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Um novo paradigma de saúde

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Apresentação em tema: "Um novo paradigma de saúde"— Transcrição da apresentação:

1 Um novo paradigma de saúde

2 PRÁTICA SANITÁRIA É a forma pela qual a sociedade estrutura e organiza respostas aos problemas de saúde.

3 REFORMA SANITÁRIA Implica na definição de mudanças na prática sanitária, precedidas e acompanhadas de intensas discussões políticas e epistemológicas.

4 As respostas dadas pela sociedade aos problemas de saúde devem decorrer do conceito de saúde vigente e do paradigma que o institui. A prática sanitária é decorrente do paradigma vigente e do contexto socioeconômico, político e tecnológico. O novo conceito de saúde inclui a noção de bem-estar físico e mental, além da adequação de vida social. A prática sanitária se modifica passando da ação curativista para a ação de vigilância da saúde – a promoção da saúde.

5 EVOLUÇÃO PARADIGMÁTICA
No século XIX, a situação de morbi-mortalidade no mundo era caracterizada pela predominância das doenças infecciosas sobre as demais. Hoje temos doenças cardiovasculares, violência, acidentes (trânsito), câncer. O ensino médico se constituía em caráter empírico, não especializado.

6 Alguns progressos no campo médico no século XIX (difusão da vacinação contra a varíola; identificação do bacilo de koch – causador da cólera; desenvolvimento por Pasteur da teoria dos germes nas doenças infecciosas) colaboraram para sedimentar a idéia da natureza biológica da doença – pensamento causal: a doença teria em sua etiologia a existência de um determinado germe.

7 Paradigma Flexeneriano
Surgiu a partir do Relatório Flexener de 1910 (da Fundação Carnegie para o Progresso do Ensino). Instituiu modificações no ensino médico (aumento da duração do curso para 4 anos, vinculação das escolas médicas às universidades, reforço à especialização). Permaneceu hegemônico até poucos anos

8 Consolida hegemonia em torna dos seguintes referenciais:
Curativismo (elemento primordial, pois como saúde é entendida como ausência de doença, o diagnóstico e a terapêutica ganham relevância no processo). Mecanicismo (firmado no mecanismo de causa-efeito; incorpora a unicausalidade). Individualismo (foco no indivíduo, excluído do contexto ambiental, social e histórico). Especialização.

9 A partir do curativismo, as grandes esperanças de recuperação da saúde, ausência de doença, estão na assistência clínica, realizada especialmente nos hospitais. DOENÇA DIAGNÓSTICO TERAPIA RECUPERAÇÃO DA SAÚDE

10 Saúde pública desprestigiada, firmada no paradigma higienista/sanitarista, de caráter paternalista e vertical (saneamento da cidade e transmissão de normas higiênicas).

11 A CRISE DO PARADIGMA FLEXENERIANO
Alteração da situação de morbi-mortalidade, com a diminuição da importância das doenças transmissíveis e o aumento das doenças degenerativas (devido essencialmente às melhorias nas condições gerais de vida). Desenvolvimento da epidemiologia e da imunologia: contribuiu para o início da crise do paradigma flexeneriano, por apontar a fragilidade da concepção mecanicista, da unicausalidade e do biologicismo.

12 Como consequência mais imediata desse processo houve o deslocamento da ênfase curativa para a prevenção.

13 NOVO PARADIGMA: A PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE
A nova saúde pública surge do reconhecimento de tudo o que existe ser produto da ação humana. A saúde de um indivíduo, de um grupo de indivíduos, ou de uma comunidade depende também de coisas que o homem criou e faz; das interações dos grupos sociais; das políticas adotadas pelo governo; dos mecanismos de atenção à doença; do ensino da medicina, da enfermagem; da educação; das intervenções sobre o meio ambiente.

14 Saúde na Constituição A saúde na Constituição foi definida como direito universal e resultante de condições de vida e de trabalho, a ser garantida mediante políticas sociais e econômicas, que visem a redução do risco de doenças e outros agravos, ao acesso universal e igualitário, com ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

15 Ser saudável deve implicar na possibilidade de atuar, de produzir sua própria saúde, quer mediante cuidados tradicionalmente conhecidos, quer por ações que influenciem o seu meio.

16 PRÉ-REQUISITOS BÁSICOS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA POPULAÇÃO SAUDÁVEL
Habitação adequada em tamanho por habitante, em condições adequadas de conforto térmico; Educação; Alimentação imprescindível para o crescimento e desenvolvimento das crianças e necessária para a reposição da força de trabalho; Renda decorrente da inserção no mercado de trabalho, adequada para cobrir as necessidades básicas de alimentação, vestuário e lazer; Ecossistema saudável, preservado e não poluído; Justiça social e equidade garantindo direitos fundamentais dos cidadãos.

