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Procesamiento de minerales II Tratamento de minerais de ouro e prata

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Apresentação em tema: "Procesamiento de minerales II Tratamento de minerais de ouro e prata"— Transcrição da apresentação:

1 Procesamiento de minerales II Tratamento de minerais de ouro e prata
Maria Luiza Souza Montevideo 16-20 Setembro 2013 UNIVERSIDADE DE LA REPUBLICA – URUGUAY UFRGS - DEMIN - BRASIL

2 Capítulo 3 – Princípios da cianetação
Neste item são explicados os seguintes tópicos: Processo de cianetação convencional Características da reação de cianetação Diagramas Eh-pH para Au, Ag Considerações sobre a cinética Cianicidas Variáveis do processo Ouro livre Recuperação > 90 % na cianetação direta. Ouro refratário  Recuperação < 90 % na cianetação direta. Existem outras classificações mais detalhadas em função do grau de “refratariedade”: minerais complexos e então refratários. UNIVERSIDADE DE LA REPUBLICA – URUGUAY UFRGS - DEMIN - BRASIL

3 Reações químicas do ouro
O Au(s) sob condições normais não reage (não se oxida, não se dissolve) com: ar (O2), com água, com ácidos ordinários nem com bases em soluções aquosas. - Com ácidos: Au(s) reage apenas com a aqua regia (HCl + HNO3 – 3:1). Com halogênios: reage com todos. 2Au(s) + 3Cl2(g) → 2AuCl3(s) 2Au(s) + 3Br2(g) → 2AuBr3(s) 2Au(s) + I2(g) → 2AuI(s) Algumas soluções aquosas DISSOLVEM o Auo: Auo(s)  Au+1(aq) de Cl2(g) e cloreto de trimetilamônio ([NHMe3]Cl) em acetonitrilo (MeCN) de NaCN, KCN ou Ca(CN)2 em água com O2(g) de CS(NH2)2 em água com Fe+3(aq) aqua regia também dissolve a Pt. Gold is the most electronegative of the d-block metals and its value of 2.4 is not too different from elements such as selenium (2.4), sulfur (2.5), and iodine (2.5). Gold also has quite a significant electron affinity (about 223 kJ mol-1, not much less than iodine (295 kJ mol-1). As a result the Au- ion is achievable and so CaAu, for instance, is more salt-like than like an alloy. Reaction of gold with the halogens Gold metal reacts with chlorine, Cl2, or bromine, Br2, to form the trihalides gold(III) chloride, AuCl3, or gold(III) bromide, AuBr3, respectively. On the other hand, gold metal reacts with iodine, I2, to form the monohalide gold(I) iodeto, AuI. 2Au(s) + 3Cl2(g) → 2AuCl3(s) 2Au(s) + 3Br2(g) → 2AuBr3(s) 2Au(s) + I2(g) → 2AuI(s) Solutions of chlorine, Cl2, and trimethylammonium chloride, [NHMe3]Cl, in acetonitrile, MeCN, dissolve gold. Reaction of gold with acids Gold metal dissolves in aqua regia, a mixture of hydrochloric acid, HCl, and concentrated nitric acid, HNO3, in a 3:1 ratio. The name aqua regia was coined by alchemists because of its ability to dissolve gold - the "king of metals". T e p ambiental

4 Reações químicas do ouro
O quadro abaixo mostra a grande estabilidade do complexo “dicianoaurato” em relação a outros agentes complexantes que podem ser usados para dissolver o metal. Os valores elevados das constantes “b” indicam que, no equilíbrio, a concentração dos complexos é muito superior à concentração dos reagentes. O conceito aplicado à prática da cianetação implica em ser possível manter o complexo “dicianoaurato” estável em solução mesmo em concentrações mínimas de cianeto livre. E isto é relevante tanto do ponto de vista do consumo de reagentes (cianetação e tratamento de efluentes). Não indica nada sobre cinética de reação, apenas sobre estabilidade de complexo em solução aquosa. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

