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Algumas teorias e ‘terapêuticas’ da loucura na história.

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Apresentação em tema: "Algumas teorias e ‘terapêuticas’ da loucura na história."— Transcrição da apresentação:

1 Algumas teorias e ‘terapêuticas’ da loucura na história

2 Hipócrates – 460-377 AC Hipócrates 460-377 AC Rejeitava explicações sobrenaturais ou religiosas Cérebro é a fonte da atividade mental Considerava a epilepsia como uma doença do cérebro Formulou uma Teoria dos Humores que explicaria os diferentes tipos de temperamento humano A melancolia é mencionada nos escritos hipocráticos Rejeitava explicações sobrenaturais ou religiosas Dizia que o cérebro é a fonte da atividade mental Considerava a epilepsia como uma doença do cérebro Formulou uma Teoria dos Humores* que explicaria os diferentes tipos de temperamento humano Criou os primeiros fundamentos científicos para diagnosticar doenças mentais, com base na teoria do desequilíbrio dos quatro humores: sangue, fleuma, bile negra e bile amarela. É dele uma classificação inicial dos distúrbios mentais em: · melancolia __ estado mórbido de tristeza e depressão, causada pelo excesso de bile negra; · histeria __ explosão emocional própria das mulheres, causada por útero inquieto, acompanhada freqüentemente por gritos, gargalhadas e contrações. *Humor (do lat. Humor, preferentemente umor) significa “líquido, fluido, humores do corpo”, que influiriam no caráter dos indivíduos, donde a acepção antiga de “temperamento ou gênio”.

3 Na Roma Antiga, Galeno (130-200 d.C.) consolidou os pensamentos de Hipócrates e dos filósofos e estudiosos gregos __ principalmente, a idéia de que a depressão era causada pelo excesso de bile negra, formulação que exerceu influência até o século XIX, ele e outros médicos da Antigüidade romana tratavam os doentes mentais com sangrias, purgantes e banhos sulfurosos.

4 1400 – 1700 1487 DC - A obra teológica “Malleus Maleficarum” (O Martelo das Bruxas) oferece um compêndio para os Inquisidores, para a identificação de “endemoniados” A “Nau dos Loucos”, atravessa o Sena em Paris Asilo = abrigo, refúgio Após as grandes epidemias (Peste Negra) ocorre uma proliferação rápida de instituições de caridade e hospitais mantidos por Ordens Religiosas Com o início da participação de médicos nessas Instituições surge o Alienista.

5 1586 – Timothie Bright escreve o “Tratado sobre a Melancolia”, que será usado por Shakespeare 1649 – René Descartes sugere que a Pineal seja a sede da mente

6 EFF/22 1774 – Mesmer cria a teoria do “Magnetismo Animal” – que antecedeu a Hipnose 1782 – última execução da Inquisição na Europa 1788 – Chiarugi abre o Asilo S. Bonifácio, em Florença, na Itália 1793 – Pinel é diretor em Bicêtre e depois Salpétriere 1794 – Pinel escreve seus “Escritos sobre a Loucura”

7 “Tratamento” moral

8 Aparelhos de ortopedia, 1869

9 OUTROS ‘TRATAMENTOS’ UTILIZADOS NA HISTÓRIA Furos no crânio (século 5 a.C.) O que é: Fazer buracos no couro cabeludo do paciente Justificativa: Os buracos permitem que os demônios, que provocam a loucura ao ocupar o corpo do paciente, possam abandoná-lo Disciplina total (século 17) O que é: Thomas Willis, um dos primeiros médicos a escrever sobre loucura, dizia que "disciplina, ameaças, algemas e bofetadas são tão necessárias quanto tratamento médico" Justificativa: É a razão que separa os homens dos animais. Loucos são, portanto, como bichos e, para se recuperarem, precisam aprender a ter medo e respeito

10 Dor (início do século 18) O que é: São empregadas diversas técnicas com o objetivo de machucar o paciente. A mais comum consiste em provocar bolhas no crânio e genitálias, usando soda cáustica Justificativa: As dores obrigam a mente do louco a focar-se nessa sensação, deixando de lado pensamentos raivosos Indução de vômito (1715) O que é: Durante vários dias, diferentes tipos de purgantes são ministrados ao paciente Justificativa: "Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão suspensas e, algumas vezes, removidas. Até o mais furioso vai se tornar tranqüilo e obediente", dizia o médico George Man Burrows Sangramento (1790) O que é: Retirada de até quatro quintos do sangue do corpo Justificativa: Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue poderia normalizar o fluxo

11 Afogamento (1828) O que é: O paciente é colocado dentro de um caixão com furos e imerso na água. Deve ficar submerso até que "bolhas de ar parem de subir". Depois é retirado e reavivado Justificativa: O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas de pensar Cirurgias ginecológicas (1890) O que é: Amputação do clitóris e retirada do útero Justificativa: A vagina e o clitóris têm grande influência na mente feminina. A loucura pode ser resultado da agitação provocada por esses órgãos Hidroterapia (1896) O que é: O paciente é enrolado em uma rede e mantido dentro de uma banheira encoberta por uma lona (com um buraco para a cabeça) por horas ou até dias. Água gelada e água fervente são usadas alternadamente para encher a banheira Justificativa: O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula a produção de secreções da pele e dos rins, que podem reestruturar as funções do cérebro

