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Os Fatos do Crescimento

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Apresentação em tema: "Os Fatos do Crescimento"— Transcrição da apresentação:

1 CEAV Desenvolvimento Econômico Parte I Modelos Neoclássicos de Crescimento

2 Os Fatos do Crescimento
Passamos agora da determinação do produto no curto e médio prazos, onde predominam as flutuações cíclicas, para a determinação do produto no longo prazo, onde predomina o crescimento. Crescimento é o aumento constante do produto agregado ao longo do tempo, ou seja, o aumento da capacidade de geração de oferta ao longo do tempo.

3 Crescimento nos Países Ricos a Partir de 1950
PIB dos Estados Unidos a partir de 1890 O produto agregado dos EUA aumentou 43 vezes desde1890. A escala logarítmica permite que o mesmo aumento proporcional em uma variável seja representado pela mesma distância no eixo vertical. Veja a planilha “Taxas de crescimento comparadas”.

4 Escala Logarítmica Comportamento da variável y, crescendo à taxa r : .
3% de crescimento a.a. 2% de crescimento a.a. A função vai ficando mais inclinada com a mesma taxa de crescimento. Portanto, a inclinação da função em um intervalo não permite que façamos qualquer inferência sobre a maior ou menor taxa de crescimento.

5 Escala Logarítmica Aplicando log, temos: .
Agora, a inclinação da função é dada por r, a taxa de crescimento. Portanto, quanto mais inclinada a função, maior será a taxa de crescimento. 3% de crescimento a.a. 2% de crescimento a.a.

6 Crescimento nos Países Ricos a Partir de 1950
O produto per capita é igual ao PIB dividido pela população. O padrão de vida depende da evolução do produto per capita, não do total do produto. Para comparar o PIB entre países, usamos um conjunto comum de preços para todos os países. Os números ajustados para o PIB real são medidas do poder de compra entre países também chamados de paridade de poder de compra (PPC).

7 Crescimento nos Países Ricos a Partir de 1950
11,4 22.039 1.940 2,4 7,8 Japão 3,0 21.647 7.321 1,9 2,5 Reino Unido 2,6 30.637 11.903 1,7 2,2 Estados Unidos Produto real per capita (dólares de 1996) Taxa anual de crescimento Produto per capita (%) 3,7 4,7 3,9 2000/1950 6.259 4.642 5.489 1950 Evolução do produto per capita em cinco países ricos desde 1950 23.503 1,8 4,3 Média 21.910 4,8 Alemanha 21.282 1,6 4,1 França 2000

8 Crescimento nos Países Ricos a Partir de 1950
Dos dados na tabela anterior, concluimos que: O padrão de vida aumentou significativamente desde 1950. A taxa de crescimento do produto per capita diminuiu a partir de meados da década de 1970. Houve uma convergência, isto é, os níveis de produto per capita entre os cinco países tornaram-se mais próximos ao longo do tempo. A diferença entre o produto per capita nos Estados Unidos e nos outros países é menor agora do que na década de1950.

9 Crescimento nos Países Ricos a Partir de 1950
Taxa de crescimento do PIB per capita desde 1950 versus PIB per capita em 1950; países da OCDE Países com um nível mais baixo de produto per capita em 1950, em geral, cresceram mais rápido: convergência absoluta de renda per capita dos países da OCDE, no período

10 Uma Visão Mais Ampla Através do Tempo e do Espaço
Do fim do Império Romano até cerca do ano 1500, não houve em essência nenhum crescimento do produto per capita na Europa. Esse período de estagnação é freqüentemente chamado de era malthusiana. Segundo Malthus, qualquer aumento do produto levava a uma queda da mortalidade, o que, por sua vez, resultava em um aumento da população até que o produto per capita retornasse a seu nível inicial. De cerca de 1500 a 1700, o crescimento do produto per capita tornou-se positivo, embora pequeno.

11 Uma Visão Mais Ampla Através do Tempo e do Espaço
Mesmo na Revolução Industrial as taxas de crescimento não eram altas pelos padrões atuais. Na cronologia da história humana, o crescimento do produto per capita constitui um fenômeno recente. Existe a possibilidade de que o produto per capita de um ou mais países ultrapasse o produto per capita dos Estados Unidos.

12 Exame dos Países Taxa de crescimento do PIB per capita, , versus o PIB per capita em 1960 (dólares de 1992); 101 países Não há relação clara entre a taxa de crescimento do produto desde 1960 e o nível do produto per capita em 1960.

13 Exame dos Países Taxa de crescimento do PIB per capita, , versus PIB per capita em 1960; OCDE, África e Ásia Os países asiáticos estão convergindo para os níveis da OCDE. Não há evidência de convergência entre os países africanos. Os quatro triângulos no canto superior esquerdo correspondem aos quatro tigres: Coréia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan. Os quatro tiveram taxas anuais de crescimento do PIB acima de 6% nos últimos 30 anos.

14 Análise do Crescimento: Uma Introdução
Para pensar sobre os fatos apresentados anteriormente, usamos a estrutura de análise desenvolvida por Robert Solow, do MIT, no final da década de Particularmente: O que determina o crescimento? Qual é o papel do acúmulo de capital? Qual é o papel do progresso tecnológico?

15 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
O modelo de crescimento de Solow explica como a poupança, o crescimento demográfico e o progresso tecnológico afetam o produto com o decorrer do tempo. Acumulação de Capital Examinaremos como a oferta e a demanda de bens e serviços determinam a acumulação no tempo. Hipóteses Preliminares: Força de trabalho constante Tecnologia dada

16 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
Observações: Taxa de crescimento populacional igual a n. Inicialmente faremos a suposição de que n = 0 Taxa de variação tecnológica igual a gA. Inicialmente faremos a suposição de que gA = 0

17 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
A Oferta de Bens e a Função de Produção Hipótese sobre a FDP: homogênea linear  retornos constantes de escala. Logo: ;  uma constante positiva. Desta forma, o produto por trabalhador depende apenas da quantidade de capital por trabalhador, ou seja: Simplificando a notação: e

18 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
Logo: Assim, o produto por trabalhador (produto per capita) é função do estoque de capital per capita. Propriedades da FDP: produtividades marginais positivas e decrescentes para ambos os fatores de produção. Quando a quantidade do fator tende a zero sua PMg tende ao infinito e quando tende ao infinito sua PMg tende a zero. ; ; ; ; ; ;

19 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
Utilizando uma função Cobb-Douglas, que cumpre as propiedades anteriores, temos: Note que a e 1-a são, respectivamente, as elasticidades do capital e trabalho.

