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7ª aula:O hip hop americano e a tradição do Jazz Livro de Béthune: O rap - uma estética fora da lei (2003)

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1 7ª aula:O hip hop americano e a tradição do Jazz Livro de Béthune: O rap - uma estética fora da lei (2003)

2 Objetivo do livro Christian Béthune -filósofo francês e estudioso do Jazz, propõe-se a estudar as raízes históricas do rap, remetendo-a ao Jazz e aos Blues. Jazz e Blues- inspiração na árdua trajetória dos afro-descendentes nos EUA- escravidão,guerra de secessão, depressão dos anos 30 Rap- surge do desemprego, da recessão, do “não trabalho” e do “não lugar” da juventude negra do Bronx

3 Rap americano- raízes musicais dos afro- descendentes Rap francês-raízes multiculturalistas Comentário de Emmanuel Parent sobre o livro de Béthune: -desde a República de Platão que convoca a exclusão dos poetas (apolíneo x dionisíaco) das tragédias, a arte tende a abstrair o corpóreo, dimensão exaltada pelo hip-hop(oralidade e improviso)

4 A meu ver, o hip hop exalta: - a dimensão corpórea da tradição afro; - retoma a arte incs, brotada do povo, como dirá Nietzsche, em A visão dionisíaca de mundo (2005), a propósito de Sófocles e Ésquilo; -retoma tb a concepção policromática da arte antiga, que reúne todas as artes, cuja estética vai ao encontro do Humano Por fim, Nietzsche procede à crítica intransigente da razão prática, do valor dos valores, de onde procede os valores-genealogia da moral(o mesmo faz o rap)

5 Inversão nietzschiana de Platão No Crepúsculo dos Ídolos(2006)e nos esboços de A vontade de poder, propõe a seguinte inversão: -se o platonismo avalia o sensível a partir do supra- sensível(das Idéias); - segundo Nietzsche – é preciso colocar o supra- sensível (as ideias) inversamente a serviço do sensível, do campo da experiência.Daí exaltar a embriaguez dionisíaca e depois a vontade de poder x a dimensão apolínea da bela aparência. Razão restaurada pelo excesso, o vício e o luxo-que expõe a força da representação, imitação, transfiguração e toda espécie de mímica e atuação(aqui se aproxima do funk e do rap transgressor)

6 Telescopia histórica Telescopia histórica: forma de reunir e discernir objetos distantes, de deslocamento simbólico e de trituração sonora, que remete à tradição afro: jogo e disputa em ação, torneios de dança, desafios entre grafiteiros e MC’s; Nova estética: beleza contemplativa x beleza aderente; metafísica ocidental x filosofia dionisíaca, da vida;autenticidade x recomposição híbrida de ritmos, palavras; nova relação entre a oralidade e a escrita

7 A menção aos quilombos no rap brasileiro põe em ação o que Béthune (2003) chamou de telescopia histórica: atualizar no presente um clamor do passado, ou seja, o desejo de liberdade e de reconhecimento, que hoje se traduz pelo caráter crítico-destrutivo de suas letras e de afirmação étnico-social, denunciando a desigualdade e exigindo tudo aquilo que vem sendo negado ao povo brasileiro, particularmente aos afro-descendentes; o “ring shout” (que poderíamos traduzir por “clamor ou grito em círculo”), é tb expressão de uma prática ancestral, que consiste em um círculo de canto e dança, em que se pratica uma forma estética de “expressão comunitária”, em cuja cerimônia se alternam músicos e expectadores, pondo em prática experiências que todos têm condições de se iniciar, não sendo privilégio de nenhum artista em particular.

