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Pré - Modernismo.

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Apresentação em tema: "Pré - Modernismo."— Transcrição da apresentação:

1 Pré - Modernismo

2 1. Introdução No início do século XX, a Literatura Brasileira atravessava um período de transição. De um lado, ainda era forte a influência das tendências artísticas da segunda metade do século XIX; de outro, já começava a ser preparada a grande renovação modernista, cujo marco no Brasil é a Semana de Arte Moderna (1922). A esse período de transição, que não chega a se constituir um movimento literário,chamamos Pré-Modernismo.

3 1. Momento Histórico Início do século XX:
Europa se prepara para a I Guerra Mundial Brasil: República Velha: inicia-se a “República do café-com-leite”, que substituía a “República da espada” (governo dos marechais Deodoro e Floriano). Essa época foi marcada pelo auge da economia cafeeira no Sudeste, pela entrada de grandes levas de imigrantes no país, pelo esplendor da Amazônia, com o ciclo da borracha, e pelo surto de urbanização de São Paulo.

4 1. Momento Histórico São Paulo torna-se uma espécie de sede da burguesia cafeeira, constituída de fazendeiros enriquecidos que, preferencialmente, construíram as suas mansões na recém- inaugurada Avenida Paulista. Fotografia da Avenida Paulista produzida pelo fotógrafo suíço-brasileiro Guilherme Gaensley, em 1902

5 Avenida Central, Rio de Janeiro, 1910
1. Momento Histórico O Rio de Janeiro – capital da República – assistiu a um surto de modernização. Suas ruas já contavam com trilhos para o novo veículo de massas: o bonde. Avenida Central, Rio de Janeiro, 1910

6 1. Momento Histórico O Teatro Amazonas, inaugurado em Manaus em 1896, é testemunho do breve período de esplendor vivido pela cidade durante o ciclo da borracha. Entre e 1910, a borracha foi o segundo produto da exportação brasileira (25, 7% do valor total das exportações, perdendo apenas para o café, que somava 52, 7%)

7 Antônio Conselheiro em desenho de Acquarone.
1. Momento Histórico Mas toda essa prosperidade vai acentuar cada vez mais os fortes contrastes da realidade brasileira. Por isso, nesse período, também ocorreram várias agitações sociais. No final do século XIX, na Bahia, ocorreu a Revolta dos Canudos. Os sertanejos se revoltam contra o latifúndio, a miséria e a fome agravadas pela seca. Eles seguem a pregação messiânica de Antônio Conselheiro. Antônio Conselheiro em desenho de Acquarone.

8 1. Momento Histórico Em 1904, o Rio de Janeiro assistiu a uma rápida mas intensa rebelião popular: a Revolta da Vacina. A pretexto de lutar contra a vacinação obrigatória idealizada por Oswaldo Cruz; na realidade, tratava-se de uma revolta contra o alto custo de vida, o desemprego e os rumos da República. Charge de 1904, publicada na Revista da Semana, ilustrando o episódio da Revolta da Vacina

9 Marinheiros no encouraçado Bahia
1. Momento Histórico Em 1910, houve outra importante rebelião, dessa vez dos marinheiros, liderados por João Cândido, o “Almirante Negro”, contra os castigos corporais – a Revolta da Chibata. Marinheiros no encouraçado Bahia

10 1. Momento Histórico Elis Regina interpreta a música “Mestre-sala dos mares”, de João Bosco e Aldir Blanc.

11 1. Momento Histórico Greve geral de 1917
Com a imigração intensiva e o aumento da classe operária, os socialistas e anarquistas passaram a ter atuação destacada. Movimentos populares, greves e revoltas avolumaram- se. A grande greve geral de 1917 foi um dos mais importantes movimentos resultantes da politização do proletariado. Em São Paulo, cerca de 100 mil trabalhadores reivindicaram melhores condições de vida. Greve geral de 1917

12 2. O Pré-Modernismo As estéticas literárias não são estaques entre si e, muitas vezes, se tocam, se influenciam e se fundem. No início do século XX, por exemplo, vários de nossos escritores do Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo ainda estavam vivos, escrevendo e publicando. Ao mesmo tempo, começava a surgir em nosso país um grupo novo de escritores que, embora ainda presos a movimentos literários do século anterior, apresentavam algumas inovações quanto aos temas e à linguagem.

13 2. O Pré-Modernismo A esse período, marcado pelo sincretismo de tendências artísticas, costuma-se chamar Pré-Modernismo. Sem constituir um movimento literário propriamente dito, o Pré-Modernismo consiste na fase de transição entre a produção literária do final do século XIX e o movimento modernista.

14 3. Características do Pré-Modernismo
Ruptura com o passado, com o academicismo: apesar de algumas posturas que podem ser consideradas conservadoras, há esse caráter inovador em determinadas obras. A linguagem de Augusto dos Anjos, por exemplo, ponteada de palavras “não-poéticas” (como cuspe, vômito, escarro, vermes), era uma afronta à poesia parnasiana ainda em vigor. Denúncia da realidade brasileira: nega-se o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo; o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos cablocos interioramos, dos surbúbios, é o grande tema do Pré-Modernismo

15 3. Características do Pré-Modernismo
Regionalismo: monta-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto. Tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos.

16 3. Características do Pré-Modernismo
Ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos: diminiu a distância entre a realidade e a ficção. São exemplos: Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (retrata o governo de Floriano e a Revolta da Armada) e Os sertões, de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos) Como se observa, a “descoberta do Brasil” é o principal legado desses autores para o movimento modernista, iniciado em 1922.

17 4. Augusto dos Anjos Ao lado da poesia acadêmica, representada por poetas bastante preso ao formalismo, destaca-se também a poesia híbrida, uma mescla de Parnasianismo, Simbolismo e certo Romantismo. Trata-se da poesia de Augusto dos Anjos, que resulta única, em face da mistura que representa

18 4. Augusto dos Anjos Augusto dos Anjos é representante de uma experiência única na literatura universal: a união do Simbolismo com o Parnasianismo e o cientificismo naturalista. Os poemas de sua obra, Eu (1912), chocam pela agressividade do vocabulário e pela visão angustiante da matéria, da vida e do cosmo. Compõe sua linguagem termos até então considerados antipoéticos, como escarro, verme, germe, etc.

19 4. Augusto dos Anjos Os temas são igualmente inquietantes: a prostituta, as substâncias químicas que compõem o corpo humano, a decrepitude dos cadáveres, os vermes, etc. Além dessa “camada científica”, há na poesia do autor a dor de ser dos simbolistas, marcadas por anseios e angústias existenciais. Para o poeta, não há Deus nem esperança, há apenas a supremacia da ciência.

20 4. Augusto dos Anjos Quanto ao homem, as substâncias e energias do universo que o geraram, compondo a matéria de que ele é feito – carne, sangue, instinto, células -, tudo fatalmente se arrasta para a podridão e para a decomposição, para o mal e para o nada Com sua poesia antilírica, Augusto dos Anjos deu início à discussão sobre o conceito de “boa poesia”, preparando o terreno para a grande renovação modernista iniciada na segunda década do século XX

21 Referências Bibliográficas
Trechos integralmente retirados das obras: CAMPEDELLI, Samira Yousseff; SOUZA, Jésus Barbosa. Literaturas brasileira e portuguesa. São Paulo: Saraiva, 2009. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Conecte: Literatura Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2011. NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1998.


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