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Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima

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Apresentação em tema: "Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima"— Transcrição da apresentação:

1 Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima
FACULDADE NOSSA CIDADE – FNC EVOLUÇÃO DA ÉTICA CAPITALISTA

2 TRABALHO O trabalho consiste na atividade humana aplicada à produção, à criação e ao entretenimento, podendo ser executado de forma manual e/ou intelectual.

3 TRABALHO No âmbito da Economia, o trabalho consiste na aplicação da força física ou na utilização do intelecto, visando o exercício de uma atividade que possibilite a produção de um valor de uso ou valor de troca.

4 TRABALHO A partir do século XVIII, com a publicação no ano de 1776 da obra "Uma Análise Sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações" de Adam Smith, foi incluso o conceito de divisão do trabalho, que consiste por sua vez na distribuição de tarefas entre indivíduos ou agrupamentos sociais tendo em vista a elevação da produtividade.

5 TRABALHO Em Economia os conceitos relativos ao Trabalho foram elaborados por Adam Smith e desenvolvidos por David Ricardo e Karl Marx.

6 TRABALHO O trabalho é uma condição inerente à existência da espécie humana e, desde suas formas mais rudimentares, está relacionado com o desenvolvimento de técnicas específicas e caracterizado pela divisão do trabalho.

7 TRABALHO Assumiu configurações sociológicas diferentes, conforme as relações e o modo de produção. Era exercido de maneira coletivista e solidária nas sociedades tribais. Depois, com as peculiaridades próprias às diversas sociedades e épocas históricas, assumiu as formas de escravidão, servidão e trabalho assalariado.

8 TRABALHO Max Weber analisou, em "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", os problemas culturais que influenciaram as transformações da sociedade e em destaque os elementos de continuidade entre o capitalismo característico do século XIX e as grandes empresas industriais, o progresso tecnológico e os potenciais estatais do século XX.

9 TRABALHO Em 1867, Karl Marx publicou o primeiro volume da sua consagrada obra "O Capital" e mais adiante suas teorias a respeito da mais-valia com base na teoria do valor-trabalho. Assim como Adam Smith e David Ricardo, Marx considerava que o valor da troca de toda a mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la.

10 TRABALHO Como a força de trabalho é uma mercadoria cujo valor é determinado pelos meios de vida necessários à subsistência do trabalhador (como alimentos, roupas, moradia, transporte etc), se ele trabalhar além de um determinado número de horas, estará produzindo não apenas o valor correspondente ao de sua força de trabalho (que lhe é pago na forma de salário pelo capitalista), mas também um valor a mais, isto é, um valor excedente sem contrapartida, denominado mais valia.

11 TRABALHO É dessa fonte (o trabalho não-pago) que são tirados o possível lucro dos capitalistas (sejam eles industriais, comerciantes, agricultores, banqueiros etc), além da terra, dos juros etc.

12 TRABALHO Assim, enquanto a taxa de lucro – que é a relação entre a mais-valia e o capital total necessário para produzi-Ia – define a rentabilidade do capital, a taxa de mais-valia – que é a relação entre a mais-valia e o capital variável (salários) – define o grau de exploração sobre o trabalhador. Mantendo-se inalterados os salários, a taxa de mais-valia tende a elevar-se quando a jornada e/ou intensidade do trabalho aumenta.

13 TRABALHO Dentro dessa nova perspectiva, surge os primeiros esforços realizados nas empresas capitalistas para a implantação de métodos e processos de racionalização do trabalho.

14 ÉTICA CAPITALISTA Com a evolução da ética capitalista, três tendências principais nasceram a partir do século XX: 1ª) A Escola da Organização Científica do Trabalho (OCT), representada nas décadas de 1910 e 1920 por Frederick Winslow Taylor, Henry Ford e Henri Fayol;

15 ÉTICA CAPITALISTA 2ª) A Escola das Relações Humanas, representada na década de 1930 por Elton Mayo, Kurt Lewin, Fritz. J. Roethlisberger e William Dickson;

16 ÉTICA CAPITALISTA 3ª) A Sociologia das Organizações, representada nas décadas de 1940 e 1950 por Robert K. Merton, Talcott Parsons e Philip Selznick.

