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Epidemiologia no Brasil: desafios e perspectivas

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Apresentação em tema: "Epidemiologia no Brasil: desafios e perspectivas"— Transcrição da apresentação:

1 Epidemiologia no Brasil: desafios e perspectivas
RITA BARRADAS BARATA IX CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA EPIVIX 2014

2 Epidemiologia Brasileira
Intrinsecamente relacionada ao campo da Saúde Coletiva Articulação entre produção acadêmica e prática em serviços de saúde Intensa participação de epidemiologistas na concepção e implementação dos sistemas nacionais de informação em saúde Intensa participação de epidemiologistas nos comitês técnicos dos programas nacionais, estaduais e municipais de saúde Participação de epidemiologistas na construção das instâncias técnicas dedicadas às práticas epidemiológicas em serviços de saúde Contribuição na formulação de inquéritos nacionais de saúde

3 Epidemiologia no Brasil: situação atual, desafios e perspectivas
Formação profissional e acadêmica Cursos de graduação Residência multiprofissional Mestrado profissional Mestrado e doutorado acadêmico Produção e divulgação do conhecimento científico Grupos de pesquisa CNPq Docentes dos PPG Produção brasileira indexada no PUBMED Produção brasileira indexada na base Scopus - SJR Revistas nacionais de Saúde Coletiva Práticas de saúde: Principais desafios

4 Formação profissional
Cursos de capacitação: tem sido oferecidos principalmente pelos próprios serviços de saúde, com ou sem a participação das universidades Cursos de Graduação em Saúde Coletiva : início recente, não permite ainda saber como os egressos atuarão nas distintas áreas do campo. Número pequeno de cursos e de titulados Residência multiprofissional: cerca de 24 programas no país dedicados à Saúde Coletiva. Não há programas específicos de formação em epidemiologia Epidemiologia de campo: programa do MS e SES/SP Mestrados Profissionais: dos 25 programas na área de Saúde Coletiva apenas 2 são dedicados à Epidemiologia (Fiocruz e UFRGS) e titularam 33 mestres no último triênio. Nos outros 23 programas, a Epidemiologia aparece como área de concentração em 5 outros. Há, entretanto, 54 linhas de pesquisa em epidemiologia nos 25 programas.

5 Formação acadêmica Há apenas quatro programas exclusivos de formação acadêmica em Epidemiologia: Fiocruz, UFRGS e UFPEL com oferta de mestrado e doutorado e FSP/USP com oferta apenas de doutorado, recém iniciado. Os três cursos já em funcionamento formaram 114 mestres e 50 doutores no último triênio. Nos outros 37 programas acadêmicos em funcionamento, 21 não tem nenhuma área de concentração em epidemiologia e existem 18 áreas de concentração em epidemiologia nos 16 programas restantes. No conjunto dos 40 programas avaliados na última trienal existem 155 linhas de pesquisa em epidemiologia havendo apenas um programa sem nenhuma linha de pesquisa em Epidemiologia

6 Formação: desafios Profissional
Necessidade de maior oferta de programas em geral e em epidemiologia em particular Necessidade de ofertar programas na modalidade profissional em todo o território nacional Necessidade de regulamentação do doutorado profissional Barreiras: Modalidade de fomento Escassez de docentes com formação e experiência profissional na maioria das universidades públicas e na quase totalidade das instituições privadas de ensino superior Carreira e oferta de postos de trabalho nos serviços de saúde Tradição “generalista” das IES em geral e da área de Saúde Coletiva em particular

7 Formação: desafios Acadêmica:
Necessidade de repensar o papel dos mestrados acadêmicos Titulo que apenas habilita ao doutorado não apresentando terminalidade Melhor definição entre o perfil profissional e o perfil acadêmico Necessidade de ampliação do número de doutores em geral, e em epidemiologia em particular. Assim como para os programas profissionais há necessidade de maior especificidade na oferta dos programas Maior utilização da modalidade bolsa sanduíche possibilitando aos formandos alguma experiência internacional ou em centros de excelência no país. Maior articulação e complementariedade entre os programas potencializando a capacidade de formação.

