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Immanuel Kant
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Apresentação Kant é considerado o maior filósofo do iluminismo alemão. Para ele, a Filosofia deveria responder quatro questões fundamentais: O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? O que é o ser humano? (Esta questão engloba as três anteriores)
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Maioridade Humana Em sua obra “O que é ilustração”, Kant sintetiza seu otimismo iluminista à possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias.
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Maioridade Humana Descreve o processo de ilustração como sendo a saída do ser humano de sua “menoridade”, ou seja, um momento em que o indivíduo torna-se consciente da força e independência (AUTONOMIA) de sua inteligência para fundamentar sua própria maneira de agir, sem a doutrinação ou tutela de outros.
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O problema do conhecimento
O ser humano como ser dotado de razão e liberdade, é o centro da filosofia kantiana. Seus estudos partem da investigação sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, realizando um exame crítico da razão.
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Tipos de conhecimento Kant distingue duas formas básicas do ato de conhecer: Conhecimento Empírico( a posteriori) Conhecimento puro ( a priori)
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Conhecimento Empírico
Aquele que se refere aos dados fornecidos pelos sentidos, isto é, que é posterior à experiência. Ex.: “Este livro tem a capa verde”. Foi necessário ter primeiro a experiência de ver o livro e assim conhecer a sua cor.
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Conhecimento Puro Aquele que não depende de quaisquer dados dos sentidos, ou seja, que é anterior à experiência, nascendo puramente de uma operação racional. Ex.: “Duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço” não se refere a esta ou àquela linha paralela, mas a todas. Constitui um conhecimento universal. Além disso, é uma afirmação que, para ser válida, não depende de nenhuma condição específica. Trata-se, pois, de um conhecimento necessário.
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Tipos de Juízo O conhecimento puro conduz a juízos universais e necessários, enquanto o conhecimento empírico não possui esta característica. Os juízos, por sua vez, são classificados por Kant em 2 tipos: Juízo Analítico Juízo Sintético
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Juízo Analítico Aquele em que o predicado já está contido no conceito do sujeito. Ou seja, basta analisar o sujeito para deduzir o predicado. Ex.: “O quadrado tem 4 lados”. Analisando o sujeito, deduzimos necessariamente o predicado. Kant também chamava os juízos analíticos de juízos de elucidação.
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Juízo Sintético Aquele em que o predicado não está contido no conceito do sujeito. Neste juízos, acrescenta-se ao sujeito algo de novo, que é o predicado. Assim, os juízos sintéticos enriquecem nossas informações e ampliam o conhecimento. Por isto, Kant também os denominava juízos de ampliação. Ex.:”Os corpos se movimentam”.
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O Valor (qualidade) dos Juízos
Analisando o valor de cada juízo, Kant distingue três categorias: Juízo Analítico a priori Juízo Sintético a posteriori Juízo Sintético a priori
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Juízo Analítico a priori
Como no exemplo “O quadrado tem 4 lados”, é um juízo universal e necessário, mas serve apenas para elucidar aquilo que já se conhece do sujeito. Ou seja, a rigor, é apenas importante para se chegar à clareza do conceito já existente, mas não conduz a conhecimentos novos.
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Juízo sintético a posteriori
Como no exemplo “Este livro tem a capa verde”, amplia o conhecimento sobre o sujeito, mas sua validade está sempre condicionada ao tempo e ao espaço em que se dá a experiência e, portanto, não constitui um juízo universal e necessário.
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Juízo sintético a priori
Como no exemplo “Duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço”, e em outros da matemática e da geometria, acrescenta informações novas ao sujeito, possibilitando uma ampliação do conhecimento. E como não está limitado pela experiência, é um juízo universal e necessário. Por isso, segundo Kant, é o juízo mais importante. Para ele, a matemática e a física são disciplinas científicas por trabalharem com juízos sintético a priori.
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Estruturas do sentir e conhecer
Kant buscou saber como é o sujeito a priori, isto é, o sijeito antes de qualquer experiência. Concluiu que existem no ser humano certas estruturas que possibilitam a experiência ( as formas a priori da sensibilidade) e determinam o entendimento ( as formas a priori do entendimento). Trata-se do chamado apriorismo.
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Formas a priori da sensibilidade
São o tempo e o espaço. Kant diz que percebemos e representamos a realidade sempre no tempo e no espaço. Estas noções são “intuições puras”, existem como estruturas básicas na nossa sensibilidade e são elas que permitem a experiência sensorial.
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Formas a priori do entendimento
De modo semelhante, os dados captados por nossa sensibilidade são organizados pelo entendimento de acordo com certas categorias. As categorias são “ conceitos puros” existentes a priori no entendimento, tais como causa, necessidade e relação, que servirão de base para a emissão de juízos sobre a realidade.
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Limites do entendimento
O conhecimento é o resultado de uma interação entre o sujeito que conhece (de acordo com suas próprias estruturas a priori) e o objeto conhecido. Isto significa que não conhecemos as coisas em si mesmas ( o ser em si), isto é, como elas são, de forma independentes de nós. Só conhecemos as coisas tal como as percebemos ( o ser para nós). A coisas só são conhecidas de acordo com nossas próprias estruturas mentais.
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Quase concluindo... Para Kant, sua Filosofia representava uma superação do racionalismo e do empirismo, pois argumentava que o conhecimento é o resultado de dois grandes ramos: a sensibilidade, que nos oferece dados dos objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é pensado.
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Nova Revolução Copernicana
No prefácio da Crítica a Razão Pura, Kant comparou seu papel na Filosofia ao de Copérnico na astronomia. Quando a teoria geocêntrica não mais conseguia explicar o conjunto de movimentos dos astros, Copérnico vislumbrou a necessidade de tirar a Terra do centro do universo, resolvendo os impasses da astronomia da época.
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Nova Revolução Copernicana
Algo semelhante realizou o filósofo alemão, ao inverter a questão tradicional do conhecimento: antes se propunha que todo o conhecimento era regulado pelos objetos; com Kant, os objetos passaram a ser regulados pelas formas a priori de nosso conhecimento.
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Agora, sim... FIM
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