A partir do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, sancionado pelo então Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, as comunidades remanescentes.

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1 A partir do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, sancionado pelo então Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, as comunidades remanescentes de quilombos de Baixa da Lagoa, Olho D’água, Quelés, Terra da Lua, Maria Preta e Piauí e Baixão 2, assessoradas pelo Projeto Gente de Valor da CAR, nos municípios de Jeremoabo e Banzaê, Território Semiárido NE II, instalaram processos de sensibilização que culminaram no auto reconhecimento e certificação quilombola destas pela Fundação Cultural Palmares no primeiro semestre de 2013. A partir deste reconhecimento as comunidades já começam a requerer direitos da cidadania quilombola, a exemplo da titulação de suas terras, protocolando processos no INCRA, buscando parcerias para a implantação do Programa Nacional de Habitação Rural / PNHR, eletrificação rural pelo Programa Luz para Todos, alteração de perfil no Cadastro Único do Governo Federal, dentre outras ações. Outras comunidades encontram-se em processo de reconhecimento quilombola.. Em Jeremoabo, o ponto alto foi a aprovação da Lei Municipal 438, de 14.11.2014, que regulamenta a celebração da Semana da Consciência Negra no Município. OBJETIVOS DA SEMANA: * Promover um processo de articulação e mobilização das comunidades remanescentes de quilombos, visando a valorização da cultura negra, elevação da consciência crítica e cidadã e o aprofundamento sobre conselho de comunidades quilombolas. REALIZAÇÃO: Conselho de Comunidades remanescentes de quilombos de Jeremoabo

2 Quilombos No período de escravidão no Brasil, nos anos 1600 a 1700, os negros que conseguiam fugir ficavam com outros fugitivos em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como QUILOMBOS. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas. Um dos Quilombos mais importantes foi o Quilombo de Palmares, eu chegou ater 50 mil escravos, conduzidos pelo grande líder por Zumbi. Existem atualmente cerca de 1.500 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares, embora as estimativas apontem para a existência de cerca de três mil, a maioria nos estados das regiões Norte e Nordeste. Os integrantes das comunidades quilombolas possuem fortes laços culturais, mantendo suas tradições, práticas religiosas, relação com o trabalho na terra e sistemas de organização social próprio. A história de Jeremoabo está ligada ao negro. Em 1778, por informações à Corte pelo Padre Januário de Sousa Pereira, Vigário freguesia de São João Batista de Jeremoabo do Sertão de Cima, havia na sede 32 casas e 252 habitantes sendo cinco brancos e os demais negros. Jeremoabo chegou a possuir quilombos considerados entre os mais importantes da Bahia e do Nordeste, sendo que em 1655 já exista quilombola em Jeremoabo. Resultante disso temos hoje algumas comunidades reconhecidas oficialmente como remanescentes de quilombos, a de Casinhas, reconhecida desde 06.07.2010 e as comunidades reunidas de Baixa da Lagoa, Baixa dos Quelés e Olhos D’água, reconhecidas em 18.04.2013, e muitas outras buscam o caminho do reconhecimento. DIA MUNICIPAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA DE JEREMOABO SÁBADO, 21/11/2015 DIA DE CULMINÂNCIA DA SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA LOCAIS: JEREMOABO – SEDE E POVOADO DE VIRAÇÃO 8h: concentração das comunidades na Praça Abelardo Santana (Rodoviária); 9h: caminhada até a Câmara de Vereadores; 10h: Audiência Pública na Câmara de Vereadores; 12h: Caravana até Viração; 15h: apresentação das expressões culturais das comunidades 19h: Novena Quilombola 20:30h – Momento Festivo