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4. 2. Dinâmicas visuais em Televisão

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Apresentação em tema: "4. 2. Dinâmicas visuais em Televisão"— Transcrição da apresentação:

1 4. 2. Dinâmicas visuais em Televisão 4. 2. 1
4.2. Dinâmicas visuais em Televisão Análise de uma sequência genérica O cinema Princípios de análise fílmica

2 Análise de sequências genéricas
Objectivo:  examinar  as  modalidades  de  entrada  das  emissões  de  uma  emissora  de  televisão  generalista   (Fontanille,  2005) “Seguimentos do início de uma transmissão, basicamente daqueles que se repetem sempre que houve a emissão do programa, compondo uma característica fixa do próprio programa” (Dimas Alexandre Soldi, 2008: 2). Genéricos de televisão: - Mais complexos e menos atados a fórmulas rígidas - Menos restringidos ao genérico strictu sensu (apresentação do título, criadores/autores e actores) Genéricos dos filmes de ficção: Multiplicidade de soluções visuais Mas tendencialmente homogéneos

3 O genérico: parte inicial de um programa televisivo ou  filme que inclui informações sobre  si: título, atores principais, produtor, argumentista, realizador, entre outros.  Início do cinema: música de fundo, quadros estáticos com os respetivos nomes. A seguir ao nome da produtora, surgia o título do filme e, depois, o restante elenco artístico e técnico.  À medida que realizadores e atores atingem o estatuto de estrelas: o seu nome passava a ser apresentado antes do título como garantia de qualidade. Foi o caso do realizador Frank Capra (autobiografia O Nome Antes do Título).  Mais tarde: o genérico assumiu formas de arte com autores especializados neste tipo de introdução cinematográfica como: Saul Bass. Ficaram para a História do cinema sobretudo os genéricos como mini-filmes. Casos: dos da saga de James Bond, dos da Pantera Cor-de-Rosa, dos dos filmes de Pedro Almodôvar (por exemplo: Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios (Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos, 1988)).

4 Saul Bass:

5 Análise de sequências genéricas
Sequência genérica (sentido restrito): em programas de fluxo quotidiano: - referimo-nos ao genérico durante todo o tempo em que os ecrãs disserem respeito ao conjunto do programa - referimo-nos à emissão quando os ecrãs disserem respeito aos conteúdos, convidados e atores do dia A sequência genérica contém e mistura o ecrã do programa e o ecrã da emissão. Sequência genérica (sentido lato): conjunto da sequência, da combinatória audiovisual, que precede o início de um programa; o 1.º plano da cena ou filmagem

6 Genéricos: . momentos de entrada padronizados (em termos de grafismo e sequência) e de passagem para o programa em si, de modo a facilitar o acesso ao espectador . Sugerem, propõem, anunciam, prometem, mostram, seduzem (atos de enunciação) e escolhem um número restrito de caraterísticas de emissão (dimensões) As dimensões são objeto de valorização: . expõem, na dinâmica do genérico, valores que revelam a priori o modo como o telespetador apreenderá a praxis do programa

7 A  composição  da  sequência  genérica:  segmentos  e  dimensões
Tipos de segmento: 1. Écran-título ou tela-título (vinheta): pode conter muitas inscrições mas, em geral, apresenta a denominação do programa. Pode surgir em duas variações: a sequência genérica inteira ou um só plano. “O título é portador do conceito, da mesma forma como um plano da expressão é portador de um plano do conteúdo em uma semiótica não-convencional [...]. Trata-se, assim, de uma relação semiótica do tipo simbólico (o título de uma emissão não pode se opor a um outro para formar um sistema semi-simbólico), mas essa relação simbólica carece ser sustentada por algum tipo de uso ou convenção” (2005: 155). 2. Genérico strictu-sensu: ecrã-título desenvolvido, que pode acolher especialmente o nome do realizador e do animador. Se a produção é evocada no início, aparece sistemática e brevemente antes da sequência de entrada imediata da emissão, por vezes separada com ecrã negro. 3. Aparição do animador: pode colocar-se a) antes do início do programa, em frente, no 1.º plano da cena, b) integrar-se em todo o genérico ou c) surgir após a abertura. Faz parte do registo da sequência genérica e/ou do programa. 4. Sumário: momento de evocação verbal (off ou animador) e/ou com imagens dos elementos específicos da emissão (convidados, sujeitos, reportagens, conteúdos). 5. Introdução: variante do sumário em que há uma mostra do conteúdo da emissão em relação a anteriores (resumo/inventário dos últimos episódios/capítulos), mas sem entrar nos sujeitos ou temas. Por exemplo: Prison Break.

