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PROFª. KAREN NEVES OLIVAN

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Apresentação em tema: "PROFª. KAREN NEVES OLIVAN"— Transcrição da apresentação:

1 PROFª. KAREN NEVES OLIVAN
PARNASIANISMO

2 PARNASIANISMO Movimento poético  reação contra os abusos sentimentais românticos. Visão suspeita: Realismo na poesia - Realismo  percepção da sociedade - Parnasianismo  teorias formalistas de acordo com a inconsequência e o hedonismo das frações burguesas vitoriosas.

3 PARNASIANISMO Pode ser associado à belle epóque (época dourada das elites européias, que se divertem com os lucros imperialistas) Poesia na qual a forma se sobrepõe às ideias. Surge na década de 60, pela revista Parnase Contemporain, dirigida por Theóphile Gautier.

4 PARNASIANISMO Arte pela Arte
Ressuscita o preceito latino de que a arte é gratuita, vale por si própria. Qualquer tipo de investigação é matéria impura (crítica ao Realismo). Restabelecem o esteticismo conservador da decadência romana. A arte é um jogo frívolo de espíritos elegantes.

5 PARNASIANISMO Culto da forma
Endeusamento dos processos formais do poema. A verdade de uma obra está na sua beleza. VERDADE = BELEZA = FORMA POESIA

6 PERFEIÇÃO Olavo Bilac Nunca entrarei jamais o teu recinto: Na sedução e no fulgor que exalas, Ficas vedada, num radiante cinto De riquezas, de gozos e de galas. Amo-te, cobiçando-te... - E, faminto, Adivinho o esplendor das tuas salas, E todo o aroma dos teus parques sinto, E ouço a música e o sonho em que te embalas. Eternamente ao meu olhar pompeias, E olho-te em vão, maravilhosa e bela, Adarvada de altíssimas ameias. E à noite, à luz dos astros, a horas mortas, Rondo-te, e arquejo, e choro, ó cidadela! Como um bárbaro uivando às tuas portas!

7 PARNASIANISMO Fórmula
Metrificação rigorosa: versos com o mesmo número de sílabas poéticas ( ). Rimas ricas: deve-se evitar rimas pobres, aquelas com palavras da mesma classe gramatical (substantivo com substantivo). Preferência pelo soneto: dois quartetos, dois tercetos e “chave de ouro”.

8 PARNASIANISMO Fórmula
Objetividade e impassibilidade: o artista deve ser impessoal, fugir da confissão e do extravasamento subjetivo, além de manter uma serenidade e uma neutralidade ante o espetáculo humano. Descritivismo: poética baseada no mundo dos objetos (vaso). Às vezes, ilustra sua fé  concepção formalista.

9 VASO GREGO Alberto de Oliveira
Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia Então, e, ora repleta ora esvasada, A taça amiga aos dedos seus tinia, Toda de roxas pétalas colmada. Depois... Mas o lavor da taça admira, Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas Finas hás-de lhe ouvir, canora e doce, Ignota voz, qual se da antiga lira Fosse a encantada música das cordas, Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

10 PARNASIANISMO Temática greco-romana
Não conseguiram articular poemas sem conteúdo. Foram procurar motivos: - Antiguidade clássica (história e mitologia) - Resultado: textos falam sobre heróis, cortesãs, fatos lendários etc.

11 PARNASIANISMO NO BRASIL
Representava o desligamento da realidade local no que ela tinha de pobre, feia e suja. Adotaram os valores europeus. Eram fascinados por Paris, o que resultou na belle epóque cabocla. Reuniam-se nos cafés, bebiam licores, mantinham as cocottes.

12 PARNASIANISMO NO BRASIL
Elite leitora era de – no máximo – 5%. Parnasianismo se impôs, afinal, por mais de 30 anos os poetas se renderam a seus preceitos. O poeta que não aderia ao Parnasianismo era considerado menor, era ridicularizado  Simbolistas.

13 PARNASIANISMO NO BRASIL
A 1ª manifestação parnasiana foi em 1882, com a publicação de Fanfarras, de Teófilo Dias. Tríade parnasiana: - Olavo Bilac - Raimundo Correia - Alberto de Oliveira

14 OLAVO BILAC Carioca, estudou Medicina e Direito, foi jornalista, inspetor escolar, ativista político e boêmio  “Príncipe dos poetas brasileiros”. Escreveu sobre a temática greco-romana, fez numerosas descrições da natureza, mas seus melhores textos indicam a herança romântica.

15 OLAVO BILAC O POETA DO AMOR
Tratou o amor de dois ângulos: platônico e sensual. A maioria de seus textos tendem à celebração dos prazeres corpóreos. Bilac é uma espécie de voyeur – parece comprazer-se na nudez feminina. As mulheres se não estiverem nuas, irão tirar a roupa.

