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ÉTICA EM PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS Maria D. Vargas Departamento de Química Inorgânica - UFF.

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1 ÉTICA EM PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS Maria D. Vargas Departamento de Química Inorgânica - UFF

2 "Many people say that it is the intellect which makes a great scientist. They are wrong: it is character." -- Albert Einstein

3 ON BEING A SCIENTIST RESPONSIBLE CONDUCT IN RESEARCH COMMITTEE ON SCIENCE, ENGINEERING AND PUBLIC POLICY NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES NATIONAL ACADEMY OF ENGINEERING INSTITUTE OF MEDICINE NATIONAL ACADEMIES PRESS Washington, D.C. 3 rd Edition 2009 Grátis em : http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=12192

4 Na pesquisa, mesmos valores éticos que aqueles do cotidiano: honestidade, justiça, objetividade, franqueza, confiança e respeito pelos outros. Norma/padrão de conduta científica - “scientific standard” diz respeito à aplicação destes valores no contexto da pesquisa. Termos: Valores, Padrões, and Práticas As violações mais sérias deste padrão de conduta científica são conhecidas como MÁ CONDUTA CIENTÍFICA Várias definições foram propostas (COPE 2000 website). See: Committee on Publication Ethics: COPE http://publicationethics.org/http://publicationethics.org/

5 COMITÊ DE ÉTICA EM PUBLICAÇÃO

6 Má conduta científica: os tipos mais sérios “ Fabricação, falsificação e plágio ao propor, fazer ou avaliar pesquisa, ou em descrever resultados de pesquisa” FABRICAÇÃO: invenção de dados ou informação FALSIFICAÇÃO: alteração dos resultados observados em um experimento científico Resultados podem ser distorcidos de diversas maneiras: Dados podem ser “cozidos” (“cooked” - according to Charles Babbage in 1830, “an art... that gives to ordinary observations the appearance and character of those of the highest degree of accuracy”); Dados podem ser “minados” (“mined” – to find a statistically significant relationship that is then presented as the original target of the study); Dados podem ser publicados seletivamente (quando estão de acordo com as expectativas) fraude científica.... tendencioso/parcialidade.... falta de cuidado

7 PLÁGIO: apropriar-se do trabalho de outro sem citar a fonte Repetição de 7-10 palavras (!) ou 30 letras/caractéres de outra fonte Qualquer citação deve estar indicada claramente e devidamente atribuída. F. J. Gilbert, A. R. Denison, Clin. Radiol. 2003, 58, 499-504. “TEMPLATING” : forma de plágio (por exemplo, material semelhante submetido para publicação - formato do trabalho semelhante, com frases semelhantes...

8 Discussing plagiarism in Latin American science Brazilian researchers begin to address an ethical issue Sonia Vasconcelos, Jacqueline Leta, Lídia Costa, André Pinto & Martha M Sorenson EMBO reports (2009), 10, -677 - 682, doi:10.1038/embor.2009.134 Full text PDF (385 KB)- Investigação da percepção do que é plagio entre cientistas brasileiros. Os resultados sugerem que o conceito de plágio não está claro: o uso de idéias e dados de outros pesquisadores é condenável porém, não há consenso quanto ao uso de passagens de texto ser considerado plágio. Descobriu-se também que plágio é um assunto sensível que não tem sido abordado adequadamente pelas instituições nos países da America Latina.

9 NEM TUDO QUE PARECE É: ENTENDA O QUE É PLÁGIO Comissão de Avaliação de Autoria (plágios) do Departamento de Comunicação Social, vinculado ao Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da UFF Guilherme Nery (Presidente) Ana Paula Bragaglia Flávia Clemente Suzana Barbosa Cartilha sobre plágio acadêmico oficialmente lançada na Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, na UFF, dia 19/10.

10 Autoria dada de presente (gift authorship) Cada autor deve ter contribuição substancial direta, intelectual. Ausência, no trabalho, de todos os autores Publicação redundante ou duplicada Tentativa de se publicar artigo semelhante baseado nos mesmos dados que o que já foi publicado. (Aprox. 1/5 dos trabalhos científicos em periódicos da área médica são publicados mais de uma vez ) Introduction to the Responsible Conduct of Research – ORI, 2007 N. H. Steneck Illust.by D.Zinn Outros tipos de má conduta científica, além de

11 Publicação dividida Outros tipos de má conduta científica, além de

12 Não apresentar os dados completos do estudo (Etudos mostraram que em periódicos da area médica, trabalhos deixam de fornecer dados sobre efeitos colaterais de drogas, metodo de tratamento estatístico, por exemplo) Não publicar a pesquisa Outros tipos de má conduta científica, além de Tirado de:Research, Big Food, and Science: Cooking Up a Conspiracy? Helen Kollias, Sept.18th, 2009.Helen Kollias http://www.precisionnutrition.com/food-research-conflict Não revelar conflito de interesse

13 Outros tipos de má conduta científica, além de Não obter aprovação ética para os estudos Não admitir que dados foram omitidos Não incluir dados sobre efeitos colaterais Realizar pesquisa em humanos sem informá-los “PRÁTICAS QUESTIONÁVEIS DE PESQUISA” (Questionable Research Practices)