20 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow

21 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
A Demanda e a Função Consumo Sendo , na forma “por trabalhador”, temos: Logo, o produto por trabalhador divide-se em consumo por trabalhador e investimento por trabalhador. Sendo o consumo uma função da renda, temos: , onde:  Assim, Rearrumando os termos, temos:  Logo, o investimento também é proporcional à renda. Note que, implicitamente, ele também depende da taxa de juros, pois quando a Pmgs aumenta, a taxa de juros cai, e por isso o investimento aumenta.

22 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow
Determinantes do Investimento Vimos que: Como , temos: Logo, quanto maior o estoque de capital per capita, maiores serão os níveis de investimento e produto per capita.

23 O Modelo de Crescimento Neoclássico: Modelo de Solow

24 O Estado Estacionário Nível de Capital em Estado Estacionário (steady-state) Agora vamos analisar se aumentos no estoque de capital induzem ao crescimento econômico.

25 O Estado Estacionário Seja  a taxa de depreciação do estoque de capital. Logo, a dinâmica de k pode ser descrita por: ou ou Logo, a variação do estoque de capital é dada pelo investimento, descontada a depreciação, que é maior quanto maior o estoque de capital

26 O Estado Estacionário A depreciação graficamente.

27 O Estado Estacionário Desta forma, podemos extrair uma relação gráfica entre o investimento e a depreciação, como mostra a figura abaixo.

28 O Estado Estacionário O motivo da convergência para o estado estacionário

29 O Estado Estacionário Sendo s constante, i = sf(k). A depreciação é dada por k, com  constante. Note então que, com k1, i > k, logo, o estoque de capital cresce. Com k2, i < k, logo, o estoque de capital decresce, mostrando que existe uma tendência para que a economia caminhe para o estado estacionário. Isto pode, também, ser observado na parte inferior da figura, um diagrama de fase, que mostra o comportamento dinâmico de k. Dito de outro modo, com o investimento maior que a depreciação o estoque de capital per capita aumenta. Entretanto, como a PMgk é decrescente e a depreciação cresce a uma taxa constante, os acréscimos no estoque de capital per capita serão cada vez menores, com a economia convergindo para um estado estacionário, onde Dk = 0.

30 Um Exemplo Exemplo Numérico da Tendência Para o Estado Estacionário
Suponha que a função de produção seja dada por: Como o produto por trabalhador é dado por , Inserindo a FDP, temos: Como Supondo temos:

31 Um Exemplo

32 Um Exemplo Note que, como (equação que nos mostra o comportamento de k no tempo), podemos determinar o estoque de capital no estado estacionário de maneira menos trabalhosa, a medida em que, no estado estacionário, Dk= Assim, temos: Como, no nosso exemplo, Elevando o primeiro membro ao quadrado, encontramos a solução, ou seja, o nível de capital no estado estacionário, k*=9, o que confirma os cálculos efetuados no quadro do slide anterior.

33 Um Exemplo Regra geral: Calculando o estoque de capital no estado estacionário utilizando uma função Cobb-Douglas.

34 Um Exemplo

35 Um Exemplo Logo, o estoque de capital per capita (assim como o produto per capita), será maior quanto maiores s, A e a e menor quanto maior d.

36 Alterações na Taxa de Poupança

37 Trajetórias das Variáveis Após um Aumento da Taxa de Poupança
Após o aumento da taxa de poupança de s0 para s1 o investimento supera a depreciação do estoque de capital. Com isso, o estoque de capital per capita passa a apresentar uma taxa de crescimento positiva, assim como a renda per capita. Como a PMgk é decrescente e a taxa de depreciação é constante, os acréscimos no estoque de capital per capita e no produto per capita são cada vez menores, com a economia convergindo para um novo estado estacionário, com k1 e y1. s0 tempo t0 k k1 k0 tempo y t0 y1 y0 tempo t0

38 Alterações na Taxa de Poupança
Conclusões

39 Alterações na Taxa de Poupança
A conclusão importante sobre a poupança no modelo de Solow é que, apesar de indispensável para o nível do PIB per capita, ela não garante o crescimento continuado, a não ser no caso em que ela é sempre crescente, o que, obviamente, não é possível. Vale também salientar que, dado um alto nível de poupança, que permita um grande estoque de capital, a economia em questão fica obrigada a uma alta taxa de investimento para que este estoque de capital não diminua ao longo do tempo.

40 Taxas de Crescimento no Estado Estacionário
Podemos calcular as taxas de crescimento das variáveis no estado estacionário aplicando log e diferenciando. Observe que todas as variáveis com as quais trabalhamos variam ao longo do tempo (são função do tempo). Em geral, ocultamos esse fato nas equações somente para simplificar a notação. Seja uma função qualquer, definida por Note que y depende de x e x depende de t (função composta) . Diferenciando (utilizando a regra de cadeia), temos : Logo, a derivada com relação ao tempo do logaritmo natural de uma variável é a taxa de crescimento dessa variável.

41 Taxas de Crescimento no Estado Estacionário
Logo, no estado estacionário, o estoque de capital per capita, o produto per capita, o estoque de capital total e o produto total crescem à taxa zero.

42 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Hipótese: O formulador de política econômica pode escolher a taxa de poupança e, portanto, o estado estacionário. Dito de outra forma, a taxa de poupança é uma variável exógena. Qual o Estado Estacionário a Ser Escolhido Obviamente que os indivíduos não estão preocupados com o nível de produto por trabalhador, capital por trabalhador ou depreciação, eles estão preocupados tão somente com a quantidade de bens e serviços que podem adquirir. Se o objetivo do formulador de política econômica for maximizar o bem estar da população, deve ser escolhido um equilíbrio de longo prazo que contemple o máximo de consumo possível. Esse equilíbrio é chamado de nível ótimo de acumulação definido pela regra de de ouro (k**).

43 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Encontrando o Nível Ótimo Definido Pela Regra de Ouro Temos que Como e, em qualquer estado estacionário, , temos: Logo, no estado estacionário, o consumo por trabalhador é igual ao produto por trabalhador menos a depreciação. Note que podemos escrever desta forma, pois no estado estacionário o investimento é igual a depreciação.

44 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Com o consumo escrito em função do estoque de capital, podemos maximizar c* relativamente a k*. Dito de outro modo, podemos escolher o estoque de capital per capita (estado estacionário) maximizador do consumo Logo, para maximizarmos o consumo no estado estacionário devemos ter:

45 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Note que o consumo será o maior possível quando a inclinação da função de produção (PMgk), medida pela inclinação da reta tangente que pasa pelo ponto A, for igual a inclinação da curva de depreciação (d).

46 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Utilizando os valores do exemplo anterior: Mas qual a taxa de poupança que leva a economia a obter o estado estacionário maximizador do consumo ?