8 Formação: perspectivas
Crescimento acelerado dos programas profissionais na área da Saúde Coletiva; Previsão do doutorado profissional no PNPG ; Possibilidade de oferta de programas mais específicos, tanto na modalidade profissional quanto na acadêmica, tendo em vista a existência da graduação em Saúde Coletiva; Possibilidade dos programas de excelência dedicarem maior esforço à formação de doutores Possibilidade de ampliação da oferta de doutorado à medida que os programas vão amadurecendo e seus docentes passam a constituir grupos de pesquisa mais sólidos.

9 Produção de conhecimentos
Diretório de Grupo de Pesquisa Grupos com epidemiologia no nome do grupo, no nome de uma linha de pesquisa ou palavra chave da linha de pesquisa = 957 Filtros: Epidemiologia humana ( exclusão da epidemiologia animal e vegetal) Análise do perfil dos líderes Predomínio da produção epidemiológica Classificação errônea: áreas de pesquisa biológica, áreas de pesquisa clínica individual, epidemiologia como sinônimo de saúde pública ou atenção básica, pesquisa epidemiológica como sinônimo de levantamentos, pesquisa epidemiológica como sinônimo de caracterização demográfica de clientelas. Grupos predominantemente dedicados à pesquisa epidemiológica em seres humanos = 198 (20,7%) Destes 198 grupos, 37 estão localizados em instituições sem programas de pós graduação na área de saúde coletiva e 161 em instituições com programa de pós-graduação na área Há apenas 54 instituições com grupos de pesquisa em epidemiologia e sete delas reúnem 50% dos grupos existentes

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11 Total de doutores: 979 (1,2%) 0,51 doutor por 100.000 habitantes
Média por grupo = 4,9

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13 Total de artigos = 15741 Média = 4 artigos/doutor/ano

14 Grupos de Pesquisa 1) Mesmo entre pesquisadores não há compreensão adequada sobre o que é a epidemiologia e qual seu objeto de estudo 2) Número pequeno de grupos de pesquisa dedicados predominantemente à epidemiologia (0,72%) 3) Relação pequena de pesquisadores por habitantes 4) Número pequeno de instituições com grupos de pesquisa em epidemiologia 5) Mais da metade dos grupos dedicados à temática das doenças infecciosas e materno-infantil 6) Grupos de pesquisa em diversas temáticas: Epidemiologia em serviços de saúde e vigilância = 5% Etapas do ciclo de vida = 9% Desenvolvimento teórico, metodológico ou técnico = 10% Determinantes de saúde = 10% Grupos de doenças = 60%

15 Pesquisadores: desafios
Ampliar a compreensão sobre a Epidemiologia nos estudantes de diferentes áreas científicas especialmente em ciências biológicas e ciências da saúde Aumentar a formação de epidemiologistas e sua inserção em instituições nas quais não existem grupos atuando Ampliar a formação e a investigação acadêmica em epidemiologia fortalecendo o desenvolvimento da produção teórica e metodológica ao lado das pesquisas aplicadas. Perspectivas: Atuação da ABRASCO Atuação dos INCTs Fortalecimento das cooperações internacionais

16 Produção dos docentes No triênio foram avaliados 66 programas sendo 40 acadêmicos e 26 profissionais 1036 docentes, sem repetição, participam como permanentes nesses programas Analisando o perfil dos docentes, suas áreas de atuação e produção predominante foi possível classificá-los em dois grupos: Sem atuação em saúde coletiva = 176 (17%) Com atuação em saúde coletiva = 860 (83%) Com atuação principal ou exclusiva em epidemiologia = 265 (26%) Do total de docentes 292 são bolsistas de produtividade (28%) Sem atuação em saúde coletiva = 40 (23%) Com atuação em saúde coletiva = 252 (29%) Com atuação principal ou exclusiva em epidemiologia = 124 (47%)

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21 Produção docente Menos de 30% dos docentes dos PPG são pesquisadores da área de Epidemiologia Quase a metade desses pesquisadores é bolsista de produtividade do CNPq Proporcionalmente há mais bolsista 1 A e menos bolsista 2 entre os pesquisadores em epidemiologia Há menos docentes entre os epidemiologistas com até 6 artigos em três anos Há mais docentes entre os epidemiologistas com 13 ou mais artigos em três anos Os docentes epidemiologistas produzem proporcionalmente mais artigos A1 e A2 O número médio de artigos por docente epidemiologista é maior nos estratos A1, A2, B1 e B2 e equivalente nos demais estratos.