14 ISSN 0103-5053 printed version ISSN 1678-4790 online version Editoria JBCS (Inorganic Chemistry 1998-2008)

15 Faz parte da responsabilidade dos cientistas avaliarem. Eles mesmos também são avaliados pela comunidade científica pelo mesmo processo. Editores de periódicos científicos Comitês assessores de agências de fomento CC de congressos científicos In Scientific Communication: Peer Review A. Carpi, A. E. Egger, N. H. Kuldell SUBMISSÃO de artigos, projetos muito diversificados Editores contam com o processo de revisão pelos pares (peer review): Pedem a outros cientistas (especialistas) para avaliar e comentar …os quais recomendam a publicação ou a rejeição (a concessão do auxílio) A avaliação pelos pares funciona em vários níveis e é componente fundamental na realização da ciência Após a publicação, os trabalhos são examinados pela comunidade científica (tentam reproduzir a pesquisa)

16 Is Peer Review Honest? Jyllian Kemsley Quando se questionam editores de periódicos científicos e agências de fomento sobre a possível existência de problema com o sistema de avaliação pelos pares, a resposta, em geral é um firme “NÃO”. C&EN Peer Review Science and Technology, vol 86, 2008, 48-49 SERÁ QUE A AVALIAÇÃO POR PARES É HONESTA? Assunto de debate recente... http://www.nature.com/nature/peerreview/debate/index.html http://www.nature.com/nature/peerreview/debate/index.html Nature 2006, 21/28 December

17 POSSÍVEIS PROBLEMAS! Introduction to the Responsible Conduct of Research – ORI, 2007 N. H. Steneck Illust.by D.Zinn Reclamações constantes: Avaliações desanimadoras (contraditórias, rejeição de trabalhos com avaliações conflitantes ou até positivas) Avaliações desonestas (avaliadores preconceituosos, conflitos de interesse) Exigências impossíveis (muitas vezes assessores ou editores tentando detectar ciência desonesta... FFP) Joan E. Sieber, Nature 2006, doi:10.1038/nature05006 Outras questões: A quem serve a avaliação pelos pares, à ciência ou às editoras?

18 ALGUNS CASOS DE MÁ CONDUTA CIENTÍFICA

19 Moving on from Hwang's fall By Rebecca Morelle Science reporter, BBC News Fev. 2004: O cientista sul coreano reinvindicou ter sido o primeiro a criar linhagens de células tronco apartir de embriões humanos, algo que especialistas do mundo inteiro vinham tentando fazer sem sucesso havia anos. The Korean's Seattle announcement on cloning was big news Dr Hwang went from national hero to national disgrace Friday, 19 January 2007 http://www.sciencemag.org/sciext/hwang2005/ 10 Jan 2006 Após abundantes rumores a respeito da credibilidade dos seus resultados e suas transações suspeitas na aquisição de ovos humanos, o periódico SCIENCE concluiu que seu trabalho era fraudlento e imediatamente exigiu do autor uma retratação dos seus trabalhos The Korean public adored Hwang

20 Em editorial, Donald Kennedy, Editor chefe da SCIENCE, refletindo sobre como os trabalhos fraudulentos de Hwang conseguiram passar pelo processo de publicação: …parece que o processo de avaliação pelos pares não é mais suficiente. D. Kennedy, Science 1 Dec. 2006 314: 1353 O ambiente atual científico parece incentivar “the production of work that is intentionally misleading or distorted by self-interest”… Trabalhos considerados de “alto risco” – pesquisa de grande interesse público cujos resultados sejam inesperados – submetidos ao periódico SCIENCE passam agora por escrutínio editorial extra. As avaliações podem incluir: o exame dos dados primários, a especificação do papel de cada um dos autores, a análise cuidadosa de imagens digitais – em busca de possível adulteração. O caso chegou a ser chamado de “tragédia grega”

21 C&EN February 18, 2008 Volume 86, Number 07 pp. 37-38 A Massive Case Of Fraud William G. Schulz Um QUÍMICO NA ÍNDIA foi considerado culpado de plágio e/ou falsificação de mais de 70 trabalhos de pesquisa publicados em vários periódicos científicos entre 2004 e 2007 Prof. P. Chiranjeevi da Universidade de Sri Venkateswara em Tirupati, India. Sri Venkateswara Um Comitê da Universidade investigou o trabalho de Chiranjeevi após um Editor de um dos periódicos ter apresentado evidências de plagio e falsificação em vários manuscritos submetidos à publicação “Chiranjeevi's tactic was to flood journals with manuscript submissions in the hopes of wearing down editors who would eventually publish some of his work”.

22 http://www.rsc.org/chemistryworld/News/2008/March/25030801.asp Fraude escandalosa Chiranjeevi e seus estudantes procuravam na internet, em periódicos pouco conhecidos, trabalhos que pudessem plagiar. De acordo com um dos membros do Comitê de Investigação, Chiranjeevi começava seu dia perguntando aos seus alunos: “ e aí, o que baixaram hoje? 25 March 2008 “The fraud remained undetected for so long because the papers were dealing with mundane chemistry and not any hot area of research” Mais de 20 trabalhos foram publicados em periódicos da Elsevier (Talanta, Food Chemistry, Analytica Chimica Acta, Journal of Hazardous Materials e Chemosphere. Em todos os casos o autor teve de se retratar.

