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Guerras Púnicas 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)

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Apresentação em tema: "Guerras Púnicas 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)"— Transcrição da apresentação:

1 Guerras Púnicas 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)
Com esta guerra, a Córsega, a Sardenha e a maior parte da Sicília caíram em poder dos romanos 2a. Guerra Púnica (218 a 201 a.C.) No seu final, a cidade africana deixou de ser uma potência rival, grande parte da península ibérica caiu e suas riquezas minerais ficaram em poder de Roma 3a. Guerra Púnica (149 a 146 a.C.) Esta guerra terminou com a destruição definitiva de Cartago que foi incorporada a Roma

2 Origens O termo púnico, do latim punicus, vem da palavra poeni, nome que os romanos davam aos cartagineses, descendentes dos fenícios (em latim, phoenician) Era inevitável o confronto de Roma com Cartago, um poderoso inimigo O conflito estendeu-se por mais de 100 anos (264 a 146 a.C.), em três guerras

3 Lenda da Fundação de Cartago
Toda cidade tem lenda de fundação. Cartago também ! Pela lenda, uma expedição de Tiro liderada pela rainha Dido (ou Elisa) chegou perto de Tunis para fundar uma cidade. Ela solicitou terras ao rei local que concedeu apenas o que a pele de um touro pudesse ocupar Engenhosa, Dido cortou a pele em fíníssimas tiras e cercou uma grande extensão de terras onde iniciou a construção de Cartago. A lenda é bonita mas é lenda e só traduz a astúcia própria dos cartagineses Dido era bela e o rei a quis como esposa. Ela recusou !

4 A Cidade sonhada por Dido

5 Local de Fundação Os pontilhados mostram a costa de anos W-W - a muralha tripla que protegia a cidade dos ataques por terra A partir desta linha a cidade era totalmente protegida por uma muralha. H-H são os dois portos Cartago foi fundada em um ístmo e o perímetro da cidade foi totalmente fortificado. Na ilustração de Peter Connolly pode-se ver esse ístmo hoje

6 Local de Fundação

7 Expansão de Cartago O nome Cartago em latim, deriva do fenício Kart-Hadasht, que significa “cidade nova” A rendição da cidade fenícia de Tiro a Nabucodonosor em 574 a.C., e depois, com a derrota da Babilônia (539 a.C.), os fenícios foram absorvidos pelo império persa mas, grande número de refugiados chegaram a Cartago com a poderosa frota que conseguiu salvar-se Depois, na competição comercial e colonial com as cidades gregas, os cartagineses expandiram suas rotas comerciais até o Mediterrâneo ocidental

8 Expansão de Cartago O primeiro choque entre potências teve lugar quando Cartago enfrentou as colônias gregas na batalha de Alalía em 540 a.C., ficando dona da parte oeste da Sicília. Depois expandiu seu poder até a Córsega e a Sardenha. Agora, Cartago era potência no Mediterrânio ocidental e seu poder era inquestionável O crescimento da cidade foi enorme, a partir de então, e Cartago passou a dominar um extenso império comercial que incluía o norte da África, o sul da península ibérica, a Córsega, a Sardenha e a maior parte da Sicília O porto natural tornou-se pequeno e foram construidos dois novos portos, tidos como autêntica maravilha da engenharia

9 Os Portos e a Frota Cartaginesa
Os portos de Cartago eram seu maior orgulho e foram os mais famosos da antigüidade. A cidade baseava sua existência no mar e no comércio marítimo e necessitava portos adequados O historiador grego Apiano, testemunha ocular da destruição de Cartago, descreveu seus dois portos unidos por um canal: Um porto retangular de uso civil O outro porto, circular de uso militar O porto militar tinha diques individuais para 200 naves e havia uma ilha central circular com a mansão do almirante Por séculos, isso pareceu fantasia, porém, as escavações dos restos visíveis da cidade, mostraram sinais que levaram os arqueólogos a considerar verdadeira a descrição de Apiano

10 Base naval cartaginesa
Segundo Apiano, este era o aspecto dos portos de Cartago até a sua destruição em 146 a.C., em magnífica reconstrução

11 Localização provável dos Portos de Cartago
As famosas "lagunas" de Cartago, em seu aspecto moderno, que na descrição de Apiano, seria o local dos portos Hurst encontrou a base dos diques descritos por Apiano com largura de 5,9 metros. No perímetro do porto havia uns 160 diques e na ilha, 30. A exata descrição de Apiano

12 Os Cartagineses e sua força
Derrotaram os gregos em Focea impedindo, seu comércio com o sul da Espanha e, em 514 a.C., também derrotaram um rei espartano que tencionava criar uma colônia onde hoje é a Líbia. Sua rivalidade com gregos e etruscos no comércio gerou vários conflitos durante os séculos VI e V a.C. Estabeleceram rotas na costa de Portugal, Inglaterra e Irlanda - ricos em estanho - e nas costas africanas, ricas em marfim e madeiras preciosas Era potência marítima com base naval e uma frota de velozes barcos construídos com técnica muito especial, para tripulação de 300 homens em cada barco: Utilizavam componentes pré-fabricados, com peças numeradas, o que permitia a construção de grande número de barcos em pouco tempo