8 Linguagem culta x linguagem oral Inversão; arte que propõe uma abertura para os significantes; Sinergia – homem e máquina; Cataclismo musical- transbordamento verbal- violência e obscenidade: não apenas pela atração pelo obsceno,mas por sua força explosiva, por sua pontuação respiratória e como organização rítmica dos versos (ver o filme- Sou feia, mas tô na moda)

9 Linguagem do rap Flutuações de significados; Fagocita trechos e resíduos de culturas exógenas; Tradição do Jazz e o rap: - espaço underground, a despeito da cooptação pela IC; - rap – oriundo de longa tradição afro-americana (osmose do gênero Jazz) por outras vias: -Baterista – substituído pelas caixas de ritmos anônimos; -Baixista – fragmentos de outros arranjos; -Cantor – rapper com sua verve ofensiva

10 A história do Jazz: longa tradição musical Jazz mudou muito: -início- inspira-se- Blues rural, no ragtime e gospel- guerra de secessão; -após 1ª GM- norte do país-Nova York e Chicago – gdes orquestras- Louis Armstrong; -Swing – Billy Holiday; -Bebop-anos 40 e 50;Cool- anos 50. free Jazz- anos 60; - inspirando-se no ritmo cubano, soul e o funk (terreno fértil p/ rap); -Músicas tradicionais indianas, africanas, e o rock dos anos 60

11 Legado do Jazz: Mc Moss Def _ Black on the both sides: -influência do Blues – tb baixista, baterista e vibrafonista. Jerry Beeks – The crop Repport – ao jazz- Charles Mingus Caráter agonístico é retomado pelo rap; Forma literária escritural(grafismos livres- imitando grafias clássicas);

12 Características do rap Cultura e linguagem antinômica: cultura que se enriquece com a cultura oral, invertendo a relação de subordinação da linguagem oral à escrita como se faz na escola; Contaminação/fusão entre linguagem oral e escrita; Alternância entre o particular e o universal: em que alternam o amor misto entre brancos e negros e a ameaça velada, denunciando a discriminação.

13 Anedotas e metonímias; Alternância entre linguagem científica e linguagem oral, trivial; Atos de linguagem – realismo, parece incitar à violência: “o rapper não fala da realidade,mas na realidade, no coração da ação..” Transpõe o obstáculo técnico e da falta de recursos: fagocitagem, amostragem;

14 Invertendo a lógica da dominação Break beat – deslocamentos rítmicos provocando desequilíbrios musicais; Ao contrário da música Techno, que faz desaparecer os traços humanos, o rap pretende fazer da alternância e circularidades rítmicas uma forma de humanizar a máquina; Mimese sonora, em que o instrumento é o corpo vence a máquina- invertendo a lógica da dominação;

15 Nova estética do rap Sampling com sequenciadores- estética original – criar o novo sobre o velho e assim gerando uma dissonância entre um e outro; Busta Rhymes- “de uma canção folclórica, ópera ou country surge uma música do hip hop”; Música atonal- faz desaparecer a nota musical e a substitui pelo fragmento- reflete como o afro- descendente teve acesso apenas a fragmentos da cultura; Fascinação pelo duplo- contrapondo-se à metafísica platônica – unicidade da verdade

16 Competência Musical e Sampling Montagem sonora em boucle- sons anelados; aceleração e freagem, mudança de timbre; inversão melódica; Superposição de amostras- orquestração. Ex: Public Enemy -It takes a nation of millions to hold us back; Variação polirítmica – comunicação d e tambores- drums talk- aproxima-se das sessões rítmicas do Jazz e dos Blues.

17 O gênero Gangsta Cultura Gangster- ter atitude; cultura e transgressão- acesso à cutura é uma transgressão; Midia desconecta o gangsta do contexto cultural e histórico, e da tradição poética- equívoco; Malandragem: o insulto, a insinuação o subtendido- estética da violência e da provocação- parte do folclore africano(e entre nós, do côco da embolada).

18 Significado da impostura Cultura - sempre foi um ato de transgressão; $ - condição de integração e reconhecimento social; O negro que ousasse ter acesso à cultura e à riqueza – considerado desviante, que recusava seu “próprio lugar” Gangster- se reconhece como fora da lei,mas nunca como vagabundo.

19 Obscenidade e Misogenia Parte de uma poética da transgressão Sentido do uso das palavras obscenas(tb no Jazz e Blues):força explosiva, pontuação respiratória, organização rítmica dos versos; E, claro, pelo prazer (pré-genital) a elas associado.


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