47 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Graficamente, temos:

48 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Logo, nesse caso, a escolha de uma taxa de poupança de 50% faz com que a economia convirja para um estado estacionário onde o consumo é maximizado. Observação Importante: Note que a taxa de poupança maximizadora do consumo, nesse caso foi igual a 0,5, que é igual a a : isso não é uma coincidência. Podemos provar que a taxa de poupança maximizadora do consumo é, sempre, igual a elasticidade do capital (a).

49 A Regra de Ouro (Golden Rule)
Provando que s** = a. Em qualquer estado estacionário, temos:

50 A Regra de Ouro (Golden Rule)
No estado estacionário maximizador do consumo temos dc*/ds = 0. Utilizando a regra da cadeia:

51 Crescimento Demográfico
Como a acumulação de capital não é suficiente para garantir o crescimento econômico continuado, precisamos ampliar o modelo, para explicá-lo. Comecemos variando N. Hipótese: A População cresce a uma taxa constante n.

52 O Estado Estacionário Com CrescimentoDemográfico
O crescimento populacional atua no sentido de reduzir o volume de capital por trabalhador, pois agora o capital é dividido por um nº maior de trabalhadores. Assim, temos: O termo indica o montante de investimento para que

53 O Estado Estacionário Com CrescimentoDemográfico

54 O Estado Estacionário Com CrescimentoDemográfico
Efeitos do Crescimento Populacional Como a população cresce a uma taxa n, o capital total e o produto total aumentam nessa mesma taxa. Assim, o padrão de vida não melhora, pois o produto por trabalhador permanece constante no estado estacionário. Logo, n pode aumentar somente o nível de produto total.

55 O Estado Estacionário O estado estacionário implica em , logo:
Utilizando uma FDP Cobb-Douglas:

56 A Regra de Ouro Em qualquer estado estacionário, temos: Como

57 Taxas de Crescimento no Estado Estacionário
Logo, no estado estacionário, o estoque de capital per capita e o produto per capita crescem à taxa zero e o estoque de capital total e o produto total crescem à taxa n. n n

58 A Transição para a Regra de ouro
Transição Para o Ponto Ótimo do Estado Estacionário Consumo Presente X Consumo Futuro Em toda a economia as decisões devem ser entre prover para o presente (consumo) e prover para o futuro (acumulação de capital). Mais consumo é preferível a menos consumo em qualquer momento do tempo, entretanto, mais consumo significa menos acumulação de capital, menor produção futura e, portanto, menor consumo potencial futuro. Em um extremo temos a política de consumir o máximo possível hoje, mesmo que isto comprometa o consumo futuro: “vivamos hoje, pois no futuro estaremos todos mortos”. (J.M.Keynes)

59 A Transição para a Regra de ouro
No outro extremo encontra-se a política stalinista de consumir hoje o menos possível, incrementando a acumulação de capital e aumentando o consumo potencial futuro. Estas escolhas implicam em um conjunto de trajetórias temporais para o consumo, produção e estoque de capital, trajetórias ao longo das quais crescerá a economia. Para fazermos tal escolha, devemos julgar o valor do consumo presente frente ao consumo futuro, para então escolhermos uma trajetória de crescimento ótimo para a economia. Até aqui, assumimos que o formulador de política econômica pode escolher o estado estacionário da economia. Desta forma, ele optará pelo ponto ótimo do estado estacionário, que implica em mais consumo hoje. Supondo que a economia atinja um outro estado estacionário, temos:

60 A Transição para a Regra de ouro

61 Aumento da Taxa de Poupança Quando k* < k**
s s1 s0 Como o estoque de capital per capita é inferior ao estoque de capital per capita dado pela “regra de ouro”, a maximização do consumo exige um aumento da taxa de poupança. O aumento da taxa de poupança, dada a mesma renda per capita, inicialmente reduz o consumo per capita. Entretanto, como a PMgk é maior que a taxa de depreciação, o consumo aumenta ao longo do tempo, atingindo seu nível máximo c**. tempo t0 k k** k* tempo c t0 c** c* tempo t0

62 Aumento da Taxa de Poupança Quando k* > k**
s s0 Como o estoque de capital per capita é superior ao estoque de capital per capita dado pela “regra de ouro”, a maximização do consumo exige uma redução da taxa de poupança. A redução da taxa de poupança, dada a mesma renda per capita, inicialmente aumenta o consumo per capita. Com o investimento menor que a depreciação, o estoque de capital per capita se reduz ao longo do tempo. Entretanto, como a PMgk é menor que a taxa de depreciação, o consumo aumenta ao longo do tempo, atingindo seu nível máximo c**. s1 tempo t0 k k* k** tempo c t0 c** c* tempo t0

63 A Transição para a Regra de ouro

64 Progresso Tecnológico e Taxa de Crescimento
O progresso tecnológico tem várias dimensões. Pode significar: quantidades maiores de produto produtos melhores produtos novos maior variedade de produtos O progresso tecnológico leva a aumentos no produto para um dado montante de capital e trabalho.

65 Progresso Tecnológico “Aumentador de Trabalho”
Até aqui trabalhamos com uma função de produção sem a possibilidade de incrementos na tecnologia. Agora, consideraremos a possibilidade de incrementos exógenos na tecnologia. A = eficiência do trabalho; NA = mão de obra medida em unidades de eficiência. Ou seja, trabalharemos com a hipótese de que o progresso tecnológico leva à eficiência do trabalho, que crescerá a uma taxa constante gA. Como e o número de unidades eficientes (NA) aumenta a uma taxa (n+gA)

66 Progresso Tecnológico “Aumentador de Trabalho”
O progresso tecnológico reduz o número de trabalhadores necessários para obter uma dada quantidade de produto. O progresso tecnológico aumenta AN, que podemos considerar como a quantidade de trabalho efetivo, ou trabalho em “unidades de eficiência” na economia. Analisaremos o estado estacionário com as variáveis em termos de unidades de eficiência. Portanto:

67 Progresso Tecnológico “Aumentador de Trabalho”
A relação entre produto por trabalhador efetivo e capital por trabalhador efetivo é: Portanto, o produto por trabalhador efetivo é função do estoque de trabalhador efetivo.

68 Progresso Tecnológico “Aumentador de Trabalho”
Desta forma, a equação dinâmica de Solow deve ser expressa como: Note que, desta forma, para que o investimento deve ser igual a Ou seja, para que permaneça constante, com , e

69 Progresso Tecnológico “Aumentador de Trabalho”
Explicando melhor: Como o estoque de capital se deprecia à taxa d , é necessário um montante de investimento dK apenas para manter o estoque de capital constante. Como a força de trabalho cresçe à taxa n e o progresso teconológico à taxa gA , a taxa de crescimento do trabalho efetivo ou por unidades de eficiência, NA, é igual a n + gA . Portanto, para manter o estoque de capital por unidades de eficiência constante a taxa de investimento deve ser: Desta forma, se a taxa de depreciação for de 10% e o crescimento do trabalho efetivo for de 3% (n=2% e gA =1%), o investimento deve ser igual a 13% do estoque de capital pra manter um nível constante de capital por trabalhador efetivo.

