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O MERCADO MONETÁRIO, CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS (Parte 2)

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Apresentação em tema: "O MERCADO MONETÁRIO, CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS (Parte 2)"— Transcrição da apresentação:

1 O MERCADO MONETÁRIO, CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS (Parte 2)
SÍLVIA MIRANDA LES-ESALQ/USP NOVEMBRO/2014

2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
*Paulani, L.M.; Braga, M.B. A nova contabilidade social. Ed. Saraiva Capítulo 6 e 7. *Feijó et al. A contabilidade social - O novo sistema de contas nacionais do Brasil. Ed. Campus Capítulo 6. Fortuna, E. Mercado Financeiro. Produtos e Serviços. Ed. Qualitymark, 15a edição, Capítulos: 3, 4 (até p. 55) e 5. Material de Apoio à Disciplina Macroeconomia I. Série Didática D – 83. Material de aula Marta Marjotta-Maistro. LES

3 Instrumentos de controle da moeda
Oferta de moeda: política executada pelo Banco Central (Bacen), que possui poderes e competência próprios para controlar a quantidade de moeda na economia. - mas seu controle sobre a oferta é imperfeito, devido à influência dos bancos comerciais Emissões de moeda Depósitos Compulsórios Instrumentos de controle monetário Operação de Mercado Aberto Política de Redesconto Regulamentação e Controle de Crédito

4 MEIOS DE PAGAMENTO Conceito de Meios de Pagamento: é o total de haveres possuídos pelo setor não-bancário (setor público não-bancário – pessoas, empresas e órgãos governamentais) e que podem ser utilizados, a qualquer momento, para a liquidação de qualquer dívida em moeda nacional. M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista; grande liquidez **Outros Agregados Monetários (de acordo com o grau de liquidez, desde julho/2001, segundo Bacen, apud. Bacha, 2007): M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos privados emitidos por instituições depositárias M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais; M4 = M3 + títulos públicos (federais, estaduais e municipais) Quanto mais distantes do M1, menos líquido se tornam os agregados

5 papel-moeda emitido (pme): produzido pela casa da moeda dada a autorização do Banco Central;
papel moeda em circulação (pmc): parte do pme fica no caixa do Banco central (cBC); pmc = pme – cBC papel-moeda em poder do público (pmpp): os bancos detêm parte dos recursos em caixa, ou seja, existe a caixa em moeda corrente dos bancos comerciais (cmbc). Os bancos comerciais não fazem parte do conceito de público (por definição). pmpp = pmc – cmbc moeda escritural: depósitos à vista (dv);

6 Base Monetária Conceito de Base Monetária (B): são os recursos monetários das autoridades monetárias A Base Monetária é um agregado monetário de extrema importância para o funcionamento do sistema, uma vez que é sobre ela que funciona o multiplicador bancário. A Base Monetária indica: a quantidade de meios de pagamentos sob responsabilidade do Banco Central, = saldo do papel-moeda em poder do público + papel-moeda em caixa dos bancos comerciais + reservas dos bancos comerciais junto ao Banco Central (voluntários e compulsórios)

7 Reservas Bancárias são compostas por:
papel-moeda guardado nas caixas e nos cofres dos bancos comerciais, mantido para compensar os eventuais excessos de pagamentos sobre recebimentos em papel-moeda pelos bancos. Depósitos compulsórios: são exigidos por lei ou regulamentação das Autoridades Monetárias (CMN e BACEN) e recolhidos ao BACEN como uma proporção dos depósitos à vista e a prazo. Multiplicador Bancário (da moeda): quantidade de moeda gerada pelo sistema bancário a partir de cada unidade monetária: quanto mais elevada a razão de reservas, menos o banco pode emprestar a partir dos depósitos efetuados, e menor será o multiplicador da moeda.