8 VER: As Tardes da Júlia: http://www. youtube. com/watch
VER: As Tardes da Júlia: Olá Portugal: Gato Fedorento: Prós e Contras: Os Marretas:

9 4 tipos de evocação da emissão:
Dimensões da evocação: ostentam um caráter estratégico. A emissão seleciona a dimensão considerada mais eficaz. 4 tipos de evocação da emissão: 1. Conceito: conjunto de regras que define, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da emissão e os atos enunciativos dominantes do programa (ex.º: exposição de problemas sociais, comentário político, denúncias). O conceito é estável entre emissões. 2. Conteúdo: conjunto das temáticas a propósito das quais se aplica o conceito. Os conteúdos caracterizam cada emissão do mesmo programa. 3. Regime de crença: pode ser definido a partir da noção de fingimento, para apurar se o conteúdo do programa deve ser recebido como um universo imaginário, possível, utópico ou real. Determina as expectativas (do ponto de vista narrativo e emocional) e o grau e modo de identificação/captação. 4. Papel dos animadores: apoia-se na função assumida no desenrolar do programa. É analisada pelo modo de aparição e pelo tipo de investimento enunciativo.

10 Dimensões da evocação Modo de aparição do animador:
1. No cenário genérico; 2. No momento da ruptura, na 1.ª tela-palco. Níveis e papéis do investimento enunciativo: Definem-se por: 1. Posição hierárquica no discurso televisual (distância em relação aos sujeitos); 2. Papel que lhe é atribuído (tipo de atos enunciativos).

11 Dimensões da evocação Nível e papel do investimento enunciativo do animador: (1) Emissor: o programa no seu conjunto: as informações institucionais aparecem numa tela-produção, antes do genérico de abertura ou depois do final; (2) Narrador: em cada emissão (episódio ou capítulo), o narrador – longe de dirigir os acontecimentos –, pode produzir súmulas de retrospetiva, abertura, segmentos de fecho e de antecipação; (3) Animador-controlo: agenda setter interno das sequências. Lança os assuntos, suscita intervenções em cena, orienta as transições entre tipos de segmentos, gere o tempo; (4) Apresentador/avaliador: regula os valores da emissão. Aplica o conceito, interroga, revela, denuncia, encoraja, atiça, anima, reflete, expõe (ex.º: jornalista que cria valor); (5) Guia/participante: orienta, participa e comenta os conteúdos da emissão. Parece emanar do mundo que é mostrado – é um participante – e manifesta sinais de familiaridade mimética com lugares e pessoas com que(m) interage. Por ex.º: ”Portugal Low Cost”.

12 VER:

13 ANÁLISE FÍLMICA Formas de análise Qualitativa
1.1. Estruturalista-semiótica . Procura descobrir os significados profundos da mensagem. . Preocupa-se com o conteúdo manifesto e as relações estruturais da representação nos textos. . Sujeito de análise: a natureza referencial e o significado simbólico da mensagem. . Objeto de estudo: como os significados são gerados nos filmes ou programas televisivos: a codificação e suas derivações significativas. Ex.º: os filmes dão-nos pistas/signos sobre o seu género. Conseguimos aferir se é um filme policial, de terror, de ficção científica (signos) a partir dos significantes: narrativa, história, personagens, etc. que nos são mostrados.

14 Tipos de Estudo: sincrónico: explora as relações entre os vários elementos (padrões de oposições emparelhados no texto); diacrónico: detém-se sobre as formas como a narrativa evolui (cadeia de acontecimentos).

15 Formas de análise 1. Qualitativa 2. Quantitativa
1.2. Análise do discurso . Para Pêcheux, o caráter material do sentido, mascarado como transparente para o sujeito pela veiculação do significante, depende constitutivamente do sentido das formações ideológicas, que estão em jogo no processo sociohistórico em que as palavras são produzidas (Marlene Teixeira, 2005: 41). . Aspecto da semiótica e constitui uma forma de linguística crítica; . Pode ser usado no audiovisual, mas centra-se nos aspectos linguísticos usados nos media. 1.3. Análise narrativa . Foca-se na estrutura formal da narrativa; . Objeto: As personagens, os seus atos, dificuldades, escolhas e desenvolvimentos gerais; . Os textos são considerados histórias; . Faz‐se a reconstrução e apuramento da estrutura narrativa a partir de atos, escolhas, dificuldades e acontecimentos. 2. Quantitativa 1.1. Análise de conteúdo: . Técnica de pesquisa para fazer inferências replicáveis e válidas a partir de textos (ou matérias significativas) para os contextos do seu uso” (Krippendorff, 2004: 18). . “Embora a análise do conteúdo se preocupe com a ordem denotativa da comunicação ela pode revelar, e revela, padrões e frequências que conotam valores e atitudes dentro desta ordem. Os primeiros analistas do conteúdo confinaram as suas conclusões a esta ordem denotativa, e por isso escaparam-lhes muitas das conclusões mais interessantes, talvez mais especulativas, de estudiosos como Gerbner, Dominick e Rauch, ou Seggar e Wheeler” (Fiske, 1993: 192).