17 ÉTICA CAPITALISTA A Ideologia Capitalista não constituiu a norma do padrão ético da história do Mundo Ocidental. Na verdade, a maior parte da história registrada considerou inaceitável essa ideologia. Contudo, as trocas e as atividades econômicas são tão antigas como a história registrada da Humanidade. Os livros do Velho Testamento e o Código de Hammurabi, como exemplos, estavam repletos de regras e códigos de ética, visando às atividades comerciais.

18 ÉTICA CAPITALISTA Na Grécia antiga, o comércio floresceu, a despeito do ideal de auto-suficiência, com ênfase na base econômica assentada na cultura agrícola e animal. De uma forma geral, os filósofos gregos julgavam as atividades comerciais com desdém, considerando-as necessárias, mas pouco agradáveis. O Império Romano acompanhava os gregos nessa atitude, tolerando a necessidade do comércio, mas atribuindo a essas atividades um nível pouco elevado.

19 ÉTICA CAPITALISTA Na Idade Média, a economia caracterizou-se como um período de estagnação e de ausência de desenvolvimento econômico e social. Ela foi dominada pelas duas organizações sociais da época, o sistema feudal e a Igreja Católica.

20 ÉTICA CAPITALISTA O sistema feudal, com sua estrutura fechada e sua definição específica das atribuições do senhor feudal e do servo-camponês, dominou a vida econômica da Europa Ocidental.

21 ÉTICA CAPITALISTA A Igreja Católica, por sua vez, forneceu a ideologia e fixou o sistema de valores da sociedade inteira. A principal preocupação das pessoas era salvar suas próprias almas. O ensinamento religioso dizia que o homem se encontrava na terra apenas por um pequeno período, no qual ele precisa preparar-se para a eternidade e para a salvação. A Igreja foi a instituição que prevaleceu sobre a comunidade feudal e os limites das nações. Sua influência foi grande em todas as áreas da atividade humana.

22 ÉTICA CAPITALISTA A ideologia religiosa preponderante tinha em pouco valor as atividades comerciais e empresariais e lhe impunha regras e limitações estritas. A usura era considerada uma forma de pecado, e o próprio comércio era de duvidosa pureza. A doutrina religiosa refletia certa hostilidade para com os homens de negócio e para com a atividade comercial e empresarial.

23 ÉTICA CAPITALISTA No entanto, ocorreu uma alteração nos pronunciamentos da Igreja em relação às atividades comerciais, através das idéias formuladas e implementadas por Santo Tomás de Aquino, na metade do século XIII. Ele introduziu o conceito do preço justo e explicou as margens de lucro obtidas no processo comercial como sendo o salário do comerciante, pelo seu trabalho. Sua opinião de que havia um preço justo, que podia ser determinado pelo mercado, constituiu uma concessão de vulto às atividades comerciais.

24 ÉTICA CAPITALISTA O processo de urbanização por que passavam as populações, e a criação de comunidades e de nações, estimulavam a intensificação do comércio e dos negócios. O crescente comércio marítimo de nações como Inglaterra, França, Holanda, Espanha e Portugal estimularam mais as atividades comerciais.

25 ÉTICA CAPITALISTA Alguns historiadores consideram o Judaísmo a principal força a atuar no desenvolvimento do sistema capitalista. Os valores judaicos básicos, envolvendo o autocontrole, o trabalho intenso, a sobriedade, a parcimônia e a aderência às leis e ensinamentos religiosos constituíram um molde a conduzir ao desenvolvimento econômico e compatível com o capitalismo crescente.

26 ÉTICA CAPITALISTA O sociólogo Max Weber salientou que as mudanças verificadas na ética religiosa em resultado da Reforma e do Movimento Protestante propiciaram um clima ético e, conseqüentemente, econômico, altamente favorável ao progresso do capitalismo. Weber mostrou que o crescente protestantismo na Inglaterra, Holanda, Alemanha e, posteriormente os Estados Unidos da América, constituiu a razão principal para esses países serem os primeiros a se lançarem ao desenvolvimento industrial.

27 ÉTICA CAPITALISTA Na época da Independência Norte-Americana, a ética capitalista estava bem entrincheirada na Holanda, na Inglaterra e nas Colônias Norte-Americanas. A despeito de haver dominado o cenário econômico no decorrer dos séculos XVI e XVII, por volta de 1750 a filosofia do Mercantilismo estava em colapso. Segundo a concepção mercantilista, o indivíduo subordinava-se ao Estado, e as atividades econômicas e sociais destinavam-se a apoiar o poderio do Estado.