13 Tipo de barco cartaginês

14 A Frota Cartaginesa Um exemplo da capacidade cartaginesa na construção de barcos ocorreu durante a última guerra púnica. Em menos de três meses construiram mais de 200 barcos para tentar romper o bloqueio naval romano A técnica de combate era o ataque do esporão e logo remar para trás, deixando a água entrar no barco inimigo. Com esta técnica os cartagineses tiveram importantes vitórias navais contra gregos e romanos

15 Base naval cartaginesa

16 Mas, Surgia uma Nova Potência !
Roma já se livrara do domínio etrusco e controlava a itália. Ainda era desconhecida e sua única referência internacional era a expedição de Pirro, o rei de Épiro Era uma cidade "subdesenvolvida“. A sua maior obra arquitetônica era a Cloaca Máxima. Seus edifícios eram de estilo etrusco com podium de pedra, paredes de ladrilho e colunas de madeira. Copiava mal a arte etrusca porque não tinha arte própria. Também não tinha literatura nem filosofia e não havia historiadores ou poetas que cantassem seus versos

17 A Roma do Século III a.C. Comparar a Roma do século III a.C. com Cartago é comparar a capital do Marrocos com Nova York Porém, os romanos tinham duas coisas muito próprias: Força de vontade como jamais nação alguma já teve em toda a história Um exército que, daquela época até os próximos 500 anos iria dominar por completo a arte da guerra O espaço que separava Roma de Cartago era cada vez menor e a chama que iniciou as guerras começou na Sicília, exatamente o ponto limite dos interesses dessas potências em 264 a.C.

18 Mapa do Domínio Cartaginês – 270 a.C.

19 Domínios romano e cartaginês em 270 a.C.

20 Os Exércitos O exército cartaginês espelhava-se no de Alexandre Magno. A falange macedônia havia revolucionado a arte da guerra um século antes mas, mantinha-se em uso no mundo helenístico e também em Cartago Roma, nunca havia utilizado tal sistema de combate. Apostava numa unidade tática chamada legião, muito flexível e nascida da necessidade romana de obter vitórias frente aos seus numerosos inimigos Os romanos estiveram em guerra quase contínua por séculos e isto permitiu uma organização militar que, embora ainda desconhecida no “mundo civilizado” de então, era muito superior a falange macedônia

21 A Base dos Exércitos Cartagineses
Os soldados profissionais de Cartago integravam a falange macedônica armada com a sarissa, ou lança de 6 metros de tamanho. Em combate, eles formavam um bloqueio compacto com as cinco primeiras filas de lanças na frente, e as demais filas mantinham as lanças para o alto para aparar os projéteis

22 A Cavalaria Cartaginesa
Os jinetes montavam sem sela e com uma corda em volta do pescoço do cavalo Armados com lança e escudo formaram a cavalaria mais temida do mundo por sua legendária destreza, disciplina e valor em combate Eles destroçaram a cavalaria pesada romana em Cannas mas, em Zama, permitiram a vitória romana de Cipião, o Africano

23 A Base dos Exércitos Romanos
As legiões romanas: cifra em torno de homens em cada legião As legiões tinham 60 centúrias de 80 homens Duas centúrias formavam um manípulo 30 manípulos de 160 legionários cada, formava uma legião Eram acrescidas às legiões: Tropas ligeiras Cavalaria com 300 soldados divididos em 10 grupos de 30 jinetes O número de legiões alistadas dependia sempre da necessidade Também as cidades italianas tinham a obrigação de aportar por cada legião romana um contingente igual de tropas Cada Cônsul podia alistar duas legiões e mais dois contingentes aliados Assim, um exército romano "normal" constava de uns homens A metade desses eram romanos A outra, das cidades aliadas italianas, submetidas a vontade militar de Roma

24 Os Romanos e sua força Roma era potência terrestre e não naval. Para vencer essa diferença, com Cartago, os romanos copiaram um navio cartaginês avariado que aportou em Óstia após uma tempestade. Construiram a frota, equipando os barcos com garfos, que travavam os barcos inimigos no momento da abordagem, facilitando o ataque

25 Barco Romano (Copiado de barco Cartaginês)

26 Os Romanos e sua força A tática dava aos romanos um prolongamento das ações em terra, em que não importava a qualidade dos barcos e sim a das tropas. Com essa frota, derrotaram os cartagineses na batalha naval de Mila, em 260 a.C.

27 Prenúncio Belicoso Os cartagineses dominavam a Córsega, a Sardenha e parte da Sicília. Os romanos tinham concluído a unificação da itália. As colônias cartaginesas eram um obstáculo a expansão romana no mar Tirreno e tornou-se inevitável um choque com Cartago A oportunidade surgiu em 264 a.C. quando Roma e Cartago foram chamadas para ajudar a cidade de Messina (na Sicília), ameaçada por Hieron II, rei de Siracusa, aliada de Cartago. As tropas de Cartago chegaram primeiro, tomaram Messina e se reconciliaram com Hiéron Pouco depois chegaram as tropas romanas, atacaram e capturaram o almirante cartaginês e o obrigaram a retirar-se