70 O Estado Estacionário Sendo : Logo:

71 O Estado Estacionário Utilizando uma função do tipo Cobb-Douglas, temos:

72 O Estado Estacionário

73 Taxas de Crescimento no Estado Estacionário
gA o n gA

74 Dinâmica do Capital e do Produto
No estado de crescimento equilibrado, o produto (Y) cresce à mesma taxa que o trabalho efetivo (AN); o trabalho efetivo cresce à taxa de (n+gA); portanto, no estado de crescimento equilibrado, o crescimento do produto é de (n+gA). O capital por trabalhador efetivo também cresce à taxa de (n+gA). A taxa de crescimento do produto independe da taxa de poupança. Como o produto, o capital e o trabalho efetivo crescem todos à mesma taxa (n+gA), esse estado da economia é chamado de estado de crescimento equilibrado. Como a força de trabalho cresce à taxa n, tanto o estoque de capital per capita quanto o produto per capita crescem à taxa gA.

75 Dinâmica do Capital e do Produto
Trabalho Produto por trabalhador Capital por trabalhador Produto por trabalhador efetivo Capital por trabalhador efetivo Taxa de crescimento de n + gA 6 gA 4 7 n 5 3 2 1 Características do crescimento equilibrado

76 Um Aumento na Taxa de poupança

77 A Taxa de Poupança e o Produto
Efeitos do aumento da taxa de poupança no produto por trabalhador em uma economia com progresso tecnológico. O aumento da taxa de poupança gera um período de maior crescimento até que a economia atinja um novo estado estacionário, onde a taxa de crescimento do produto per capita volta a ser igual a gA.

78 A Contabilidade do Crescimento
Em 1957 Solow sugeriu uma forma de estimar o progresso tecnológico. Hipótese: Cada fator de produção é remunerado por sua PMg. Logo, se

79 A Contabilidade do Crescimento
Diferenciando em relação ao tempo, temos: Participação relativa do fator do trabalho no PIB Participação relativa do fator do capital no PIB

80 A Contabilidade do Crescimento
Logo, isolando a taxa de crescimento do progresso tecnológico, temos: “resíduo de Solow” ou taxa de crescimento da produtividade total dos fatores (PTF)

81 A Contabilidade do Crescimento: Dados para o Brasil

82 Evolução da PTF no Brasil

83 Mais Uma Vez a Convergência
Os países pobres tendem a crescer mais rapidamente que os países ricos ? Razões para justificar a convergência Diferença de produto por rabalhador associada aos diferentes pontos sobre as trajetórias de crescimento. A PMgK é maior quanto menor o estoque de capital, incentivando a migração de capital dos países ricos para os países pobres. Se a difusão de novos conhecimentos tecnológicos é desigual, é possível que as diferenças de produto per capita se devam ao fato de alguns países não utilizarem as melhores técnicas de produção disponíveis. Essas diferenças tenderiam a reduzir-se a medida que os países mais pobres tivessem acesso as técnicas mais modernas

84 Crescimento nos Países Ricos a Partir de 1950
Taxa de crescimento do PIB per capita desde 1950 versus PIB per capita em 1950; países da OCDE Países com um nível mais baixo de produto per capita em 1950 em geral cresceram mais rápido.

85 Uma Amostra com 101 Países Taxa de crescimento do PIB per capita, , versus o PIB per capita em 1960 (dólares de 1992); 101 países Não há relação clara entre a taxa de crescimento do produto desde 1960 e o nível do produto per capita em 1960.

86 Exame dos Países Taxa de crescimento do PIB per capita, , versus PIB per capita em 1960; OCDE, África e Ásia Os países asiáticos estão convergindo para os níveis da OCDE. Não há evidência de convergência entre os países africanos. Os quatro triângulos no canto superior esquerdo correspondem aos quatro tigres: Coréia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan. Os quatro tiveram taxas anuais de crescimento do PIB acima de 6% nos últimos 30 anos.

87 A Convergência Absoluta
Entre os países que apresentam o mesmo estado estacionário a hipótese de convergência absoluta se sustenta: maior crescimento dos países pobres, na média. Se duas economias possuem os mesmos parâmetros que determinam o estado estacionário (s, A, d, n e a), vale a convergência absuluta, ou seja:

88 A Convergência Condicional (relativa)
O modelo de Solow pode explicar as diferentes taxas de crescimento de diferentes países. Embora os países pobres não cresçam necessariamente a uma taxa mais elevada, os países pobres, em relação ao seu próprio estado estacionário, tendem a crescer à taxas mais elevadas. Chamamos isso de convergência condicional ou relativa.

89 Um Grande Problema do Modelo Neoclássico: O Progresso Tecnológico deve ser Exógeno
Como acelerar a taxa de crescimento através do progresso tecnológico ? No modelo de Solow a tecnologia crescia de forma exógena (sem que os agentes econômicos fizessem qualquer coisa para que isso acontecesse). Qual o motivo dessa suposição ter durado tanto tempo nos modelos de crescimento ?

90 Um Grande Problema do Modelo Neoclássico: O Progresso Tecnológico deve ser Exógeno
Como vimos, a função de produção neoclásssica apresenta rendimentos constantes de escala nos insumos rivais (K e L). Segundo o teorema de Euler, uma função homogênea de grau 1 possui a seguinte propriedade: Em concorrência perfeita, temos:

91 Um Grande Problema do Modelo Neoclássico: O Progresso Tecnológico deve ser Exógeno
Igualando as duas equações, temos: Logo, uma vez remunerados os fatores de produção, a renda da economia se esgota, não podendo financiar o investimento em P & D. Logo, devemos abandonar uma das seguintes hipóteses: ou não existe concorrência perfeita ou a função de produção não é neoclássica.

92 Capital Físico versus Capital Humano
Até agora não fizemos qualquer distinção entre o trabalho não-qualificado e o trabalho qualificado, que depende do nível educacional. O conjunto de competências dos trabalhadores ativos na economia é chamado de capital humano. Uma economia com muitos trabalhadores altamente qualificados tende a ser muito mais produtiva do que uma economia em que a maioria dos trabalhadores são iletrados. As conclusões tiradas sobre o acúmulo de capital físico permanecem válidas após a inclusão do capital humano na análise.

93 Estendendo a Função de Produção
Quando o nível de produto por trabalhador depende tanto do nível de capital físico por trabalhador (K/N) quanto do nível de capital humano por trabalhador (H/N), a função de produção pode ser escrita como: O aumento do capital por trabalhador ou do nível médio de competências gera maior produto por trabalhador.