8 O Sistema Bancário de Reservas Fracionárias: mantêm-se alguma reserva para ter moeda corrente disponível quando os depositantes quiserem fazer retiradas. Se o fluxo de novos depósitos é aproximadamente igual (ou menor) ao fluxo de retiradas, o banco somente precisará manter uma fração de seus depósitos como reserva. supondo que o banco decida manter 10% dos depósitos à vista como reserva; a razão de reserva será de 10%; Sendo que o passivo é a fonte de recursos e o ativo demonstra a forma como são aplicados tais recursos depósito = $100, no 1º Banco Comercial ativo: reservas = $10 + empréstimo ($ 90) passivo: depósitos = $100 a oferta de moeda aumentou em $90, passando para $190

9 No 2º Banco: são depositados os $ 90, ele reserva 10% e empresta o restante:
ativo: reservas = $9,00 + empréstimos $81,00 passivo: depósito $90,00 No 3º Banco: são depositados os $ 81, ele reserva 10% e empresta o restante: ativo: reservas = $8,10 + empréstimos $72,90 passivo: depósito $81,00 O processo continua .....

10 Em 2012: Reservas fracionárias de 45%
Atualmente, os bancos ficam com 18% na forma de encaixes e 27% na forma de depósitos compulsórios junto ao Banco Central.  Fonte:

11 MULTIPLICADOR BANCÁRIO

12 Multiplicador Bancário
O multiplicador bancário é uma variável que indica, dada a base monetária, qual é o volume de meios de pagamento que está circulando na economia em um determinado momento.

13 A relação entre o agregado meios de pagamento que aparece no balancete do sistema monetário, e o agregado base monetária, que aparece no balancete sintético do Banco Central, é dada pelo multiplicador bancário; sintetiza o mecanismo de multiplicação da base monetária pelo processo de criação de moeda pelos bancos comerciais; Quais são as variáveis que determinam a magnitude do multiplicador ? parâmetro comportamental (o quanto de recursos as pessoas deixam na forma de papel moeda ou na forma de depósitos à vista); critérios que regulam os encaixes compulsórios dos bancos comerciais

14 Derivando-se a expressão do multiplicador bancário (m), sendo M (meio de pagamento), DV (depósito à vista) e PMPP (papel-moeda em poder do público): c = PMPP/M ; d = DV/M ; R = encaixe total dos bancos comerciais/ Depósitos a vista (DV) M = c M + d M; M = M(c + d) c + d = 1 B = cM + R d M; B = M(c + Rd) m = M/B (multiplica a B gerando M) m = M(c + d)/M(c + Rd), sendo c = 1-d m = (1 – d + d)/(1 – d + Rd) = 1/[1 – d(1 – R)]

15 Exercício

16 Exemplo: Supondo d = 70% (0,7) R = 30% (0,3) m = 1,96
Indica que cada unidade monetária a mais de base monetária dá origem a 1,96 unidade monetária adicional de meios de pagamento; quanto maior for R, menor será o multiplicador e vice-versa; os encaixes funcionam como um tipo de redutor da capacidade de multiplicação; RESOLVER supondo que o Bacen eleve para 40% os encaixes compulsórios, o que acontece com o multiplicador? E se o R cair para 20?; supondo que o Bacen eleve para 40% os encaixes compulsórios, o multiplicador passará para 1,72; mas se R cair para 20%, o multiplicador subirá para 2,27;

17 Qual o valor de d. Qual o valor de R
Qual o valor de d? Qual o valor de R? Qual o total da base monetária e dos meios de pagamentos no final do período?

18 Extraído de material de aula LES200, Profa. Daniela Bartholomeu (2011)

19 CONTAS MONETÁRIAS

20 CONTAS MONETÁRIAS Constituem as contas bancárias:
balancete consolidado dos bancos comerciais balancete sintético do Banco Central e balancete consolidado do sistema monetário = contas monetárias; Balancete: é um instrumento contábil em que é possível analisar, para uma determinada instituição, as fontes de recursos e suas aplicações: o passivo que elenca as fontes de recursos e o ativo, que mostra as aplicações; Obedece ao método das partidas dobradas e a soma dos valores do ativo tem que ser igual à soma dos valores do passivo

21 Balancete dos bancos comerciais e Balancete consolidado
Cada banco comercial tem um balancete e a soma de seus lançamentos para todos os bancos comerciais = Balancete consolidado Cada um dos itens terá lançamentos a crédito e a débito para cada banco = saldo/resultado vai para balancete

22 Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais
ATIVO PASSIVO A encaixes Recursos monetários a1 em moeda corrente (cmbc) F depósitos à vista (dv) a2 em depósitos no BC voluntários Recursos não monetários compulsórios G depósitos a prazo B empréstimos H redescontos e demais recursos b1 ao setor público provenientes do Banco Central b2 ao setor privado I recursos externos C Títulos J outras exigibilidades c1 públicos K recursos próprios c2 privados D outras aplicações E imobilizado EXIGIBILIDADES ADICIONAIS SOBRE DEPÓSITOS = Recolhimento compulsório e encaixe obrigatório calculado com base nos saldos de recursos a prazo, de depósitos de poupança e de recursos à vista.

