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Estratégias defensivas Dejours, 1991

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Apresentação em tema: "Estratégias defensivas Dejours, 1991"— Transcrição da apresentação:

1 Estratégias defensivas Dejours, 1991
Ideologias defensivas

2 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
População estudada: Periferia, população que ocupa favelas e cortiços e é unida pelo subemprego e pelo não emprego; Sofrimento maciço e evidente; Condições de vida que levam a uma ideologia de defesa com relação à saúde e muita mais à doença. Esta população está exposta a condições (falta de sanitarismo publico) que fragilizam sua saúde e a contaminam assim como sofrem de carência de atendimento médico e de impossibilidade de recuperação de doenças adquiridas.

3 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Grande numero de filhos e pouco espaço e recursos; Baixa escolaridade; Marginalização e reclusão penitenciária; Crianças com desvio padrão de estatura e peso por carência nutricional desde a gestação; Estranhamente há reticência em falar da doença e do sofrimento, tentando esconder o fato dos outros; A doença é tida como vergonhosa e exige desculpas;

4 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
“Não é de propósito que a gente fica doente”; “Se a gente está doente é porque é preguisoço” ou que se entrega à doença, é passivo. Condenação social da doença e do doente Um homem doente é vagabundo; A mulher não pode adoecer - tem os filhos e as tarefas que não podem deixar de fazer. O tratamento só é procurado quando a doença impede a continuidade das atividades

5 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Os adultos se esforçam para guardar as crianças, tudo gira em torno delas; Procurar o médico pode significar saber de coisas que não se quer saber; O tratamento também é difícil, pq remédio custa caro; Sarar é não sofrer e não significa não estar doente, significa domesticar a dor; Ficar hospitalizado é o fracasso dos esforços para conter a doença;

6 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Como o dinheiro é curto, usa-se a auto medicação com sobras de remédios de tratamentos anteriores; Ficar doente é = a paralisar o trabalho e causar mais restrições à família. A gravidez é vergonhosa, pois já não pode com o que tem e vai ter mais um?

7 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Após os filhos terem crescido, as mulheres se entregam às doenças, pois já não há motivos para continuar, a tarefa está cumprida. O trabalho garante a sobrevivência da família que é numerosa e ficar doente impossibilita para o trabalho. A ideologia defensiva entende o trabalho como avesso à doença.

8 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Mas o que leva a este mecanismo de defesa? A ideologia da vergonha consiste em manter à distância o risco de afastamento do corpo do trabalho e, por consequência , evitar a miséria a falta de alimentaçao e a morte. O mecanismo de defesa é coletivo e se ele falha, passa a ser um problema individual.

9 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
O fracasso da ideologia da vergonha pode levar a problemas como o alcoolismo. O alcoolismo é uma fuga individual para o problema e é condenado pelo grupo. A segunda saída seria a violência anti-social e a terceira, a loucura, as descompensaçoes psicóticas e depressivas. A recusa em buscar ou aceitar tratamento é uma tentativa de manter afastados a doença, a miséria e a fome e qualquer fator que possa lembrá-los como o médico ou a equipe de segurança do trabalho, por exemplo.

10 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Aquele que não partilha da ideologia é excluído do grupo social. A ideologia coletiva substitui e é mais forte do que os mecanismos de defesa individuais, entao o sujeito excluído fica desprovido de defesas.

11 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Mecanismos de defesa individuais contra a organizaçao: Trabalho em série – o controle impede ou condena a interrupaçao do trabalho (“vadiagem”), pois compromete a produtividade. Taylor criou o controle por gestos repetitivos e por vigilância para facilitar a fiscalizaçao. Ele (Taylor) dividiu a tarefa, as pessoas em posiçoes hierárquicas e o homem em partes do corpo operacionais e partes intelectuais.

12 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
A administraçao científica amordaça a possibilidade de reorganizaçao, adaptaçao ou criaçao do trabalho. O homem artesao morreu para dar à luz a um aborto:Um corpo operário despossuído de intelectualidade e isolado dos demais, quando não opositor aos demais (aquele que produz mais ou o que é muito lento é rechaçado pelo grupo). O taylorismo cria o anonimato e individualiza o sofrimento.

13 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Neste caso as defesas coletivas ficam neutralizadas para dar espaço às defesas individuais. Taylor criou o que ele mesmo chamou de “homem macaco” treinado para realizar gestos repetitivos e não pensar! Taylor estava errado, pois ninguém melhor do que o trabalhador para pensar sobre possíveis mudanças que possam facilitar sua atividade e preservar sua saúde, aumentando a produtividade.

14 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Apesar de ser impelido à despersonalizaçao, cada trabalhador pode lidar com a questao a seu jeito. Uns podem levar a cadência e o ritmo acelerado de trabalho para outras áreas da vida e outros podem elevar sua mente às fantasias durante o expediente buscando uma fuga espiritual da atividade alienante. Depende da subjetividade

15 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
Fora do trabalho, manter o ritmo acelerado pode ser uma forma de não perder a cadência e evitar readaptaçao diaria. O afastamento por doença pode ser recusado pelo mesmo motivo, medo de perder o ritmo. O trabalhador passa a ser o próprio artesao de seu sofrimento.

16 IDEOLOGIAS DEFENSIVAS
"O trabalho agradável é o remédio da canseira." (William Shakespeare)


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