16 OLAVO BILAC - O POETA DO AMOR SATÂNIA
Nua, de pé, solto o cabelo às costas, Sorri. Na alcova perfumada e quente, Pela janela, como um rio enorme De áureas ondas tranqüilas e impalpáveis, Profusamente a luz do meio-dia Entra e se espalha palpitante e viva. (...) Como uma vaga preciosa e lenta, Vem lhe beijar a pequenina ponta Do pequenino pé macio e branco. Sobe... cinge-lhe a perna longamente; Sobe...- e que volta sensual descreve Para abranger todo o quadril!- prossegue, (...) Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura, Morde-lhe os bicos túmidos dos seios, Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo Da axila, acende-lhe o coral da boca, (...) E aos mornos beijos, às carícias ternas, Da luz, cerrando levemente os cílios, Satânia os lábios úmidos encurva, E da boca na púrpura sangrenta Abre um curto sorriso de volúpia...

17 OLAVO BILAC - O POETA DO AMOR IN EXTREMIS
Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia Assim! De um sol assim! Tu, desgrenhada e fria, Fria! Postos nos meus os teus olhos molhados, E apertando nos teus os meus dedos gelados... E um dia assim! De um sol assim! E assim a esfera Toda azul, no esplendor do fim da primavera! Asas, tontas de luz, cortando o firmamento! Ninhos cantando! Em flor a terra toda! O vento Despencando os rosais, sacudindo o arvoredo... E, aqui dentro, o silêncio... E este espanto! E este medo! Nós dois... e, entre nós dois, implacável e forte, A arredar-me de ti, cada vez mais a morte... Eu com o frio a crescer no coração, — tão cheio De ti, até no horror do verdadeiro anseio! Tu, vendo retorcer-se amarguradamente, A boca que beijava a tua boca ardente, A boca que foi tua! E eu morrendo! E eu morrendo, Vendo-te, e vendo o sol, e vendo o céu, e vendo Tão bela palpitar nos teus olhos, querida, A delícia da vida! A delícia da vida!

18 OLAVO BILAC O POETA UFANISTA
Bilac se identificou com o sistema e tornou-se um intelectual a serviço do grupo dos dirigentes. Sonegou o Brasil real e inventou um Brasil de heróis. Bilac, assim como Fernão Dias, foi um feroz bandeirante, como na tentativa frustrada: “O caçador de esmeraldas”. Cantou símbolos pátrios (mata, estrela), como e “A última flor do Lácio”.

19 OLAVO BILAC - O POETA DO AMOR O CAÇADOR DE ESMERALDAS
Foi em março, ao findar das chuvas, quase à entrada Do outono, quando a terra, em sede requeimada, Bebera longamente as águas da estação, - Que, em bandeira, buscando esmeraldas e prata, À frente dos peões filhos da rude mata, Fernão Dias Pais Leme entrou pelo sertão.

20 OLAVO BILAC - O POETA DO AMOR A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO
Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura. Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, em que da voz materna ouvi: "meu filho!", E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

21 OLAVO BILAC ÚLTIMOS COMENTÁRIOS
Além de poeta parnasiano, cronista, contista, conferencista e autor de livros didáticos, deixou também na imprensa do tempo do Império e dos primeiros anos da República vasta colaboração humorística e satírica, assinada com os mais variados pseudônimos, entre os quais os de Fantásio, Puck, Flamínio, Belial, Tartarin-Le Songeur, Otávio Vilar, etc., assinando, em outras vezes, o seu próprio nome. Nascido no Rio de Janeiro a 16 de dezembro de 1865, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em que ocupou a cadeira nº. 15, que tem Gonçalves Dias por patrono. No seu principal livro, "Poesias", incluiu Bilac alguns sonetos satíricos , sob o título de "Os Monstros". Escreveu livros em colaboração com Coelho Neto, Manuel Bonfim e Guimarães Passos, sendo que, com este último, o volume intitulado "Pimentões", de versos humorísticos.

22 ALBERTO DE OLIVEIRA Parnasiano mais atado aos rigorosos padrões do movimento. Resultado: poesia “ilegível” Obras principais: - Vaso Grego; Meridionais; Versos e Rimas.

23 RAIMUNDO CORREIA Dominava a perfeição técnica, tanto que alguns críticos elogiavam o ‘sentido plástico’ de suas ‘descrições da natureza’.

24 PARNASIANISMO Esquema geral
Procura corresponder, em poesia, ao Realismo na prosa. Surge na França como reação ao Romantismo. Características: objetividade e impessoalidade do poeta; culto à forma, entendida como métrica, rima e versificação; utilização de fórmulas poéticas fixas como o soneto; “Arte pela Arte”: a arte só tem compromisso com ela mesma; tema principal: a mitologia greco-latina.

25 PARNASIANISMO no Brasil
Literatura descompromissada das elites. Formação da tríade parnasiana. Uma das causas da Semana de Arte Moderna.


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