28 Mapa da Sicília

29 Prenúncio Belicoso Nesse episódio deflagrou-se a guerra de Roma contra Siracusa e Cartago, que se lançaram contra Messina, mas foram repelidos. Em 263 a.C., os romanos invadiram os territórios de Hiéron e o forçaram a assinar uma paz em separado Em 262 a.C., tomaram a fortaleza cartaginesa de Agrigentum e, dois anos mais tarde, inflingiram uma grande derrota naval a Cartago, em Mila, norte da Sicília Em 259 a.C., os romanos expulsaram os cartagineses da Córsega e três anos depois obtiveram nova vitória, repelindo o avanço de uma esquadra na região do cabo Ecnomus, próximo da área em que seria localizada a atual Licata

30 Mapa da Sicília com os Domínios

31 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.) Depois, o Cônsul Atílio Régulo com uma frota de 230 navios, desembarcou um exército na África, estabelecendo uma cabeça de ponte em Clypea - atual Kelibia, na Tunísia - e Cartago aceitou negociar, mas recuou ante as rigorosas condições impostas por aquele Cônsul Com a chegada do inverno, a frota romana foi chamada de volta ficando apenas 2 legiões. Os cartagineses aproveitaram-se e, em 255 a.C., a frota de Cartago, comandada por um mercenário (Xantipo), derrotou e aprisionou Régulo que foi enviado a Roma para conseguir a paz Em Roma, ele incentivou a continuidade da guerra

32 Os Romanos e sua força Cumprindo a palavra dada, Régulo retornou a Cartago e, como castigo, foi posto numa barrica com pontas agudas e atirado ao mar do alto de uma colina

33 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.) Uma nova expedição romana combateu a frota cartaginesa no cabo Hermaeum (Bon) e libertou as tropas encurraladas em Clypea, iniciando uma guerra de desgaste que se prolongou até 249 a.C., quando, em represália a um ataque romano, Cartago atacou Drepanum (Trapani) por mar e destruiu 93 navios do almirante P. Cláudio Pulcher Interrompidas as batalhas, havia apenas ações de guerrilheiros liderados por Amílcar Barca, baseados em Erecte e Eryx, montes quase inexpugnáveis na costa ocidental da Sicília

34 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.) Roma construiu uma nova esquadra e em 241 a.C., com 200 barcos, destruiu a frota cartaginesa liderada pelo general Amílcar Barca, nas ilhas Egates Cartago, que já enfrentava uma revolta de seus mercenários, se rendeu, perdeu a Sicília e foi obrigada a pagar talentos de ouro a Roma em 10 anos, como indenização de guerra Em 238 a.C., Roma, invadiu a Córsega e a Sardenha e exigiu uma indenização extra de talentos

35 Os Cartagineses na Península Ibérica
Cartago não estava vencida e fez planos de conquista. Em 238 a.C., o senado cartaginês mandou Amílcar Barca explorar o Levante (península Ibérica), onde ocupou as minas de Sierra Morena, para obter recursos para saldar as dívidas de guerra Amílcar Barca morreu em 228 a.C. num ataque noturno ao seu acampamento situado em Helice (Albacete), por um guerreiro oretano chamado Orisón e foi sucedido pelo genro Asdrúbal Iniciando política pacificadora, Asdrúbal assinou com os romanos o Tratado do Ebro em 226 a.C. no qual se definiu o rio Ebro como fronteira limite ao avanço cartaginês. Em troca, os romanos reconheceriam a soberania  cartaginesa ao sul deste rio, onde ficava Sagunto, cidade aliada de Roma

36 Os Cartagineses na Península Ibérica
Em 225 a.C. Asdrúbal fundou Nova Cartago (Cartagena), ao sul de Alicante e em 221 a.C. Asdrúbal morreu assassinado por um escravo celta, vingando a morte do seu senhor Sucedendo Asdrúbal, o jovem Aníbal -filho de Amílcar - foi enviado para a península em 220 a.C. e, menos conservador, iniciou uma política militarista idêntica a do pai Com apenas 25 anos, Aníbal assumiu o comando dos exércitos cartagineses e deu início a novas guerras com os romanos, lançando já no primeiro ano suas primeiras campanhas

37 Aníbal Barca Amílcar tinha seus motivos para odiar os romanos e fez Aníbal jurar, ainda criança, também um ódio eterno a Roma

38 Os Cartagineses na Península Ibérica
Em 219 a.C., Aníbal conquistou a cidade vaccea de Salmantica (Salamanca) e da capital, Urbocola (Zamora) e no final da primavera desse ano, Aníbal derrotou os carpetanos, a leste de Toledo, dominando parte da zona do Tejo Para garantir seu domínio, Aníbal atacou Sagunto (aliada de Roma), com o pretexto de defendê-la. Esperando a ajuda pedida a Roma, Sagunto resistiu ao poderoso exército cartaginês por oito meses e no outono de 219 a.C., Aníbal Barca ordenou o assalto definitivo da Acrópole de Sagunto Os habitantes, abandonados pelas suas próprias forças, preferiram o suicídio coletivo na fogueira, a se renderem Este conflito originou a Segunda Guerra Púnica

