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Edição nº6 – 1º semestre de 2012 Homens do Tempo nos Tribunais Com formação de cientista e cabeça de detetive, meteorologistas forenses ajudam a justiça.

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1 Edição nº6 – 1º semestre de 2012 Homens do Tempo nos Tribunais Com formação de cientista e cabeça de detetive, meteorologistas forenses ajudam a justiça a desvendar crimes. Pág. 3 e 4 Onda de Tornados EUA tiveram tornados de um mês inteiro em um só dia. Pág. 4 Trilhas de Condensação Saiba o que são. Pág.6 Auxílio Didático Pet Pág.7 Edição: Bruno Maon, João Basso e Sandro Pereira A importância de Ferraz na meteorologia Confira quais são na Pág.5 O tempo e o vento Atividades do PET 7 HUMOR Casa esteja com dificuldade em algumas das disciplinas citadas entre em contato pelo e-mail abaixo com antecedência para agendarmos o auxílio e tentaremos lhe ajudar. pet-meteorologia@googlegroups.com

2 1 6 Meteorologista Forense Arica, 18 anos, 30 facadas. Samuel, de 27, foi morto com 32 golpes. Havia mais sangue no chão da cozinha e nas paredes. O crime aconteceu em 2002 e, na época, os exames de DNA encontraram sangue de uma terceira pessoa, identificada como Michel Mosley, um traficante que negociava crack junto Holly na região. Mosley acusado e julgado pelo crime em julho de 2011. Para sua condenação à prisão perpétua, um depoimento foi crucial: o de um meteorologista forense, um profissional que investigava as condições climáticas do passado em vez de fazer previsões. Ele era Howard Altschule, 39 anos, que havia trabalhado em um canal de TV em Albany, no estado de Nova York, fazendo previsões, antes de abrir sua empresa de consultoria e partir para os tribunais. Altschule faz parte de um grupo de cerca de 100 profissionais nos estados unidos. Ainda sem regulamentação, o meteorologista forense consegue, no máximo, a certificação de consultor pela Associação Americana de Meteorologia, o que aprova para que ele seja contratado para investigações. O interesse na atividade, porém vem crescendo e algumas universidades já começaram a incluir a matéria forense na grade dos cursos de meteorologia. Detetive Meteorológico No duplo homicídio em Troy, Altschule foi contratado pela promotoria para investigar um dos argumentos da defesa. O acusado, que negou até o fim, disse que havia se cortado praticando snowboarding antes do crime e que seu sangue manchou o local quando ele encontrou os corpos. Uma analise meteorológica descobriu que na data em que Mosley dizia ter feito snowboarding, a temperatura era de 11°C e havia chovido a tarde toda. Não havia neve no chão, portanto "ajudei mostrar ao júri que tinha algo errado com a história", afirma Altschule, cujo o depoimento acabou pesando na hora da condenação. O trabalho de detetive começou com os dados meteorológicos arquivados por uma estação de observação de superfície a cerca de três quilômetros do parque citado pelo réu. Essas estações, espalhadas pelo mundo colhem dados que podem se verificados tempos depois. os instrumentos usados, que vão de radares e satélites a relatórios de raios, são os mesmos que um meteorologista comum usaria. O que muda é sua aplicação é o fato de que, em vez de olhar Trilhas de condensação Surgida durante a primeira Guerra Mundial, a trilha de condensação é uma nuvem reta e embora sejam consideradas nuvens, diferenciam-se das demais por serem produzidas pelo homem, a partir do vapor dágua na turbina do avião, vapor que vem a ser subproduto da combustão pelo motor. A formação das trilhas de condensação apresenta certa afinidade com o modo como nossa respiração se transforma em névoa em um dia frio. Enquanto a maior parte das nuvens se forma quando o ar frio se resfria à medida que sobe, os gases quentes na turbina de um avião se resfriam ao se misturar com o ar extremamente frio encontrado à altitude de cruzeiro. Este geralmente fica entre 8500 metros e 12000 metros, onde as temperaturas podem ficar entre -30ºC e -60ºC. Os gases quentes e úmidos na turbina do avião esfriam muito rapidamente ao se misturar com esse ar frio, o que pode fazer com que a parte da umidade se transforme em gotículas de água, que instantaneamente se congelam na forma de cristais de gelo atrás do avião a uma distância equivalente à da envergadura das asas. Contudo, nem sempre aviões produzem trilhas de condensação – mesmo a uma altitude de cruzeiro. Num dia aviões podem ser vistos a grande altitude sem formar nenhuma nuvem atrás deles. No outro, a trilha de condensação aparece apenas para desaparecer a algumas centenas de metros atrás do avião. Ainda em outras ocasiões, entretanto, as trilhas de condensação permanecem no céu horas a fio, riscando o azul para lá e para cá com linhas que, pouco a pouco, vão sendo dispersas pelos ventos. Nas latitudes temperadas, quando as trilhas de condensação não aparecem atrás de uma aeronave de grande altitude, ou quando só se formam por períodos curtos de tempo, geralmente isso é um sinal de que o ar no alto da troposfera está descendendo, o que acontece na iminência de uma frente quente. Desse modo, trilhas de condensação persistentes podem alertar os observadores de nuvens – mesmo antes que nuvens Cirrus surjam e se espalhem – sobre o avanço de uma frente quente, com precipitação dentro de aproximadamente um dia. Adaptado de: Pretor-Pinney, Gavin; Guia do Observador de Nuvens

