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Literaturas de Língua Inglesa e Cultura de Massa: Os Vingadores como estudo de caso
Prof. Dr. Alexander Meireles da Silva Professor Adjunto do Departamento de Letras do CAC/UFG
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O que será visto? O super-herói como objeto de pesquisa acadêmica;
A mitificação na contemporaniedade; Os Vingadores; A função das personagens; A influência das Literaturas de Língua Inglesa em Os Vingadores. O que será visto?
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Vale a pena estudar isso?
A relevância deste tema enquanto objeto de pesquisa acadêmica se justifica pela necessidade de se investigar a presença, a forma e o propósito por trás da utilização de elementos das Literaturas de Língua Inglesa pela cultura de massa norte-americana contemporânea. Os Vingadores como objeto de pesquisa também se justifica enquanto estratégia de ensino de Língua Inglesa e Literaturas correspondentes para o público alvo do Ensino Médio. Vale a pena estudar isso?
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Considerações iniciais
Em “O Mito do Superman”, um dos capítulos da obra Apocalípticos e Integrados (1964), o crítico italiano Umberto Eco demonstra como a penetração dos super-heróis das revistas em quadrinhos na cultura de massa revela um processo de “mitificação” destas personagens e definidas como, simbolização incônscia, identificação do objeto com uma soma de finalidades nem sempre racionalizáveis, projeção na imagem de tendências, aspirações e temores particularmente emergentes num indivíduo, numa comunidade, em toda uma época histórica (ECO, 2004, p. 239). A mitificação destas figuras fictícias ocupariam, segundo Eco, o vácuo gerado pela crise do sagrado em uma sociedade secular e tecnológica, resultando na “desmitificação” das imagens sacras. Considerações iniciais
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Considerações iniciais
Cabe destacar que o super-herói ocupa paradoxalmente o espaço do mito e do produto cultural, pois ao mesmo tempo em que precisa ser miticamente identificado pelo seu público ele não pode se consumir e correr o risco de se esgotar como produto. Daí que as histórias se repetem, garantindo assim a criação de um espaço mítico junto ao leitor. Considerações iniciais
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Os Vingadores e a Literatura
Passemos a análise dos super-heróis de os Vingadores como releituras de elementos culturais e literários das Literaturas de Língua Inglesa: Os Vingadores e a Literatura
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Criados como resposta da Marvel Comics ao sucesso da rival DC Comics e sua Liga da Justiça da América, os Vingadores foram inicialmente compostos pelos personagens Homem de Ferro, Homem-formiga, Hulk, Thor e Vespa. Assim como no filme de 2012, nesta primeira aventura as artimanhas e ameaças do deus Loki, irmão de Thor, levaram diferentes heróis a juntarem forças contra o inimigo comum. O Capitão América se juntou ao grupo na edição #4 de The Avengers (1963). O Gavião Arqueiro passaria a ser um vingador na edição #16 (1965) da revista. A Viúva Negra, por sua vez, fez sua primeira aparição na mesma publicação na edição #29 (1966) . Os Vingadores Capa da primeira edição de Os Vingadores (The Avengers) (1963). Criação de Stan Lee (Roteiro) e Jack Kirby (Desenhos)
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Thor: Um deus presente na mitologia nórdica e na...
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...Língua e Literatura Anglo-Saxônica
Thor está presente no dia da semana Thursday (Thur-day) (Quinta-feira). Marca da enorme influencia da mitologia nórdica sobre a Língua Inglesa. A arrogância e destemor de Thor, característica desta cultura, também estão presentes no herói Beowulf do poema épico homônimo do século VIII. ...Língua e Literatura Anglo-Saxônica
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Gavião Arqueiro: Rebelde como...
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Assim como o Gavião Arqueiro, foi através do roubo e da sua habilidade com o arco, usada contra os opressores normandos, que a lenda de Robin Hood se espalhou entre o povo simples da Inglaterra por meio de centenas de baladas que circularam nos séculos XIII ao XV. ...Robin Hood
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Capitão América: Um símbolo do seu povo, semelhante ao...