28 ÉTICA CAPITALISTA Em 1776, com a publicação da obra de Adam Smith: “Uma Análise Sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações”, a ética capitalista recebeu sua teoria suprema. Smith defendeu as liberdades econômicas, com base na premissa de que promovendo seus interesses pessoais cada indivíduo beneficiaria a sociedade total.

29 ÉTICA CAPITALISTA A metáfora da “mão invisível” do mercado e da concorrência restringiria os interesses pessoais, garantindo assim a maximização dos proveitos sociais. A teoria de Smith residia em permitir a cada pessoa tomar em consideração apenas seus próprios interesses e ampliar ao máximo seu proveito e sua riqueza e ainda assim promover automaticamente a melhor distribuição possível das riquezas, em benefício dos interesses sociais mais amplos.

30 ÉTICA CAPITALISTA O mecanismo de controle era fornecido pela concorrência de mercado, que era automática e não precisava nem do controle do Estado nem de qualquer outro controle externo para garantir seu funcionamento eficiente.

31 ÉTICA CAPITALISTA Smith salientava que qualquer interferência Estatal nas atividades comerciais tenderia a desfazer o equilíbrio natural, ou seja, ele apregoava o princípio do laissez-faire, deixar as peças funcionarem sozinhas na distribuição dos recursos dentro dos limites impostos pelo mercado.

32 ÉTICA CAPITALISTA A teoria de Smith a respeito do capitalismo, reforçada e de certa forma modificada pelo economista David Ricardo, compôs a filosofia da Revolução Industrial e ainda hoje conta com grande aceitação no mundo.

33 ÉTICA CAPITALISTA O sociólogo Herbert Spencer, na última metade do século XIX, com base na teoria de Charles Darwin sobre a origem das espécies e a sobrevivência do mais apto, criou a correspondente visão social: O Darwinismo Social.

34 ÉTICA CAPITALISTA A nova teoria dava a entender que as pessoas mais capazes e possuidoras de maiores recursos ascenderiam à cúpula da hierarquia social e que essa era a ordem natural das coisas. No regime do Darwinismo Social era apenas natural a existência de classes ricas e pobres, e qualquer tentativa de perturbar essa ordem hierárquica era considerada antinatural e contrária ao melhor interesse da sociedade. Portanto, era claro o apoio que o Darwinismo Social dava à ética protestante e à concepção de Adam Smith do laissez-faire.

35 ÉTICA CAPITALISTA Contudo, no século XIX começaram a surgir às primeiras dissidências em relação à ideologia capitalista. O mais famoso dissidente foi Karl Marx, que em 1948 escreveu com Frederick Engels a obra intitulada “O Manifesto Comunista” e, em 1867, “O Capital”. Marx e Engels encaravam o sistema capitalista em evolução como uma ameaça de vulto à estrutura social, e recomendavam uma medicação revolucionária.

36 ÉTICA CAPITALISTA Os industrialistas e os capitalistas estavam desfazendo a ordem social estabelecida. “A Burguesia”, diziam eles, “sempre que conseguiu dominar acabou com todas as relações feudais, patriarcais e idílicas, rompeu impiedosamente os diversos laços feudais que ligavam o homem aos seus “superiores naturais”, e não deixou nenhum elo entre o homem e o homem senão o cru interesse próprio e os empedernidos pagamentos em dinheiro. Marx concitou a uma revolução do proletariado para quebrar a ordem capitalista e estabelecer o comunismo.

37 ÉTICA CAPITALISTA As atividades antissociais desenvolvidas por numerosos industrialistas no fim do século XIX deram origem a uma substancial insatisfação pública em relação ao sistema empresarial. O aparecimento de gigantescas corporações e trustes e dos notórios poderes monopolistas que eles tinham levou várias forças internas da sociedade a reclamar alguma forma de regulamento ou controle.

38 ÉTICA CAPITALISTA Elas mostraram que a desenfreada aplicação do laissez-faire podia não mostrar eficiência em um sistema de oligopólio e de monopólio. Assim o período compreendido entre o final do século XIX e o início do século XX foi marcado pela introdução de atos reguladores do governo, principalmente nos Estados Unidos.

39 ÉTICA CAPITALISTA Embora desde os distantes anos do século XVII se encontrem nos Estados Unidos traços de atividades trabalhistas organizadas, foram somente a partir da segunda metade do século XIX que os sindicatos de trabalhadores se mostraram eficientes como poder contrabalanceador dos industrialistas.