17 A MELHOR DENOMINAÇÃO PARA O NOVO PARADIGMA É A PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE.

18 O movimento da nova saúde pública busca métodos adequados à nossa realidade política, que tornem mais eficientes as ações sociais e ambientais por saúde e qualidade de vida.

19 A idéia de que a saúde é produzida socialmente implica o reconhecimento de que:
Os determinantes da saúde são mediados pelo sistema social, mas também determinados pelas relações sociais excludentes. Há necessidade de ações intersetoriais para a operação da nova prática sanitária. É imprescindível integrar e articular diferentes saberes e práticas intra e intersetoriais. Há necessidade de que a sociedade civil organizada exija das autoridades governamentais a elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis.

20 A PRÁTICA SANITÁRIA DO NOVO PERADIGMA: VIGILÂNCIA À SAÚDE
O novo paradigma tem sua prática sanitária centrada na vigilância à saúde. Entendimento de saúde como resultante de um conjunto de fatores políticos, econômicos, sociais, culturais que se combinam de forma particular, em cada sociedade e em conjuntura específicas, redundando em sociedades mais ou menos saudáveis.

21 AÇÕES: Promoção de saúde: propõe a capacitação de pessoas para uma gestão mais autônoma da saúde e dos determinantes da mesma. Refere-se a ações exercidas sobre os condicionantes e que estão dirigidas a provocar impacto favorável na qualidade de vida das populações. Refere-se a práticas coletivas, voltadas para a definição de políticas, preservação e proteção do ambiente físico e social, com o apoio de informação, educação e comunicação dirigida aos profissionais e à população.

22 AÇÕES: Prevenção de enfermidades e acidentes: inclui ações preventivas de caráter não médico nas prevenções às doenças. Atenção curativa e de reabilitação: deve buscar inovações com, por exemplo, o hospital- dia e a assistência domiciliar, programa de saúde da família, práticas mais baratas e mais efetivas para a população.

23 O trabalho de vigilância à saúde pode ser mais amplo e deve integrar saberes de práticas do setor saúde hoje confinadas em compartimentos isolados. Deve ser articulado com outros setores como saneamento, habitação, drenagem, educação, trânsito, turismo.

24 PROJETOS DO NOVO PARADIGMA DE SAÚDE
As cidades saudáveis Estratégia de Saúde da Família

25 Cidades saudáveis Espera-se que a partir do ano % da população brasileira esteja vivendo em áreas urbanas. As cidades devem gerar infra-estrutura urbana, qualidade de vida e governabilidade para assegurar garantia de bem-estar às sua populações.

26 Um grande contingente urbano traz problemas a ponto de expor as pessoas a riscos à saúde.
Estima-se que 600 milhões de pessoas, habitantes da áreas urbanas dos países em desenvolvimento enfrentem condições de risco de vida e à saúde, sob condições de estresse e expostos a variados problemas de saúde, como doenças transmissíveis, desnutrição, doenças mentais, doenças respiratórias agudas e crônicas.

27 Fatores que interferem na situação de saúde das populações urbanas
Pobreza. Condições inadequadas de trabalho. Carência de alimentação, segurança, educação, saúde. Uso excessivo de substâncias tóxicas. Poluição. Aglomeração e violência.

28 Conceito de cidade saudável
É aquela na qual as políticas públicas são favoráveis à promoção de saúde. Instituídas a partir de um movimento iniciado pela OMS e pela OPAS.

29 Movimento por cidades saudáveis
Fundado numa visão de saúde como qualidade de vida. Focaliza a participação popular como forma de mobilização de democratização. Valoriza o compromisso político cm a equidade. Busca mudança na forma de gestão governamental.

30 O espaço do município para o SUS é hoje um lugar privilegiado para a implementação de estratégias de promoção de saúde e, portanto, de projetos de cidades saudáveis.

31 Desafios ao paradigma da produção social da saúde
A saúde continua a ser considerada, em cada município, como uma atividade que se refere exclusivamente à doença.

32 Para que tal proposta se estabeleça é necessário:
Difundir a nova forma de pensar e fazer saúde, que pressupõe a existência de problemas comuns às populações que vivem um mesmo território. Abertura da Administração Governamental à inovação e à vivência de uma nova forma de gestão e governabilidade. Protagonismo do Estado na solução de problemas e criação de infra-estrutura.

33 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Estruturada pela atenção primária (no primeiro nível do sistema). Coerente com a ótica da produção social da saúde.

34 Consiste em: Atuação como verdadeiro centro de saúde operado por uma equipe da saúde da família. Delimitação territorial de abrangência com o desenvolvimento de ações focalizadas na promoção da saúde. Atuação contínua, personalizada, reconhecedora da importância do relacionamento humano, estimuladora das ações intersetoriais.


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