23 Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais –Passivo – fonte dos recursos
recursos monetários: fazem parte dos meios de pagamento e possuem liquidez imediata – um pagamento de qualquer mercadoria efetuado com cheque constitui pagamento à vista; recursos não monetários: Depósitos a prazo: depósitos de poupança, aplicações em certificados de depósitos bancários (CDB) e em fundos de diversos tipos Redescontos: empréstimos de redescontos tomados pelos bancos comerciais para enfrentar desequilíbrios momentâneos de compensação; os bancos também podem receber recursos do BC para operar programas especiais, como financiamento a exportações e a pequenas e médias empresas;

24 Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais –Passivo e Ativo (como são aplicados)
recursos externos: recursos tomados no exterior (no Brasil, em geral, somos importadores líquidos de capitais); somente são interessantes se o diferencial de taxas de juros for atrativo; outras fontes: repasses do governo e FGTS – bancos podem ter acesso mas não se incluem nos itens anteriores; recursos próprios: capital próprio do banco ou patrimônio líquido. ATIVO Parte deve ser mantida como encaixes: montante disponível nos caixas (cmbc = a1) e saldo mantido junto ao Banco Central (a2) Empréstimos: saldo dos empréstimos concedidos pelos bancos comerciais. Títulos: bancos podem aplicar seus recursos na compra de títulos da dívida (títulos emitidos pelo setor privado são debêntures; ou pelo setor público –títulos da dívida pública) imobilizado: capital físico (agências bancárias e equipamentos)

25 Balancete do Banco Central
Ativo Passivo L reservas internacionais U papel moeda emitido (pme)* M redescontos e empr. aos banc.comerc V depósitos do Tesouro Nacional N empréstimos ao Tesouro Nacional W depósitos dos Bancos* comerciais (volun./compul.) O empréstimos a outros órgãos públicos X recursos externos P empréstimos ao setor privado Y outros recursos Q caixa em moeda corrente* Z recursos próprios R títulos públicos federais S outras aplicações T imobilizado

26 Balancete do Banco Central (Passivo)
Controle exclusivo da emissão monetária (U) depósitos do Tesouro Nacional: o governo federal deposita no BC os recursos que arrecada sob forma de impostos, taxas e outras contribuições; são recursos da União sobre os quais o BC tem que prestar contas (é o “banqueiro do governo”); W corresponde ao item a2: se um determinado banco possui, junto ao BC, um determinado volume de recursos monetários sob a forma de encaixe voluntário, o BC tem que liberar esses recursos, ou qualquer parcela deles, assim que forem exigidos por esse banco; já a liberação dos encaixes compulsórios depende da lei; é uma exigibilidade do Banco Central e um crédito dos bancos comerciais. Itens X, Y e Z = significado análogo ao de I, J e K do balancete consolidado dos bancos comerciais

27 Balancete do Banco Central (Ativo)
reservas internacionais: é depositário oficial de divisas do país; BC trocou US$ por R$, então tem um “direito” em moeda doméstica junto à sociedade; M – Redescontos: é função do BC ser o banco dos bancos; é o emprestador em última instância (= H no Balancete dos bancos comerciais) Empréstimos do Tesouro Nacional: o BC pode financiar o governo central para que este cubra suas despesas, ou seja, o governo pode sacar, em R$, junto ao BC, um volume maior do que o disponível sob forma de seus depósitos (V). Basta que se ordene uma emissão de moeda. Q = parcela de papel-moeda emitido (U = pme) que não foi colocada em circulação e ficou no caixa do Banco Central (cBC) Demais itens: análogos aos existentes no Balancete Consolidado: O = b1; P = b2 ....