23 Será culpa de uma avaliação pelos mal feita? “Em grande parte, nós mesmos somos culpados" diz S. Dasgupta (editor da Analytica Chimica Acta) citando a enorme pressão a que cientistas estão sendo submetidos para publicarem e ganharem auxílios à pesquisa. Dasgupta também chama a atenção para o fato de editores e assessores estarem muito sobrecarregados. Por esperarem dos colegas comportamento ético – sobre o qual se sustenta o sistema de publicações - não estão preparados para reconhecer a fraude. "Plagiarism can be guarded against," he says, "but out-and-out fraud is hard to guard against.“ “O que induz as pessoas a este tipo de comportamento, mesmo sabendo que é condenável? G. Bruce Wiersma, editor do Environmental Monitoring & Assessment (publicou 3 dos trabalhos de Chiranjeevi) confirma: “If people want to break the honor system, there is nothing you can do."

24 Como se prevenir ? Propostas: Códigos internacionais de práticas éticas. Cursos para estudantes e cientistas sobre como detectar fraude. Existência de um maior número de instituições independentes de monitoramento. As revistas científicas também estão investindo na prevenção e sobretudo na COMO EVITAR A MÁ CONDUTA??? ESFORÇOS POR PARTE DOS EDITORES DE PERIÓDICOS

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26 O uso de uma nova ferramenta da Web chamada TBlast permitiu a investigadores detectar e provar as ações vergonhosas de Chiranjeev. Este serviço grátis, desenvolvido por Mounir Errami e Harold Garner da South-western Medical School na Universidade do Texas, permite a busca de textos semelhantes em bases de dados Nova tecnologia torna a vida dos “copy pasters” mais difícil! Errami M, Garner H (2008) A tale of two citations. Nature 451(7177): 397–399.

27 A tale of two citations Mounir Errami 1 & Harold Garner 2 1 2 nature 2008, 451, 397-399 (24 January 2008) | doi:10.1038/451397a Será que os cientistas estão publicando mais trabalhos duplicados? Uma busca automatizada com o Tblast de 7 milhões de resumos na área biomédica sugere que sim! Obtiveram 70.000 casos potenciais de duplicação. Os autores estimam que destes, uns 50.000 devem ser duplicações… D. PARKINS

28 Publish or perish' factor in spiralling retractions Retractions up tenfold 20 August 2009 By Zoë CorbynZoë Corbyn http://www.timeshighereducation.co.uk/story.asp?storycode=407838 Estudo realizado pelo provedor de dados acadêmicos ´Thomson Reuters´ (dados extraídos da base de dados Web of Science citation) mostrou que: enquanto o número de artigos publicados em revistas científicas com sistema de avaliação pelos pares (peer-reviewed scientific-journal articles) produzidos ano a ano desde 1990 duplicou em 20 anos o número de retratações teve um aumento de 20 vezes, isto é, 10 vezes mais do que o número de artigos publicados no período… Possíveis causas: aumento da fraude na pesquisa, resultante da pressão crescente sobre os pesquisadores para publicarem, implementação de meios para se detectá-la e exigência dos editores para que a fraude seja enfrentada.

29 Novo estudo avalia as razões de retratações em mais de 300 periódicos científicos nos últimos 20 anos. Why and How Do Journals Retract Articles? Trabalho apresentado na: by Liz Wager chair of the Committee on Publication Ethics and Peter Williams research fellow in the Dept. of Information Studies at University College London Análise de 312 casos de retratações de trabalho listadas no banco de dados PubMed entre os anos de 1988 e 2008 mostrou que: 25% eram devidos a plágio ou dados falsificados, 26% a erros “honestos”, as razões das outras retratações não foram fornecidas.

30 James Parry, acting head of the UK Research Integrity Office (UKRIO): “it is impossible to know for certain the reasons for the increase… It might reflect a real increase in misconduct or, more likely, an increase in detection compared with 20 years ago." Harvey Marcovitch, former chair of the Committee on Publication Ethics: “plagiarism software could also play a part in the rise - the British Medical Journal uses it to evaluate suspect papers, while Nature is trialling it for some papers and all review articles” http://www.timeshighereducation.co.uk/story.asp?storycode=407838 Ambos acreditam que a má conduta científica ocorra com frequencia muito maior do que os números de retratações sugerem: “Mesmo estimando-se 1% de casos de má conduta, esperam-se 15.000 retratações por ano, mas ocorrem em muito menor número!”

31 Como prevenir a má conduta científica? EDUCAÇÃO: ÉTICA 1996 http://www.files.chem.vt.edu/chem-ed/ethics/sweeting/sweeting.pdf

32 http://research-ethics.net/introduction/portal/

33 Pesquisa mostra que uma intervenção informal pode coibir conduta científica irresponsável…

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