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CAP 19 – O ANARQUISMO
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Os liberais assumiram uma postura crítica em relação ao Estado.
Mas, para um grupo de intelectuais chamados de anarquistas, essa crítica não era suficientemente radical porque, embora criticassem o Estado, os liberais defendiam a necessidade de sua existência. A existência do Estado se justificaria pela necessidade de proteção e manutenção da ordem social. Ao Estado deveria caber a aplicação da justiça na resolução de conflitos, estabelecendo regras para o bom convívio social.
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Os anarquistas também consideravam que a liberdade é o bem supremo, mas ao contrário dos liberais, no entanto, defendiam que, se devemos considerar que a liberdade é um bem supremo, seria mais coerente que o Estado não existisse. Para eles, uma sociedade ideal seria aquela em que as pessoas pudessem se autogovernar sem a necessidade de instituições políticas. Partindo do pressuposto de que o ser humano é essencialmente bom, os anarquistas defendiam um retorno a uma vida social fraterna e solidária com base numa relação comunitária.
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Sendo a liberdade uma condição natural do ser humano, ela deveria ser restaurada já que essa condição foi corrompida em função do surgimento da propriedade privada e do Estado. Pregavam a existência de um mundo sem hierarquias, sem fronteiras, sem exércitos, em que todos seriam respeitados como cidadãos do mundo.
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