5 O processo de cianetação convencional
-1846: Elsner investigou a dissolução do ouro em soluções aeradas de cianetos. A reação de dissolução foi apresentada como: 2Au + 4KCN + O + H2O = 2AuK(CN)2 + 2KOH (Reação de Elsner)  Log. b = 38 -1887: três escoceses obtiveram a patente relativa ao uso de KCN para dissolução de ouro. E outra, em 1888, relativa à utilização de limalhas de zinco para a recuperação do ouro dissolvido. -1889: primeira planta de cianetação industrial na Nova Zelândia. -1890: primeira planta de cianetação na África do Sul. -1891: plantas em Utah e Califórnia, USA. -1900: primeira planta mexicana. 1904: primeira planta francesa. Resumo: o impacto do novo processo na produção mundial de ouro fica demonstrado pela elevação da produção de ouro de uma média de 4,2 t/ano no período , para 14,6 t/ano período de Ainda, a África do Sul (Witwatersrand) aumentou sua produção de menos de Oz. em 1888 para mais de Oz. em 1898. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

6 Classificação / Concentração Tratamentos oxidativos
Fluxograma convencional da cianetação de minerais de ouro Cominuição Classificação / Concentração Cianetação Cementação Adsorção Tratamentos oxidativos ROM (2g/t Au) DORÉ (40 a 90 % Au) Ouro fino: para alguns é 75 micra, para outros é 50 micra, que é o definido por Mardsen & House. Usaremos 50 micra. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

7 Descrição do processo convencional de cianetação
O processo é iniciado com a cominuição do mineral até uma granulometria adequada às etapas seguintes. A concentração em mesas estáticas e/ou vibratórias, jigues, separadores centrífugos, dentre outros, é utilizada para remoção dos maiores grãos de ouro livre, enquanto a flotação é usada para concentrar ouro associado a sulfetos metálicos. A etapa de oxidação inclui desde uma agitação vigorosa da polpa em pH alcalino (pré aeração) visando uma passivação de sulfetos solúveis na cianetação, até a oxidação completa de sulfetos auríferos contendo ouro invisível ou finalmente disseminado, através de bio-oxidação; oxidação sob pressão ou ustulação. Esta etapa só será usada para minerais de ouro refratários à cianetação direta. A cianetação ou lixiviação por cianeto em meio alcalino pode ser realizada em pilhas de estéril ou de rejeitos (“dump leaching”), em pilhas de mineral (“heap leaching”), em tanques estacionários (“vat leaching”), ou em tanques com agitação mecânica ou com agitação pneumática (tanques pachucas). Na cementação ocorre a precipitação do ouro dissolvido sobre o zinco em pó. É o método mais antigo para recuperar o ouro de soluções* cianetadas, enquanto os métodos de adsorção em carvão ou resinas são os preferidos pois tratam polpas*. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

8 CINÉTICA LENTA ! (1) Reação heterogênea* em T e p ambientais
Características da reação de cianetação 4Au(s) + 8CN-(aq) + O2(g) + 2H2O(l) = 4[Au(CN)2]-(aq) + 4OH-(aq) 4Au + 8NaCN + O2 + 2H2O = 4NaAu(CN)2 + 4NaOH (1) Reação heterogênea* em T e p ambientais Sólido  Au(s) Líquido  CN-(aq) Gasoso  O2 (g) CINÉTICA LENTA ! T = temperatura p = pressão * Reagentes estão presentes em 3 fases distintas da matéria. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

9 (2) Mecanismo de dissolução eletroquímico
Características da reação de cianetação 4Au + 8NaCN + O2 + 2H2O = 4NaAu(CN)2 + 4NaOH (2) Mecanismo de dissolução eletroquímico Etapas Difusão dos reagentes até a superfície sólida; Adsorção dos reagentes na superfície sólida; Reação química propriamente dita; Dessorção dos produtos da superfície sólida; Difusão dos produtos até o seio da solução. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

10 (2) Dissolução por corrosão
Características da reação de cianetação 2Au(s) + 4CN-(aq) + 1/2O2(g) + H2O(l) = 2[Au(CN)2]-(aq) + 2OH-(aq) (2) Dissolução por corrosão Reação catódica a) Oxidação: 2Auo = 2Au+1 + 2e- b) Complexação: 2Au+1 + 4CN- = 2[Au(CN)2]- 2Auo + 4CN- = 2[Au(CN)2]- + 2e- Reação anódica c) Redução 1: 1/2O2 + 2e- = O-2 d) Redução 2: H2O + O-2 = 2OH- H2O + 1/2O2 + 2e- = 2OH- UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