39 Mapa de Localização e Ruínas de Sagunto

40 II Guerra Púnica - (218 – 201 a.C.)
Em agosto de 218 a.C., Cneo Cipião desembarca em Empório (Golfo das Rosas) e ocupa a zona costeira para cortar o abastecimento aos exércitos de Aníbal na Itália Deixando seu irmão Asdrúbal no comando ibérico, Aníbal se dirige à Itália, mantendo a guerra em duas frentes Aníbal decidiu conduzir suas tropas através da Espanha e da Gália, iniciando uma penosa travessia pelos Pireneus e Alpes na primavera de 218 a.C. com homens da infantaria (muitos deles mercenários hispanos), cavaleiros e 37 elefantes. Nos seis meses de travessia, as lutas, o frio e os acidentes reduziram os efetivos a soldados

41 Aníbal cruzando os Alpes

42 As Dificuldades para Transpor os Alpes
A marcha pelos Alpes custou muitas perdas em vidas e materiais ao exército de Aníbal. Primeiro foi em decorrência das hostilidades encontradas no trajeto e depois pelo precipícios e pelo inverno rigoroso

43 II Guerra Púnica - (218 – 201 a.C.)
O gênio militar de Aníbal e os erros dos generais romanos permitiu-lhe vencer as 3 batalhas logo após cruzar os Alpes Foram aquelas travadas no Vale do Pó, junto aos rios Tesino e Trébia (218 a.C.) e, junto ao lago Trasimeno, um ano depois, quando conquistou as cidades do norte da Itália A batalha de Trébia – mais de baixas romanas Contra os cônsules romanos Cipião e Sempronio A batalha do Lago Trasimeno – mortos e prisioneiros e mais mortos da cavalaria Gémino Contra o cônsul Flamínio e Gémino

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45 II Guerra Púnica Em 218 a.C., às margens do rio Ticino, os romanos sofreram grande derrota e o próprio Públio Cornélio Cipião ferido, teria caído prisioneiro, não fosse salvo pelo filho Cipião retirou-se para perto do rio Trébia, esperando a chegada de Semprônio da Sicília

46 A Batalha de Trebia O comando era por turnos diários. Semprônio era impulsivo, ao contrário de Cipião. Aníbal conhecia bem a sua forma de comando e o temperamento dos dois cônsules Logo ao amanhecer, Aníbal atacou com a cavalaria númida, no turno de Semprônio. Este reagiu e os númidas retrocederam. Pensando estar em vantagem, Semprônio mandou todo o exército atravessar o rio para atacar o acampamento púnico Aníbal atacou no centro com a infantaria e nas laterais com a cavalaria númida. Derrotando a cavalaria romana, os númidas atacaram os flancos das legiões e Mago (irmão de Aníbal) fechou por trás com seus homens Morreram mais de romanos nessa batalha

47 A Batalha de Trebia

48 Com reforços de tribos gaulesas após a batalha de Trébia, veio o inverno, morreram muitos cavalos e sobrou só um dos elefantes sobreviventes dos alpes Durante esse inverno, alistaram em Roma onze novas legiões com homens, sob o comando dos novos cônsules Flamínio e Gêmino. Aníbal via mais facilidade em enganar o impulsivo Flamínio Aníbal transpõe os apeninos e marcha pelos pântanos para enganar Flamínio e fica cego de um olho

49 Batalha do Lago Trasimeno – Junho de 217 a.C.
Aníbal armou uma emboscada, atraindo Flamínio, que o seguia de perto, a um terreno estreito em forma de garganta, perto do lago. Seguiu-se uma verdadeira chacina Morreram quase romanos e o próprio Flamínio. Os poucos sobreviventes foram presos e Aníbal só perdeu homens, a maior parte gauleses Algumas fontes referem a morte de homens do Cônsul Flamínio com ficando prisioneiros e a morte de cavaleiros do Cônsul Gémino Essa derrota desprotegeu Roma mas Aníbal não a atacou O novo ditador, Quinto Fábio Máximo, recrutou às pressas um exército e iniciou uma hábil guerra de desgaste contra as tropas de Aníbal

50 Lago Trasimeno

51 Batalha do Lago Trasimeno – Simulação

52 Batalha de Cannas – 2 de agosto de 216 a.C.
Outra batalha seria ainda mais cruel para os romanos cujo efetivo já chegava a homens, contra os de Aníbal. Eram cônsules, Lúcio Emílio Paulo e Caio Terêncio Varrão que também alternavam o comando Atraídos para campo aberto, a luta ocorreu em terreno escolhido por Aníbal Foi a maior derrota da história de Roma onde, além do próprio Cônsul Lúcio Emílio Paulo, morreram 80 senadores

53 Cannas

54 Batalha de Cannas – Fase 1
Aníbal enviou os homens e piqueiros como força de cobertura e formou o resto do exército atrás Colocou celtas e ibéricos como força de cavalaria frente aos romanos Na outra ala dispôs os seus númidas No centro formou celtas e ibéricos em companhias alternadas, em uma formação de meia lua, mais profunda no centro que nas alas Formou os seus piqueiros em duas colunas atrás da cavalaria.