16 Manuela Penafria (2009): (1) Análise textual:
. Considera o filme como um texto. . Objetivo: decompor um filme dando conta da sua estrutura: o filme é segmentado, em unidades dramáticas/sintagmas. Em geral, estes segmentos são grandes momentos identificados na obra. . Grande Sintagmática de Christian Metz: 3 códigos: (1) perceptivos: capacidade de o espetador reconhecer objetos no ecrã; (2) culturais: capacidade de o espetador interpretar o que vê, recorrendo à sua cultura; (3) específicos: capacidade de interpretar o que vê no ecrã a partir dos recursos cinematográficos, como: a montagem, movimentos da câmara, efeitos especiais. (2) Análise de conteúdo: . Considera o filme como um relato e considera apenas o tema do filme. “Este filme é sobre…”. Depois: resumo da história + decomposição. (3) Análise poética (Wilson Gomes, 2004): . O filme é uma programação/criação de efeitos. Metodologia: (1) enumerar os efeitos da experiência fílmica, como: sensações, sentimentos e sentidos que o filme provoca aquando da sua visualização; (2) a partir dos efeitos, chegar à estratégia. O.s.: fazer o percurso inverso da criação de certa obra, mostrando como esse efeito foi construído.

17 (4) Análise da imagem e do som:. O filme é um meio de expressão
(4) Análise da imagem e do som: . O filme é um meio de expressão. . Pode ser designado como cinematográfico, pois centra-se no espaço fílmico e recorre a conceitos cinematográficos. Por ex.º: o uso do grande plano. . Conseguimos aferir o estilo cinematográfico do realizador. (5) Escolha de fotogramas: . Fixar algo movente e analisar elementos. (6) Análise interna: a) Informações: título em português, título original, ano, país, género, duração, ficha técnica; sinopse; tema(s) do filme; b) dinâmica da narrativa: decompor o filme em partes (sequências e/ou cenas); c) pontos de vistas: 1. sentido visual/sonoro (Onde está a câmara? Que sons podem ser ouvidos? Planos? 2. sentido narrativo (Que conta a história? E como é contada?); d) cena principal do filme / clímax; e) conclusões: texto sobre as regras de funcionamento do espaço fílmico, identificar o grau de envolvimento que o filme permite ao espetador, qualificar o realizador e filme analisado.

18 AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. L’Analyse des Films, Nathan, 2. ª Ed
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. L’Analyse des Films, Nathan, 2.ª Ed., 1999 [original, 1988]. FISKE, John. Introdução ao Estudo da Comunicação. Porto: Edições Asa, 1993. FONTANILLE, J. Significação e visualidade: exercícios práticos. Porto Alegre/RS: Sulina, 2005. GOMES, Wilson. “La poética del cine y la cuestión del metodo en el análisis fílmico”. Revista Significação (UTP). V. 21, n.º 1. Curitiba: 2004, pp KRIPPENDORFF, Klaus. Content Analysis: An Introduction to its Methodology. Thousand Oaks, California: Sage Publications, 2004. PÊCHEUX, Michel. Automatic Discourse Analysis. Edited by Tony Hak and Niels Helsloot. Amsterdam – Atlanta: Editions Rodopi B. V., 1995. PENAFRIA, Manuela. “Análise de Filmes – conceitos e metodologia(s)”. VI Congresso SOPCOM, Abril SOLDI, Dimas Alexandre. “Seqüência genérica de programas televisivos: uma proposta de análise audiovisual”. Estudos Semióticos. Número 4. São Paulo: Editor Peter Dietrich, TEIXEIRA, Marlene. Análise do Discurso e Psicanálise: Elementos para uma Abordagem do Sentido no Discurso. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.


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