12 Terapias endócrinas (1899) O que é: Injeção de extratos dos ovários, testículos, glândulas pituitárias e tireóides de diversos animais Justificativa: Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, portanto, levam à cura permanente Esterilização (1913) O que é: Esterilização forçada nos homens Justificativa: A operação viabiliza a conservação do esperma, o elixir da vida, ajudando na melhoria do quadro Extração de dentes (1916) O que é: Remoção de dentes que apresentam problemas. A terapia não é aconselhada para pacientes num estágio avançado da doença Justificativa: Bactérias são a causa de várias doenças crônicas e costumam ficar escondidas perto dos dentes. Elas podem seguir até o sistema circulatório e chegar ao cérebro, causando doenças mentais Malarioterapia (1917) Em 1917 experimentou inocular parasitas da malária e empregou um tratamento para a paralisia geral com o qual se obteve êxito em dois terços dos casos antigamente considerados incuráveis.

13 Hibernação (1920) O que é: O paciente permanece entre "cobertores" congelados por até três dias, para que a temperatura do corpo caia 12ºC ou menos Justificativa: O choque térmico pode fazer com que o paciente recobre parte das funções mentais. Choque insulínico (1927) Em 1927, Manfred Sakel deu um passo ousado: introduziu o choque insulínico em pacientes agitados e obteve resultado favorável. Coma provocado (1933) O que é: O paciente recebe uma dose de insulina suficiente para levá-lo ao estado de coma. Depois de um tempo (de 10 a 120 minutos), é reavivado com uma solução de glucose. Justificativa: A hipoglicemia pode matar ou silenciar as células doentes e sem possibilidade de restauração. Os pacientes voltam do coma agindo como bebês de 5 anos o que é, sem dúvida, uma prova de sua recuperação

14 Convulsão (1934) Na Hungria, em 1933, o médico Von Meduna estava trabalhando com a terapêutica pelo choque e experimentou provocar convulsões com o cardiazol (preparação de cânfora sintética menos tóxica, Metrazol), que revelou-se excepcionalmente eficiente nas psicoses maníaco-depressivas e em algumas esquizofrenias, provocando, porém, sensações terrificantes. O que é: O paciente recebe uma injeção de metrazol e entra em forte convulsão, correndo o risco de quebrar ossos e dentes e ter hemorragias Justificativa: A convulsão pode restaurar as funções mentais. Ou isso, ou o temor do paciente diante da terapia causa um choque cerebral tão forte que provoca a cura. De todo modo, a terapia é válida A indução de convulsões por inalação de cânfora nos tratamentos dos quadros de psicóticos, baseada na crença de que a epilepsia e a psicose seriam moléstias antagônicas e excludentes, data do século XVI.

15 Eletrochoque (1937) Em 1937, em Roma, Cerletti e Bini empregaram a eletricidade, experimentando-a primeiro em porcos para depois aplicá-la em seres humanos. O que é: Uso da eletricidade diretamente na cabeça para provocar o ataque de epilepsia Justificativa: A convulsão produz danos cerebrais, eficientes na recuperação do paciente. A perda de memória, outra conseqüência do choque, é benéfica já que torna impossível a lembrança de eventos que lhe causem preocupação ou angústia.

16 Em 1937, os pesquisadores italianos Ugo Cerletti e Lucio Bini conseguiram substituir as injeções endovenosas de cardiazol pela passagem, através do cérebro, de uma corrente elétrica que provocava uma convulsão generalizada. Por ser de fácil aplicação, o método foi imediatamente adotado pelas instituições psiquiátricas, fazendo com que o período subseqüente fosse chamado, na história da Psiquiatria, de Era dos Eletrochoques. A utilização indiscriminada do tratamento fez com que esse recurso, a despeito de suas possibilidades terapêuticas, ficasse associado ao castigo físico e ao controle disciplinar. A terapia eletroconvulsiva desapareceu, na Europa, com o fim da Segunda Guerra, enquanto, no Brasil, foi abolida, na rede pública de Saúde Mental, somente na década de 80. Apesar disso, continua a ser utilizada como recurso extremo no tratamento da catatonia e da depressão. Dependência para Eletrochoque Acervo Instituto Philippe Pinel (IPP) O material deste slide foi selecionado do site do Ministério da saúde. Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%2 0da%20loucura/Mostra/eletro.html

17 Lobotomia (1940) O que é: Aprimorada pelo neurologista português Egas Moniz, a cirurgia, que já vinha sendo realizada de diferentes maneiras desde o século 19, consiste em danificar os lobos frontais do cérebro Justificativa: Distúrbios acontecem porque pensamentos patológicos "fixam-se" nas células cerebrais, especialmente nos lobos frontais. Para curar o paciente, é preciso destrui-las.

