Preservação e Conservação de Bens Culturais I A Conservação e a Restauração durante o século XIX Conservação-Restauração no século XX Profa. Ms. Lia Sipaúba.

Apresentação em tema: "Preservação e Conservação de Bens Culturais I A Conservação e a Restauração durante o século XIX Conservação-Restauração no século XX Profa. Ms. Lia Sipaúba."— Transcrição da apresentação:

1 Preservação e Conservação de Bens Culturais I A Conservação e a Restauração durante o século XIX Conservação-Restauração no século XX Profa. Ms. Lia Sipaúba Proença Brusadin Curso de Museologia Escola de Direito, Turismo e Museologia - UFOP

2 Os Restauradores (1884) – Camillo Boito O restaurador, no fim das contas, oferece- me a fisionomia que lhe agrada; o que eu quero mesmo é a antiga, a genuína, aquela que saiu do cinzel do artista grego ou romano, sem acréscimos ou embelezamentos (BOITO, 2003, p. 44) Camillo Boito (1836 - 1914)

3 Legitimidade da Restauração Para bem restaurar é necessário amar e entender o monumento, seja estátua, quadro ou edifício, sobre o qual se trabalha, e do mesmo modo para a arte antiga em geral (BOITO, 2003, p. 31) Escultura; Pintura e Arquitetura. Conservação Restauração Metodologia “Restauro filológico”, dava ênfase ao valor documental da obra. Mínima Intervenção e Distinguibilidade Restaurador Cirurgião Antiintervencionismo + Intervencionismo

4 Teoria da Restauração (1963) – Cesare Brandi [...] a restauração constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão para o futuro (BRANDI, 2004, p. 30) Cesare Brandi (1906 - 1988)

5 Instância Estética X Instância Histórica = Dialética da Restauração Se as condições da obra de arte forem tais a ponto de exigirem sacrifício de uma parte da sua consistência material, o sacrifício, ou, de qualquer modo, a intervenção, deverá concluir-se segundo aquilo que exige a instância estética. E será essa instância a primeira em qualquer caso, porque a singularidade da obra de arte em relação aos outros produtos humanos não depende da sua consistência material e tampouco da sua dúplice historicidade, mas da sua artisticidade, donde se ela perder- se, não restará nada além de um resíduo (BRANDI, 2004, p. 32)

6 Historicismo do Século XX Cartas Patrimoniais – Carta do Restauro (1972) Restauro filosófico / filológico Restauro científico Matéria da obra de arte: estrutura e aspecto Unidade potencial da obra de arte Lacuna; pátina; veladura Falso estético falso histórico Adições refazimentos Santo Antão, Mercês dos Perdões, Ouro Preto

7 Questões: Em se tratando de restaurar as partes primitivas e as partes modificadas, deve-se não levar em conta as últimas e restabelecer a unidade de estilo alterada, ou reproduzir exatamente o todo com as modificações posteriores? (VIOLLET-LE-DUC) [...] o que é a restauração, qual é a sua relação com a obra de arte, como esta última se manifesta, o que é testemunho histórico e como nós o consideramos em relação ao restauro (BRANDI, 2004, p. 14)

8 Estudo de Caso: a restauração dos afrescos de Michelangelo, Capela Sistina Cena do Juízo Final, antes, durante e depois da restauração de 1994

9 Cena do Velho Testamento Observar o detalhe das serpentes

10 Profeta Jonas Observar o detalhe da região íntima do profeta

11 Profeta Daniel Observar o detalhe do formato da região do joelho

12 Sibila Pérsica Observar o detalhe da s dobras do manto

13 Sibila Eritréia Observar o detalhe da s dobras do manto

14 BIBLIOGRAFIA : BARRETO, Gilson; OLIVEIRA, Marcelo. A arte secreta de Michelangelo: uma lição de anatomia na Capela Sistina. São Paulo: Arx, 2004. BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002. BOITO, Camillo. Os Restauradores. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002. CHOAY, Françoise. Alegoria do patrimônio. São Paulo: Unesp/Estação Liberdade, 2001. COELHO, Beatriz; QUITES, Maria Regina Emery. Estudo da Escultura Devocional em Madeira. Minas Gerais: Fino Traço, 2014. CURY, Isabelle (coord.). Cartas Patrimoniais. Rio de Janeiro: Edições do Patrimônio: IPHAN, 2000. FRONER, Y.A.; ROSADO, A; SOUZA, L.A. Tópicos em conservação preventiva. Belo Horizonte: LACICOR-EBA-UFMG, 2008. NEVES, Anamaria Ruegger Almeida. Um Banquete de Idéias: O juízo crítico na restauração do afresco de Andrea Mantegna.2010. 147f. Escola de Belas Artes. Tese (Doutorado em Artes) - Escola de Belas Artesda Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte 2010.