3 2 5 Eu juro: o meteorologista Howard Altschule, 39 anos, ajudou a resolver um assassinato duplo em Albany, NY. para o futuro, os forenses reconstroem o passado. "é necessário usar técnicas de analise e preencher lacunas", diz o americano Steve Harned, que trabalhou por 36 anos no Serviço Nacional do Tempo antes de fundar em 2004, a consultoria Atlantics States Weather Inc. Há cinco anos, a maior demanda da empresa e de investigações para advogados que representam clientes da Louisiana e do Mississippi. Eles perderam suas casas com a passagem do furacão Katrina, em 2005, e agora processam o governo ou as seguradoras. Harned avalia o quanto as propiedades tiveram expostas aos efeitos do furacão e depõe em tribunais. A importância de Ferraz na meteorologia Localização da Estação São alentadoras as promessas vindas do governo de que a estação brasileira na Antártida será reconstruída. Comandante Ferraz é estratégica para a pesquisa polar nacional e de grande importância para a Meteorologia Antártida do Brasil. Recém ontem esta coluna descrevia, antes de se saber do trágico incêndio, sobre como a estiagem deste verão aqui no Estado pode ter sido influenciada pelo Polo Sul. A Antártida deveria ter mais atenção geral por seu impacto no clima gaúcho e brasileiro. A base de Ferraz possuía estações meteorológicas e conduzia relevantes pesquisas climáticas. Em 2010, o programa antártico informou que nos 14 anos anteriores a temperatura média em Ferraz tinha tendência de queda, isso em meio ao debate do aquecimento global, acrescentando que os invernos mais frios na base foram os de 2007 e 2009. O ano de 2007 aqui no Rio Grande do Sul teve frio rigoroso até em novembro e foi quando nevou em Buenos Aires após 89 anos. Em 2009, uma das mais intensas ondas de frio no Estado em décadas foi registrada em julho. Explosão na Estação Antártica Comandante Ferraz (Armada de Chile/Reuters - UOL) Adaptado da Coluna Tempo e Clima – Jornal Correio do Povo Escorregada Na prática, poucos casos chegam à corte – a maior parte termina em um acordo. Uma das estrelas da profissão, meteorologista Paul Gross, 50 anos, baseado em Michigan, que calcula ter atuado em mais de 1000 processos, só se sustentou diante do juiz, cerda de 40 vezes. Seu trabalho mais comum tem relação a escorregões por conta da neve acumulada. Até hoje me lembro do primeiro caso que testemunhei, em março de 2009, sobre uma pessoa que dizia ter se machucado após escorregar e processou o dono do local do acidente por não remover a neve do solo. Eu depus sob formação de gelo no local. E foi de estourar os nervos. Quando chegam ao juiz, ainda que poucas vezes, os meteorologistas/detetives precisam estar preparados. Nenhum dado técnico adianta se não souberem traduzir o que enxergam os relatórios diante de um júri de leigos.