94 Estendendo a Função de Produção
Uma medida do capital humano pode ser construída da seguinte forma: Suponha que uma economia possua 100 trabalhadores, metade dos quais são qualificados e metade não. O salário relativo dos trabalhadores qualificados (assim como a produtividade) é o dobro do salário dos não-qualificados. Então:

95 Capital Humano, Capital Físico e Produto
O aumento de quanto a sociedade "poupa" sob a forma de capital humano – por meio da educação ou do treinamento no trabalho – aumenta o capital humano do estado de crescimento equilibrado por trabalhador e, portanto, o produto por trabalhador. No longo prazo, o produto por trabalhador depende tanto de quanto a sociedade poupa como de quanto (e como) gasta com educação.

96 Avaliação Empírica do Modelo de Solow com Capital Humano
Em 1992, é publicado “A contribution to the empirics of economic growth”, um importante artigo de G. Mankiw, D. Romer e D. Weil (MRW) que avalia as implicações empíricas do modelo de Solow, concluindo que ele apresenta um bom desempenho. Observaram que o ajustamento do modelo poderia ser melhorado com a incorporação do capital humano. A qualificação da mão de obra (nível de instrução) não é idêntica para todas as economias.

97 Avaliação Empírica do Modelo de Solow com Capital Humano
Observação importante: O modelo, parcialmente desenvolvido aqui, difere do apresentado por MRW em um aspecto importante. MRW consideram que a economia acumula capital humano tal como acumula capital físico: abrindo mão do consumo. Aqui, seguiremos R. Lucas, na suposição de que as pessoas gastam tempo acumulando qualificações. O desenvolvimento do modelo encontra-se disponível no meu site e também pode ser encontrado no livro de Charles Jones.

98 Avaliação Empírica do Modelo de Solow com Capital Humano
O produto da economia é função da quantidade de capital físico (K) e de trabalho qualificado (H), de acordo com uma função de produção Cobb-Douglas com retornos constantes de escala. A tecnologia aumentadora de trabalho (A) cresce a uma taxa exógena gA .

99 Avaliação Empírica do Modelo de Solow com Capital Humano
As pessoas acumulam capital humano dedicando tempo ao aprendizado de novas habilidades em vez de trabalhar, logo: Sendo u a fração de tempo dedicada ao aprendizado e P a população total da economia, L representa o total do insumo trabalho usado na produção. Como mão de obra não-qualificada está aprendendo novas habilidades durante o tempo u, temos a geração de trabalho qualificado de acordo com: Observe que se u=0, temos H=L, isto é, toda a mão de obra é não qualificada.

100 Avaliação Empírica do Modelo de Solow com Capital Humano
Aplicando log na equação anterior, temos: Diferenciando em relação a u, temos: Logo, um pequeno aumento em u aumenta H em %. (observações)

101 Avaliação Empírica do Modelo de Solow com Capital Humano
Adicionando H na equação dinâmica de Solow e resolvendo para o estado estacionário em termos per capita, onde h = H/L: Essa última equação resume a explicação oferecida pelo modelo de Solow ampliado para as razões pelas quais alguns países são ricos e outros pobres. Alguns países são ricos porque têm altas taxas de investimento em capital físico, despendem uma parcela considerável de tempo acumulando habilidades , baixas taxas de crescimento populacional e altos níveis de tecnologia. Adicionalmente, notar que, no estado estacionário, o produto per capita cresce à taxa gA, como no modelo de Solow original.

102 Crescimento Endógeno O modelo de crescimento desenvolvido até aqui considera que mudanças nas políticas do governo, como uma elevação exógena da taxa de poupança, ou uma redução da tributação sobre as decisões de investimento (caso introduzíssemos essa variável no modelo), têm efeitos de nível, mas não efeitos de crescimento de longo prazo. Isto é, essas políticas aumentam a taxa de crescimento temporariamente, enquanto a economia transita para um novo estado estacionário. Entretanto, no longo prazo, a taxa de crescimento volta ao seu nível inicial, caso a tecnologia não cresça exogenamente.

103 Crescimento Endógeno Os modelos que geram um crescimento contínuo sem a necessidade de que alguma variável cresça exogenamente, são chamados de modelos de crescimento endógeno. Note que, mesmo no trabalho de MRW, não existe qualquer explicação sobre o motivo das diferentes taxas de escolaridade entre os países, que geram diferentes taxas de crescimento.

104 Crescimento Endógeno O Modelo AK de Crescimento Endógeno
Um dos modelos mais simples de crescimento endógeno, no sentido que as políticas podem influenciar a taxa de crescimento de longo prazo, pode ser facilmente deduzido a partir do modelo de Solow. Como veremos, neste caso, não existe a necessidade da ocorrência de progresso técnico para a obtenção de crescimento sustentado. O modelo AK foi exposto pela primeira vez por Romer (1987) e Rebelo (1991)

105 Crescimento Endógeno Suponha que a economia possa ser descrita por uma função de produção onde não existe progresso tecnológico, com a elasticidade de capital igual a um. Assim, a equação de acumulação de capital é dada por: Supondo que o investimento total seja superior a depreciação total, temos:

106 Crescimento Endógeno K
Nesse caso, com rendimentos constantes para o capital, o estoque de capital estará aumentando permanentemente, e o crescimento nunca para.

107 Crescimento Endógeno Dividindo ambos os lados da equação de acumulação por K, temos: Logo, a taxa de crescimento da economia é uma função crescente da taxa de investimento. Portanto, políticas do governo que aumentem permanentemente a taxa de investimento da economia aumentarão permanentemente a taxa de crescimento. Note que não precisamos supor que qualquer variável cresça a uma taxa exógena para gerar crescimento permanente do produto.

108 Exemplo: ANPEC – Questão 9 - 2009
Considere o modelo de crescimento endógeno, com função de produção Y = AK, em que Y é o produto, K é o capital e A é um índice de produtividade. A taxa de poupança é de 30%. O capital deprecia à taxa de 10% ao ano. O parâmetro A é igual a 0,5. Não há crescimento populacional. Suponha que o estoque de capital inicial seja positivo. Julgue as seguintes afirmativas: A taxa de crescimento do produto é de 5% ao ano. O capital por trabalhador de estado estacionário é igual a 1,5. Um aumento no parâmetro A (tudo o mais constante) eleva permanentemente a taxa de crescimento do produto. V F V

109 Exemplo: ANPEC – Questão 9 - 2009
Item (a) Item (b) No modelo AK , onde , não existe estado estacionário. Item (c) Aumentos em s ou A aumentam permanentemente a taxa de crescimento.

110 Determinantes do Progresso Tecnológico
O progresso tecnológico nas economias modernas é resultado das atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das empresas. A P&D produz fundamentalmente idéias. Os gastos com P&D dependem de: Da fertilidade do processo de pesquisa ou de como os gastos com P&D se traduzem em novas idéias e novos produtos. Da apropriabilidade dos resultados da pesquisa ou da extensão em que as empresas se beneficiam dos resultados de seu próprio processo de P&D.