11 O complexante NaCN pKa = 9,21 Alfa= fração molar NaCN é um sal hidrolizável enquanto no NaCl não o é… Informa as espécies (cineto ou gás cianídrico) que estarão em solução… Concentração de equilíbrio do HCN e CN- em função do pH, T = 25 oC. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

12 Diagrama Eh-pH para o sistema CN-H2Oa 25 oC.
O complexante NaCN Cianato Gás ou ácido cianídrico Cianeto Diagrama Eh-pH para o sistema CN-H2Oa 25 oC. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

13 O complexante NaCN UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

14 Diagrama Eh-pH para o sistema Au-H2O a 25 oC.
O ouro p: 1 atm; T: 25 oC; [Au+3]: 10-3 molal Diagrama Eh-pH para o sistema Au-H2O a 25 oC. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

15 Diagrama Eh-pH para o sistema Au-CN-H2O a 25 oC.
O ouro P= 1 atm; T= 25 oC; [Au+3] = 10-4 molal e de [CN-] = 10-3 Diagrama Eh-pH para o sistema Au-CN-H2O a 25 oC. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

16 Comparação entre os dois diagramas de fase eletroquímicos.
A estabilidade do ouro com e sem cianeto Eh= Volts p: 1 atm; T: 25 oC; [Au+3]: 10-3 molal Comparação entre os dois diagramas de fase eletroquímicos. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

17 Diagrama Eh-pH para o sistema Ag-CN-H2O a 25 oC.
A estabilidade da prata em cianeto Diagrama Eh-pH para o sistema Ag-CN-H2O a 25 oC. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

18 Comparação entre os diagramas de fase eletroquímicos do Au e da Ag.
O ouro e a prata em meio cianetado São diagramas que não informam sobre velocidade da reação química. Comparação entre os diagramas de fase eletroquímicos do Au e da Ag. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

19 A cinética da reação de dissolução do ouro
Observar que o gráfico mostrado foi obtido a partir de dados obtidos em condições de laboratório = disco de 20 mg de ouro puro em solução de KCN PA e água destilada, por Fathi Habati. Logo, não pode ser usado para qualquer minério real... Reação lenta: Necessário otimizar as condições para que ocorra a máxima conversão possível de ouro sólido (Aus) em ouro dissolvido [Au(CN) 2]-. Embora existam modelos e estudos diversos aqui vai minha recomendação: determinação experimental !!! UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

20 A cinética da reação de dissolução do ouro
Na indústria, a prática mais usada é manter um elevado nível de cianeto do que um elevado nível oxigênio dissolvido na polpa. Portanto, muitas usinas operam em condições tais que a velocidade de dissolução do depende da concentração de oxigênio dissolvido. E esta velocidade é limitada pela baixa solubilidade do oxigênio em água (8,2 mg/L a 25 oC e 1 atm). A maioria dos pesquisadores da área concorda que para altas concentrações de cianeto a velocidade de dissolução do ouro depende da concentração de oxigênio dissolvido na água e a razão limite mais aceita é: [CN-]/[O2] = 6. O uso de oxigênio puro ou de ar enriquecido*, aliado ao desenvolvimento de sistemas mais eficientes de dispersores de gases, tem permitido a elevação da concentração de oxigênio dissolvido, com conseqüentes ganhos de velocidade de reação e de redução no consumo de cianeto. Resumo: existem diversos estudos e modelos, além do proposto por F. Habashi (cinética de primeira ordem), visando determinar a ordem da reação de cianetação. Quando aplicados a distintos minerais de ouro, nenhum deles se ajusta perfeitamente aos dados obtidos experimentalmente. * Comentar com os estudantes que isto não é tão simples de ser obtido em escala industrial… Para Fazenda Brasileiro, o trabalho da Aurea Gomes, realizado com 8000 dados obtidos no circuito industrial, determinou cinética de primeira ordem. Mas isto vale só para o mineral estudado na ocasião ( ). UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