22 Produção docente: desafios e perspectivas
A produção dos docentes com atuação em epidemiologia é quantitativa e qualitativamente relevante, entretanto, há alguns desafios que permanecem: Aumentar o número de docentes com atuação em Epidemiologia Aumentar a titulação de doutores em epidemiologia Aumentar a oferta de programas dedicados à formação em epidemiologia sem perder o vínculo com a Saúde Coletiva Perspectivas: Uma perspectiva nessa direção é a oferta de programas de doutorado exclusivos em Epidemiologia Outra é a ampliação da formação de doutores nos cursos já existentes Maior utilização das bolsas sanduiches e pós doutorado

23 Produção indexada no PUBMED
Período Seleção: Afiliacão Brasil Epidemiologia em qualquer parte do artigo Filtro = epidemiologia humana Saúde Pública em qualquer parte do artigo Filtro = pesquisa em seres humanos Afiliação Brasil Ciências Sociais em Saúde em qualquer parte do artigo

24 TOTAL DE ARTIGOS DE EPIDEMIOLOGIA = 14.097
TOTAL DE ARTIGOS DE SAÚDE PÚBLICA = TOTAL DE ARTIGOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS = 4.771

25 Produção brasileira no Scimago
Período: Classificação da produção por país: endereço dos autores Classificação por área: da revista em que o artigo foi publicado Algumas revistas aparecem em mais de uma área e os artigos serão contados em ambas Participação proporcional: número de documentos citáveis Índice H : do conjunto de artigos na área reflete o número de artigos com pelo menos h citações no período Proporção de citações recebidas de periódicos do próprio país : reflete o grau de internacionalização da produção Número médio de citações por artigo: relação entre artigos publicados e citações recebidas Proporção de artigos citados por antiguidade de publicação: artigos citados pelo menos uma vez em 16, 5 ou 2 anos; reflete a vida média dos artigos Proporção de artigos em cooperação internacional: proporção de artigos com autores de mais de um país

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32 Produção indexada PUBMED: crescimento exponencial no número de artigos durante todo o período. Entre 1987 e 2013 o número de artigos indexados aumentou 267 vezes Scimago: Participação proporcional pequena na produção mundial e regional provavelmente pelo pequeno número de pesquisadores Impacto maior: Impacto medido pelo índice h menor que o alcançado pelos artigos publicados em periódicos de saúde pública Número médio de citações por artigos maior do que para outras áreas refletindo tanto o menor denominador quanto maior número de citações recebidas Proporção mais alta de artigos citados nos últimos 5 anos e nos últimos dois anos relativamente às outras áreas Maior internacionalização: Proporção de citações de revistas nacionais mais baixa refletindo maior internacionalização Proporção mais alta de artigos em cooperação internacional

33 Desafios para a produção
Aumentar a participação proporcional na produção mundial e regional o que depende da formação de maior número de epidemiologistas no país Aumentar a probabilidade de citação dos artigos brasileiros Temáticas Língua Cooperação Melhorar a qualidade e a criatividade das perguntas de investigação Perspectiva: Estudos comparativos Integração dos pesquisadores a redes internacionais

34 Divulgação do conhecimento
Periódicos da lista de Saúde Coletiva do qualis periódico no período = 283 Classificados em três grupos segundo o país de publicação Brasileiras = 68 (24%) Latino americanas exceto brasileiras = 13 (5%) Estrangeiras exceto lationamericanas =(71%) Indexação em bases bibliométricas, bibliográficas ou sem indexação mas com acesso on-line em repositórios de texto completo Características como autocitação, cooperação internacional e meia vida de citação dos artigos Medidas bibliométricas: fator de impacto (JCR), cites/doc, SJR, índice h (SCOPUS) e número médio de citações por artigo (SCIELO)

