce Atenção aos transtornos comórbidos do eixo I Associação de abordagens farmacológicas e psicoterápicas no tratamento


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