21 Constante de estabilidade de cianocomplexos metálicos
Na extração do ouro, é importante destacar que o Au é, muitas vezes, um componente menor frente aos demais constituintes do mineral: extrai-se alguns poucos gramas de Au por cada tonelada de mineral tratado. E apesar das condições termodinâmicas altamente favoráveis à cianetação do Au, alguns minerais associados são também lixiviados com cianeto. Todos formam complexos estáveis e os que tem o valor de  superior ao do [Au(CN)2]- seriam formados preferencialmente durante a cianetação. Entretanto, o consumo de cianeto será determinado por: -ley do metal no mineral; -solubilidade do mineral portador. 1 beta representa a constante de equilíbrio para a seguinte reação de complexação do metal: Mm +mCN- = [M(CN)m]n-m Log beta =42,0. Para Hg2+  formando [Hg(CN)4]2- UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

22 Solubilidade relativa de sulfetos metálicos em solução de cianeto
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23 O problema do sulfeto Exemplo para calcocita:
Os sulfetos são constituintes freqüentes de minerais de ouro. A dissolução dos sulfetos cria dois grandes problemas para a cianetação do ouro. 1) Geração de cátions metálicos que consomem o cianeto. O pior seria o Fe(III) em decorrência da elevada razão 6CN:1Fe dos complexos. 2) Geração de enxofre reduzido solúvel (S2-) que consome o oxigênio até o seu estado hexavalente. Resultado esperado: com menos cianeto e menos oxigênio, a cianetação do ouro que já é lenta fica mais lenta ainda... Exemplo para calcocita: Cu2S(s) + 6CN- = S2- + 2[Cu(CN)3]2-(aq) S2- + 2O2 = SO42-(aq) S2- + CN- + 1/2O2 + H2O = 2OH- + CNS-(aq) CIANICIDA: Cu SULFATO TIOCIANATO UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

24 Cianicidas Cianicidas são todos os metais que se dissolvem em solução de cianeto: Cu, Pb, Zn, Ni, Cd, Fe, Co, Sb, As, Hg. Sulfetos e óxidos de ferro estão presentes na maioria dos minerais auríferos. A pirita aparece como o mais comum dentre os sulfetos, seguida da arsenopirita e da pirrotita. A marcassita e a pirrotita são os sulfetos de ferro mais reativos, enquanto a pirita e a arsenopirita são praticamente insolúveis durante a cianetação. “Graças a Deus”! Considerando a freqüente associação do ouro com a pirita (inclusive o famoso “ouro invisível”) esta baixa solubilidade em meio cianetado é um dos fatores determinantes para a seletividade da cianetação. Muitos pesquisadores atribuem a baixa solubilidade da pirita (que não é prevista na termodinâmica) à formação de uma camada superficial passivadora, rica em oxigênio. É possível que esta camada oxidada atue como uma barreira natural à oxidação do sulfeto. Fatores cinéticos seriam outra explicação. É importante destacar que os óxidos de Fe(III), como a hematita e a goetita, são praticamente insolúveis na cianetação, a despeito da extensa área de estabilidade dos cianocomplexos de ferro prevista pelos diagramas Eh-pH. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

25 Cianicidas A arsenopirita, o realgar e o ouro-pigmento são sulfetos de arsênio de ocorrência freqüente em minerais de ouro, entretanto todos apresentam baixa solubilidade em meio cianetado. De qualquer forma, é pratica usual a utilização da aeração prévia e intensiva da polpa, seguida de cianetação em condições de baixa alcalinidade. Isto tem um duplo objetivo : trabalhar em condições que reduzam a solubilidade dos sulfetos pela formação de uma camada passivadora de óxido de ferro nos sulfetos mais solúveis e acelerar a oxidação do sulfeto a tiossulfato e, finalmente, a sulfato, diminuindo a formação de tiocianato. As dificuldades encontradas na prática industrial na lixiviação de ouro associado à pirita e à arsenopirita são determinadas, principalmente, pela granulometria muito fina do ouro no mineral hospedeiro (incluindo o tal “ouro invisível” ) e não pela interferência de compostos de arsênio e ferro solubilizados. A presença de ouro encapsulado e na forma de grãos muito finos exigirá uma moagem muito fina ou mesmo uma etapa de oxidação sob pressão, bio-oxidação ou ustulação. Na oxidação sob pressão e na bio-oxidação, o As é descartado na forma de arsenato férrico. A ustulação de minerais contendo arsenopirita é conduzida em dois estágios: primeiro o realgar e o ouro-pigmento são mais reativos que a arsenopirita. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