55 Batalha de Cannas – Fase 2
A batalha começou com a intervenção das tropas ligeiras que logo se retiraram para a retaguarda A cavalaria ibérica e celta lançou-se contra os cavaleiros romanos, fazendo-os retroceder para as margens do rio Na outra ala, os númidas fustigavam a cavalaria romana tentando separá-la das legiões No centro, as legiões lançaram-se contra os celtas e ibéricos reduzindo a cabeça da formação inimiga

56 Batalha de Cannas – Fase 3
A cavalaria romana foi dispersa e a maioria dos cavaleiros celtas e ibéricos cruzaram por trás das legiões e lançaram-se contra a retaguarda da cavalaria romana que cedeu no ataque As legiões seguiram pressionando para a frente até rebaixar os piqueiros por ambas as alas; estas envolveram-se então no centro e lançaram-se contra o flanco das legiões

57 Batalha de Cannas – Fase 4
A cavalaria celta e ibérica voltou outra vez pela retaguarda das legiões Nas alas, os piqueiros caíram sobre a infantaria romana e extenderam-se as suas linhas para cercar uma vez mais as alas As tropas ligeiras mudaram-se para a retaguarda e as legiões começaram a cair, eliminando a pressão que faziam sobre os celtas e ibéricos no centro No final da batalha romanos morreram na luta, foram capturados e só uns poucos escaparam Onze legiões foram exterminadas sem nenhuma piedade no campo de batalha antes do fim do dia

58 A Batalha de Cannas O exército romano foi aniquilado. Morreram soldados e foram aprisionados outros homens. Essa vitória custou a Aníbal somente homens

59 Aníbal em Cápua Depois dessa batalha, Aníbal retirou-se para a Campânia (Cápua) para passar o inverno, esperar reforços e fazer alianças com outros povos contrários a Roma

60 Outras Campanhas de Aníbal
Anibal conquistou a Sicília e Siracusa e fez uma aliança com Filipo V, rei da Macedônia na guerra contra a Ilíria, que resultou em fracasso

61 A Guerra após Cannas A batalha de Cannas foi uma obra prima de tática e, a partir daí, só se manteve a guerra de desgaste No comando romano, o general Marcelo - “o gládio de Roma” - conseguiu pequenas, mas significativas vitórias nas guerras de desgaste Aníbal dependia de reforços que nunca chegavam Em 214 a.C. Marcelo partiu para a Sicília para tentar reconquistar Siracusa

62 O Cerco de Siracusa Grandes espelhos, invenção de Arquimedes, permitiram de terra incendiar barcos romanos que bloqueavam a saída da cidade Mesmo assim, a orgulhosa cidade helênica de Siracusa, aliada dos cartagineses, foi obrigada a se render e nunca mais iria adquirir a glória do passado

63 A Reconquista de Siracusa
Essa guerra que foi iniciada em 214 a.C., só se completou em 211 a.C., assim mesmo com a ajuda de traidores À frente dos romanos, o general Marcelo enfrentou grande resistência imposta pela genialidade inventiva de Arquimedes Conta-se que um legionário entrou no jardim de Arquimedes que, indiferente ao que estava acontecendo, e distraído com suas figuras geométricas desenhadas na areia, gritou: “não pise nos meus círculos !”. O legionário o matou

64 A Reconquista de Cápua Ainda em 211 a.C. os romanos cercaram Cápua e Aníbal que veio em seu socorro, nada pode fazer. Numa estratégia, lançou-se em direção a Roma tentando atrair as tropas romanas Seu gesto causou pânico à população mas ele não atacou Roma: “Hannibal ad portas” Em Cápua, sem o apoio de Aníbal, 28 membros do Conselho se suicidaram e a cidade foi dominada Aníbal perdeu o controle da Campânia e agora só ocupava o extremo sudoeste da itália

65 Frente Ibérica Cneo Cipião derrotou pela primeira vez o exército cartaginês comandado por Hannon A batalha desenrolou-se durante este mesmo ano em Cesse, próximo de Tarraco, cidade indígena que converteu-se na principal base romana na zona do Ebro A chegada de Publio Cipião (irmão de Cneo) com os reforços, possibilitou em 216 a.C., derrotar Asdrúbal Barca – irmão de Aníbal - em Hibera, cruzar o rio Ebro e chegar a Sagunto Sagunto foi conquistada no ano seguinte e serviu de ponto de apoio para as conquistas romanas do Levante e Guadalquivir

66 Frente Ibérica Nessa frente o domínio romano se manteve até que Asdrúbal Barca, regressou da África com reforços (212 a.C.) e derrotou os romanos em Castulo. Morreram os dois chefes romanos: Publio Cipião, em Castulo e Cneo Cipião em Ilori (Lorca)   Em 210 a.C., Públio Cornélio Cipião no comando, reorganizou as forças de homens e partiu para a ofensiva Em 1 de abril de 209 a.C. conquistou Nova Cartago garantiu o controle sobre o Levante espanhol

67 Frente Ibérica Derrotado na batalha de Baecula em 208 a.C., Asdrúbal Barca deixou o outro irmão Lúcio na região de Bastetina, e foi se unir a Aníbal na Itália Esse novo perigo fez Roma deslocar um exército que derrotou Asdrúbal às margens do rio Mentauro, nesse mesmo ano Depois de anunciar a Aníbal a sua vitória, com uma catapulta, os romanos lançaram a cabeça decepada de Asdrúbal no campo cartaginês Este fato pôs Aníbal em grave situação

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69 Frente Ibérica Em 207 a.C. ocorreu Batalha de Ilipa (hoje Alcalá del Rio), entre romanos e cartagineses e pouco depois chegaram até Carteia (Algeciras) após sitiar Estapa (Estepa) Cipião fundou perto de Santiponce (Sevilha), no final do Verão do ano 206 a.C., uma colônia romana denominada Itálica (honra da Itália) para estabelecer legionários veteranos

