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Os distúrbios do humor e do afeto
Prof. Dr. Paulo Rogério M de Bittencourt Unidade de Neurologia Clínica, Curitiba unineuro.com.br
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As ansiedades Ansiedade, angústia, avoidance behaviour
Ansiedade Generalizada Doença do pânico sem ou com agorafobia Doença de stress pós-traumático Fobia social Doença obsessiva-compulsiva
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A mente humana em 2000 anos Anxietas (latim): mente conturbada
Angh (indogermânica): apertar, estrangular Estado de incerteza sobre eventos não definidos Inquietude, insegurança, sensação de aperto de de mal estar na região do pescoço e esterno Previsão de perigo: antecipation
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As ansiedades Muito frequentes, variam de benignas a incapacitanrtes
Chegam a tratamento quando interferem com o dia a dia ou quando desembocam em depressão Conduta é a mesma que nas depressões, porém o prognóstico é melhor para recuperação, cura, com menores doses de remédios
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Disse Abraham Lincoln “ Eu agora sou o mais miserável dos homens. Se o que eu sinto agora fosse igualmente distribuído em toda a família humana, não haveria ninguém alegre na Terra. Não sei se algum dia vou melhorar. Minha sensação terrível é de que não vou. Ficar como estou é impossível. Acho que devo morrer ou melhorar.
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Alguns companheiros Roosevelt Schuman Beethoven Poe Van Gogh
Marina Lima Roberto Carlos João Figueiredo Ulisses Guimarães
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Triste, estressada, cansada?
A tristeza temporária das pessoas frente às frustrações da vida é diferente do mal estar grave produzido por uma doença cerebral. Depressão provoca dificuldades de funcionamento graves no dia a dia, alterando humor, pensamentos, comportamento e a sensação de si mesmo
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Ana Maria, 38, funcionária pública, casada, 2 filhos, marido bancário
Para mim é uma sensação de não valer nada, de que eu não consegui na vida as coisas que eu queria. As coisas que eu acho que tenho direito, mas não tenho a energia de ir atrás. Me sinto desligada das pessoas em torno de mim, mesmo de amigos e família que se preocupam comigo. Muitas manhãs não quero sair da cama, e acho que as coisas não vão melhorar nunca.
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!0 milhões de brasileiros por ano
Mais que cancer, AIDS, coronárias 15% das depressões crônicas levam a tentativas de suicídio Mulheres duas vezes mais que homens Muitas pessoas ainda acham que é uma falha de caráter, resultado de falhas na criação de filhos
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80-90% dos casos podem ser tratados, 65% não chegam a ser tratados
Mãe do Betinho, meu vizinho Acham que é devido à insônia, às aprontações dos maridos ou dos filhos Homens acham que é devido à falta de dinheiro Faltas ao trabalho, baixa produtividade, tratamentos desnecessários Florais versus ortomoleculares
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Regra geral: se não melhora com um descanso de fim de semana, troca de carro ou uma boa festa
Depressão maior: 15% da população na vida: crônica, recorrente Distimia: 3-4% por ano, sintomas mais leves, contínuos, ansiedade Depressão bipolar: 1%, mais grave, mania, euforia, irritabilidade, excesso de disposição, comportamento impulsivo, perigoso, verborréia
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As causas Genética Bioquímica Neurotransmissores
Serotonina, adrenalina Noradrenalina Mangueiras, bola, vigília e sono Ambiente Marido bêbado Campos de concentração Grandes traumas físicos Grandes cirurgias Sofrimento crônico
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Causas genéticas predominam: é uma doença familiar
Gêmeo idêntico tem 70% de chances Gêmeo fraterno ou irmãos 25% Chance da pessoas é a média das famílias de pais e mães Causas ambientais Abuso de drogas, álcool Benzodiazepínicos, anfetaminas Doença afetiva sazonal Fatores ambientais + genéticos
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Diagnóstico humor baixo apetite, peso sono lento/rápido
fadiga, energia não valho nada culpa dificuldade pensamento concentração tomar decisões tendência morte suicídio perda interesse perda prazer mais que 15 dias imunológicas hipotireoidismo cancer, diabetes
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Distimia- depressão crônica leve
Sintomas mais leves e duradouros, 2 anos Véu de tristeza sem mudança de apetite, sexo, mania, sedentarismo, suicídio Baixa energia, negatividade, insatisfação, desperança Episódios de depressão maior Vida familiar complexa por baixa motivação,
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Distúrbio afetivo sazonal
Depressão anual que dura o inverno e é substituída por mania na primavera Fadiga, excesso de apetite Lúcia, esposa de fazendeiro do MS, episódios anuais de euforia, irritabilidade, gastos excessivos, megalomania, anualmente
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Distúrbio disfórico pré-menstrual
3-8% das mulheres Depressão, irritabilidade, tensão Uma semana antes da mesntruação Maria Lúcia, 38 anos, manda marido trocar lixo, comprar gás, esquece compras do mercado, se engana com as crianças, início e fim súbitos
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Grief - Luto Resposta emocional saudável, apropriada, positiva, construtiva Duração limitada, até 3-6 meses Choque, negação, solidão, desesperança, alienação social, raiva Recuperação de 3- 6 meses
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Mania Aumento de velocidade Atividades, energia, falantes
Vôo de idéias, pensamentos Inflação de auto-estima, ilusões de grandeza Diminuição de necessidade de sono Agitação a qualquer estímulo Falta de contrôle