26 Cianicidas A ustulação de minerais contendo arsenopirita é conduzida em duas etapas: - primeiro estágio é realizado entre 450 e 650 oC e visa a remoção do arsênio na forma de trióxido de arsênio gasoso; - segundo estágio é realizado entre 650 e 750 oC, no qual são formados a hematita e o dióxido de enxofre gasoso. O trióxido de arsênio, resfriado e coletado na forma sólida deverá ser disposto em valas preparadas, impermeabilizadas e monitoradas, já que este material é altamente tóxico. Minerais de ouro contendo sulfetos de antimônio, como a estibinita, apresentam comportamento semelhante aos que contem arsênio. Alguns produtos de oxidação, tais como tioantimonitos (SbS33-) e tioantimonitos (SbS43-) podem formar películas passivadoras sobre o ouro, causando uma redução significativa da taxa de cianetação. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

27 Cianicidas Minerais de cobre na forma de sulfetos ou de minerais oxidados, são constituintes freqüentes dos minérios de ouro. A malaquita (CuCO3), a cuprita (Cu2O), a calcocita (Cu2S), a bornita (Cu5FeS4) bem como o cobre nativo são prontamente solúveis em soluções cianetadas. Algumas exceções são a crisocola (CuSiO3) e a calcopirita (CuFeS2), que é o menos solúvel dentre estes. Nas condições típicas da cianetação, o principal complexo formado é o [Cu(CN) 3]2- e a relação 3CN/1Cu indica a extensão do consumo de cianeto causado por pequenos teores de cobre solúvel no mineral de ouro. Nestes casos, uma razão mínima de CN/Cu = 4 é recomendada. Entretanto, quando a concentração de cobre for muito elevada, a viabilidade do projeto pode ficar comprometida devido ao alto consumo de cianeto exigido. Há algumas abordagens propostas: remoção prévia do cobre via dissolução seletiva (pré-lixiviação ácida); complexação/precipitação do cobre via cianetação amoniacal; recuperação do cianeto consumido via processo AVR e suas variações. Observar que O cobre passa “incólume” por todos os estágios de extração do ouro, estando presente até mesmo no bullion (ou doré). UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

28 O efeito das variáveis de processo
São muitas as variáveis envolvidas, mas quanto mais entendermos cada uma delas e suas relações com as demais, maior será a possibilidade de obtermos a máxima extração com o menor custo. As principais variáveis, para cianetação em tanques agitados são as listadas abaixo. Concentração de cianeto Concentração de oxigênio pH Área do grão de ouro acessível aos reagentes Temperatura Agitação da polpa Concentração de sólidos na polpa Tempo de residência ?????? A eficiência da cianetação deve ser entendida como um processo interativo de controle destas variáveis. ?????? MINERALOGIA DO MINERAL DE OURO QUE É PROCESSADO !!!! UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

29 O efeito das variáveis de processo
-Concentração de cianeto: f(mineralogia). Níveis utilizados variam de 0,05%-0,2% NaCN. -Concentração de oxigênio: na polpa, a razão [CN-]/[O2] deve ser mantida ≈ 6. -pH: sempre acima de 9,2. Evitar a formação de HCN(g)|aq que não reage com o Au. -Área do grão de ouro acessível aos reagentes: o grão de ouro deve ser bem fino, mas a área exposta deve ser a maior possível. Na verdade, também é f(mineralogia). Au com mais de 100 m não deveria entrar em cascatas de cianetação. Separar por gravimetria. -Temperatura: ambiental, mas a velocidade da cianetação com  T até 85 oC. Após, a taxa de reação diminui devido ao decréscimo de solubilidade do oxigênio na água (2-3 mg/L a 85 oC). Também ocorre decomposição do cianeto e aumento da reatividade dos minerais de ganga. -Agitação da polpa: deve ser eficiente de modo a manter todo o sólido suspenso. Favorece a difusão dos reagentes até a interface de reação, pois diminui a camada limite. -Concentração de sólidos na polpa: deveria ser a menor possível, mas usual é 35-55%. -Tempo de residência: intimamente relacionado com as outras variáveis. Na prática, temos tempos de residência que variam, em média, de 20 a 48 horas. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

