A FORÇA DO PRECONCEITO NA EXCLUSÃO SOCIAL: O CASO DA LEPRA

Apresentação em tema: "A FORÇA DO PRECONCEITO NA EXCLUSÃO SOCIAL: O CASO DA LEPRA"— Transcrição da apresentação:

1 A FORÇA DO PRECONCEITO NA EXCLUSÃO SOCIAL: O CASO DA LEPRA
Profª Ms. Rita C. R. Maciel

2 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
“Todo o homem atingido da lepra terá suas vestes rasgadas e a cabeça descoberta; cobrirá a barba e clamará: Impuro! Impuro! Enquanto durar o seu mal, ele será impuro. É impuro; habitará só e a sua habitação será fora do acampamento”. Lev 13: 45 e 46

3 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
Maria e Aarão criticaram a Moisés por causa da mulher etíope que ele desposara. O Senhor desceu na coluna de nuvem e parou à entrada da tenda. Chamou Aarão e Maria e eles aproximaram-se. A cólera do Senhor se acendeu contra eles. O Senhor partiu, e a nuvem retirou-se de sobre a tenda. No mesmo instante Maria foi ferida de uma lepra branca como a neve. Aarão olhando para ela, viu-a coberta de lepra. (Num 12: 1, 5, 9, 10)

4 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
III Concílio de Latrão (1179): oficialização da segregação. Os leprosos deveriam ser postos a uma distância curta das cidades devido os benefícios da mendicância. - Necessidade de autorização para saídas - Uso de catracas (identificação)

5 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
RITUAIS DE EXCLUSÃO: Proibo-te que algum dia entres numa igreja ou vá ao mercado [...] laves tuas mãos ou mesmo quaisquer de teus pertences em fonte ou corrente d água de qualquer tipo [...] que algum dia a partir de hoje saias sem tuas roupas de leproso [...] onde quer que estejas de tocar qualquer coisa que desejes comprar [...] nunca transites por alamedas estreitas [...] Proibo-te também, a partir de agora, de beber ou comer em qualquer companhia, exceto a de leprosos. RICHARDS , 1993

6 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
Para a população as principais formas de contágio : Alimentos suspeitos, menstruações interrompidas, costipação, resfriados, insetos, hereditariedade, etc.. DOENÇA CONTAGIOSA TRANSMISSOR É O DOENTE

7 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
BRASIL: O aparecimento da hanseníase coincide com a colonização. Desconhecida entre a população indígena. 1713, primeiro Hospital de Lázaros, fundado no Sítio Boa Vista no Recife, pelo Padre Antonio Manoel Ferreira. 1739, no Rio de Janeiro pelo Governador Gomes Freire de Andrade no bairro de São Cristóvão.

8 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
1873: o cientista norueguês Gehard Amauer Hansen, descobre a bacteria Lepra Mycobacterium, causadora da lepra. - Doença infecciosa que atinge principalmente a pele e os nervos (em especial os da face e extremidades, como braços e mãos; pernas e pés).

9 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
SÃO PAULO – Séc XIX – visão Medieval LEPROSO: portador do inexplicável; horror; ele era o próprio mal. Adoção da política do isolamento Referência para outros Estados: Organização dos Serviços de combate a Lepra

10 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
1924 INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA (salvaguardar a coletividade) Fundamentada em pressupostos epidemiológico e social

11 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
BRASIL década de 30: Educação sanitária: Campanha Nacional de combate a Lepra. Cruzada contra a Lepra: recolhimento social do doente. Incentivo a denúncia: clima de pavor. Difusão do medo, o doente visto como punição acrescida da falta de higiene ou moral. DOENTE → AGENTE PERIGOSO (retorno a figura bíblica)

12 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
Década de 30: Todo e qualquer pensamento divergente, era absolutamente silenciado. São Paulo exerceu a prática de internar todos os doentes, mesmo os de forma não contagiante. Serviço de Profilaxia da Lepra: Inspetoria de Profilaxia da Lepra (IPL) e o Departamento da Profilaxia da Lepra(DPL

13 A força do preconceito na exclusão social: o caso da lepra
Prof. Dr. Abrahão Rotberg: propôs uma nova terminologia substituição da palavra lepra por Hanseníase. Sensibilizado com o sofrimento dos doentes que, além das seqüelas decorrentes da moléstia, sofriam ainda o estigma de leprosos,

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