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Morte D’Arthur (1485), narra a trajetória do herói que, de posse de sua arma poderosa e da companhia de homens como ele, liderou seu povo contra a tirania dos invasores. Mesmo após sua queda, a lenda diz que no momento de maior necessidade de seu país, ele retornará. ... Rei Arthur
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Homem de Ferro: um herói de armadura como...
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... o cavaleiro inglês Gawain
Ligado a tradição do romance de cavalaria do Ciclo Arthuriano, Sir Gawain e o Cavaleiro Verde ( ) narra as aventuras do cavaleiro da Távola Redonda Gawain contra perigos que colocam a prova suas armas físicas e morais no combate aos inimigos do status quo. ... o cavaleiro inglês Gawain
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Viúva-Negra: Bela e fatal como...
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... Carmilla: a vampira de Karnstein
Semelhante a misteriosa espiã russa, a vampira de Sheridan LeFanu da novela Carmilla (1872), vem do leste europeu para devorar homens e mulheres e subverters os rígidos códigos morais sobre a mulher e o sexo no século XIX. ... Carmilla: a vampira de Karnstein
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Hulk: Monstruoso como...
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a criatura de Frankenstein (1818) e O selvagem Mr
...a criatura de Frankenstein (1818) e O selvagem Mr. Hyde em O médico e o monstro (1886)
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Sendo personagens cujas histórias se originam na busca (e obtenção) do conhecimento proibido, Hulk, a criatura de Frankenstein e Mr. Hyde se colocam como representantes na era moderna do pacto faústico e da fragmentação identitária do homem finissecular por meio do doppelgänger .
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A análise dos Vingadores como apropriação, transformação e utilização pela cultura de massa dos mitos e lendas presentes nas Literaturas de Língua Inglesa corrobora a leitura de Umberto Eco sobre o tema. Com a exceção do Capitão América, criado em 1941 para função propagandística dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial (CHAGAS, 2008, p.139), os demais personagens do super grupo refletem a atuação da indústria de massa na complexa mudança cultural na América dos anos 60 do século XX. Neste sentido, os super-heróis promovem e perpetuam a heterodireção e a alienação diante dos problemas maiores das sociedades nas quais os leitores estão inseridos. Considerações finais
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CHAGAS, Luciana Z. Capitão América: interpretações sócio-antropológicas de um super-herói de histórias em quadrinhos. In: SINAIS - Revista Eletrônica. Ciências Sociais. Vitória: CCHN, UFES, Edição n.03, v.1, Junho pp ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados. Trad. Pérola de Carvalho. 6ed. São Paulo: Perspectiva, 2004. KOTHE, Flávio R. O herói. 2ed. São Paulo: Editora Ática, (Série princípios 24). LAPLANTINE, François, TRINDADE, Liana. O que é Imaginário . São Paulo: Editora Brasiliense, 1995 (Coleção Primeiros Passos). MARCH, Julia. The Marvel Comics Encyclopedia: the complete guide to the characters of the Marvel universe. London: DK Publishing, 2006. ROCHA, Everardo. O que é Mito. São Paulo: Editora Brasiliense, (Coleção Primeiros Passos 151). SILVA, Alexander Meireles da. Literatura inglesa para brasileiros: curso completo de cultura e literatura inglesa para estudantes brasileiros. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2005. SODRÉ, Muniz. Teoria da literatura de massa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978 (Biblioteca Tempo Brasileiro; 49). VIEIRA, Bruno César Ferreira. Monster in the Mirror: the question of the Doppelgänger in Stevenson and Stan Lee. Rio de Janeiro, UERJ, Instituto de Letras, fl. digitadas. Dissertação de Mestrado em Literaturas de Língua Inglesa. REFERÊNCIAS
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