30 O efeito das variáveis de processo
-Mineralogia: a forma de ocorrência do ouro no mineral deve ser cuidadosa e exaustivamente estudada através da caracterização mineralógica a fim de indicar as alternativas de processo mais adequadas ao tratamento do mineral em questão. O mineral aurífero deve ser avaliado em termos de: -identificação e quantificação dos minerais presentes, incluindo minerais de ganga e estudo do solo; - associações entre Au e minerais de ganga; - influência dos minerais de ganga sobre a recuperação do Au e o consumo de reagentes; - custos operacionais envolvidos com o pré-tratamento, no caso de minerais refratários; - definição da granulometria do minério a ser tratado a fim de expor as partículas de ouro ao cianeto. Esta definição deve ser avaliada em termos econômicos, já que altos custos de moagem são requeridos à medida que o mineral contenha proporção significativa de ouro incluso em minerais com Wi elevado. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

31 Mineralogia do ouro - exemplos
1 2 3 Exemplos comuns de ocorrência do ouro em minérios: 1 – Ouro nativo ou ouro electrum exposto em veios de quartzo. A densidade deste material é, em geral, maior do que 15 g.cm-3. 2 – Au depositado e preenchendo fissuras em grãos de pirita compacta. A densidade deste material, em geral, está no intervalo de 3,5 a 7,5 g.cm – Ouro encapsulado em quartzo. A densidade deste material pode ser muito baixa, na faixa de 2,65 a 3,0 g.cm-3. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

32 Mineralogia do ouro - exemplos
Examples of gold occurrence: 1 - exposed native gold (Au) and gold locked in pyrite (Py); 2 - electrum (Elc) with acanthite rims (gray); 3 - kustelite with acanthite inclusion and attachment (gray particle in black circle), it also has a pyrite insert with some fine-grained electrum inclusions (inside white circle); 4 - calaverite (Calv) associated with pyrite; 5 - unleached aurostibite (Aur) with a secondary rim (deep brown) and an altered aurostibite (inside white circle) from a cyanide leach residue; 6 - native gold (inside white circles) locked in FeOx from a flotation tail. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

33 Mineralogia do ouro - exemplos
Gold concentration in arsenopyrite (avg. 195 ppm), pyrite (avg ppm) and realgar (avg ppm) from the Jinya ore (China). Ouro microscópico, livre e cianetável, é só 6% do teor de cabeça. 77% do ouro é submicroscópico e a arsenopirita é o `carrier`. 16% do ouro é submicroscópico e a pirita é o `carrier`. Ouro homogeneamente distribuido na arsenopirita e na pirita e é na forma de solução solida. Resultado do estudo: recuperação passou de 6% para mais de 90%. Com o uso de uma rota do tipo flotação dos sulfetos seguida de ustulação do concentrado flotado que é então cianetado. Reflected light photomicrographs (500x) showing three morphological types of arsenopyrite: 1 - coarse (17.6 ppm Au); 2 - porous/blastic (173.1 ppm Au); and 3 - fine-grained (545 ppm). UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL

34 Amostragem A influência da mineralogia sobre o resultado da extração do ouro é, normalmente, definida na elaboração do projeto do processo de beneficiamento. Especial atenção deve ser dada à representatividade das amostras utilizadas para a definição da rota de processo já que, no início do projeto, as informações são restritas e podem não representar as características do mineral ao longo da vida útil da mina, especialmente no caso de minas subterrâneas. A figura abaixo resume os fatores importantes e relacionados e todos devem ser considerados no processo de lixiviação visando a máxima extração do ouro. UDELAR – URUGUAY UFRGS – DEMIN - BRASIL


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