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Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº André Araújo.

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1 Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº André Araújo

2 A NA T ERRA E U M C ERTO C APITÃO R ODRIGO Análises – prof. André Araújo

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4 Uma história de sangue pontuada por sucessivas guerras, eis o cenário onde brota a gênese da Província de São Pedro. Ao início de O continente, no episódio de Ana Terra, o espaço físico foi inteiramente destruído após um ataque de castelhanos que massacraram todos os homens válidos da fazenda de Maneco Terra. Sob a imensidão do campo, duas mulheres e duas crianças sepultam os seus mortos.

5 Desses escombros surge a personagem de Ana Terra, armada de uma confiança absurda em si mesma, que se integra na caravana pioneira para fundar, muito distante, a vila de Santa Fé.

6 Com ela segue o filho, Pedro Terra que será o pai de Bibiana ; e assim fica assegurada a continuidade da vida. A mesma intriga, distribuída por diferentes níveis de temporalidade, repete-se várias vezes na sucessão de gerações de Terras e Cambarás

7 Na personagem Ana Terra se reedita o primeiro dia da criação, a imagem primitiva da fecundação, enquanto antítese da morte. Diz Erico Veríssimo: “Penso nela como uma espécie de sinônimo de mãe, ventre, terra, raiz, verticalidade, permanência, paciência, espera, perseverança, coragem moral.”

8 U M C ERTO C APITÃO R ODRIGO Do ponto de vista cronológico, é o terceiro episódio do primeiro volume de O continente, parte da trilogia

9 A ação da narrativa se inicia em outubro de 1828, quando o capitão Rodrigo, uma das personagens mais marcantes e popularizadas pela obra de Érico Veríssimo, chega à cidade de Santa Fé, ao fim de uma das tantas guerras contra “os castelhanos” da Banda Oriental, hoje Uruguai.

10 Girando em torno do casal composto por Rodrigo e Bibiana, a narrativa apresenta, na composição do seu quadro histórico, a agitação sócio-política da pacata Santa Fé como efeito principal do início da Revolução Farroupilha, cujas batalhas percorreram os pampas do sul por dez anos, em confrontos que colocaram em lados radicalmente opostos republicanos e governistas.

11 Maneco recordava sua legítima visita a Porto Alegre, onde fora comprar ferramentas, pouco antes de vir estabelecer-se ali na estância. Achara tudo uma porcaria. Valia quem tinha título, um posto militar ou então quem vestia batina. Esses viviam a tripa forra. O resto, o povinho, andava mal de barriga, de roupa e de tudo. Era verdade que havia alguns açorianos que estavam enriquecendo com o trigo. Esses prosperavam, compravam escravos, pediam e conseguiam mais sesmarias e de pequenos lavradores iam se transformando em grandes estancieiros. Mas o governador no entregava as cartas de sesmaria assim sem mais aquela... Se um homem sem eira nem beira fosse ao pão pedir terras, botavam-no para fora com um pé no traseiro. No senhor. Terra para quem tem dinheiro, pra quem pode plantar colher, ter escravos, povoar campos. Maneco ouvira muitas histórias. Pelo que contavam, todo o Continente ia sendo aos poucos dividido em sesmarias. Isso seria muito bom se houvesse justiça e decência. Mas no havia. Em vez de muitos homens ganharem sesmarias pequenas, poucos homens ganhavam campos demais, tanta terra que a vista nem alcançava. Tinham lhe explicado que o governo fazia tudo que os grandes estancieiros pediam porque precisava deles. Como não podia manter no Continente guarnição muito grande de soldados profissionais, precisava contar com esses fazendeiros, aos quais apelava em caso de guerra. Assim, transformados em coronéis e generais, eles vinham com seus peões e escravos para engrossar o exército da Coroa, que at pouco tempo era ali no Continente constituído de um único regimento de dragões. E como recompensa de seus serviços, esses senhores de grandes sesmarias ganhavam s vezes títulos de nobreza, privilégios, terras e mais terras. Era claro que quando havia uma questão entre esses grados e um pobre diabo, era sempre o ricaço quem tinha razão. Maneco vira também em Porto Alegre as casas de negócios e as oficinas dos açorianos. Apesar de ser neto de português, não simpatizava muito com os ilhéus. (VERÍSSIMO, Érico. Ana Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2001)

12 1) Como é caracterizado a sociedade no texto acima sob o olhar de Maneco? R: Um sociedade interesseira, valia mais que tinha dinheiro, terras e escravos. 2) Quais aspectos sociais podemos destacar do trecho lido? Retire passagens que comprovem sua resposta. R: “T odo o Continente ia sendo aos poucos dividido em sesmarias. Isso seria muito bom se houvesse justiça e decência. Mas no havia. Em vez de muitos homens ganharem sesmarias pequenas, poucos homens ganhavam campos demais, tanta terra que a vista nem alcançava.” 3) Por que Érico Veríssimo sai das características da maioria dos autores da 2ª. Geração do Modernismo brasileiro, conhecido como romance regionalista de 30? R: Érico Veríssimo situa-se na segunda geração, conhecida como prosa regional, mas diferente dos outros escritores dessa fase não se remete ao Nordeste, mas ao Sul do país, ambientalizando os aspectos históricos, sociais, culturais dessa região.


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