111 Fertilidade do Processo de Pesquisa
Os determinantes da fertilidade das pesquisas incluem: A interação entre a pesquisa básica (a busca de princípios gerais e resultados) e a pesquisa aplicada e desenvolvimento (aplicação desses resultados a usos específicos). O país: alguns países têm mais sucesso na pesquisa básica; outros são mais bem-sucedidos na pesquisa aplicada. Tempo: são necessários muitos anos e, com frequência, muitas décadas, para que todo o potencial das grandes descobertas seja percebido.

112 Apropriabilidade dos Resultados da Pesquisa
Se as empresas não puderem se apropriar dos lucros do desenvolvimento de novos produtos, elas não investirão em P&D. Os fatores em jogo incluem: A própria natureza do processo de pesquisa. É compensador ser o primeiro a descobrir um produto? Proteção legal. As patentes dão à empresa que descobriu um novo produto o direito de impedir durante algum tempo que outras empresas produzam ou utilizem o novo produto.

113 Os Fatos do Crescimento Revisitados
Acumulação de Capital versus Progresso Tecnológico O crescimento rápido pode vir de duas fontes: Uma taxa maior de progresso tecnológico. Se gA for maior, a taxa de crescimento equilibrado do produto (gY = gA+n) também será maior. Nesse caso, a taxa de crescimento do produto é igual à taxa de progresso tecnológico. O ajuste do capital por trabalhador efetivo, K/AN, para um nível mais elevado. Nesse caso, a taxa de crescimento do produto supera a taxa de progresso tecnológico.

114 Epílogo: os Segredos do Crescimento
Diferenças no produto por trabalhador entre países ricos e pobres são atribuídas principalmente a diferenças no nível de tecnologia medido nesses países. Por várias razões, os países pobres não conseguem diminuir esta defasagem tecnológica. Outras razões incluem direitos de propriedade mal definidos, instabilidade política, escassez de empreendedores e mercados financeiros pouco desenvolvidos.

115 Epílogo: os Segredos do Crescimento
Os países pobres que cresceram rapidamente nos últimos 20 anos experimentaram o acúmulo rápido de capital, tanto físico quanto humano. Alguns desses países basearam-se na importância do comércio exterior, no livre mercado e na intervenção governamental limitada, enquanto outros optaram pela intervenção governamental pela política industrial — uma política destinada a incentivar o crescimento de indústrias específicas.

116 Um Breve Histórico Harod (1930) , Domar (1946)
Primeiro modelo de crescimento contemporâneo: incorpora uma função de produção com substitubilidade entre os fatores de produção. Capitalismo é instável.

117 Um Breve Histórico Solow (1956), Swan (1956)
Modelo de Crescimento Neoclássico Função de produção neoclássica Retornos constantes de escala Concorrência perfeita Alguns resultados vão ao encontro dos fatos estilizados. Poupança e tecnologia exógenas.

118 Um Breve Histórico Uzawa (1962) Modelo de dois setores
Bens de consumo – trabalho intensivo Bens de capital – capital intensivo Não consegue garantir a existência e a unicidade do equilíbrio.

119 Um Breve Histórico Arrow (1962) Learning by doing
Capital humano como complementar do capital físico É possível incorporar no modelo os avanços tecnológicos Conhecimento é um bem não rival e não excludente em uma modelagem com concorrência imperfeita.

120 Um Breve Histórico Cass (1965) , Koopmans (1965) Anos 70
Incorporam o modelo de Ramsey (1928), com escolha intertemporal entre consumo e poupança, ao de Solow (Trade-off: consumo presente x futuro e Otimização dinâmica). Poupança passa a ser determinada endogenamente no modelo de crescimento. Como no modelo de Solow, a economia converge para um estado estacionário, onde o produto per capita aumenta, desde que a tecnologia, exógena, avance. Anos 70 Preocupação com o curto prazo.

121 Um Breve Histórico Romer (1986) Lucas (1988)
Incorpora concorrência imperfeita nos modelos de Crescimento Econômico. Insere na economia o setor P&D  inovação tecnológica passa a ser determinada no modelo. Retornos decrescentes para as firmas, mas crescentes para a economia, via externalidades. Lucas (1988) Incorpora o modelo de Uzawa com dois setores: P&D  concorrência imperfeita Bens de Capital  concorrência perfeita

122 Um Breve Histórico Em Tempos Recentes:
A importância do ambiente legal e das instituições. Existem muitos trabalhos sobre o tema, mas um deles é extremamente relevante: ACEMOGLU, D., JOHNSON, S. AND ROBINSON, J. A. “The Colonial Origins of Comparative Development: An Empirical Investigation” . The American Economic Review, Vol. 91, No. 5 (Dec., 2001), pp

123 Exercícios Resolvidos
1) Bacen – A função de produção de uma economia é: Onde: y = produto por trabalhador k = estoque de capital por trabalhador Sabe-se também que: s = taxa de poupança = 20% n = taxa anual de crescimento populacional = 1% d= taxa de depreciação anual = 4%

124 no estado estacionário (steady state) dessa economia o nível de renda de equilíbrio por trabalhador (y*) é igual a16 estoque de capital por trabalhador (k*) é igual a 4 valor da depreciação anual dos equipamentos é maior que o valor do investimento por trabalhador nível de renda de equilíbrio por trabalhador (y*) é igual a 5 o produto total e o capital total crescem à mesma taxa que a população, ou seja, 1%

125 Calculando o estoque de capital no estado estacionário:
Logo, (a) , (b) e (d) são falsas. (c) é falsa, pois no estado estacionário i = (d+n)k . Como n > 0, no estado estacionário o i > dk. Calculando, temos:

126 Graficamente

127 Logo, a assertiva (e) é verdadeira.
Taxas de Crescimento no estado estacionário O estoque de capital total e o pib crescem à taxa n = 1%. n n

128 2) Bacen – 2002 – Analista – prova b2 – Gabarito 1 - 49
Considere o modelo de crescimento de Solow sem crescimento populacional e progresso tecnológico. Suponha as seguintes informações: d = 0,05 Onde: y = produto por trabalhador; k = estoque de capital por trabalhador; d = taxa de depreciação.

129 Com base nestas informações, os níveis de produto por trabalhador; estoque de capital por trabalhador; taxa de poupança; investimento por trabalhador; e consumo por trabalhador, no estado estacionário e supondo a “regra de ouro” são, respectivamente: 10; 100; 0,25; 3; 7 10; 100; 0,25; 4; 6 5; 25; 0,5; 3; 2 5; 25; 0,5; 2,5; 2,5 10; 100; 0,5; 5; 5

130 Vamos resolver a questão utilizando alguns resultados que vimos anteriormente; fundamentalmente, que s** = a . Dito de outro modo, a taxa de poupança que determina o estoque de capital em estado estacionário maximizador do consumo é igual a elasticidade do capital. Logo, o item correto é (e).

