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PÓS-GRADUAÇÃO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA José Rodrigues Coura Laboratório de Doenças Parasitárias Medicina Tropical Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz Rio de.

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1 PÓS-GRADUAÇÃO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA José Rodrigues Coura Laboratório de Doenças Parasitárias Medicina Tropical Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz Rio de Janeiro

2 CONCEITO DE PÓS-GRADUAÇÃO Geral – Qualquer estudo realizado após a graduação para complementar conhecimentos adquiridos. Lato sensu – Aperfeiçoamento, especialização, extensão ou outros cursos com mais de 360 horas relacionados a uma determinada profissão. Stricto sensu – Mestrado e Doutorado para formação de professores, pesquisadores, educadores e cientistas capazes de desenvolver novos conhecimentos e formar novas gerações em sua área do conhecimento.

3 ORIGEM DA PÓS-GRADUAÇÃO A pós-graduação é quase tão antiga quanto a própria Universidade. O primeiro grau acadêmico foi conferido pela Universidade Bolonha na Itália em meados do século XII. Doutorado do latin “Docere”. Naquela época existiam apenas 5 Universidades: a de Salermo e Bolonha na Itália, a de Montpellier e de Paris na França e a de Oxford na Inglaterra. A “licencia docenti” era conferida inicialmente pelos Cardeais, que permitiam ou não a abertura de outras escolas além da Catedral. A figura dos “Guias de Mestres” foi a primeira representação livre da supervisão eclesiástica. As grandes Escolas como Paris e Bolonha proclamavam-se Centros de Excelência e a um Doutor daquelas Escolas era permitido ensinar em qualquer lugar. Recebiam alunos de várias partes do mundo. A Universidade Européia atingiu o seu apogeu nos séculos XIII, XIV e XV, antes do conflito religioso.

4 O conflito religioso iniciado na Alemanha com o protestantismo de Martin Luther (Lutero), no século XVI, causou uma verdadeira revolução na Universidade européia. Lutero, monge agostianiano, Doutor em Teologia e Professor da Universidade de Wittenberg, lutou pela liberdade cristã da relação com Deus, contra os dogmas da igreja, da corrupção e da indulgência de Leão X em troca da construção da nova Basílica de São Pedro, em Roma. O descrédito da universidade dogmática, da fé contra a verdade científica, motivou a criação da Academia de Berlim e da Royal Society na Inglaterra. A recusa de Leibniz em aceitar uma cátedra em qualquer universidade alemã e a retirada da educação dos nobres das universidades sob supervisão eclesiástica na França e Alemanha era um sinal da decadência universitária. O CONFLITO RELIGIOSO E DESCRÉDITO DA UNIVERSIDADE NA EUROPA

5 PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL A pesquisa e o ensino de pós-graduação no Brasil nasceram fora da Universidade, nas Santas Casas e Institutos de Pesquisa. A pesquisa na área da Medicina Tropical nasceu com a Escola Tropicalista Bahiana, nos Institutos Bacteriológico e Butantã de São Paulo e no Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro. Em 1897 Nina Rodrigues teve a sua “Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia do “Terreiro de Jesus” negada para publicação porque vinculava o ensino à pesquisa. Somente em 1901 foi criado o ensino obrigatório de microbiologia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que tinha apenas um microscópio para o ensino prático de 150 alunos. O primeiro curso de pós-graduação do Brasil foi o Curso de Aplicação de Manguinhos criado em 1908/1909 com a duração de dois anos. Em 1951 foram criados o CNPq pelo Almirante Alvaro Alberto e a CAPES por Anisio Teixeira, institucionalizando a pesquisa e a pós- graduação Sensu lato.

6 A comunidade científica brasileira vem sendo influenciada pelo chamado “fator de impacto” das revistas onde publicam os seus trabalhos. Um dos indicadores aceitos pelos pesquisadores e pelas agências financiadoras de pesquisa e pós-graduação (CNPq e CAPES) é o Science Citation Index do Institute for Scientific Information (ISI). O ISI indexa mais de 16.000 periódicos, dos quais apenas 16 são brasileiros. Na área médica 4 revistas são indexadas pelo ISI. O fator de impacto é calculado dividindo-se o número de vezes que os artigos de uma revista são citados nos dois anos anteriores. FATOR DE IMPACTO, PRODUÇÃO CIENTÍFICA E QUALIDADE DAS REVISTAS MÉDICAS BRASILEIRAS