70 II Guerra Púnica – Rotas militares (219-202 a.C)

71 A Campanha Romana na África
Próximo a Cartago havia extenso território númida dividido por 2 grupos: Os Masesilos a oeste, adversários de Cartago e governados por Syfax Os Masilos a leste, aliados de Cartago e governados pelo rei Gaia

72 A Campanha Romana na África
A morte de Gaia e a luta dos herdeiros pelo trono fez Syfax ocupar todo o território, fazendo uma aliança com Cartago Massinissa, filho de Gaia, fez aliança com Cipião em troca do apoio para recuperar o trono. Então, o Senado romano aprovou a campanha de Cipião – eleito Cônsul – que desembarcou na África em 204 a.C. com soldados A tomada de Útica só foi possível em 203 a.C., quando foi solicitada uma trégua por Cartago. No fim da trégua a derrota de Asdrúbal e Syfax foi completada por Cipião e Massinissa

73 A Campanha Romana na África
Com Cipião em Tunes (25 km de Cartago), nova trégua foi concedida com a imposição de condições: Renúncia de Cartago à península ibérica Pagamento de talentos Redução da frota a 20 botes Reconhecimento de Massinissa como rei Independência das tribos africanas do território númida Chamado de volta em 202 a.C., Aníbal desembarcou em Leptis Magna para evitar o confronto com Cipião. Ao saber disso, Cartago rompeu a trégua Como estratégia, Aníbal levou o exército para Zama (150 km de Cartago), mas não evitou que Massinissa e seu exército se juntassem ao contingente de Cipião

74 Leptis Magna

75 Aníbal e Cipião – Encontro em Zama
Os exércitos em formação de batalha, Aníbal mandou mensagem pedindo um encontro pessoal com Cipião Disse-lhe que Cartago não mais faria guerra com Roma, deixaria a Sicília, Sardenha e Espanha, antigas disputas com Roma e ainda ofereceu as ilhas entre a Itália e África Cipião não aceitou os termos e ainda ganhou tempo para a chegada de Massinissa com 4000 cavaleiros númidas e homens da infantaria Aníbal tentou evitar a união dos romano aos aliados númidas. Também falhou e suas táticas anteriores de guerrear não foram eficazes desta vez

76 A Batalha de Zama

77 Os Exércitos em Zama O contingente de Aníbal em Zama era de homens. Muito superior ao romano homens da infantaria dispostos em 3 linhas 5.000 homens da cavalaria dispostos nas laterais 80 elefantes na linha de frente O exército romano tinha soldados: Ou, 10 legiões A formidável cavalaria númida estava do seu lado

78 A Campanha Romana na África
Em outubro de 202 a.C., houve o confronto de Aníbal com o filho do outro Cipião (da batalha de Trébia). A derrota em Zama foi a primeira de Aníbal Cartago teve homens mortos e prisioneiros Roma perdeu legionários e cavaleiros númidas Em Tunes, Cartago teve que aceitar as duras condições impostas e ainda alimentar as tropas de Cipião pelo prazo de três meses, até que o senado romano aprovasse o acordo A paz custou aos cartagineses: Apenas o reconhecimento de sua independência A Espanha Sua esquadra naval, menos 10 navios Indenização de guerra de talentos ( kg de prata) a serem pagos em 50 anos

79 Aníbal retorna a Cartago
Aníbal retorna e a sua popularidade faz temer os governantes. Viu um povo arruinado enquanto os governantes enriqueciam, inclusive contrabandeando com Roma Assumiu o comando e exigiu devolução ao tesouro público e impediu o aumento de impostos. Foi denunciado ao Senado romano que reunia um exército para atacar Roma Uma delegação romana foi a Cartago em 195 a.C., exigindo sua destituição. Avisado da traição por Cipião, o africano, Aníbal fugiu para a Síria onde foi acolhido por Antíoco. Este, vencido por Roma, entregaria Aníbal se não fugisse para a Bitínia, do rei Prúsias

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81 Aníbal tinha sido tão bom na guerra quanto na paz
O Fim de Anibal O rei Prúsias da Bitínia viu-se obrigado a entregá-lo. Para não cair em mãos romanas, Aníbal suicidou-se em 183 a.C. dizendo: “Livremos os romanos de suas preocupações” Aníbal tinha sido tão bom na guerra quanto na paz

82 Rota de Aníbal e sua principais Batalhas

83 Principais Batalhas de Aníbal e baixas romanas
A batalha de Trebia – Contra Cipião e Semprônio Mais de baixas romanas A batalha do Lago Trasimeno – Contra Flamínio e Gémino mortos. Os poucos sobreviventes foram feitos prisioneiros Outras fontes referem mortos e prisioneiros e mais mortos da cavalaria Gémino A batalha de Cannas – Contra Lúcio Emílio Paulo e Caio Terêncio Varrão Cerca de mortos e prisioneiros A batalha de Zama – Contra Cipião, o africano mortos cartagineses e prisioneiros, contra baixas romanas

84 Mapa do domínio Cartaginês – 201 a.C.

85 A Recuperação de Cartago
Derrotada na II Guerra Púnica, Cartago recomeçou a reconstruir sua riqueza. Foi tarefa difícil sem a sua frota e com os recursos limitados. Além disso, o rei Massinissa da Numídia, sabendo que Cartago não poderia fazer guerra sem o consentimento de Roma começou a hostilizá-la impunemente. Cartago enviou várias delegações a Roma para queixar-se dessas agressões contínuas e sempre tinha a mesma resposta: “Não havia dados consistentes dessas agressões".