28 Balancete Sintético do Banco Central
Necessárias algumas simplificações do Balancete do Banco Central para permitir analisar o Balancete Consolidado do Sistema Monetário Importante para compreender o mecanismo de criação e destruição de moeda

29 Balancete Sintético do Banco Central
Ativo Passivo L reservas internacionais Base monetária M redescontos e empréstimos aos BC μ pmpp (Papel moeda c/publ.)* N empréstimos ao Tesouro Nacional W encaixes totais dos BC w1 em moeda corrente w2 depósitos volunt./compul junto ao BC O empréstimos a outros órgãos públicos Recursos não monetários P empréstimos ao setor privado V depósitos do Tesouro Nacional R títulos públicos federais X recursos externos θ saldo líquido das demais contas

30 Balancete Sintético do Banco Central
Alterações do lado do passivo ao invés do item U (pme), tem-se µ (pmpp): o saldo do pme deduzido do caixa em moeda corrente do Banco Central (cBC) resulta no pmc (papel moeda em circulação) e deduzindo o caixa em moeda corrente dos bancos comerciais (cmbc), chega-se a pmpp colocou no passivo o pmpp por meio de duas operações: transportou o item Q do ativo, que correspondia a cBC, para o lado do passivo, registrando apenas a diferença entre os dois, o seja, pmc; retirando do pmc o cmbc e agregando esse último a W (encaixes voluntários e compulsórios mais o caixa em moeda corrente dos bancos comerciais); Justificativa: o que interessa para efeitos de definição de base monetária e meios de pagamento (compreender a criação e destruição de moeda), é o pmpp e não o papel moeda emitido; M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista; papel-moeda emitido (pme): produzido pela casa da moeda dada a autorização do Banco Central; papel moeda em circulação (pmc): parte do pme fica no caixa do Banco central (cBC); então pmc = pme – cBC papel-moeda em poder do público (pmpp): os bancos detêm parte dos recursos em caixa, ou seja, existe a caixa em moeda corrente dos bancos comerciais (cmbc). OS bancos comerciais não fazem parte do conceito de público (por definição). assim: pmpp = pmc – cmbc moeda escritural: depósitos à vista (dv); Meios de Pagamento (MP): pmpp + dv (M1) Agregado monetário com poder de compra imediato

31 Balancete Sintético do Banco Central
alterações do lado do ativo: desapareceram os itens S e T e Y; apareceu no passivo um saldo líquido = Y + Z – S – T; Considerando o equilíbrio interno: alterações no valor de uma ou mais contas do ativo têm de ter, como contrapartida, alterações ou na base monetária ou nos recursos não-monetários! Estas alterações nas contas do ativo do Banco Central = chamadas operações ativas do BC Exemplo: se houver aumento em L (reservas), haverá aumento em pmpp contas do passivo divididas em dois grupos: base monetária (recursos monetários) e recursos não monetários; importante para entender o funcionamento do sistema (efeito multiplicador);

32 BALANCETE CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO
Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais + Balancete sintético do Banco Central = BALANCETE CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO (SISTEMA BANCÁRIO) Na soma dos balancetes, desaparecem os lançamentos referentes a operações casadas entre Banco Central e bancos comerciais

33 Balancete Consolidado do Sistema Monetário
Ativo Passivo Aplicações do Banco Central Meios de Pagamento L reservas internacionais μ pmpp N empréstimos ao Tesouro Nacional F depósitos à vista do público O empréstimos a outros órgãos públicos Passivo não monetário do Banco Central P empréstimos ao setor privado R títulos públicos federais V depósitos do Tesouro Nacional X recursos externos θ saldo líquido das demais contas Aplicações dos bancos comerciais Passivo não monetário dos bancos B empréstimos comerciais C Títulos G depósitos a prazo I recursos externos Φ saldo líquido das demais contas

34 Balancete Consolidado do Sistema Monetário
desaparecem os itens iguais: A (bancos comerciais) = W (Banco Central) = saldo dos encaixes voluntários e compulsórios mantidos pelos bancos comerciais junto ao BC; M (Banco Central) = H (bancos comerciais) = saldo dos empréstimos de redesconto; saldo líquido = J + K – D – E (todos dos bancos comerciais) apresentou separadamente os meios de pagamento (moeda manual e moeda escritural) do restante, como forma de avaliar o que ocorre quando o BC realiza uma operação ativa que altera a quantidade de moeda da economia…..