131 3) BNDES – Economista – Sobre o Modelo de Crescimento de Solow, é correto afirmar que: sem a presença de progresso técnico, uma redução da propensão a poupar levará necessariamente a um aumento do consumo por trabalhador; sem a presença de progresso técnico, quanto maior a propensão a poupar, maior será a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo; sem a presença de progresso técnico, no longo prazo, a relação produto/capital crescerá à medida que se eleva a taxa de crescimento da força de trabalho;

132 sem a presença de progresso técnico, o nível ótimo de capital por trabalhador estabelecido pela “Regra de Ouro” é aquele que maximiza a taxa de crescimento do produto por trabalhador no longo prazo; na presença de progresso técnico, no estado estacionário, a taxa de crescimento do produto por trabalhador será igual à taxa de crescimento da eficiência do trabalho.

133 (a) é falsa, pois uma redução em s pode aumentar ou reduzir o consumo no estado estacionário. Depende da relação entre a PMgk e (d+n). (b) é falsa, pois um aumento em s aumenta o produto per capita (nível), mas a taxa de crescimento do pib per capita, em qualquer estado estacionário, é a mesma; zero. (c) é falsa. Como vimos, sem progresso técnico, o estoque de capital total e o produto total crescem à mesma taxa, n. Logo, um aumento na taxa de crescimento populacional não aumenta a relação produto/ capital (ela fica constante). (d) é falsa, pois k** maximiza o consumo por trabalhador. Novamente, em qualquer estado estacionário, a taxa de crescimento do produto per capita é a mesma.

134 Logo, (e) é verdadeira. Como vimos anteriormente, no estado estacionário com progresso técnico, a taxa de crescimento do pib per capita é igual a gA.

135 4) CVM – ESAF – 2010 – Analista – 54
No modelo Solow-Swan, a hipótese de retornos decrescentes de cada fator de produção torna-se fundamental para assegurar a solução de equilíbrio da economia. A partir desse modelo, é possível afirmar que: é com base nessa hipótese que se extrai o argumento que sustenta a existência de uma relação negativa entre a distância do nível de renda per capita de um país em relação ao seu estado-estacionário e a velocidade da taxa de crescimento dessa renda. essa hipótese é equivalente à hipótese de rendimentos decrescentes de escala.

136 nesse modelo não há como testar empiricamente o pressuposto de convergência de renda entre países ou regiões para um dado estado estacionário. essa hipótese assegura a não-existência de desenvolvimento tecnológico. no modelo, a tecnologia é uma variável endógena.

137 Item (A) – Verdadeiro Observe que, se a PMgK é decrescente, quanto maior a diferença entre k* e k0 maior será a taxa de crescimento do Pib per capita. Logo, supondo que todas as Nações estejam convergindo para o mesmo estado estacionário, as Nações mais pobres crescerão mais rápido que as Nações ricas (convergência absoluta). Como vimos, PMg decrescente e retornos de escala são conceitos diferentes, o modelo de Solow pode ser testado empiricamente e a tecnologia é uma variável exógena no modelo de Solow. Logo, (b) , (c) e (e) são falsas. Quanto ao item (d), a PMg decrescente não guarda qualquer relação com a existência de desenvolvimento tecnológico.

138 5) Petrobrás – Economista jr. – 2010 - 39
No modelo de crescimento neoclássico desenvolvido por Solow, na década de 1960, a taxa de crescimento de equilíbrio de longo prazo independe da taxa de poupança. independe da taxa de crescimento da força de trabalho. é igual à taxa de poupança. diminui com os aumentos da taxa de poupança. aumenta com o nível de renda alcançado. Como foi visto anteriormente:

139 6) Petrobrás Biocombustível – Economista jr. – 2010 - 28
Os modernos modelos de crescimento econômico endógeno não têm estado estacionário. não têm equilíbrio de curto prazo. desconsideram o papel do investimento em infraestrutura e em capital fixo no crescimento econômico. enfatizam o crescimento populacional e as riquezas naturais, como os fatores mais importantes para o crescimento econômico. explicam, no âmbito do próprio modelo, o resíduo de crescimento atribuído pelos modelos exógenos ao progresso tecnológico.

140 7) Transpetro – Economista jr. – 2011 - 38
No modelo de crescimento econômico de Solow, sem progresso tecnológico, a taxa de crescimento do produto real da economia, no estado estacionário, é igual a(à) zero 6% ao ano taxa de crescimento da força de trabalho taxa de poupança interna taxa de inflação do ano anterior

141 Considere as seguintes informações: Função de produção: . Onde:
8) ESAF/AFRF – 2002 Considere as seguintes informações: Função de produção: Onde: K = estoque de capital e L = estoque de mãode-obra Taxa de poupança: 0,3 Taxa de depreciação: 0,05 Considerando o modelo de Solow sem progresso técnico e sem crescimento populacional, o estoque de capital por trabalhador no estado estacionário será de: a) 36, b) 6, c) 15, d) 5, e) 2,0

142 Em termos per capita:

143 Exercícios Propostos 9) ESAF/AFRF – 2002
Com base no Modelo de Crescimento de Solow, é incorreto afirmar que mudanças na taxa de poupança resultam em mudanças no equilíbrio no estado estacionário. quanto maior a taxa de poupança, maior o bem-estar da sociedade. um aumento na taxa de crescimento populacional resulta num novo estado estacionário em que o nível de capital por trabalhador é inferior em relação à situação inicial. no estado estacionário, o nível de consumo por trabalhador é constante. no estado estacionário, o nível de produto por trabalhador é constante.