86 Cartago e sua Recuperação pós-Guerra
Sem fazer-se de vítima, apesar das duras condições de paz, Cartago empenhou-se em progredir e o conseguiu de maneira espetacular ! Trinta anos após a derrota já havia recuperado parte de seu antigo esplendor. A cidade estava magnífica, a agricultura havia se desenvolvido muito com a irrigação e produzia produtos que exportava a todas as regiões do Mediterrâneo Cartago enriqueceu vendendo a Roma o trigo que servia para manter as custosas campanhas romanas. Uma vez os romanos pediram medidas de trigo e os cartagineses disseram que lhes daria como presente. O senado romano se negou a aceitar o presente e pagou até o último grão

87 Cartago e sua Recuperação pós-Guerra
O desenvolvimento comercial foi tal que, dez anos após a derrota, uma delegação de Cartago chegou a Roma e disse a um Senado romano estupefato que se estivessem sem dinheiro Cartago poderia pagar toda a a indenização de guerra de uma só vez - os famosos talentos Os senadores romanos não tinham preocupação com a recuperação econômica de Cartago mas, com a sua potencial ameaça militar. Para eles não existiam "modelos econômicos" sem ameaças militares

88 Roma odiava Cartago porém, Cartago também odiava Roma como jamais duas nações havia se odiado em toda a História. Os cidadãos de ambas as cidades, acreditavam que valia a pena comprometer a sua cidade se conseguisse arrastar a outra com ela. Não havia só rivalidade ou inimizade. Era um ódio irracional cujos ecos ainda ressoam nítidos após mais de anos

89 "Delenda est Carthago!“ – 153 a.C.
Em Roma, o Censor Catão tornou-se porta-voz dos radicais e terminava seus discursos com uma frase, com a qual pedia a destruição de Cartago Não só vencê-la e sim destruí-la, arrasá-la, apagar sua lembrança da face da Terra, assim como suas pedras e seus cidadãos Catão morreu em 149 a.C. sem ver Cartago destruída

90 Roma não era uma nação imperialista por definição
Roma não era uma nação imperialista por definição. As suas guerras foram mais por reação defensiva contra ameaças ou que entendiam como ameaça. Eles eram temerosos e frente a qualquer acontecimento estranho que viam como um perigo iminente, reagiam com uma violência desproporcional Os delegados cartagineses que voltavam de Roma contavam ao povo como era a cidade, com suas muralhas simples, suas ruas estreitas, casas de ladrilho unidas umas às outras e seus templos de ladrilho e madeira Roma era sub-desenvolvida, sem literatura ou arte própria, não tinha edifícios públicos, bibliotecas ou teatros e era habitada por campesinos-soldados

91 As delegações romanas enviadas a Cartago para fiscalizar o tratado de paz constatavam o seu crescimento rápido. Os cartagineses mostravam com orgulho a resplandescente e maravilhosa cidade junto ao mar, cheia de edifícios públicos, templos com paredes cobertas de lâminas de ouro, bibliotecas, teatros e suas impressionantes muralhas triplas Diariamente chegavam as riquezas aos seus depósitos. Essa prosperidade de Cartago era uma ameaça latente contra Roma Os senadores romanos limitavam-se a observar calados e a memorizar tudo para informar aos seus colegas em Roma, o que causava muita intranquilidade ao senado romano ...

92 III Guerra Púnica - (149 – 146 a.C.)
O velho rei Massinissa da Numídia - que havia fornecido muitos cavaleiros a Aníbal - continuou ameaçando Cartago e atacou as cidades da costa. Para se defender dessa ameaça, Cartago refez seus exércitos e enviou um general, chamado Asdrúbal “o dissidente“, para conter os invasores O caso é que Asdrúbal foi derrotado e escapou deixando seus homens que foram assassinados por Massinissa. Asdrúbal foi condenado a morte pelo senado cartaginês, porém escapou Com isto, Cartago quebrava a cláusula do tratado de paz que a impedia de fazer a guerra sem o consentimento de Roma

93 III Guerra Púnica - (149 – 146 a.C.)
Roma, temendo que Massinissa dominasse Cartago, criando um reino africano baseado na riqueza púnica, aproveitou a violação do tratado de paz de 201 a.C., e atacou o seu eterno inimigo, iniciando a III guerra púnica Os cônsules L. Marco Censorino e M. Manilio Nepote foram incumbidos das operações militares, sendo-lhes fornecido: Um exército de homens, cavalos, 50 galeras e um número indeterminado de navios de transporte Como Catão, Massinissa também não viu a destruição de Cartago. Morreu em 149 a.C.

