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Marca-passo: cabeça e coração

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Apresentação em tema: "Marca-passo: cabeça e coração"— Transcrição da apresentação:

1 Marca-passo: cabeça e coração
Por: Mayra Luciana Gagliani, Psicóloga do InCor do Hospital das Clinicas FMUSP, responsável pelas UTIs gerais e cirúrgicas e pelas unidades de Arritmias Cardíacas e Hipertensão.

2 A adaptação ao Marca-passo (MP) ou ao Cardio Desfibrilador Implantável (CDI) é semelhante em muitos aspectos, no entanto, pacientes portadores de CDI são obrigados a conviver com a possibilidade e a imprevisibilidade dos choques, experiência que gera uma reação emocional intensa em decorrência da sensação de perda de controle e medo da morte. A O paciente vivencia uma situação de luto de um órgão altamente valorizado. Primeiramente, um luto pela perda da função cardíaca. A partir daquele momento, seu coração não é mais capaz de executar suas funções de maneira natural, necessitando de um artifício para mantê-lo vivo.

3 Esta situação gera sentimentos contraditórios e confusos, sendo esperado que o paciente apresente alguma alteração emocional durante o tratamento. Outras perdas, consideradas secundárias, acompanham esse processo de adoecimento, como: restrição de atividades física, dependência de medicamentos e mudança no estilo de vida. Se por um lado o uso do MP, ou do CDI, tem sido eficaz no tratamento clínico das Arritmias, por outro, alterações emocionais, que podem ocorrer após o implante, podem comprometer seriamente a qualidade de vida dos pacientes. Por essa razão, os benefícios reais só serão alcançados quando o paciente, além de desfrutar de bem-estar físico, sentir-se confortável e seguro na esfera emocional .

4 Outras questões também influenciam
Outras questões também influenciam. A idade, por exemplo, é um fator importante que deve ser considerado quando se analisas o ajuste psicológico. Para o idoso, a perda de saúde é de certa forma esperada, enquanto que, nos mais jovens, as limitações impostas pela doença e as fantasias relacionadas ao aparelho, tornam o processo mais penoso. Existe grande expectativa do paciente com relação à eficácia do aparelho e à melhora na qualidade de vida e existe o incômodo de depender de um aparelho para manutenção da vida. Nos portadores de CDI, a ambivalência é mais intensa devido aos possíveis choques.

5 O CDI, instalado no interior do corpo, é capaz de identificar e reagir a uma parada cardíaca. Quando o aparelho identifica uma parada, dispara um ou vários choques ressuscitadores e o coração volta a bater, diminuindo o risco de morte súbita. O CDI protege o paciente de uma morte súbita, mas não o protege de ser invadido por fantasias. Estudos mostram e a prática clínica comprova que a vivência dos choques é assustadora e essa experiência é o principal fator desencadeante de transtornos psiquiátricos. Por fim, levando em consideração a singularidade de cada paciente, a maioria dos portadores de MP, ou CDI, apresenta uma adaptação adequada, uma redução na sintomatologia e conseqüentemente uma qualidade de vida satisfatória.


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