7 A INDEXAÇÃO PELO SCIELO (Scientific Electronic Library On-line) da BIREME O Scielo é mais democrático do que o ISI: indexa aproximadamente 100 das 500 revistas brasileiras (20%) As revistas indexadas pelo Medline/Index Medicus ou Pub-Med são indexadas automaticamente pelo Scielo Os critérios do Scielo a nosso ver são mais adequados à realidade brasileira do que os critérios do ISI O Scielo tem um Conselho Editorial de alto nível que avalia periodicamente as revistas a serem indexadas O Scielo inclui também revistas de boa qualidade não indexadas pelo ISI como a RSBMT e IMTSP

8 NÚMERO DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA CAPES EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E EM MEDICINA DE 2001 A 2006 AnoProgramasTotalMestradoDoutorado Mestrado Doutorado Outros 2001 C. Saúde Medicina 303 149 83 23 13 10 193 114 7272 2002 C. Saúde Medicina 329 163 99 31 13 10 198 118 11 2 2003 C. Saúde Medicina 360 179 118 35 14 11 207 129 13 2 2004 C. Saúde Medicina 368 179 116 32 14 11 215 132 23 4 2005 C. Saúde Medicina 389 187 122 36 14 12 228 135 25 4 2006 C. Saúde Medicina 403 190 119 34 13 11 244 141 27 4 Observações: 1) 100 novos programas de PG em Ciências da Saúde foram criados de 2001 a 2006, 41 dos quais em Medicina 2) A Medicina tem aproximadamente a metade dos programas de Ciências da Saúde 3) A medicina representa 34,8% dos mestrados, 68,4% dos doutorados e 59,8% dos mestrados e doutorados.

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10 NÚMERO DE ALUNOS TITULADOS NO MESTRADO E DOUTORADO NAS ÁREAS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E EM MEDICINA DE 2001 A 2006 ANOPROGRAMATOTALMESTRADODOUTORADOOUTROS 2001 C. Saúde Medicina 3962 1673 2745 1059 1111 614 106 0 2002 C. Saúde Medicina 5012 2182 3340 1353 1425 793 247 36 2003 C. Saúde Medicina 5735 2463 3926 1585 1549 831 260 47 2004 C. Saúde Medicina 5327 2296 3594 1511 1473 763 260 22 2005 C. Saúde Medicina 6249 2679 4176 1727 1682 937 391 15 2006 C. Saúde Medicina 6458 2945 4422 1943 1731 990 305 12 TotalC.Saúde Medicina 32.743 14.238 22.203 9.178 8.971 4.928 1569 132 Observações: 1) O número de titulados em Ciências da Saúde aumentou em 61,4% e o de titulados em Medicina aumentou 58,8% de 2001 a 2006. 2) O total de titulados em Medicina é 43,5% das Ciências da Saúde e do doutorado é de 55%.

11 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA DE 1981 A 2001

12 PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA INDEXADA PELO ISI DE 1997 A 2007, NÚMERO TOTAL DE CITAÇÕES E POR TRABALHO PeríodosNúmero de trabalhos Número total de citações Citações por trabalho 1997 - 2001 1998 - 2002 1999 - 2003 2000 - 2004 2001 - 2005 2002 - 2006 2003 - 2007 48.065 53.649 58.918 63.759 70.489 77.876 81.322 97.761 119.363 139.464 159.199 185.235 214.431 227.132 2.03 2.22 2.37 2.50 2.63 2.75 2.79 Total484.710,021.142.5852.74 Observação: O Brasil é 0 23º país em 145 em número de publicações indexadas pelo ISI e é responsável por mais de 2% da produção científica mundial.

13 UMA CRÍTICA CONSTRUTIVA Nós brasileiros somos muito interessantes e criativos, mas as vezes excessivamente ambíguos. Melhoramos muito as nossas revistas com Conselho Editorial rígido, as quais passam a ser financiadas pelo CNPq e CAPES. Depois as próprias agências que nos financiam não reconhecem a qualidade das revistas que financiam (QUALIS). Talvez estejamos almejando ganhar o Prêmio Nobel do Terceiro Mundo ou esperando um convite para publicar no Nature. A ciência brasileira melhorou, mas a consciência de parte da comunidade científica não evoluiu. QUO VADIS?


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