4 Onda de Tornados Neve no sul do país 3 4 Capa do dia 3 de Março de 2012 do jornal de Ohio Onda de Tornados nos EUA Tornados mataram 552 pessoas nos Estados Unidos em 2011 e o ano foi o segundo com mais vítimas até hoje pelo fenômeno no país, empatando com 1936. Perdeu apenas para 1925, que registrou 794 mortes. Somente em abril de 2011 foram 749 tornados, recorde absoluto para qualquer mês do ano. O que arrasou Joplin, em maio, foi o que provocou o maior número de vítimas para um único tornado desde 1947 com 158 mortes. Estudo de 2008 mostrou que, dependendo da condição do Pacífico (La Niña, neutralidade ou El Niño), as áreas mais atingidas em solo americano variam. Anos de La Niña tendem a ter tornados mais poderosos, como 2008 e 2011. Este março poderá ser o mais trágico até hoje por tornados nos Estados Unidos após a onda que trouxe twisters esperados para o mês todo em um único dia na sexta (2 de março de 2012) em Indiana, Kentucky, Ohio e outros estados. Com o Pacífico aquecendo, o terrível início da temporada de tornados não significa que seguirá com a mesma força até seu auge em maio. Adaptado da Coluna Tempo e Clima – Jornal Correio do Povo É necessário aprender linguagem jurídica, explicou Thomas Else, 36 anos, outro ex-homem do tempo que se tornou analista forense da consultoria de Weather Works, de Nova Jersey, em 1996. Testemunhar para um juiz e jurados é algo muito tenso. O tempo e o vento O trabalho de Gross se concentra em descobrir se o frio e a neve comuns em Michigan contribuíram para acidentes de versos. Seu primeiro depoimento em um tribunal, em 1989, foi na investigação sobre uma motorista que morreu ao sair da pista em uma estrada. A família processou o estado, alegando que as condições da estrada causaram o acidente e a defesa quis investigar se não havia neblina neste dia. O carro havia caído em um lago congelado e, ao sair do carro e andar pelo local o gelo cedeu, e ela caiu nas águas geladas, e morreu. A pedido da defesa, Gross buscou dados sobre a velocidade e a direção do vento naquele dia. Descobriu que não havia neblina na estrada: o vento, que soprava paralelamente à margem do lago, não empurraria a nevoa até lá. O problema não foi a falta de visibilidade. Mais tarde, a verdade veio à tona: a mulher havia bebido e por isso deslizou para fora. Os melhores investigadores meteorológicos desenvolvem uma certa astúcia para reconstruir fatos do passado. Altschule faz experimentos, além dos boletins, antes de construir suas análises. Observou, por exemplo, que a neve pode derreter mesmo aos -5 °C, algo que poucos colegas sabem. Se a temperatura está entre -5 °C e 0 °C e a sol direto em um ângulo suficientemente forte, em geral entre o meio dia e uma hora antes do por do sol, a neve derrete. À noite, a neve congela de novo, diz Altschule. Para quem escorregou, se machucou e agora quer milhares de dólares em indenizações, a informação é vital. O recongelamento leva entre uma e duas horas e os donos dos estabelecimentos são obrigados a manter suas calçadas limpas sob pena de serem processados em caso de acidentes – se não tiverem feito a limpeza dentro de um período razoável. A questão é quanto tempo a neve ficou acumulada no chão até ser removida. Em outra de suas investigações, uma companhia de energia encomendou um estudo dos últimos 25 anos com a intenção de provar que os desastres naturais estavam mais frequentes. E, assim, convencer o governo a permitir aumento das tarifas, já que haviam aumentado seus custos de manutenção e fornecimento. Ao final, tinham razão. Ventos fortes e grandes tempestades aumentaram significativamente, diz Altschule. Sua conta de energia elétrica, provavelmente, aumentou depois dessa. Mas, como ele mesmo repete, O tempo é o tempo. E, não importa para o qual lado esteja trabalhando, as conclusões serão sempre iguais, como em qualquer outro trabalho de detetive. Adaptado Revista Galileu, Janeiro 2012, Nº 246, p.60


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