35 Quais os principais instrumentos utilizados pelo BC para provocar uma expansão/contração dos meios de pagamento ? expandir seus empréstimos ao Tesouro, às outras esferas do governo ou ao setor privado; aumentar as reservas cambiais (compra de divisas); comprar títulos da dívida pública (open market); expandir os redescontos aos bancos comercias; diminuir os encaixes compulsórios. 1 e 2 aumento das operações ativas do Banco Central com aumento da base monetária; 3 - open market também pode ser usado para contrair os meios de pagamento: supondo que as reservas internacionais se elevem muito, o BC pode emitir títulos para esterelizar esse aumento. 35

36 TAXA DE JUROS BÁSICA DA ECONOMIA
SELIC: Sistema Especial de Liquidação e Custódia de títulos Públicos – Foi criado em 1980 sob a responsabilidade do BC e da Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos – Andima. É um grande sistema computadorizado online, ao qual têm acesso apenas as instituições credenciadas no mercado financeiro. Através do Selic, os negócios têm liquidação imediata. Os operadores das instituições envolvidas, após acertarem os negócios envolvendo títulos públicos, transferem estas operações, via terminal, ao Selic. O computador imediatamente transfere o registro do título para o banco comprador do mesmo e faz o crédito na conta do banco vendedor. Apenas títulos públicos federais, quer sejam emitidos pelo Tesouro ou pelo BC são registrados no Selic. Os títulos estaduais e municipais são registrados no Cetip. 36

37 Taxa Over Selic: regula as operações diárias com os títulos públicos federais, pois é a sua média diária que reajusta diariamente os preços unitários dos títulos públicos. É a base do custo do dinheiro na economia e é determinada pelos mecanismos de mercado com base no conceito de oferta e procura por liquidez. Por meio da Selic as instituições financeiras podem negociar títulos todos os dias, através dessa taxa diária. Definida em reuniões do COPOM – Conselho de Política Monetária – 37

38 CONSELHO DE POLÍTICA MONETÁRIA (COPOM)
O COPOM foi instituído em 20 de junho de 1996. Formalmente, os objetivos do COPOM são "implementar a política monetária, definir a meta da taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o 'relatório de inflação'". A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no sistema especial de liquidação e custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do comitê. Se for o caso, o COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do banco central para alterar, na direção do viés, a meta para a taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias. 38

39 Taxas de Juros no Mercado Financeiro:
TBF – Taxa Básica de Referência: criada em 1995 com o objetivo de alongar o perfil das aplicações em títulos, pela criação de uma taxa de juros superior à TR. Calculada com base na amostra das 30 maiores instituições financeiras por volume de captação de depósitos a prazo (CDB e RDB prefixados de 30 a 35 dias), retiradas da taxa média mensal ponderada pelo volume captado as duas maiores e as duas menores taxas. A base de cálculo é o dia de referência, sendo calculada no dia útil imediatamente posterior. Prazo mínimo das operações ativas e passivas do mercado financeiro com remuneração pela TBF foi fixado em dois meses. Ex. A NTN-E é remunerada pela TBF. 39

40 TR – Taxa Referencial: criada no Plano Collor II, com o intuito de ser uma taxa básica referencial dos juros a serem praticados no mês iniciado e não como um índice que refletisse a inflação do mês anterior. Seu cálculo tem como base a TBF sobre a qual é aplicada um redutor definido pelo governo. Ex: A NTN-F é remunerada pela TR TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo: criada em 1994, com a finalidade de estimular os investimentos nos setores de infra-estrutura e consumo; válida para empréstimos de longo prazo, mas fixa por período mínimo de 3 meses. Seu cálculo é feito a partir da média ponderada de títulos da dívida externa federal com peso de 75% no máximo, e títulos da dívida pública mobiliária interna federal, com peso de 25% no máximo. Ex: NTN-T é remunerada pela TJLP 40

41 CETIP: Central de Custódia e Liquidação de Títulos – É o local onde se custodiam, registram e liquidam financeiramente as operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais e municipais. Quando um negócio é realizado através de qualquer um dos sistemas da Cetip, a transferência do título só se completa após a checagem dos itens de segurança (por exemplo senha). As informações do comprador e do vendedor são casadas. Se houver alguma divergência a operação é rejeitada. Devido ao grande volume de negociações o Selic e a Cetip, divulgam periodicamente suas taxas de juros, adotadas amplamente pelo mercado, servindo como referencial, uma taxa livre de risco, que serve como base de formação do preço dos juros pagos no mercado. 41


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