144 10) CESPE-UnB/Consultor do Senado Federal – Política Econômica/2002
Com base no modelo de crescimento econômico proposto pôr Robert Solow, julgue os itens a seguir. Ignorando o efeito do progresso técnico, o estado estacionário pode ser determinado pelo ponto em que o montante de poupança é apenas suficiente para cobrir a depreciação do estoque de capital existente. Ainda ignorando o efeito do progresso técnico, uma mudança na razão entre poupança nacional e produto não irá provocar uma mudança permanente na taxa de crescimento do produto. A taxa de poupança afeta o nível de produto por trabalhador a longo prazo. (V) (V) (V)

145 O resíduo obtido após a subtração das fontes identificáveis de crescimento econômico é, na grande maioria dos casos, insignificante, e decorre, fundamentalmente, de mudanças na produtividade total dos fatores. O modelo proposto por Solow explica o fenômeno da convergência nos níveis de renda entre os países pobres e ricos, observada ao longo dos últimos 50 anos. (F) (F)

146 11) CESPE-UnB/Consultor do Senado Federal – Política Econômica/2002
Ainda a respeito da questão da acumulação de capital, julgue os itens seguintes. Com base no modelo de Solow e considerando que o estoque de capital é formado por capital físico e humano, pode-se afirmar que o aumento da taxa de poupança deixa de ter impacto importante na determinação do nível de produto por trabalhador. Ainda considerando o modelo de Solow, pode-se afirmar que a taxa de crescimento estacionário não é afetada quando se considera os efeitos do progresso tecnológico. (F) (F)

147 Uma formulação alternativa à de Solow, proposta por Romer, é fundada no pressuposto de que as mudanças tecnológicas seriam endógenas, resultado de incentivos fornecidos pelo mercado. Um pressuposto importante do modelo de Romer é o da existência de retornos crescentes de escala, o que significa que é possível sustentar taxas de crescimento acima da taxa de crescimento populacional mais alteração tecnológica. Uma consequência importante do modelo de crescimento endógeno é a de que um aumento na taxa de poupança, pode resultar em um aumento permanente na taxa de crescimento do produto. (V) (V) (V)

148 12) CESPE-UnB/Consultor do Senado Federal – Política Econômica/2002
Com referência aos determinantes do crescimento, julgue os itens abaixo. Estudos a respeito da convergência dos padrões de vida nos países ricos e pobres atribuem à persistência do diferencial nas taxas de crescimento a fatores de caráter político-institucional, especialmente no que se refere à proteção dos direitos de propriedade e à geração de um clima político que favoreça o investimento. Esse fator explicaria, em grande parte, o fenômeno da convergência observado nos países da Europa Ocidental ao longo das últimas décadas. (V)

149 O debate referente à convergência também tem sido conduzido a partir da perspectiva de abertura da economia para o comércio internacional. Em uma perspectiva neoclássica, se esperaria que, na existência de um diferencial na renda per capita entre países, o capital fluísse dos países ricos para os pobres, gerando diferentes formas de transferência de tecnologia e reduzindo esses diferenças. A evidência empírica é a de que a hipótese da convergência não vem se verificando na grande maioria dos países. A explicação de Lucas e Romer para esse fenômeno é a de que na presença de retornos crescentes, as vantagens iniciais dos países em desenvolvimento, historicamente determinadas, tendem a serem mantidas ou se expandirem. (V) (F)

150 Se a acumulação de capital não pode pôr si só sustentar o crescimento, o progresso tecnológico passa a ser imprescindível para o crescimento sustentado da economia. No entanto, a grande maioria dos economistas converge ao acreditar que o progresso tecnológico pode ser mantido sem intervenção do governo, bastando apenas que seja estabelecido um sistema de patentes que garanta os direitos de propriedade das inovações. Para fomentar o progresso tecnológico, torna-se fundamental examinar seus determinantes, principalmente a questão da apropriabilidade de novas tecnologias pelas empresas, fenômeno cujos determinantes são: a taxa de juros, a taxa nominal de câmbio e a expectativa em relação ao comportamento da inflação. (F) (opinativa...) (F)

151 13) ANPEC Indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras: (0) Uma das implicações do modelo de crescimento de Solow é que a trajetória de crescimento equilibrado é estável e a taxa de crescimento do produto não depende da taxa de poupança. (1) No modelo de crescimento de Solow com progresso técnico, para manter constante a razão capital-produto ao longo da trajetória de crescimento equilibrado será necessário manter uma taxa de poupança menor do que na ausência de progresso técnico. (2) A taxa de lucro (de juros) é exógena. (3) Um aumento da taxa líquida de poupança sempre reduz o consumo por unidade de trabalho efetivo no equilíbrio. (V) (F) (F) (F)

152 14) ANPEC 2001 Indique se as proposições abaixo, todas relacionadas ao modelo de crescimento de Solow, são falsas ou verdadeiras: (0) No modelo com retornos constantes de escala, a produtividade marginal do capital é constante. (1) No estado estacionário de uma economia com crescimento da população, o consumo equivale ao produto menos a depreciação do capital. (2) Um aumento na taxa de poupança aumenta permanentemente a taxa de crescimento do produto per capita. (F) (F) (F)

153 (3) Uma queda na taxa de crescimento populacional está associada a um aumento da renda per capita e a uma queda na taxa de crescimento do produto. (4) Se a economia opera com capital superior àquele previsto pela regra de ouro, uma queda na taxa de poupança determinará níveis de consumo superiores ao original, tanto no curto quanto no longo prazo. (V) (V)

154 15) ANPEC Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras: (0) Em uma economia que se encontra em um ponto acima do estado estacionário, o investimento supera a depreciação do capital. (1) Se o capital atinge o nível definido pela regra de ouro, o consumo per capita no estado estacionário é máximo. (2) Considere dois países para os quais os parâmetros definem um mesmo estado estacionário. Segundo o modelo de Solow, o país mais pobre tenderá a crescer mais rapidamente do que o mais rico. (F) (V) (V)

155 (3) Os modelos de crescimento endógeno introduzem explicitamente o papel das inovações tecnológicas no processo de acumulação de capital para explicar o crescimento econômico sustentado. (4) Nos modelos de crescimento endógeno, a ocorrência de progresso técnico é condição indispensável à obtenção de crescimento sustentado. (V) (F)

156 16) ANPEC - 2003 - Tendo em conta o modelo de crescimento de Solow, avalie as proposições:
(0) Na ausência de progresso técnico, quando a produtividade marginal do capital for igual à soma da taxa de crescimento da população e da taxa de depreciação, o consumo per capita será máximo. (1) A taxa de crescimento do produto em equilíbrio estacionário será igual à taxa de crescimento do progresso técnico menos a taxa de crescimento da população. (2) Economias com maior propensão a poupar terão, ceteris paribus, uma taxa de crescimento de equilíbrio mais elevada do que economias com propensão a poupar menor. (V) (F) (F)

157 (3) As economias que apresentam renda per capita mais elevada são as aquelas que têm maior taxa de poupança, ceteris paribus. (4) As economias cuja renda mais cresce são aquelas que apresentam um maior crescimento populacional, ceteris paribus. (V) (V)

158 17) AGERIO – Com base nas teorias de crescimento econômico, marque a afirmativa correta:  no modelo de Solow a taxa de poupança é endógena; nos modelos de crescimento endógeno, a ocorrência de progresso técnico é indispensável à obtenção de crescimento sustentado; no modelo de Solow indica o nível de capital que maximiza o consumo no longo prazo; nos modelos de crescimento endógeno, como o conhecimento é uma forma de capital, sua acumulação está sujeita à lei dos rendimentos decrescentes; no modelo de Solow, alterações na taxa de poupança não afetam a renda per capita de longo prazo.


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