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O caminho aberto por Jesus

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Apresentação em tema: "O caminho aberto por Jesus"— Transcrição da apresentação:

1 O caminho aberto por Jesus
Há algo muito claro no evangelho de Jesus. A vida não nos foi dada para fazer dinheiro, para ter êxito ou para conseguir um bem-estar pessoal, mas para nos tornarmos irmãos. Se pudéssemos ver o projecto de Deus com a transparência com que o vê Jesus e compreender com um só olhar o sentido último da existência, dar-nos-íamos conta de que o único importante é criar fraternidade. O amor fraterno que nos leva a partilhar o que temos com os necessitados é “a única força de crescimento”, o único que faz avançar decisivamente a humanidade para a sua salvação. José Antonio Pagola. O caminho aberto por Jesus

2 Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: – Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna? Esta pessoa aproxima-se de Jesus a correr, mostrando necessidade de busca e inquietação interior. Não pergunta em geral; quer saber o que é que tem que fazer pessoalmente. No texto aparece um breve relato de vocação: o Reino como busca e convite ao seguimento.

3 Jesus respondeu: – Porque Me chamas bom. Ninguém é bom senão Deus
Jesus respondeu: – Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: ‘Nã0 mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’. Jesus começa a falar da bondade de Deus. A seguir recorda os mandamentos. Não menciona os primeiros, os que se referem aos deveres religiosos e aos deveres para Deus. Como sempre, Jesus remete para os irmãos e irmãs, para as relações humanas.

4 Não basta ser bons; trata-se de fazer o bem.
O homem disse a Jesus: – Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude. Este homem construiu um sistema religioso moral que, dando-lhe segurança, lhe permite ordenar a sua vida. Tudo está no seu sítio. Não arrisca a vida nem conhece a liberdade interior porque está sujeito à lei. É o protótipo de quem se limita a cumprir. Essa atitude não é fonte de alegria. O seguimento de Jesus não se pode colocar em termos de “cumprimento de mínimos” ou de ‘”obediência moral”. Não basta ser bons; trata-se de fazer o bem.

5 Neste texto vemos Jesús a falar com especial força e intensidade.
Três vezes se fala do seu olhar. Olha com carinho o homem na hora de lhe pedir o que lhe faltava (v. 21). Olha com profundidade à sua volta ao pronunciar a severa sentença sobre os ricos (v. 23). Olha com benevolência os discípulos para lhes infundir tranquilidade, e lhes diz que nada é impossível para Deus (v.27). São três olhares carregados de bondade, força profética e alento amistoso. São três olhares que assinalam o caminho para a liberdade e a Vida.

6 Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: – Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Frente à preocupação pelo “mais além”, Jesus acentua o “mais aquém”. O convite de Jesus não supõe renúncia nem sacrifício, mas a imensa alegria de ter encontrado o maior tesouro. A lógica do Reino não é açambarcar e possuir, mas partilhar. Jesus olha-me com carinho, ajuda-me a descobrir o que é que me falta. Sair da mediocridade e da rotina? Libertar-me do consumismo? Libertar-me da lei? Familiarizar-me com o seu estilo de vida? Viver de maneira mais decidida, mais intensa, mais apaixonada? Descobrir a Deus como riqueza? ...

7 Depois, vem e segue-Me. Já. Depois de ter vendido e partilhado, Jesus dá mais um passo: Segue-Me, percorre comigo o caminho. O chamamento de Jesus não faz de nós só discípulos, mas seguidores. Seguir é identificar-se com Jesus e ter uma relação estreita com Ele. É fazer da sua fé a nossa fé e fazer da sua esperança a nossa esperança. Adaptar o nosso tempo os seus critérios, as suas atitudes, a sua vida. O convite é para todos e repete-se cada dia. A resposta também se tem de renovar todos os dias.

8 Ouvindo estas palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, porque era muito rico.
Jesus sabia muito bem que todo o tipo de riquezas tiram asas e capacidade de voo à liberdade e dificultam o caminho para a Vida. Encontramo-nos, a nível pessoal e comunitário, como o jovem rico que se afastou triste, porque possuía muitos bens, quando Jesus o chamou para que fosse seu discípulo? Algo falha na nossa vida cristã quando somos capazes de viver desfrutando e possuindo coisas supérfluas, sem nos sentirmos interpelados pela mensagem de Jesus e pelas necessidades das pessoas que não têm nem o necessário.

9 Então Jesus, olhando à volta, disse aos discípulos: – Como é difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus! Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: – Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus. Uma grande fortuna é uma grande escravidão (Séneca). Jesus é severo com as riquezas, efeito e causa do empobrecimento de muitas pessoas. Trata-se de pôr a confiança em Deus e não no dinheiro e no poder. Começar pelo desprendimento, por nos libertarmos das necessidades que nos criam e nos criamos, por deixar de nos apropriarmos e de açambarcar o que corresponde aos que não têm o necessário para uma vida digna. Cada um de nós, na nossa situação concreta, teremos que deixar tudo, atender às necessidades dos outros e caminhar cada dia atrás de Jesus.

10 Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros:
– Quem pode então salvar-se? Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: – Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a deus tudo é possível Jesus é sempre Boa Notícia. Anuncia-nos que Ele nos salva, nos liberta do apego às riquezas, de tudo o que nos aprisiona e nos impede caminhar e nos tornarmos pessoas solidárias, austeras, generosas e ser assim mais livres e mais felizes. Com Ele tudo é possível. Ele é a nossa alegria, a nossa força e nosso guia.

11 Pedro começou a dizer-Lhe: – Vê como nós deixámos tudo para Te seguir.
Jesus respondeu: – Em verdade vos digo: todo aquele que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, pais filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Parece que esperam uma recompensa, que continuam sem entender que o Reino não é conquista humana, mas dom gratuito. “De graça o recebestes; dai-o de graça" (Mateus 10, 8 ). O convite a “deixar tudo” e ser pobres, é para todas as pessoas crentes. Não é exclusivo para os que decidem viver celibatários e em comunidade. A promessa de Jesus não é carência, mas plenitude. Jesus menciona o pai entre as coisas que se deixam, mas não entre as que se recuperam. A comunidade que Jesus quer é fraternal, as relações internas horizontais, é uma família onde ninguém tem poder absoluto. Um só é o Pai, Ele é o fundamento da fraternidade.

12 O olhar de Jesus Contempla o olhar de Jesus. Deixa-te olhar por uns olhos que vêem muito mais adentro do que vêem os outros e do que tu vês de ti mesmo. Fia-te mais nos seus olhos que dos teus; crê que o seu olhar pode fazer de ti um discípulo, uma discípula. Pede-lhe que te ensine a olhar assim os outros, que te faça como Ele, incapaz de sentenciar ninguém, de condenar ninguém, de pensar de alguém que não é capaz de mudar... Dolores Aleixandre


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