94 Com as armas púnicas, os romanos ditaram as suas condições:
Útica se pôs sob a proteção Romana, sendo seu quartel general no desembarque das tropas na primavera de 149 a.C. Os romanos receberam uma delegação púnica e exigiram a entrega de todas as armas para não atacar Aterrorizados, os cartagineses levaram um comboio com mais de equipos completos, catapultas e dez barcos de guerra que ainda mantinham após o final da guerra Com as armas púnicas, os romanos ditaram as suas condições: O povo cartaginês seria nação independente, porém, devia abandonar Cartago para estabelecer-se numa nova cidade que deveriam construir a pelo menos 15 kilômetros da costa

95 Ao expor as condições romanas, os embaixadores foram acusados de traição e executados. O ódio se instalou na cidade e todos os romanos em Cartago foram assassinados Preferindo lutar, Cartago deu a defesa da cidade ao general dissidente Asdrúbal. O re-armamento começou e quando os romanos atacaram foram repelidos por Asdrúbal, o que demonstra que Cartago não entregou todas as suas armas O ano de 149 a.C. terminou mal para os romanos. Nos dois anos seguintes os romanos não venceram a resistência de Asdrúbal e até sofreram derrotas

96 III Guerra Púnica - (149-146 a.C.)
Asdrúbal mandou mutilar e crucificar todos os prisioneiros, nas muralhas, à vista horrorizada de seus companheiros O exército do cônsul Manílio foi emboscado e só se salvou graças ao gênio militar de um jovem: Cipião Emiliano, neto adotivo de Cipião, o Africano. No ano seguinte ele também salvaria outro cônsul emboscado Apesar da idade, Cipião foi eleito Cônsul pelo povo romano, convencido de que só um Cipião acabaria com Cartago Após três anos de resistência, em abril de 146 a.C., no assalto final sob o comando de Cipião Emiliano, os romanos tomaram as muralhas e na manhã seguinte, chegaram ao templo

97 Perseguidos, os cartagineses refugiaram-se no alto da colina de Byrsa, onde indefesos, foram trucidados. As ruas se cobriram com montanhas de cadáveres Cenas selvagens ocorreram. As fossas comuns encontradas demonstram a frieza dos combates onde os romanos lançavam tanto os mortos como os vivos, segundo relato de Apiano Durante seis dias e noites, o inferno se instalou na terra. No sétimo dia, saíram embaixadores para suplicar a Cipião que deixasse viver os que ainda estavam alí. Eles se renderiam e aceitariam a escravidão em troca de fugir daquele horror

98 Cipião aceitou e os sobreviventes saíram da cidade completamente aterrorizados pelo que tinham visto
Mas, cerca de homens não podiam esperar clemência. Era Asdrúbal com os refugiados no templo de Eshmún Os romanos limparam cuidadosamente toda a área, enterraram os milhares de cadáveres e se prepararam para o assalto final incendiando o templo. Asdrúbal traiu os homens saiu chorando para suplicar aos pés de Cipião que o mantivesse vivo

99 Um grito fez todos se voltarem
Um grito fez todos se voltarem. No alto do muro do templo, a mulher de Asdrúbal reprovando o marido pela traição, também amaldiçoou Roma com os termos: "Vós, que nos destruíram com fogo, com fogo também sereis destruídos“. Depois, abraçou os filhos e lançou-se nas chamas do templo Contemplando o gigantesco incêndio consumir a cidade, Cipião Emiliano chorou na frente dos homens Na cidade de habitantes somente restaram vivos que foram vendidos como escravos

100 Muitos dos sobreviventes cartagineses foram para a Itália, onde manteriam viva a recordação de Cartago e os seus descendentes tornar-se-iam romanos livres e alguns deles, ilustres Cartago sobreviveu ! Nascido em Leptis Magna (África), Sétimo Severo, romano de origem púnica que falava um pouco do cartaginês, chegou a ser imperador de Roma

101 Causas da Derrota de Cartago
Derrotada uma vez mais, Cartago foi inteiramente destruída, seus templos demolidos, suas casas queimadas e seus campos saqueados. Proibiu-se a sua reconstrução e passou a ser propriedade Romana Muitas foram as causas da derrota cartaginesa: Cartago não estava preparada para fazer frente a Roma Carecia de generais competentes (competiam entre eles) O exército era composto na sua maior parte por soldados mercenários aos quais dificilmente se podia pagar se a guerra se prolongasse demasiado Cartago tinha menos recursos humanos

102 III Guerra Púnica – Destruição de Cartago
O incêndio durou 17 dias. Depois os prédios foram demolidos e suas fundações arrancadas Cartago arrasada, só deixou aos arqueólogos pequenos restos da maior e mais rica cidade do Mediterrâneo Foi espalhado sal para que nada mais pudesse crescer

103 Ruínas de Cartago – Descoberta recente
Toda a Cartago foi destruída meticulosamente e sobre ela se edificou, anos depois, uma nova cidade que cobriu por completo os escassos restos púnicos Descobriu-se na colina de Byrsa todo um bairro púnico que data da última fase urbanística de Cartago, entre o fim da II guerra Púnica e a sua destruição

104 Cartago – Final do Sec. XIX

105 Descrição de Políbio O quinquerreme (cinco filas de remadores) era o navio cartaginês de combate principal. Este foi o barco copiado pelos romanos para construir a sua frota Em 256 a.C. foi alinhada uma frota de 350 navios por Cartago, mas nada se sabia até 1971, quando foi descoberto o casco de um navio púnico em Lilybaeum

106 Oficiais romanos

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