18 Aparelho de Lobotomia LOBOTOMIA Técnica cirúrgica que, ao destruir a substância branca dos lobos temporais do cérebro, provoca uma alteração da personalidade. Essa prática, recomendável em casos definidos como extremos no que concerne à agressividade e à dor, provoca uma deterioração cerebral irreversível. Os avanços da psicofarmacologia determinaram o declínio de tais intervenções. No Brasil, o emprego da lobotomia foi abolido em 1955. O material deste slide foi selecionado do site do Ministério da saúde. Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/eletro.htmlhttp://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/eletro.html

19 A partir da década de 50, disseminou-se o uso de novos medicamentos para o tratamento das doenças mentais. Em 1952, os pesquisadores franceses Jean Delay e Pierre G. Deniker obtiveram sucesso no tratamento de doenças mentais com uma nova substância – a clorpromazina – anteriormente ensaiada por Henri-Marie Laborit, para produzir a hibernação. O medicamento mostrou-se capaz de reduzir a agitação psicomotora e diminuir a atividade alucinatória e delirante. Essa ação psicofarmacológica foi então chamada neurolepsia, e os novos medicamentos, neurolépticos. Com o emprego da clorpromazina, inaugura-se uma nova fase da psiquiatria.

20 Outras teorias do Séc. XIX A frenologia 1808 – Gall escreve sobre a Frenologia (teoria baseada na noção de localizacionismo cerebral segundo a qual diferentes funções mentais são localizadas em diferentes partes do cérebro Esta teoria tinha razão em falar de áreas do cérebro responsáveis por determinadas funções, porém foi completamente errada na sua proposição de que os subórgãos do cérebro cresciam de acordo com o desenvolvimento da faculdade mental correspondente, bem como na proposição de que as formas e dimensões externas do crânio seriam relacionadas com a conformação do cérebro, o que permitiria uma avaliação de capacidades a partir do estudo e medidas externas do crânio.

21 Frenologia - Gall

22 Um das muitas ciências sucessoras da frenologia foi a craniologia, que advogou o uso de medidas quantitativas precisas de características cranianas a fim de classificar pessoas de acordo com a raça, temperamento criminal, inteligência, etc. A craniologia se tornou influente durante a era Vitoriana, e foi usada pelos britânicos para justificar o racismo, a colonização e a dominância de "raças inferiores", tais como os irlandeses e tribos negras da África. A antropometria é também um parente próximo da frenologia. No século XIX, um membro da policia criminal francesa, Eugene Vidocq, instituiu a documentação das características de criminosos para propósitos de identificação, a qual está em uso até hoje. Um de seus colaboradores, Alphonse Bertillion, expandiu o sistema de modo a tomar várias medidas dos corpos de criminosos, com o objetivo de identificá-los de forma inequívoca (lembrem-se que as impressões digitais eram desconhecidas naquele tempo). Entretanto, elas não foram usadas para a avaliação psicológica de criminosos

23 Na Itália, em 1895, Cesare Lombroso, publicou o livro o "Antropologia Criminal" no qual associava determinadas características craniofaciais ao tipo de criminoso. Lombroso achava que os assassinos tinham maxilas proeminentes, e que os batedores de carteira tinham mãos longilíneas e barbas ralas... Lombroso foi uma personalidade altamente influente nos sistemas judicial e policial da Itália e em muitos outros países. Ainda na década dos 30, muitos juízes ordenavam a realização de análises antropométricas "lombrosianas" dos réus em processos criminais, que posteriormente eram usados pela acusação em julgamentos ! Antropólogos e médicos nazistas, no Departamento de Higiene Racial do Ministério do Interior e no Burô para o Esclarecimento da Política Populacional e Bem-Estar Racial, utilizando a antropometria, propuseram a classificação "científica" de arianos e não-arianos com base nas medidas quantitativas do crânio. A certificação craniométrica oficial tornou-se obrigatória por lei e era realizada por centenas de institutos e especialistas na Alemanha. Muitas pessoas foram condenadas aos campos de concentração ou tiveram negado o casamento ou o trabalho, em função desta "má medida do ser humano", como denominou o eminente biólogo e evolucionista americano Stephen Jav Gould a esse uso maciço e infeliz do conhecimento pseudocientífico para prejudicar pessoas

24 1859 – Darwin “Origem das Espécies” após escrever o Estudo sobre a Emoção. 1861 – Broca, médico e antropólogo, discute a localização cortical e, ao estudar os cérebros de pacientes afásicos ( pessoas incapazes de falar), descobre centro da fala (atualmente conhecido como área de Broca, a terceira circunvolução do lobo frontal). Broca contribuiu com o progresso da antropometria craniana ao desenvolver novos tipos de instrumentos de medida (craniômetros) e índices numéricos. O material sobre frenologia foi retirado do site http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/frenologia_port.htm, e está disponível com conteúdo mais amplo neste endereço.http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/frenologia_port.htm


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