HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Aula 2- Educação, sociedade e concepções de mundo.

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1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Aula 2- Educação, sociedade e concepções de mundo

2 Conteúdo Programático desta aula
Educação e as sociedades tribais. A oralidade e a transmissão do saber. Rituais e mitos e o desvelamento do social. Educação e cultura.

3 EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CONCEPÇÕES DE MUNDO

4 Organização Econômica
Educação e EDUCAÇÃO E OS GRUPOS SOCIAIS Organização Política Organização Econômica Organização Social

5 Cada sociedade, por mais que elas se assemelhem, tem um diferente tipo de educação.
Sociedades tribais são mais atrasadas que as sociedades civilizadas ? Superioridade bélica e diferenças culturais : estratégias de dominação. Respeito à diferença : primeiro passo contra o preconceito.

6 SOSOCIEDADES TRIBAIS Essencialmente míticas = M i t o s =
São narrativas que tratam geralmente das origens do universo, da humanidade e da forma como determinada sociedade pode se organizar. É uma explicação do mundo. Tradição oral = Oralidade = Nas comunidades tribais os mitos e os ritos são transmitidos oralmente.tre

7 Geralmente, nas sociedades tribais :
Não existe Estado. Não existem classes sociais. O conhecimento dos mitos e ritos é de conhecimento de toda a comunidade. A divisão do trabalho ocorre pelo gênero (masculino e feminino). A divisão do trabalho e o seu produto final são coletivos..

8 EEDUCAÇÃO E SOCIEDADES TRIBAIS
Nas sociedades tribais as crianças aprendem através dos exemplos e imitando os gestos dos adultos. As atividades cotidianas, as cerimônias e os rituais servem de base para o aprendizado das crianças. A tarefa de ensinar não se restringe a uma só pessoa. Não existe uma espaço formal e próprio para a educação.

9 O modelo de escola que conhecemos não existe nas sociedades tribais.
Os castigos não fazem parte da educação nas sociedades tribais. A educação nas sociedades tribais é tida como INTEGRAL E UNIVERSAL. Também é conhecida como DIFUSA..

10 EDUCAÇÃO NAS SOCIEDADES TRIBAIS

11 O saber da comunidade, aquilo que todos conhecem de algum modo; o saber próprio dos homens e das mulheres, de crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos; o saber de guerreiros e esposas; o saber que faz o artesão, o sacerdote. O feiticeiro, o navegador e outros tantos especialistas, envolve portanto situações pedagógicas interpessoais, familiares e comunitárias, onde ainda não surgiram técnicas pedagógicas escolares, acompanhadas de seus profissionais de aplicação exclusiva”. O que é educação.Carlos Rodrigues Brandão, São Paulo, Brasiliense, 1995,p 20.

12 O sentido do jogo como conduta típica de criança não se aplica ao cotidiano das tribos indígenas. Atirar com arco e flecha não é uma brincadeira, é um treino para caça. Imitar animais são comportamentos místicos tanto de adultos como de crianças, reflexos de símbolos totêmicos antigos. Adultos e crianças cantam, dançam, imitam animais, cultivam suas atividades e trabalham para sua subsistência”. Jogos Infantis. Tizuko Morchida Kishimoto. Petrópolis(RJ), Vozes, 1993.

13 EEDUCAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
A endoculturação, também entendida como SOCIALIZAÇÃO, pode ser comparada a ação do oleiro ao tratar a argila. A criança ao passar pelo processo educativo, seja em qual sociedade for, deve ao final estar em condições de participar de forma produtiva e integrado aos valores, hábitos e costumes comum a todos os membros do seu grupo social.

14 EDUCAÇÃO E CULTURA

15 As noções de enculturação, endoculturação ou socialização se referem aos mecanismos pelos quais a cultura se transmite de uma geração a outra. A linguagem, as práticas do comportamento cotidiano, a educação etc. são meios por intermédio dos quais as novas gerações vão adquirindo a cultura do grupo no qual se inserem. Ao consumir a cultura, essas novas gerações fazem-na sua, interiorizam-na e, por essa via, se convertem em seus transmissores”. (Foladori e Javier)

16 A educação é um acontecimento pessoal
A educação é um acontecimento pessoal. É pela educação que a cultura e a humanidade são transmitidas, conservadas e transformadas. Educação tem tudo a ver com o devir humano. A escola se faz em um espaço de participação, de compartilhamento, de disputa e de negociação de sentidos que implicam em transformações na vida pessoal de cada um dos que a frequentam e na vida social de todos. A escola é um espaço em que produzimos, transmitimos e criamos a cultura”. Jaime Roberto Thomaz

17 O homem enche de cultura os espaços geográficos e históricos
O homem enche de cultura os espaços geográficos e históricos. Cultura é tudo o que é criado pelo homem. Tanto uma poesia como uma frase de saudação. A cultura consiste em recriar e não repartir. O homem pode fazê-lo porque tem uma consciência capaz de captar o mundo e transformá-lo. Isto nos leva a uma segunda característica da relação: a conseqüência, resultante da criação e recriação que assemelha o homem a Deus. O homem não é, pois, um homem para a adaptação. A educação não é um processo de adaptação do individuo à sociedade. O homem deve transformar a realidade para ser mais (a propaganda política ou comercial fazem do homem um objeto)” (FREIRE, 1983, p. 30).

18 EDUCAÇAO E RELATIVISMO CULTURAL
Podemos comparar diferentes tipos de educação em diferentes tipos de sociedade ? Podemos afirmar que uma cultura ou educação de uma referida sociedade é superior à outra ? De acordo com a corrente teórica denominada de Relativismo Cultural proposta pelo antropólogo alemão Franz Boas, cada sociedade e cada cultura em particular deve ser estudada em si mesma, sem a busca de inseri-la em leis gerais do desenvolvimento humano.

19 EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE
Como fica então a comparação entre sociedade/cultura/educação PRIMITIVA e sociedade/cultura/ educação CIVILIZADA ??

20 Na próxima aula, Vamos estudar o surgimento da escola e das primeiras teorias pedagógicas no mundo ocidental. Nossa viagem continua na Grécia Antiga. Até a próxima semana. Bons estudos !!

21 BIBLIOGRAFIA – 2ª AULA BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo, Brasiliense, Coleção Primeiros Passos. FOLADORI, Guilhermo; TAKS, Javier. Um olhar antropológico sobre a questão ambiental. Disponível em : . Consultado em 23 / 10 / 09. FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

22 KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Infantis. Petrópolis, RJ, Vozes, 1993.
THOMAZ, Jaime Roberto. O papel da educação na cultura. Disponível em : Consultado em 23 / 10 / 09. Imagens 1 e 2 (desenhos) extraídos do site Consultado na semana de 19 a 23/10/09. Foto Indio Curumin : Leonide Príncipe, publicada por Amazon Multimidia Stock.