40 ÉTICA CAPITALISTA Durante as primeiras fases da revolução industrial, numerosas restrições legais foram impostas à ação coletiva dos grupos de trabalhadores, tanto nos Estados Unidos como na Europa Ocidental. Essencialmente, os tribunais sustentavam que os sindicatos constituíam conspirações que visavam à restrição do comércio.

41 ÉTICA CAPITALISTA Nos Estados Unidos, o movimento “Knights of Labor” foi organizado em 1869 e permaneceu como sociedade secreta até 1879, quando começou a operar abertamente. Ela foi franqueada a todos os trabalhadores, tendo-se formado uma coalizão com grupos de trabalhadores do campo, para a defesa de importantes reformas sociais consideradas necessárias diante das práticas anti-sociais dos industrialistas.

42 ÉTICA CAPITALISTA A “American Federation of Labor” (AFL), fundada em 1886, serviu de padrão para o movimento trabalhista norte-americano. Entre 1895 e 1920 surgiram organizações trabalhistas radicais, como o Partido Trabalhista Socialista e a “Industrial Workers of the World” (IWW).

43 ÉTICA CAPITALISTA A IWW reunia os trabalhadores da industria em organizações militantes, visando à derrubada do sistema capitalista. Embora tendo saído de cena após a Primeira Guerra Mundial, ela representou uma violenta reação contra o darwinismo industrial predominante naquele período.

44 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
A década de 1920 constituiu o ponto alto da empresa norte-americana e do sistema industrial, com previsões de prosperidade sem limites. Mas a década de 1930 rebaixou consideravelmente o conceito dos empresários e apresentou à ideologia capitalista o mais violento desafio.

45 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
A Grande Depressão, iniciada com o desmoronamento do mercado acionário, em 1929, e continuando com um colapso econômico maciço, ameaçou a própria estrutura do sistema econômico e social da época. O desemprego disseminado por toda parte e o colapso dos mercados sacudiram as raízes da ideologia capitalista clássica, e o bode expiatório que apareceu foi à empresa.

46 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
A doutrina clássica de Adam Smith era um belo modelo de sistema fechado com ajuste automático. Não havia necessidade de qualquer interferência ou de qualquer força externa para assegurar a distribuição ótima e a plena utilização dos recursos econômicos.

47 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
Na doutrina econômica clássica, as depressões por um lado eram aceitas como inevitáveis e por outro eram considerados períodos de ajustamento de curta duração, constituindo apenas deslocações de menor porte na utilização de recursos. Na linha desse modelo, o pleno emprego e a plena utilização dos recursos seriam atingidos em um novo ponto de equilíbrio.

48 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
Isso, entretanto não foi o que ocorreu durante a Grande Depressão. A Depressão estendeu-se, com ligeiras modificações de 1929 até que o estímulo da Segunda Guerra Mundial à atividade industrial introduzisse uma meia-volta.

49 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
Embora a própria Depressão constituísse a prova provada da falência do sistema econômico e da ética capitalista clássica, coube ao economista inglês John Maynard Keynes, através do livro “The General Theory of Employment, Interest and Money”, em 1936, apresentar a explicação teórica do fato.

50 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
A tese keynesiana questionava a própria base da doutrina econômica clássica do laissez-faire, pela qual o mecanismo do mercado e o sistema de preços se ajustariam automaticamente passando para um ponto de equilíbrio da plena utilização dos recursos e da mão-de-obra.

51 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
Keynes explicou a Depressão sugerindo que se podia alcançar o equilíbrio a despeito de um grande número de pessoas involuntariamente desempregadas e de outros recursos não utilizados. Ele deu mais ênfase ao consumo do que às poupanças, como meio de se chegar à utilização plena dos recursos.

52 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
Sem um sistema auto-ajustável operando em favor do pleno emprego tanto da mão de obra como de outros recursos, por essa tese seria necessária uma força externa que fornecesse o mecanismo de equilíbrio, portanto, essa força seria o governo.

53 MUDANÇAS NA ÉTICA CAPITALISTA
A teoria Keynesiana foi recebida com bastante hostilidade por parte da comunidade empresarial da época e ainda permaneceu sob suspeita dos agentes econômicos. No entanto, pouco se duvida de que a inescapável realidade da Grande Depressão e da persuasão dos pontos de vista de Keynes exerceram bastante influência sobre a ética capitalista, transformando-a para sempre.


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