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DEUS É PESSOA
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A Pessoa realiza-se nas dimensões biológica e social , mas só se completa na dimensão espiritual.
É esta característica que distingue os seres humanos dos outros animais.
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A dimensão espiritual consiste na capacidade de pensar, de amar, de tomar decisões livres e de agir sobre o mundo, participando na obra do Criador.
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A consciência moral é um dos aspetos que torna o ser humano qualitativamente diferente de todos os outros seres.
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A capacidade de amar, aspeto central da vida espiritual, é a arca da presença de Deus em cada um.
Quem ama procura a verdade e o bem, em cada situação da vida.
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As descobertas científicas, as realizações tecnológicas, as produções artísticas… são outras tantas formas de manifestação da dimensão espiritual do ser humano.
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Enquanto imagem e semelhança de Deus, cada pessoa é capaz de contribuir para a construção de um mundo melhor, mais rico, onde a beleza , a verdade, a justiça e o amor, orientam comportamento humano e a vida das sociedades
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A dimensão espiritual é, ainda, a capacidade de cada indivíduo se relacionar com Deus.
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Isto porque Deus é PESSOA
Na Bíblia, Deus não é uma força impessoal, uma espécie de energia que se propaga pelo universo. A Bíblia afirma de forma convicta que Deus é pessoa.
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Vimos que ser pessoa significa ser capaz de estabelecer relação com os outros. Nos diversos relatos bíblicos, Deus manifesta-se ao ser humano, fala com ele, propõe-lhe um determinado estilo de vida, declara que o ama e deseja a sua felicidade.
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Deus é o amigo da humanidade, que se indigna quando o ser humano é vítima da injustiça e do ódio alheio. É aquele que reafirma a promessa da sua presença constante, no meio das adversidades.
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Deus é, portanto, um ser pessoal, inteligente e livre, que ama e quer estabelecer com cada ser humano uma relação especial e única.
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É este mistério de encontro que celebramos no Natal.
Deus é pessoa e vem ao encontro da humanidade para estabelecer com ela a maior e mais perfeita relação, fazendo-se homem em Jesus Cristo, o Emanuel, que quer dizer Deus connosco.
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O povo de Israel registou nos textos bíblicos a confiança que depositava no seu Deus. Um Deus que eles sentem próximo, que nunca os abandona. Mesmo no meio das maiores provações, eles esperam que Deus se manifeste. Esperam m novo tempo, liberto da opressão.
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Um tempo de libertação e de justiça que Deus lhes concederia pela ação do seu enviado.
O profeta Isaías foi o maior portador desta esperança. De facto, o Livro de Isaías é o livro da Bíblia com maior número de capítulos, 66 ao todo, nos quais se fala abundantemente desta esperança do povo.
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Este livro foi certamente o mais lido pelas comunidades cristãs primitivas, que viram, na vida de Jesus, a realização de tudo o que o profeta escreva. Mateus afirma no seu Evangelho que as profecias de Isaías se cumpriram em Jesus.
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De facto a vida de Jesus foi de tal modo importante que o seu nascimento é um marco importante na História, sendo a referência do calendário mais usado no mundo.
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Um outro desafio que o nascimento de Cristo nos traz é o da construção da fraternidade promotora da paz e da justiça, com o imperativo do amor ao próximo, de ver no outro um irmão a amar.
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Este amor traz consigo a exigência do cristão trabalhar para procurar resolver os problemas sociais de modo que todas as pessoas possam viver e ser reconhecidas como tais.
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