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36 Valores medianos

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39 Revistas brasileiras Proporção grande de periódicos em bases bibliográficas apenas Mediana da autocitação mais alta dos que as latinoamericanas e estrangeiras Cooperação internacional mais baixa dos que as demais Meia vida de citação muito semelhante- característica da área Indice h máximo igual ao mediano para as estrangeiras Número médio de citações por artigo mais alto por se tratar apenas da coleção Scielo SJR intermediário, valor baixo por comparação às estrangeiras Cites per doc baixo devido ao grande número de revista brasileiras incluídas na base havendo muitas com baixa citação. Fator de impacto intermediário, mais alto do que o cites per doc porque o JCR restringe a inclusão de revistas com baixo impacto.

40 Desafios para as revistas
Ampliar o número de revistas indexadas em bases bibliométricas principalmente Scielo Definir melhor o escopo de cada publicação buscando identificar nichos próprios para periódicos destinados prioritariamente à comunicação internacional, nacional, regional ou local. Diversificar as publicações incluindo veículos destinados à produção técnica Melhorar a qualidade editorial Controlar a questão da autocitação buscando mantê-la em no máximo 10% Garantir formas de financiamento mais eficientes e permanentes

41 Práticas epidemiológicas
Epidemiologia: Identificar as necessidades de saúde no âmbito populacional e entre grupos específicos Estudar as distribuições populacionais dos problemas de saúde e seus determinantes Identificar as desigualdades sociais em saúde em seus principais componentes Formular modelos de determinação ou de causalidade Fornecer evidências para a formulação de políticas, programas e ações Oferecer modelos tecnológicos para o controle de doenças e agravos à saúde Avaliar o impacto das intervenções populacionais em saúde

42 Desigualdades de classe social

43 Desigualdade de renda

44 Valores ajustados por idade e sexo

45 Brasil: alta = 11a e mais media = 8 a 10a baixa = <8a Inglaterra: alta = 14a e mais média = 12a 14a baixa = <12a

46 Desigualdade de gênero
Fonte: CGEE Doutores 2010: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira.

47 Desigualdade de raça/cor
Ajustado por sexo da criança, NSE, idade da mãe e seguro saúde Adaptado de: Yokokura AVC et.al. Cobertura vacinal e fatores associados ao esquema vacinal básico incompleto aos 12 meses de idade, São Luis, Maranhão, Brasil,2006. Cadernos de Saúde Pública, 2013;29(3):

48 Desigualdade espacial
SZWARCWALD CL ET.AL. HEALTH INEQUALITIES IN RIO DE JANEIRO BRAZIL: LOWER HEALTHY LIFE EXPECTANCY IN SOCIOECONOMICALLY DISADVANTAGED AREAS.AMERICAN JOURNAL OF PUBLIC HEALTH, 2011;101(3):

49 Desigualdade social: acesso a serviços
Macinko J, Lima-Costa MF. Acess to, use and satisfaction with health services among adults enrolled in Brazil’s Family Health Strategy: evidence from the 2008 National Household Survey. Tropical medicine and international health, 2012; 17(1):36-42.

50 Desigualdade social: acesso a serviços

51 CONCLUSÃO NECESSIDADE DE AMPLIAR A FORMAÇÃO PORFISSIONAL
NECESSIDADE DE AUMENTAR A FORMAÇÃO ACADÊMICA AUMENTAR O NÚMERO DE GRUPOS DE PESQUISA DESCONCENTRAR OS GRUPOS DE PESQUISA AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO PROPORCIONAL NA CIÊNCIA MUNDIAL E LATINOAMERICANA AUMENTAR O IMPACTO DAS PUBLICAÇÕES BUSCAR MELHOR INDEXAÇÃO PARA OS PERIÓDICOS NACIONAIS AMPLIAR O ESCOPO E A DIVERSIFICAÇÃO DOS PERIÓDICOS MELHORAR A QUALIDADE DO TRABALHO EDITORIAL CONTROLE DA AUTOCITAÇÃO NOS PERIÓDICOS FINANCIAMENTO APROPRIADO DESIGUALDADE NA DISTRIBUIÇÃO DOS DETERMINANTES E NOS PROBLEMAS DE SAÚDE


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