SEMANA DE ARTE MODERNA Antecedentes Realização Repercussão.

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Transcrição da apresentação:

SEMANA DE ARTE MODERNA Antecedentes Realização Repercussão

Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do Manifesto Futurista, de Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova civilização técnica”.

Imagem: Revista o Pirralho/ Autor desconhecido / paulistas.flogbrasil.terra.com.br/foto html Essa é a capa do nº59 de 21 de Setembro de 1912, com uma crítica feroz ao governo do Presidente Hermes da Fonseca ( ), que instituiu o Estado de Sítio no Brasil.

Revista paulista editada em São Paulo de 1911 até Tinha como principal articu- lador Oswald de Andrade. Publicação de cunho literário, esportivo e crítico, muito bem impressa e redigida.

Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em Esta foi duramente criticada por Monteiro Lobato.

Imagem: A estudante/ Anita Malfatti / Museu de Arte de São Paulo Assis / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti

A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém-chegada dos Estados Unidos e da Europa, foi um grande marco para o Modernismo brasileiro. As obras da pintora, então afinadas com as tendências vanguardistas do exterior, chocaram grande parte do público, causando violentas reações da crítica conservadora.

A exposição, entretanto, marcou o início de uma luta, reunindo ao redor dela jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira.

Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem. Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de amplas manifestações de ruptura, com debates abertos. Essa divisão entre os defensores de uma esté- tica conservadora e os de uma renovadora prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de Arte Moderna.

Também em 1917, foram publicadas obras importantes: Há uma gota de sangue em cada poema – Mário de Andrade Cinza das horas – Manuel Bandeira Juca Mulato – Menotti del Picchia Nós – Guilherme de Almeida

Imagem: Cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922 / Di Cavalcanti / Acervo do Instituto de Estudos Brasileiros - USP - Arquivo Anita Malfatti / ufsc.br/wp- content/uploads/semana- de-arte-moderna-de jpg

A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos.

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, realiza-se um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões literárias e musicais noturnas.

A produção de uma arte brasileira, afi- nada com as tendências vanguardistas da Europa, sem perder o caráter na- cional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha de divulgar.

São Paulo dos anos 20 era a cidade que me- lhor apresentava condições para a realização de tal evento. Tratava-se de uma próspera cidade, que recebia grande número de imi- grantes europeus e modernizava-se rapida- mente, com a implantação de indústrias e reurbanização. Era, enfim, uma cidade fa- vorável a ser transformada num centro cul- tural da época, abrigando vários jovens ar- tistas.

Imagem: Caio Guimarães/ Teatro Municipal de São Paulo/ Creative Commons Attribution-NonCommercial- NoDerivs 2.0 Generic

Esse era o ano em que o país comemorava o primeiro centenário da Independência e os jovens modernistas pretendiam redesco- brir o Brasil, libertando-o das amarras que o prendiam aos padrões estrangeiros. Seria, então, um movimento pela indepen- dência artística do Brasil.

Pretendiam utilizar os modelos europeus, de forma consciente, para uma renovação da arte nacional, realmente brasileira, sem complexos de inferioridade em relação à arte produzida na Europa.

Essa arte nova aparece inicialmente através da atividade crítica e literária de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem.

Oswald de Andrade Menotti del Picchia Mario de Andrade

No interior do teatro, foram apresentados concertos e conferências, enquanto no sa- guão foram montadas exposições de artis- tas plásticos.

A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas ideias totalmente libertárias; nacionalis- tas em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expres- são. Não se tinha, porém, um programa defi- nido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno.

13/02/22- Segunda-feira Casa cheia, abertura oficial do evento. Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipal de São Paulo, várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do públi- co. O espetáculo tem início com a confusa conferên- cia de Graça Aranha, intitulada A emoção estética da Arte Moderna. Tudo transcorreu em certa calma nesta noite.

15/02/22 -Quarta-feira Guiomar Novais era para ser a grande atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas, aproveitou um intervalo do espe- táculo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Mas a "atra- ção" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética.

Menotti apresenta os novos escritores dos no- vos tempos e surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos…) que se alternam e se confundem com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, (criticando abertamente o Parnasia- nismo e seus adeptos), o público faz coro, atra- palhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra.

17/02/22 - Sexta-feira O dia mais tranquilo da semana - houve apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários outros músicos. O público, em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespei- tosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado.

Acredita-se que a Semana de Arte Moderna não tenha tido originalmente o alcance e amplitude que posteriormente foram atri- buídos ao evento.

A exposição de arte, por exemplo, parece não ter sido coberta pela imprensa da época. Somente teve nota publicada por participantes da Semana que trabalhavam em jornais como Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Graça Aranha (justamente os três conferencistas, cujas ideias causaram grande alarde na imprensa).

Logo após a realização da Semana, alguns artistas fundamentais que dela participa- ram acabam voltando para a Europa (ou indo lá pela primeira vez, no caso de Di Cavalcanti), dificultando a continuidade do processo que se iniciara.

Por outro lado, outros artistas igualmente importantes chegavam após estudos no continente, como Tarsila do Amaral, um dos grandes pilares do Modernismo no Brasil.

Artistas que iniciaram o Modernismo no Brasil e que participaram da “Semana” Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Heitor Villa- Lobos, entre outros.

TELAS INTERESSANTES CURIOSIDADES

“SAMBA” – 1925 – DI CAVALCANTI

Di CavalcantiDi Cavalcanti pintava temas genuinamen- te brasileiros, o cotidiano da sociedade de sua época. Embora tenha residido em São Paulo por diversas vezes, era apaixonado pela vida boêmia do Rio de Janeiro. Assim, pintava cenas do carnaval, bares noturnos, prostíbulos e festas populares.

Uma das mais importantes obras da história da arte brasileira e principal item da coleção de Jean Boghici, a pintura “Samba” (1925), de Di Cavalcanti, foi destruída em um incêndio de grandes proporções em seu apartamento, na rua Barata Ribeiro, em Copacabana, no Rio, onde mantém uma coleção particular, que começou na década de Sua coleção, que inclui telas viscerais de Antonio Dias dos anos 1960, é considerada uma das mais importantes do século XX no país. ( Agosto de 2012)

Imagem: Morro Vermelho /1926/ Lasar Segall / Museu Lasar Segall /

“Emigrantes III” - Lasar Segall. Pintado em 1936, pertencia à família do artista lituano e foi adquirido pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo por R$ 1,4 milhão, em dezembro de 2010.

Imagem: Retirantes / Candido Portinari / Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand / (1944)

Imagem: Meninos brincando / Cândido Portinari/ barros-de-calcas-curtas /

“DOM QUIXOTE E SANCHO PANÇA SAINDO PARA SUAS AVENTURAS ” – 1956 – CÂNDIDO PORTINARI

"Cubismo" de Vicente do Rego Monteiro.

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