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Mania Vou ligar para o Collor Comprei um avião de passagens para Miami
Sou uma moça bonita Hiperatividade, excesso de envolvimento Distração fácil
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Depressão bipolar Distúrbio maníaco depressivo
Alterações patológicas de humor entre mania e depressão Predominância de mania Predominância de depressão Cíclicos
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Mania: complicações Falta de adesão ao tratamento é o primeiro sintoma: excesso de autoestima Motor de BMW Abuso de substâncias: benzodiazepínicos, álcool, drogas Violência Perda financeira e social
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Mania- Tratamento Manutenção de adesão: consultas
Antidepressivos pioram, mudam ciclagem, aumentam complicações Lítio Ácido valpróico Carbamazepina Antipsicóticos clássicos Antipsicóticos modernos
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Tratamentos farmacológicos: depressão
Tricíclicos Imipramina e amitriptilina MAOIs fenelzina Inibidores seletivos de recaptação de serotonina Fluoxetina, Aropax, Zoloft Outros Efexor, Remeron, Zyban
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Tricíclicos Efeito antidepressivo de amplo espectro
65% sucesso (Tofranil) 80% sucesso (Tryptanol) Boca seca Intestino lento Aumento de apetite Prostatismo
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SSRIs e outros mais novos
Espectro de efeito mais estreito (50-60% Menos efeitos colaterais Zoloft: insônia Aropax: peso Prozac: sexo Zyban: ansiedade Exceção: venlafaxina
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Tratamentos Alternativos
Erva de Sâo Joâo (hypericum) Exercício Dieta, Meditação Yoga, Homeopatia Acupuntura Placebo tem 40% de efeito, ou seja melhora 40 pessoas em 100
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Tratamentos não-farmacológicos
Psicoterapia Grupos de apoio Estimulação magnética Cingulotomia Fototerapia ECT Com anestesia e bloqueador muscular 90% de sucesso 6 tratamentos em 6 dias, depois 6 semanais Suicidas, idosos, psicóticos, grávidas
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Eu sabia que precisava ajuda.
Eu tinha lido vários livros sobre depressão quando estava tentando descobrir porque eu chorava o tempo todo, não conseguia fazer as coisas, não queria ficar com meu bebê. Minha irmã tinha tido depressão uma vez, e tinha ido a um terapeuta. Eu não sabia em quem confiar. Meu médico deu alguns nomes, mas eu tinha medo do que ia encontrar e da ‘doença mental” .
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Psicoterapia? Análise? Grupos?
O tratamento depende de quem a paciente procura: pediatra, obstetra, clínico, neurologista, psiquiatra, psicanalista, psicólogo, assistente social Tratamentos comprovados: psicoterapia comportamental cognitiva; psicoterapia interpessoal
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Psicoterapia usual Entrevista inicial : porque, sintomas, antecedentes, remédios, doenças, drogas, família, vida atual, sistemas de apoio, relações, memória, raciocínio Sessões periódicas de 1-2 vezes por semana Interativas Confiança é essencial Experiência e treinamento
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Psicoterapia Comportamental Cognitiva
Influência do pensamento no humor Sistemas de sobrevivência infantis Pacotes ficam osboletos Windows 95 com Word 2000 Mudanças de hábitos e de respostas automáticas Lições de casa
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Terapia Interpessoal Depende de relação entre terapeuta e paciente
Premissa é de que a depressão vem das relações pessoais da vida da pessoa Corrige comportamentos disfuncionais Terapeuta é suportiva, maternal, compreensiva
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Objetivos de psicoterapia
Esclarecer a razão do tratamento Estabelecer um tempo limite, 12 sessões, 3 meses Estabelecer um foco, um problema atual que precisa ser resolvido Enfatizar mudança de comportamentos e atitudes Ensinar auto-monitorização de mudanças
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Tratamento de ansiedade e depressão por principiantes
Uso de benzo-diazepínicos induz vício, abuso, piora dos sintomas Lexotan Frontal Diazepam Valium Rohypnol Dormonid
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Fáceis de iniciar, viciam
Benzos Fáceis de iniciar, viciam Anti-depressivos Difíceis de iniciar, sem vício
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Problemas de tratar depressão sem experiência
Uso de medicamento inapropriado Acidentes de Prozac: piora de mania e de ansiedade Piora de depressão lenta por uso de antidepressivo sedativo Instabilidade contínua com uso de medicamentos que viciam, pois a pessoa sempre quer mais, ou seja, a ansiedade ou depressão cada vez piora mais
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Se você sabe que alguém está demprimido
Marque uma consulta, e vá junto Estimule a pessoa a tomar a medicação correta, mesmo que o efeito demore algums semanas, e que procure outro tratamento caso o primeiro não dê certo Ajude a pessoa a ter repouso intelectual, fazer coisas que gostava de fazer mesmo Tendência a suicídio é sério
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Condutas construtivas
Dieta: triptofano: óleo de peixe, porco, frango, feijões e ervilhas, cereais; carbohidratos Cafeína: refrigerantes, mate, café, guaraná Exercício: endorfinas, serotonina, adrenalina, dopamina: semelhante a psicoterapia Aeróbica rítmica,yoga Bom estado muscular
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Condutas construtivas
Rede de apoio social Desterrados em Londres: companheiros, companheiras, carros, clubes, casa de praia, chácara, festas, família Fé espiritual independe de religião Ambiente estruturado, construtivo Bem estar do paciente, e não dos cuidadores
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